Jogos de sedução.

Capítulo 4.

“Estupidez, masoquismo ou medo de viver de verdade?”

                 (Tati Bernardi)

- Elena, está me ouvindo? – Estefan me tirou dos meus pensamentos.

Depois do banho e janta estávamos em nosso quarto conversando sobre algo que eu não me lembrava mais.

- Desculpe-me fiquei distraída. – eu menti.

Na verdade pensava sobre o acontecimento de mais cedo.

- Perguntei como foi seu dia. – ele disse se deitando.

- unhum... – ele sabe! Entrei em Pânico. – foi normal. Eu vou... Eu vou dormi amanhã eu tenho que ir cedo para o trabalho. – eu disse me deitando também.

- Tudo bem. Boa noite amor. – ele me deu um beijo leve e eu me senti ainda mais culpada.

Mais eu não desistiria, eu não jogaria minha vida ao lado do Estefan fora por uma aventura. Era errado. Ele não merecia. Eu o amava certo?

A quem eu queria convencer? Talvez o amor que eu tivesse sentido por ele ao longo desses cinco anos tenha evaporado.

Estefan.

Ele não merecia algo assim. Ele foi o melhor nesses anos. Eu gostava de verdade dele.

E aos poucos mesmo com a consciência pesada o sono foi me levado.

...

- Srtª Elena Bom dia. – disse Bonnie assim que cheguei ao trabalho. Sua feição estava meio preocupada.

- Bom dia? – eu preguntei incerta.

- Eu tentei impedir mais ele entrou do mesmo jeito. – ela disse pareceu perceber minha confusão e respondeu. – Damon Salvatore. Ele está em sua sala. – ela disse. E não foi preciso mais nada. Eu invadi sala feito um furacão.

- O que é dessa vez? – eu quase gritei.

Ele me olhou por um momento para logo desviar para algo atrás de mim. Eu me virei e vi que Bonnie me olhava assustada.

- Acho que devemos conversa em particular. – ele disse simplesmente ainda sem levantar do lugar.

- Bonnie? Pode nos deixar a sós? – eu pedi deixando minha bolsa na cadeira.

- Tem certeza? – ela perguntou.

- tenho e, por favor, não quero se interrompida. Não importa quem seja. – eu disse me virando novamente pra o ser em minha frente.

- sim como quiser. – ela disse saindo e fechando a porta.

Eu o encarei que me fitava com intensidade.

- O que deseja Sr. Salvatore? – eu preguntei assumindo minha postura profissional.

- ah! Vamos senhorita Gilbert. Não precisamos de formalidade não depois de ontem. – ele sorriu se aproximando.

- Ontem foi um erro. – eu disse me afastando. – eu amo o meu marido. – eu disse firme.

- tem certeza? – ele perguntou.

Eu apenas o encarei. Que inferno o que estava acontecendo? Eu sempre tive o controle dos meus sentimentos. E logo agora tudo se perdia dentro de mim?

- A questão não é minha vida pessoal. Se quiser a resposta pra a sua empresa, ela me será entregue após o horário de almoço. – agora se me puder da licença.

- Não se faça de ingênua Elena. – ele disse sorrindo de lado.

Oi? Ar? Cadê você meu filho?! Volte para os meus pulmões!

-O que você quer de mim? – eu perguntei me rendendo. Estava cansada de lutar por algo que parecia inevitável.

- Nossa ainda não descobriu? – ele disse se aproximando novamente e me encurralando na parede.

- Damon... – minhas palavras foram abafadas pela sua boca na minha.

Eu nunca me acostumaria com a forma e o sabor do seu beijo.

Era algo indescritível. Um sabor doce e refrescante. Sua boca se encaixava perfeitamente na minha. Tinha sido feita para a minha.

- Elena... – eu ouvia a voz que eu temia.

Empurre Damon para o lado rapidamente para me depara com ele me olhando com magoa.

Estefan.

“Nem posso dizer que tentei evitar, pois já descobri que se você evitar a vida, ela acontece do mesmo jeito”.

         (Tati Bernardi)

Continua...