Juntos Pelo Acaso escrita por Thais


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

oi meus amores *---*

Boa leitura e até lá!



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POV Clove

Estava eu, Cato e Prim no supermercado fazendo algumas compras. O fato de que em minuto em minuto alguém olhava pra ele e ele olhava pra alguém com aquela olhar, já estava me irritando.

– Agora eu entendi... – falo.

– O quê? – pergunta ele.

– O porquê de você ir sempre feliz fazer compras. Porque é aqui que você encontra mulheres. Você usa a Prim para conseguir uma boa fodida.

– Ela precisa contribuir de algum jeito, Clovelita. – diz ele rindo. – Nada é de graça, não é Prim?

– Eu quero ver.

– Você quer ver o quê?

– Quero ver você fazer sua Cato magia.

– Cato magia? Que merda é isso? Você quer que eu te paquere aqui?

– É, eu quero – digo, cruzando os braços. – Quero que você de a volta por aqui e finja que eu sou uma dessas garotinhas burrinhas de academia.

– Isso é ridículo. Eu não vou fingir te paquerar, não aqui.

– Você é um estraga prazeres, viu Cato. – digo enquanto pego um pouco de comida.

– Ah, eu li sobre isso aqui um dia desses... acho que deve fazer super bem para as crianças. Mas como se pronuncia isso daqui? Acai?

– Açaí.

– Açaí? – assinto com a cabeça e murmuro um sim. – É... você deve ter um dom para línguas.

– Não. Nada demais. Eu estudei português uma vez, sabe que eu era boa? Tirava boas notas... Ah, seu idiota, eu entendi.

– Viu?

– Você é muito bom, seu desgraçado! – rio. – Agora eu finalmente vi como você faz.

Já estávamos indo embora, até uma voz conhecida me chamar no meio das pessoas.

– Clove?

– Finnick? Ah meu Deus... Cato, ele é o médico da Prim.

– Hey cara – diz ele para Cato. – Ele é seu...

– Não, não. Nós moramos, quero dizer, nós somos só...

– Parece um pouco complicado.

– Nós criamos a Prim juntos – fala Cato. – Sabe de uma coisa, a Clove me falou o quanto gosta do médico da Prim, algumas vezes, aliás, achei que gostava mesmo. E é isso é meio...

– Cato Messer, será que da pra você dar uma voltinha por ai? – murmuro, me virando para ele.

– E se eu não quiser Clove Berenson?

– Por que infernos você não iria querer, hein?

– Por que eu... por que. Ah, da licença. – diz Cato, com raiva.

– Obrigada – sussurro. – É incrível isso. Às vezes até Prim é mais adulta do que ele.

– Como isso funciona entres vocês? Dividem o trabalho?

– A gente faz isso sempre em uma grande tabela. É bem mais simples e fácil.

– Tabela? – pergunta Finnick e eu assinto. – Bem, essa tabela te da algum tempo livre?

– Sim. Segunda, quarta e sexta a cada duas semanas.

– Ah é?

– Sim.

– Vai ficar com a Prim essa sexta?

– Não.

– Sexta às oito horas?

– Pode ser.

– Ok, eu te ligo.

Ele deu um beijo em meu rosto e saiu. Cato estava bufando e como era branco feito leite, agora estava vermelho como uma pimenta. Seu olhar denunciava muito mais do que raiva, e aquilo só podia ser uma coisa: ciúmes.

– Você tem razão Catito, esse lugar é ótimo para encontrar pessoas.

Longos dias depois...

O vestido preto deixou tudo lá em cima. Meus cabelos estavam presos em um coque e acabei optando apenas por uma maquiagem leve.

– Vai demorar muito tempo para o doutor delicia sedução me pega, por favor, chegar? – pergunta Cato.

– Cala boca merda. Sei lá, ele ta quase aqui.

– Ele te chamou para sair... pode isso, quero dizer, médico e paciente?

