Minha escrita por Scamander


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Não sou nada boa com one-shots, o que significa que se essa sair uma porcaria, é só me avisar que eu excluo.
Reviews são sempre bem-vindos e ajudam o autor a melhorar! Perdoem-me se encontrarem erros.
Beijinhos.
Luna



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Capítulo Único:

Lillian corria rapidamente por entre os corredores de Hogwarts, tropeçando nos próprios pés enquanto tentava regularizar sua respiração.

– Por favor, que esteja bem... – ela sussurrava para si mesma, enquanto olhava para cima, como se pedisse em silêncio para alguém que estivesse vendo-a ajudasse a ruiva.

Ela corria desesperadamente rumo a Ala Hospitalar, rezando mentalmente e xingando, ainda em sua cabeça, o bruxo que criara aquele maldito Quadribol - mesmo que ela não soubesse quem, já que a ruiva não era lá tão fã do esporte.

–...ele está bem, só acabou quebrando algumas costelas, nada mais... – ela pôde ouvir a voz de Sirius explicar a alguém, provavelmente uma das garotas que eram apaixonadas pelo apanhador da Grifinória, James Potter. Lillian, infelizmente, acabara de concluir que estava incluída naquela lista.

Como era possível?! – ela pensara, enquanto adentrava o castelo – Eu, apaixonada por aquele energúmeno!

A garota abriu as pesadas portas de madeira que davam acesso a Ala Hospitalar e correu os olhos pelas camas, todas estavam desocupadas, exceto por uma...

– O que faz aqui, Evans? – a garota em questão (a que Sirius explicava sobre as condições do amigo), era Emmeline Vance, uma verdadeira idiota que merecia eram dois belos tapas na cara, ou três, ou quatro... Emmeline merecia vários tapas na cara só por respirar, se querem saber.

– Lily? – Sirius parecia não acreditar no que seus olhos viam, era mesmo ela, Lillian Evans, parada em frente a eles?

Mas a ruiva não ligou para nenhuma das duas perguntas, seguiu reto até James e parou perto da maca, onde via o menino dormir a sono solto, com uma faixa em sua cabeça e algumas cicatrizes no rosto.

– Ele está bem? – ela perguntou num sussurro, mas, mesmo Sirius ouvindo, ele não respondeu, estava atordoado com a presença da ruiva, principalmente com a presença dela ao lado da maca em que seu amigo jazia inconsciente.

Estou... – as palavras saíram com dificuldade da boca do suposto desmaiado, que abriu os olhos e, com dificuldade, deu um sorriso brincalhão.

– Se você não estivesse assim eu juro que eu te matava agora, Potter. – ela disse ameaçadoramente – Sabe o susto que você me deu quando caiu da droga daquela vassoura?!

– Você ficou preocupada? – Sirius perguntou descrente.

– Eu disse que não resistiria a mim por muito tempo, ruivinha... – James falou marotamente, piscando para a garota, Lily rolou os olhos.

– Pouco tempo esses sete anos, não Potter? – a menina perguntou irônica.

– Espera ai, ela não negou? – Sirius estava cada vez mais confuso, desde quando Lillian Evans se preocupava com James Potter, permitia que ele a chamasse de ruivinha e não negava que morria de amores por ele?

Emmeline, percebendo que já não estava mais sendo o centro das atenções, bufou de raiva e saiu de nariz empinado (e com o orgulho ferido) da sala, encaminhando-se a algum lugar que nenhum dos três na sala se importavam em saber onde.

– Mas no fim... Minhas palavras se concretizaram. – James fingiu não ter sido interrompido, muito menos pareceu dar atenção a Sirius, que, percebendo que também não teria suas duvidas esclarecidas, saiu da sala sorrateiramente a procura de Peter e Remus, precisava contar urgentemente o que havia acabado de presenciar.

– Infelizmente... – a garota murmurou.

– Não vejo nada de “in” nessa história. – nos lábios dele jaziam um sorriso maroto e feliz.

– Ah, pois eu vejo vários deles! – Lillian comentou num tom meio brincalhão, com um misto de sarcasmo.

– Quais?

– Imagine Potter: eu, Lillian Evans, estou amando um pegador idiota e prepotente que só pensa em si mesmo! – ela gesticulava com os braços, sem muito se dar conta do que falava.

Diferente de James, claro. O garoto ouvia com atenção cada silaba que era pronunciada pela menina e, sinceramente, ele não podia estar mais feliz.

– Espera... – ele a interrompeu, levantando a mão e processando o que fora dito por ela - Eu sempre disse que você iria gostar de mim, mas não que me amaria...

O rosto da garota enrubesceu e, finalmente, a Evans percebeu o que acabara de confessar.

– Parece que suas palavras tem mais poder do que imagina... – ela murmurou depois de um tempo, enquanto tentava parar de imitar um pimentão.

Ele não conseguia parar de sorri... e esse sorriso já estava irritando-a... Na verdade tudo nele a irritava, James só precisava respirar para que Lily já reclamasse, mas, nesse momento, ela estava irritada de um modo diferente.

– Você pode parar de sorrir?

– Não. – James comentou displicente.

– Por quê?! – ela perguntou nervosa.

– Porque eu gosto do jeito que você fica vermelha quando está nervosa... – ele falou, passando o dorso da mão no rosto dela, que sentiu um choque elétrico quando sua pele encontrou a dele.

Lillian poderia jurar que James ouvia as batidas de seu coração, elas estavam mais altas do que o normal, como se mil tambores estivessem sendo usados em seu músculo cardíaco.

– Eu sabia que um dia você ainda seria minha... – ele sussurrou.

– E quem disse que eu sou sua? – ela colocou as mãos na cintura.

– Hum... – ele fez cara de pensativo – Você, suas bochechas, seu coração, Merlin, os trouxas, Sirius, Lene, eu, Hogwarts...

– Já entendi, seu exagerado. – ela comentou rindo, Lillian se curvou e depositou um beijo na ponta do nariz do garoto – É, talvez eu seja sua...

A menina não se afastara completamente, ainda estava curvada sobre ele, mas meio afastada, os dois olhavam fixos nos olhos um do outro, as respirações se misturando, as batidas de tambores/do coração estavam no mesmo ritmo, as bocas próximas uma da outra...

– Só sei um jeito de provar... – James sussurrou antes de sumir com a distancia que impedia os lábios de se tocarem.

No momento em que uma boca entrou em contato com a outra um choque percorreu o corpo de ambos, um calor subiu dos pés a cabeça de cada um, os lábios se acostumaram e eles moldaram cada qual o desenho do outro... Era como se fossem feitos sob medida, modelados a mão como um só e depois quebrados para que, um dia, se juntassem de novo.

Quando o ar sumiu de seus pulmões, os dois se separaram e se olharam, cada qual esbanjando um sorriso que irradiava tudo ao redor deles.

– É... talvez eu seja sua.

– Você é minha, Lillian Evans, não queira brigar com a verdade. – James disse, piscando para ela.


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