Anjo Negro - 2° Temporada escrita por docin1


Capítulo 11
Quase Um Casal Normal


Notas iniciais do capítulo

.. Oi! Tudo o que eu tenho a dizer é: Desculpa e obrigada! Me desculpem por ter sumido por tanto tempo! Eu juro que sofri mais do que podem imaginar. Eu tinha uma prova decisiva na minha vida e tive que parar tudo para estudar como uma louca! E.. Obrigada porque se estão lendo isso significa que começaram a ler e peço que continuem!
Juro que não vou decepcionar! Isso significa de mais para mim!
E antes que eu me esqueça - mentira, eu nunca esqueceria isso! - .. SamuelJr, eu SURTEI com a sua recomendação! Sério, eu quase explodi de felicidade! SUPERobrigada ♡♡♡



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– Francamente, Dave, eu não sei o que estou fazendo aqui. - Reclamei de braços cruzados enquanto ele dirigia.

– Você está me fazendo companhia – Ele disse sorrindo – Não reclame tanto, Lis. Se não fosse por mim, você estaria em casa numa sexta-feira à noite sem fazer absolutamente nada.

– Eu estaria trabalhando – Corrigi – Tive avanços com a lista, você sabia?

– Não sabia, e não quero saber. Hoje você vai me acompanhar no parque - Disse, parando o carro no estacionamento

– Então por que não chamou a sua namorada?

– Eu a chamei – E saiu do carro. Dave deu a volta até a minha porta e a abriu.

– E onde ela está? - Saí do carro e ele fechou a porta, ainda sorrindo.

Ele apontou com a cabeça.

– Bem ali

Eu podia vê-la. Sorridente, com os cabelos soltos voando com a brisa, igualmente com o seu vestido verde escuro. Mas ela não estava sozinha. Bem ao seu lado, estava Dick. Sorrindo um pouco sem graça, com a mão no bolso da jaqueta preta de couro. Apertei os dedos em minhas mãos fechadas e caminhei até eles ao lado de Dave. Eles estavam em baixo de um belo arco de flores, que simbolizava a entrada.

Suzi sorriu ao me cumprimentar e – literalmente – me empurrou em cima de Dick.

– Oi, Lis - Ele passou a mão no cabelo, como fazia quando estava sem graça, e olhou para baixo.

– Oi...

– Olha... Eu sinto muito por aquilo que aconteceu, e...

– Não, Dick. Eu sinto muito também. Você só queria me ajudar, e isso é ótimo, mas... Eu trabalhei sozinha a minha vida inteira! E eu sei me cuidar sozinha. Mesmo assim, eu não devia ter sido tão dura com você, me desculpe.



Pov. Dick



Eu pensei que morreria sem ouvi-la dizer que estava errada.

– Eu sei, e... Acho que quis proteger você de mais, me desculpe.

Ela sorriu. Peguei sua mão e a levei até a minha nuca, enquanto via o sorriso dela aumentar. Segurei sua cintura e ela trouxe seus lábios até os meus. Quando nos afastamos, ela ainda sorria.

– Eu estava mesmo com saudade... - Disse e me deu um selinho demorado

Fomos interrompidos por uma tosse falsa de Dave.

– Com licença, casal. Que tal deixarem isso para mais tarde? Sabemos o quanto vocês querem matar a saudade, mas podem fazer isso quando estiverem sozinhos? - Falou Suzi, com certa malícia na voz.

– Suzana! - Repreendeu Lis

– Todos nós sabemos que é verdade. - E se virou, caminhando para dentro do parque, ao lado de Dave.

Lis começou a segui-los, mas eu a puxei pela mão, fazendo-a voltar para os meus braços. Não dei tempo para que ela falasse, apenas a beijei.

Ela me afastou – certo tempo depois – me empurrando levemente com a mão esparramada em meu peito.

– Espera... Dick. Nós podemos... deixar para mais tarde. - Disse com um sorriso malicioso, me fazendo rir enquanto recuperava a consciência. Eu estava aos beijos com ela em um lugar aberto e, basicamente, no meio da entrada.

– Certo. Mais tarde.

Ela mordeu o lábio inferior balançando a cabeça positivamente. Lis pegou a minha mão e me puxou para dentro do parque.

– Mais tarde – Repeti para mim mesmo

Só encontramos Suzi e Dave depois de duas barracas, um hipopótamo de pelúcia lilás como prêmio e depois de encontrar com Megan e Conner.

– Não entendi o motivo da raiva dele por macacos – Refletiu Lis assim que eles se foram

Apenas gargalhei e, antes que eu pudesse falar, Suzi e Dave nos encontraram.

– Vocês parecem um casal tão normal que tenho vontade de tirar uma foto!

– Nós somos um casal normal, Su

– Por que não seríamos? - Perguntei

– Vivem brigando sem motivo e mais parecem mulas empacadas de tão orgulhosas. Lis, você não imagina o sacrifício para trazer seu namorado aqui! - Ela disse e Lis riu

– Vamos para a roda gigante? - Perguntei antes que ficasse totalmente sem graça



Pov. Lis



Depois de horas de brinquedos, barracas e pelúcias, Dick e eu nos sentamos em um dos bancos de madeira com mais algodão doce. Meus olhos correram por todo o parque, mas pararam em cima de um casal que me deixou instantaneamente intrigada. Eu os analisei e senti meu sorriso se desmanchar.