– Claro que pode. Ele é pediatra, então se fizer isso com uma paciente, ai sim terá problemas.

– Ah, então quando fizerem sexo ele só vai te examinar depois? Você é muito safada Clove.

A campainha tocou e meu coração quase pulou para fora. Isso até eu abrir a porta e me deparar com um Finnick Odair vestindo jeans escuros e uma blusa que deixa seu peitoral a mostra. E que peitoral!

– Oi Clove, você está... é-é... – Finnick gagueja. – Ah, oi Cato, como vai?

Eles conversaram por alguns segundo, até Cato começar sua ironia dizendo que era para Finnick cuidar muito bem de mim ou ele iria se dar mal.

Finnick me levou para um lugar meio sinistro. Na real nem havíamos chegados ainda, mas um caminho pelo beco não seria a melhor opção para um primeiro jantar.

– Se você quiser me matar é só falar, está bem? – murmuro.

– Você não gosta de surpresas, não?

– Algumas vezes, não. Mas não entendi o motivo de você me trazer para cá, o fim do mundo.

– Clove eu não vou lhe estuprar, esquartejar e muito menos matar. – fala finnick, rindo da minha cara possivelmente corada. – Quando vi que você tinha uma padaria e que adora cozinhar, pensei que adoraria comer a comida de um dos melhores cozinheiros do país.

– Você está brincando comigo?

– É claro que não. Entre e veja você mesma. – Finnick abre uma porta a nossa frente, e me deparo com Cinna, um dos melhores cozinheiros daqui.

– Finnick...

– Você merece... Agora vamos comer. Eu to morrendo de fome!

O jantar foi incrível. Finnick me contou praticamente tudo sobre sua vida. Ele era bem novo para um medico, mas já tinha duas filhas. Era separado e bem, não preciso nem mencionar o quanto lindo ele é.

– Então, você é Cato...? – pergunta ele.

– Nada. A gente não é nada. – respondo rápido.

– Ele gosta de você, isso é meio obvio.

– Não. Ele não gosta de ninguém. Aliás... – suspiro ao ver o numero do desgraçado no visor do meu celular. – Eu já venho só um pouquinho.

Finnick assenti e eu saio do salão.

– Cato, me de o melhor motivo do mundo para estar me ligando agora.

– Eu to aqui no hospital com Prim. Eu não sei o que aconteceu, só sei que ela começou a passar mal e eu trouxe pra cá.

– Merda! – grito. – Eu já estou indo ai.

Falei rapidamente com Finnick e o mesmo me levou para hospital. Ele próprio foi quem atendeu Prim e diagnosticou com o que ele estava. Para sorte minha e de Cato, Prim tinha apenas uma virose que com o uso dos remédios certos passaria em alguns dias.

– Pode ficar calma dona Clove, ela logo vai ficar ótima. – diz Finnick, quando chegamos a um canto um pouco longe de onde o resto estava.

– Assim espero. Mas de qualquer forma, muito obrigada.

– Você não precisa agradecer por nada, apena fiz o que deveria ser feito.

– Não. Eu preciso sim. – insisto. – Só queria poder achar uma forma de te agradecer melhor.

– Talvez assim, ô.

Finnick me puxou contra seu corpo e selou nossos lábios. Um beijo demorado, quente e extremamente bom. Quando o ar se tornou necessário para nós, ele deixou um leve beijo em minha testa.

– O jantar valeu muito a pena, hein. Eu preciso ir agora, me desculpe. – sorrio. – Você tem meu número e se precisar...

– Eu ligo pra você. – completo. – Boa noite, Finnick.

– Ótima noite, aliás.

Ele acena ao longe e eu solto um suspiro. Ao me virar me deparo com Cato vermelho e com os olhos ardendo de raiva. Ele passa por mim e evita me olhar nos olhos, apenas sussurra: ótima noite para você também, Clove.


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