Nightingale escrita por GiuhBatiston


Capítulo 12
Capítulo 10 - Slow Dancing In a Burning Room


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, como estamos? Eu sei que era pra eu ter postado no finde, mas minha mamis tava aqui no Rio (ela tá morando em Sampa), ai eu fiquei por conta da minha coroa. Sabe como é né... Rsrs



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Quando abri a porta no entanto, não era Dimitri quem estava parado ali. Era Adrian.

– Wow. – ele exclamou olhando para minhas roupas. – Cheguei em uma má hora?

– Infelizmente sim. Tenho um compromisso agora. – respondi sem saber por que eu estava ficando vermelha.

– Uma festa à fantasia? Ou você decidiu se mudar pro velho-oeste? – perguntou rindo da minha cara.

– Rará! Você é tão engraçadinho. É mais ou menos uma festa à fantasia. – Eu espero – acrescentei mentalmente. Quando olhei por cima do ombro de Adrian, vi o carro de Dimitri encostado e, apesar dos vidros levantados, podia sentir seu olhar em mim. – Sem querer ser inconveniente, eu tenho que ir.

– Tudo bem, não vou te segurar aqui. Eu só queria saber se talvez... Nós poderíamos tomar um café amanhã. Preciso muito conversar com você. – disse-me. Antes que eu parasse pra pensar respondi.

– Tudo bem. Você sabe a hora que eu termino as aulas, passe lá pra me pegar. – Adrian e eu descemos o caminho até a calçada juntos.

– E Rose. Apesar de tudo você está muito linda nessa roupa. – disse-me quando eu parei na porta do carro.

– Tchau Adrian. – respondi. Assim que vi Dimitri meu sorriso se alargou. E ele – apesar de não estar usando nenhum chapéu – estava com uma calça jeans colada – do tipo que delineava toda a sua perna super malhada – e uma camisa xadrez. Além das botas, claro.

– Sabia que você ia ficar fantástica vestida assim. – respondeu com um olhar que me deixou sem fôlego.

– Por que todo mundo fica me dizendo isso? – perguntei meio revoltada.

– Por que é a verdade. Simples assim. – respondeu com um dar de ombros. Olhei pra frente e percebi que Dimitri estava entrando na auto estrada.

– Hey Camarada! Você não tá tentando me sequestrar, não né? – por que eu deixaria.

– Não Rose. – respondeu com aquele jeito contido dele. – Estamos apenas indo a um bar fora da cidade.

De fato era fora da cidade, encostado na beira de uma estradinha de terra, o bar com construções de madeira me lembrava um pouco um daqueles cenários de filme de terror. Eu quase esperava a garota sair correndo da floresta sendo perseguida por algum maníaco com uma moto serra. De fora podia-se ouvir alguma música tocando. Com certeza algo que eu nunca ouviria por livre e espontânea vontade.

– Não sabia que você gostava de frequentar lugares tão baixos Camarada. – respondi provocando-o.

– Ah Roza... Você ainda não viu nada. – e ali estava de novo. O tal do apelido que fazia meu coração parecer que ia sair pela boca. Do lado de dentro haviam mesas encostadas ao longo das paredes. À minha esquerda se encontrava o bar e no meio uma pista de dança. A música era obviamente country e haviam pessoas dançando. Entretanto não parecia um lugar tão ruim assim. O cardápio decididamente parecia ótimo por mim.

– Eu vou querer uma costela na grelha pra nós dois e uma porção de batata frita com queijo. – pedi a garçonete.

– Estamos com fome, hu? – perguntou levantando uma sobrancelha.

– Experimente ficar no topo de uma pirâmide e fazendo piruetas por três horas. Você vai ter a sensação de que é capaz de comer um boi inteiro. – argumentei.

– Gosto disso. – disse-me, mexendo distraidamente num saleiro. – Gosto de mulheres que não tem problema com comer e ficar contando calorias.