– Lis? Qual o problema? - Dick perguntou

– Dick, olha – Apontei para o casal em questão, logo, ele entendeu.

– Ele é um dos homens que tinham o nome na lista. Marco Mayer.

– Sim. Ele é um dos Homens da Noite, ele trabalha para o Jhonny. - Senti meus olhos arderem

Ele parecia apenas um homem se divertindo com a namorada. Mas pude ver sua cicatriz perto da boca. Me levantei ao pensar em uma coisa:

– Ele pode saber algo sobre o sequestro de Clara, a filha dos Morris. - Dick segurou o meu pulso, me obrigando a parar.

– Espera. Aqui ele é só um civil, rodeado por civis de verdade, inclusive a sua namorada. Nós não podemos fazer nada, Lis.

– Eu não vou ficar aqui de mãos atadas! - Falei olhando sugestivamente para a sua mão em meu pulso

– Ei, já estão brigando? Não tem nem uma trégua? - Perguntou Dave, aparecendo de surpresa.

– Não, não estamos brigando. E não vamos brigar. - Explicou Dick, e eu voltei a sentar

– Onde está a sua namorada?

– Doando os prêmios, ela só vai ficar com dois dos mil e um prêmios que ganhei para ela.

– Que romântico! - Sorri forçadamente

– Vocês fizeram a mesma coisa que eu sei.

Percebi que Dick não estava na conversa quando ele se levantou.

– Dave. Pode fazer companhia para a sua irmã enquanto eu vou ao banheiro?

– Claro. Só não demora muito, já estão começando a desmontar as barracas.

Dick sorriu e se foi. Eu sabia muito bem que ele não ia ao banheiro, mas ele queria garantir que eu não sairia dali. Suzi voltou trazendo um crocodilo de pelúcia com um colar de plástico colorido pendurado em seu pescoço. Ela apenas os colocou ao lado do meu hipopótamo de pelúcia e se sentou, exausta.

– Lis, a Dona Martha perguntou quando a senhorita vai dar o ar de sua graça em nossa casa.

– Esse domingo?

– Não pode ser, eles vão na casa de uns amigos, ou coisa assim.

– No próximo?

– Promete?

Acenei que sim com a cabeça.

– Se você furar com a gente de novo, eu caço você.

– Eu acredito na sua fúria, não se preocupa! - E rimos

– Qual a piada? - Dick voltou, sorrindo.

– É bom o senhor aparecer em casa também. - Suzi se levantou carregando seus presentes e puxando Dave pela mão

– Quando? - Perguntou Dick, ao meu lado enquanto caminhávamos para o estacionamento.

– O próximo domingo.

– Onde?

– Casa dos Lane.

– Horário?

– Almoço.

– Perfeito! - E rimos

Voltamos como devíamos ter ido. Dave com Suzi e Dick e eu. Dick tentou me distrair durante o caminho, contando o que havia acontecido para o Conner Kant odiar macacos – o que até me fez rir. Mas ele sabia muito bem o que eu queria saber.

Quando entramos na minha casa, antes mesmo de ele se sentar no sofá, eu perguntei:

– O que você conseguiu?

– Um pen-drive.

– Pode colocar no notebook?

– Lis, se acalma, ok? Eu nem tirei a jaqueta.

Respirei fundo. Eu sabia muito bem como controlar as minhas emoções e ansiedade, mas esse caso estava diretamente ligado a mim. Ligado à Alícia Amell. Eu estava exposta, estava de mãos atadas.

Dick ligou o notebook e começou a trabalhar. Ele conectou o pen-drive e digitou seus códigos de hacker e tudo mais o que estava em seu alcance.

– Lis, eu sinto muito. Não funciona nesse computador, mas eu posso ver que há pastas escondidas. Tudo o que eu posso fazer é levá-lo para casa. Lá eu sei que consigo acessar qualquer coisa.

Senti uma onda de desespero me atingir. Mantenha a calma, Alícia.

– Certo, tudo bem. - Respondi por fim

– Então eu vou fazer isso agora. - Ele se levantou do sofá e pegou sua jaqueta, caminhando para a porta – Você vai ficar bem? - Perguntou antes de abrir a porta, levando sua mão ao meu rosto.

– Sim, não se preocupe. Vai me ligar quando descobrir?

– Prometo – Ele sorriu me dando um selinho longo

Ele se afastou com um sorriso e saiu porta à fora, levando consigo o pen-drive que poderia conter uma informação crucial para mim. Suspirei de olhos fechados, sem me desapoiar da porta que Dick acabara de fechar. Me joguei no sofá e pousei os pés sobre a mesa de centro, fechei os olhos.


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Notas finais do capítulo

Espero com toda a minha alma que vocês tenham gostado! E já que leram até aqui, comentem ♡