A Caçadora escrita por o caçador


Capítulo 3
2° Capítulo: o suspeito revelado


Notas iniciais do capítulo

o misterioso homem que tanto a seguia finalmente é revelado, leiam e entendam quem era o cara.



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O bar não era lá estas coisas, estava mais para um bordel do que para um bar e assim que fui entrando escutei assobios e palmas, bando de bêbados imundos! Fui direto ao balcão e sentei em um dos bancos altos que tinha lá, pedi uma bebida, uma dose tequila só para poder aguentar essas pessoas horrorosas ao meu redor.

Aquele lugar estava me dando nos nervos, já não aguentava ficar lá, passei os olhos por todo o lugar, o chão e as vigas eram todos de madeira, as paredes eram de tijolos de pedra e era iluminado apenas por algumas lâmpadas espalhadas pelo salão, umas duas estavam quebradas, olhando as pessoas, tinha alguns homens bebendo feitos porcos sedentos que na verdade era o que eles eram mesmo e umas vadias se esfregando neles, Argh! Que nojo.

Quando reparei um sujeito quieto sentado no canto de uma parede conversando de lado com outro que estava segurando uma mala preta, não dava bem para ouvir, mas achei ter ouvido as palavras: clã, mala, ações e um nome que me pareceu Robert ou algo assim, o sujeito com a mala saiu pela porta dos fundos enquanto o outro voltou para a farra. Foi bem fácil atrair ele para um motel, só precisei pagar-lhe uma bebida e mandar o barman lhe entregar um recado é claro assinado com um nome falso. Minutos depois disso ele veio em minha direção e me olhou de cima a baixo, então falou:

— Oi gata, ta a fim de ir para o motel? — Como disse, mais fácil do que o esperado.

Chegando ao motel o sujeito ficou me esperando na cama em quanto eu fui ao banheiro. Depois de me preparar saí do banheiro com um par de algemas verdadeiras que eu cuidadosamente cobri com veludo para parecerem falsas. Algemei-o à cama e falei enquanto começava a abrir vagarosa a camisa dele e coloquei as algemas em seus pulsos, dei-lhe um beijo na testa e prendi as algemas na cabeceira da cama:

— Vamos brincar?

—De que? Sua safadinha?

— Que tal... — Coloquei a mão dentro de minha camisa — De criminoso e justiceira? — Puxei o punhal de dentro da bainha que costurei em meu sutiã e pressionei no peito dele até que um pequeno fio de sangue começasse a sair.

— Sua puta! O que está fazendo? Quando eu sair daqui eu vou te matar sua vaga... — Pressionei o punhal mais fundo até que ele se calasse, então o olhei nos olhos e pressionei o punhal desta vez contra seu pescoço.

— Eu irei lhe fazer perguntas, e eu quero respostas entendeu? — falei em quanto me levantava da cama e colocava meu, sobretudo— Vamos começar com quem era o sujeito da mala preta?

—Não lhe direi nada, eles podem me matar!

— Eu posso te matar! — Passei o punhal com força sobre a cabeceira de ferro da cama fazendo voarem faíscas sobre sua cabeça — Agora me responda!

— Eu não sei!

— Eu não estou brincando — Cortei diversas vezes as pernas dele até conseguir alguma resposta.

— Era Luke! Ele é da elite do clã e estava no bar em busca dos papéis dos contratos de ações!

— Que ações? Responda!

— As ações do banco, ele queria as ações compradas recentemente do banco do estado! Me deixa ir eu não sei de mais nada!

— Tem certeza?— Retirei de dentro de minha camisa um pequeno frasco que estava preso ao meu cordão— Isto, é veneno de naja, não queira saber o que pode acontecer com você se isso caísse “acidentalmente” em sua boca.

— Eu conto! Eu conto! Estão fazendo uma reunião daqui a duas semanas! Ela será durante a inauguração do novo teatro, eles a farão nos fundos do terreno em uma sala secreta dentro do armazém! Agora me deixe ir!

— Sinto que não, você viu meu rosto — Coloquei a ponta do ponta do punhal dentro do frasco — Aproveite bem seus cinco minutos de agonia— Cortei-lhe no pescoço e saí do motel discretamente.

No caminho pensei se seria difícil saber o que aconteceria naquela reunião, pois o local deveria estar cheio de seguranças disfarçados só esperando que alguém com intenções como eu entrasse, o único jeito seria colocar um gravador e esperar para ir pega-lo, mais como... ?

Fui para casa analisar as ideias que poderiam dar certo quando uma coisa me veio à mente semana passada eu havia assistido ao filme o que me dera uma ótima ideia – Não se escandalize ok? Até uma assassina tem seus momentos de inspiração da ficção! – Planejei por uma semana, neste período não ocorreu nada de novo, já estava tudo de acordo com meus planos, continuei com o meu trabalho e só parei para ir comprar uma roupa decotada na loja que ficava no centro.

