Empty Minds escrita por Ackysa


Capítulo 1
Amy


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo lindo e divoso, espero que gostem, comentem, poooor favor.
Xx



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Apoiei minhas costas doloridas na parede gelada do nosso esconderijo, permiti que meus olhos se fechassem aos poucos e minha respiração se concentrasse no som das vozes que enchiam o ar, mas antes mesmo que eu pudesse ter um dos raros momentos de descanso, o som da porta se abrindo rapidamente me alertou. Becky estava lá, tentando caminhar, mas acabou caindo inconsciente ao chão, todos se impulsaram de forma que ficassem de em pé, correndo rapidamente em direção a garota.

Em quanto Charles e Sophie arrastavam Becky para a mesa, caminhei lentamente até a porta aberta. Olhei paras as escadas, marcas de sangue contornavam os rastros de Becky, ela estava ferida. Fechei a porta com cuidado, caso alguém estivesse revistado a casa não ouvisse o som da porta do porão, que até então era nosso esconderijo. A tranquei, para ter certeza que tudo ficasse bem.

Me virei em direção aos meus amigos, rodeando Becky preocupadamente. Olhei para e me surpreendi em como estava horrível, os cabelos negros bagunçados, seu óculos rachado e as roupas marcadas por sangue.

- Ela está ferida?- Perguntei.

- Não- Sophie parecia nervosa- As roupas mostram marcas de sangue, mas não há nada por baixo delas.

- Amy? Lucy não estava com ela?- Charles me olhou, eu havia esquecido de Lucy.

- Estava, ela estava.

- E se as marcas de sangue não forem de Becky e sim de Lucy?- Charles parecia uma formiga perdida do bando, sem saber para onde ir.

- Olha- Tentei parecer firme, pois francamente, eu não estava- Assim que Becky acordar, vamos escutar a historia e ver o que fazemos, não se preocupe com o que não sabe ainda.

Sophie correu para perto das caixas que havíamos colocado no canto da sala, de lá tirou um pano e correu em direção ao banheiro. O porão era grande, o banheiro era ali mesmo, como se antes de ser um porão, tivesse sido um quarto de visitas, ou algo do gênero.

Norman abriu a porta com tudo, a fechando rapidamente. Fixou seus olhos na gente por um momento, tentando entender o que estava acontecendo por ali.

- Becky está inconsciente- Respondi antes que ele perguntasse algo.

Sophie saiu do banheiro com o pano molhado em suas mãos, caminhou em direção a Becky e delicadamente cobriu sua testa com o pano. Cabelos loiros e olhos acinzentados, se tivéssemos que escolher quem era a mãe de todos nós, essa seria Sophie. Estava sempre em cima, cuidando de tudo e todos como se o mundo dependesse de uma estupida pessoa.

Norman se aproximou de Becky timidamente. Seus olhos eram frios e quase negros, seus cabelos castanhos escuros, eu não confiava nele, e ele sabia muito bem disso. Colocou suas mãos sobre o pescoço de Becky, os dois dedos se guiaram lentamente para um ponto onde o coração poderia ser ouvido, e então tirou os dedos dali, permanecendo em silencio.

Charles olhou para mim com uma das sobrancelhas arqueadas, ele também não confiava em Norman. Charles era magro e alto, seus cabelos eram negros e seus olhos azuis, características puxadas de nossa falecida mãe. A única família que ainda me restava, meu irmão mais velho, embora eu que fizesse o papel de responsável.

- Estou cansada do governo- Suspirei em quanto me sentava ao chão.

- Governo entre aspas- Sophie murmurou, embora toda sua atenção ainda se fixava em Becky.

- Não deviam fazer isso- Continuei- É injusto. Usar adolescentes como soldados, e ainda querer controlar a mente deles como se fossem bonecos, é insano. Não quero ser uma boneca, elas são sempre usadas e depois jogadas fora. É isso que vai acontecer, vamos ser descartados assim que nossas funções deixarem de existir.

- O que mais me assusta é saber que ninguém está fazendo algo para para-los- Sophie desviou seus olhos de Becky e me olhou.

- Claro que estão- Charles riu ironicamente- A questão é que o governo quer que achamos que eles não estão. É simples, você fala algo contra, eles te calam, agora a maneira como eles te calam eu não posso ter certeza de como é.

- Acha que eles controlam a mente dos adultos também?- Sophie perguntou.

- Não sei, talvez.

- Isso explicaria o comportamento estranho de nossas famílias- Norman comentou, eu já havia esquecido de sua presença- Antes de eu fugir, minha mãe falava coisas estranhas como ter um futuro melhor, uma vida liberada da dor.

- Minha mãe também- Sophie parecia pensativa.

- Bem, eu não sei se meu pai mantia um comportamento estranho- Olhei para Charles- Se lembra de algo estranho que mamãe disse antes do acontecido?

- Ela me disse que logo eu estaria livre dessas emoções que me fazem sofrer, ela disse que logo eu estaria a salvo. Mas Amy, eu não tenho certeza se ela estava falando sobre o controlamento de mentes.

O silencio tomou conta da sala rapidamente. Todos manteram suas cabeças abaixadas, provavelmente pensando ou se lembrando de algo, mas eu, eu não tinha nenhuma lembrança que valesse a pena. Meus pensamentos eram tomados em apenas sobreviver, a única coisa que vinha antes de minha vida, era a vida de Charles. Becky se movimento bruscamente, fazendo um som de gemido quase sem som, como se o som quisesse sair mas não achasse brechas. Sophie levantou o olhar tão rapidamente que eu pude ver em seu rosto o desespero.

Todos se aproximaram de Becky, inclusive Norman, que geralmente não se importava com o restante do grupo. Ela se mexeu novamente abrindo os olhos com cuidado, como se tivesse nascendo outra vez e a luz fosse forte demais para seus olhos, fixou um ponto por um instante e então voltou os olhos para nós quatro e apenas disse uma única palavra, ou nome:

- Lucy.


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Notas finais do capítulo

Então é isso, o que acharaam?



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