– Nunca fui dessas. Com todas as atividades físicas que eu faço, se parar de comer vou desmaiar em meio dia! – a garçonete chegou com nosso pedido e logo começamos a comer. A comida de fato era divina. Enquanto comíamos Dimitri me contava histórias sobre sua infância. Morri de rir quando ele me contou sobre como a irmã mais velha costumava obriga-lo a se casar com suas bonecas. – Não acredito! – exclamei. – Você devia ficar muito fofo todo vestido pra se casar com as bonecas de sua irmã.

– Não. Nem um pouquinho. Mas naquela época eu fazia tudo pra conseguir atenção dos outros. Conforme fui crescendo comecei a perceber que o que eles pensavam não importava realmente. – ele disse isso com um tom de tristeza, mas, por mais que eu desejasse saber o que havia acontecido para torna-lo tão fechado, eu sabia que Dimitri ainda não se sentia confortável o suficiente pra abrir seu coração. Decidi então que o melhor seria distraí-lo. Peguei ele pelas mãos e sai arrastando-o em direção à pista. (http://www.youtube.com/watch?v=zU96vY_rdo8) Estava tocando uma musica que até então eu nunca tinha ouvido, mas Dimitri pareceu se entregar a musica e... Uau, ele dançava muito bem. Logo peguei os movimentos que ele fazia e no fim estávamos rindo e nos divertindo.

– Eu não sabia que você podia dançar tão bem assim Camarada. – comentei rindo da cara de vergonha que ele fez.

– Espero que não tenha envergonhado você e seu super talento pra dança. – comentou.

– De forma alguma. Você me deixou impressionada. – respondi honestamente.

– Fico feliz em agradar mademoiselle. – eu revirei os olhos pra todo o cavalheirismo exacerbado.

– Hey! É ‘Hey, So Sister’! – exclamei voltando a dançar. Dimitri e eu dançamos durante horas, ele realmente era muito bom, além de ser divertido e engraçado. Coisa que quem via aquela personalidade séria dele nunca acreditaria. Mas enfim as horas mágicas pareceram se esgotar e agora quase todo mundo havia ido embora. Restavam apenas alguns casais na pista de dança, enquanto uma música lenta começava a tocar. Dimitri pediu um minuto e foi correndo até o DJ, quando dei por mim, “Slow Dancing In a Burning Room” começou a tocar. (É importante que vocês leiam com a música ao fundo ;D http://www.youtube.com/watch?v=32GZ3suxRn4)

– Como você sabe que essa é minha música preferida? – perguntei quando ele puxou meu corpo pra junto do dele.

– Um passarinho me contou. – respondeu com um sorriso no rosto.

– Um passarinho loiro? – perguntei correspondendo ao seu sorriso.

– Desculpa, segredo confidencial. – minha pele parecia formigar em todo lugar que a dele me tocava. Seus olhos me prenderam e subitamente eu senti minha respiração ficar pesada. Nossos rostos estavam a milímetros de distância. – Alguém já disse que você é de tirar o fôlego? – perguntou, seus dedos apertando meu quadril.

– Você me acha bonita? – perguntei com a voz trêmula.

– Não. Eu acho você linda. Tão linda que chega a doer. – e simples assim seus lábios estavam no meus, possessivos e famintos. Eu era puro fogo, luz. Eu me sentia viva, mas ao mesmo tempo sentia que seus lábios poderiam ser minha perdição. Naquele momento parei de pensar em tudo. Éramos apenas eu e Dimitri em uma sala pegando fogo. Seus dedos correram pelas minhas costas me deixando arrepiada e então cedo demais ele se afastou.

– Isso foi... Uau. – foi tudo o que eu consegui dizer com a respiração entrecortada.

– Uau resume tudo. – ele respondeu e logo seus lábios estavam de volta aos meus.


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Notas finais do capítulo

Muito Romitri pra vocês. Viram como eu sou boazinha? Ainda to meio em dúvida quanto ao próximo capítulo, mas se vocês forem boazinhas e deixarem muitos reviews eu talvez dê mais Romitri pra vocês!