Verona era realmente uma cidade muito linda sua arquitetura rústica da renascença fazia-a virar um lugar mágico e era impossível não se apaixonar, desde nova esse virou meu lar e agora não sei se conseguiria voltar aos Estados Unidos, posso até dizer que sou Italiana de nascença, pois não tenho nenhuma característica de americana.

O dia estava meio ensolarado meio nublado, meu tipo de dia preferido, pois nunca está úmido ou muito quente para sair à rua de dia. Estava voltando do mercado quando me vi sendo seguida por um sujeito, desta vez sem o capuz que usava junto com a jaqueta de couro e no lugar usava um sobretudo preto. Não consegui ver seu rosto, pois estava se escondendo na sombra que as casas projetavam nas ruelas. Rapidamente tratei de entrar no terminal do trem onde havia muito movimento, acelerei e fui seguir meu caminho, mas escutei uma voz ao meu ouvido:

— É melhor vir comigo ou terei de te levar à força

Senti um gelo passar por minha espinha, sua voz era melodiosa e ameaçadora ao mesmo tempo, forte e firme, seu hálito bateu na minha nuca que logo se arrepiou, continuei no mesmo lugar que estava parada. Ele pegou o caminho para fora do terminal depois de um tempo o olhando se afastar, o reconheço do dia do bar, o homem da maleta, decido o seguir seria melhor acabar logo com isso de uma vez. Ele entra em um beco, neste beco havia uma porta que dava em uma casa, lá eu o perdi de vista por um tempo. Quando me virei para olhar ao redor, sinto uma coisa afiada apertando contra meu pescoço enquanto uma mão com luvas pretas agarrou-me pela cintura, na hora eu entendi tudo.

— Sabia que viria mais cedo ou mais tarde atrás de mim, — Dei um risinho no canto da boca — É bom saber que represento uma ameaça a vocês.

— Você tem nos causado muito prejuízo, linda, tenho de silenciá-la.

—Faça-me o favor! — Puxei-o pela mão que segurava a faca e a tomei, depois iria o jogar ao chão, mas, ele escapou soltando o sobretudo e mostrando uma camisa de malha a gola encobrindo o pescoço e mangas longas preta e calças jeans também preta.

— Que truques baixos Amy — Ele saltou para trás.

— Como sabe meu nome?

— Que descuido o meu, esqueci de me apresentar, sou Luke, me mandaram aqui para acabar com você senhorita Amy — Ele disse fazendo uma reverência que achei um tanto irônica.

— Estou muito grata, querido desgraçado — Retruquei enquanto preparava um golpe com a faca recém adquirida — Mas isto não me impede de despachá-lo igual a dezenas de outros!— dei um sorriso irônico

Foi aí que a briga começou de verdade, eu tentei o acertar com a faca, mas para minha surpresa ele me agarrou pelo braço e me jogou com força no chão!

— Que covardia a sua! Batendo em donzelas!

Ele ficou quieto me analisando, não gostei nada do seu olhar para mim, não sou comida para me olharem como se fossem me devorar!

Não estava a fim de briga naquele dia então ainda no chão eu dei uma rasteira nele e o derrubei no chão, então me ajoelhei em cima dele e coloquei a faca contra o seu pescoço enquanto segurava-lhe os braços com a mão esquerda, mas... Não importava o quanto eu apertasse a mão contra o seu pescoço, eu não consegui matá-lo! Eu aproximei-me mais de seu rosto e olheis em seus profundos olhos azuis, eles eram penetrantes e belos, eu não conseguia acabar com isso. Eu já havia matado muito, mas naquela hora eu estava impotente, minhas mãos soavam enquanto eu me perdia em seu olhar. O dei um soco no rosto e o apaguei, mas não o matei, finquei a faca no chão e escalei o beco até o teto da casa, de lá eu esperei meia hora até que ele saísse com apenas um ferimento no lábio inferior e uma corte na sobrancelha, enquanto devia estar morto, não entendi o que aconteceu comigo, fiquei olhando minhas mãos como se procurasse o problema lá, franzi a testa com tamanha estupidez, balancei a cabeça para clarear os pensamentos e então fui para casa, por becos e ruelas claro para evitar ser seguida novamente.

Quando chego em casa me deparo com algo fora do comum, não podia ser verdade, depois de tanto tempo não podia acontecer de novo!


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Notas finais do capítulo

uma bomba para o próximo capitulo, só lendo para saber! agradecimentos a leilinha por betar e pelas maravilhosas ideias que me ajudam!