So What?! escrita por Julya Com Z


Capítulo 4
Capítulo 4 - This is how the story ends


Notas iniciais do capítulo

Esse é o fim de So What?! galerooo

Espero qur gostem.



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Tava no meio de alguma aula. Eu não fazia ideia do que o professor tava falando lá na frente, juro.

Eu tava com o queixo apoiado na mão, quando senti uma bolinha de papel bater no meu ombro e olhei pro lado. Era o Jota me enchendo o saco. Ignorei e ele jogou mais uma.

E mais uma.

E mais uma.

E mais uma.

E mais uma.

Eu: QUER PARAR COM ISSO?! - levantei num pulo e a sala inteira me olhou.

O Jota abaixou a cabeça e deu risada. “Se fodeu”, ele falou só pra mim.

Professor: Tiago, retire-se, por favor.

Peguei minhas coisas e saí da sala. Eu dei foi graças à alguma divindade por ter me livrado daquela aula.

A Lari tava numa das mesas do refeitório mexendo no celular.

Lari: Eae.

Eu: Suave?

Ela ergueu o polegar.

Lari: Vai ficar aqui?

Eu: Vou trancar essa porra.

Lari: Porra, tu tá no último ano, velho! Que porra tu tem na cabeça?!

Eu: Me faz qualquer pergunta sobre qualquer matéria dessa porra. Eu não aprendi uma vírgula nessa faculdade.

Lari: Tu é muito otário. E vai trabalhar onde?

Eu: Vou ver com os caras da pista.

Lari: Tá maluco, Tibo?! Vai traficar?

Eu: Vou ganhar mais do que eu ganharia se fosse arquiteto num escritório.

Ela deu de ombros e ficou encarando o chão. Num impulso, virei o rosto dela pra mim e a beijei. Ela me soltou e ficou em pé.

Lari: TÁ MALUCO, TIAGO? QUE PORRA É ESSA?! TÁ PENSANDO QUE EU SOU O QUÊ?!

Então ela saiu.

Mandei uma mensagem de texto pro Jota, contando o que aconteceu e ele respondeu:

Tu é um imbecil.

Eu sei. Eu sei que sou um imbecil.

Tentei ligar pra ela, mas tudo o que eu ouvi foi a caixa postal dela falando “Sou eu. Não adianta deixar mensagem, eu não vou ouvir.

E não ia mesmo, então nem gastei meu crédito.

Quando meu celular começou a tocar e eu vi “Desconhecido” na tela, atendi achando que era a Lari ligando de um orelhão.

Eu: Foi mal, cara. Eu não ter feito aquilo.

?: Não queria ter matado teu irmão?– reconheci a voz na hora.

Eu: Pai?!

Pai: Eu sei de tudo, Tiago. A Carol me contou. Tu matou teu irmão e age como se estivesse tudo bem, seu desgraçado?! Tu vai pagar caro por isso.

Aquilo não tava acontecendo. Não podia tá acontecendo, mano.

Eu precisava consertar aquela merda.

Peguei um trem e fui pra casa do meu pai e vi tudo vazio, escuro. Tava de noite, então o mínimo que eu esperava era ver as luzes acesas. Mas tava tudo assombrosamente apagado.

Liguei pro telefone da casa e a máquina disse que o telefone não existia. Então eu fui até a porta e mexi na maçaneta.

A porta abriu, o que me assustou. Minha mãe nunca deixava a porta aberta. Hesitante, fechei a porta de entrada e comecei a acender as luzes enquanto andava pela casa.

Eu: Mãe? Pai? - silêncio.

Quando entrei na sala, vi a poltrona do pai virada de costas pra mim. Tinha alguém nela. Meu pai virou e ele tava apontando uma arma pra mim.

Pai: A vida do teu irmão pela tua.

Eu: O que tu tá fazendo?

Pai: Tu deixou de ser meu filho no momento em que matou teu irmão e fingiu que não tinha participado disso.

Eu: Tu vai me matar? - tinha pergunta melhor, mas eu tava em choque.

Pai: Pensa assim: Eu vou te livrar de uma ficha criminal, de ir pra cadeia, de um provável vício em drogas e dessa tua vida ridícula que tu leva.

Tentei andar até ele, mas ele atirou pra cima, o que me fez parar quando ele voltou a apontar pra mim. A arma tava mesmo carregada.

Eu: Pai… por favor…

Pai: Agora tu sabe o que teu irmão sentiu quando tu apontou uma arma pra ele. Qual é a última coisa que tu tem a dizer?

Só tinha uma coisa que eu podia dizer.

Eu: Me perdoa, pai.

Pai: Não.

Então ele puxou o gatilho.


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Notas finais do capítulo

Acaboooou galeru



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