Irresistível Fanfic Twiligth escrita por Mari Scotti


Capítulo 37
Capítulo 11 - fase dois - Indeciso


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Este capítulo tem a participação especial de um amigo, o autor Lion. Espero que gostem. Cap corrigido, Jacob era Alfa no inicio da fic então corrigi essa parte.
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Estacionei mas não sai do carro, a garagem parecia o único lugar privativo nesta casa hoje. Eles estavam eufóricos com a idéia de Bella virar uma de nós.

Abaixei o banco do carro, coloquei os braços atrás da cabeça, fechei os olhos e me pus a pensar nos prós e nos contras.

“Se Bella continuar humana perfeitamente linda como é, com a pele rosada e quente, com seu perfume que enlouquece, com seu jeitinho de menina inocente, ela irá pro céu, com a alma intacta e livre de manchas ou mortes, porque pra mim, mesmos as mortes acidentais, são assassinatos; continuará sendo atrativa pra mim... e se ela mudar e seu sentimento mudar também? Um dos meus maiores medos é levá-la comigo para a eternidade e tudo mudar... apesar de que eu sei que meu amor é eterno e puro, mesmo que ela morra, ele permanecerá vivo dentro do meu peito;

Ela não precisará se afastar da família e nem ver pessoas que ama morrer; poderá ter filhos; viverá como um humano, envelhecendo e vivendo cada fase linda da vida; não precisará se esconder ou privar-se de seus desejos... alimento por exemplo.. eu me privo do alimento mais importante para um vampiro...

Porém... se ela for como nós, irá perder a família em 10 anos, pois logo notarão que ela não envelhece e nenhum dos Cullen;precisará privar-se de seus amigos, fingir sua própria morte; precisará fazer o colegial e a faculdade milhares de vezes; perderá o privilegio de gerar um filho; perderá sua alma... e eu a terei ao meu lado pela eternidade...”

Soltei um longo suspiro, eu já havia pensado nisso tudo tantas e tantas vezes. Meu plano era perfeito! Ela morre eu morro, simples.

Mas e a dor de vê-la partir?” – sussurrou Heidy em meus pensamentos, ela adorava me pegar desprevenido, pois eu não conseguia antecipar seus movimentos, já que ela bloqueava seus pensamentos.

“Eu sei...” – sussurrei, ouvindo-a fechar a porta do carro e se ajeitar ao meu lado – “Não será fácil, mas nunca irei me culpar por...”

“Esse é o problema? Culpa?”

Assenti uma vez, esse era um dos tantos problemas que eu via em Bella ser uma vampira.

“E ela perder a família...” – acrescentei sem citar sobre a alma, ela já tinha o argumento pronto.

“Edward, é o que a garota quer... você já parou pra pensar que do jeito que Bella é desastrada ela pode tropeçar nos próprios pés, rolar a escadaria da escola e quebrar o pescoço hoje mesmo?” – eu fiz uma careta e abri a boca, mas Heidy não me deixou continuar – “ela seria privada da vida de qualquer forma, porem... sendo como nós, ela viverá tudo o que você quer com a vantagem de não correr risco de morte nem por um de nós não resistir seu cheiro e nem por acidentes corriqueiros”.

“Heidy...”

“A decisão é dela”.

“Não, não é! Temos um tratado... não podemos matar ou transformar um humano”.

“Edward e se conversarmos com os lobos?” – ela argumentou.

“Eles não irão ceder”.

“Como você sabe?”

“Eles existem para isso, evitar a proliferação de vampiros na Terra”.

“Mas Jacob...”

“É o pior deles... ele quer Bella como esposa...”

“Mas Edward... você sabe que ela não é o imprinting dele” - a olhei surpreso, como ela sabia tanto? - “Também conheço histórias e também leio pensamentos... alem do mais, os Quileutes não são a única tribo que possui seus transformos”.

Ergui uma sobrancelha me ajeitando no banco. A encarei.

“Eu imaginava que havia mais, mas não tinha certeza... você conhece?”

“Sim e são menos radicais que estes... pelo menos deixaram o Conde transformar la cantante dele” – explicou.

“Oh... eu não quero transformar Bella” – insisti.

“Teimoso”.

“Eles deixaram mesmo?”

“Não... mas Edward...” – ela se virou para mim – “Vocês são vegetarianos, vocês tem isso como vantagem sobre qualquer vampiro que exista, vocês não matam humanos, transformar alguém por amor, não é matar”.

“Eu não quero que ela sofra o que sofremos Heidy... sempre nos escondendo, sempre com medo de atacar alguém sem querer...”

“Edward, você não tem mais argumentos”. – finalizou abrindo a porta do carro e batendo-a após sair.

Não era a primeira vez que discutíamos algo assim e sempre Heidy me deixava falando sozinho. Eu tinha sim argumentos, mas o maior deles é que eu não quero Bella perdida, sem um destino certo.

 

Pelos Olhos do Jacob

(Escrito por Lion – autor de Abstinência de Sangue)

 

Não acredito que ela vai se casar com ele e além do mais ele vai transformá-la em uma sugadora de sangue parasita. Não agüento ver Bella sendo iludida pelas mentiras do homem que ela imagina que é perfeito, garanto que ela irá se arrepender depois que for transformada e não vai mais ter volta.

As imagens que eu mantinha de Bella segurando um filho meu foram como facadas no meu peito, pois nunca se realizariam. Era mais uma coisa que ela não teria depois da transformação, ela nunca poderia ter um filho estando apaixonada por um vampiro.

O pior disso tudo é saber que a culpa também é minha, pois se eu não tivesse desistido – deixando o caminho do coração da Bella livre para Edward – de tentar ser feliz ao lado dela, quem sabe ela estaria agora aqui ao meu lado e não naquele covil de vampiros vegetarianos que se acham superiores e perfeitos.

A lembrança dela falando sim para Edward estava se passando na minha mente seguidas vezes e revivia aquele momento torturante outra e outra vez novamente.

Minha cama não parecia tão confortável pra mim, estava olhando para o teto, pensando em algumas táticas que eu poderia usar para impedir os Cullen de transformar Bella.

Eu sabia muito bem que Sam não causaria nenhuma guerra só por que eu estava apaixonado e estava para perder o meu amor, principalmente por não ter tido o imprinting com Bella, ele acha que eu não a amava de verdade.

“Mas é claro que eu amo a Bella” – eu disse sussurrando para o teto do meu quarto, eu realmente não esperava que ele me respondesse, pois ele é um objeto inanimado.

Os roncos do meu pai ressoavam ao lado do meu quarto, me deixando ainda mais inquieto, estava esperando que a porcaria da briga começasse, mas o que eu mais queria é que Bella desistisse de se tornar uma parasita e viesse morar comigo e ter vários filhos.

Ergui as minhas mãos para passá-las pelos meus cabelos, percebi que elas tremiam de raiva, pois eu iria perder algo que ainda nem tinha, lagrimas escorreram por meu rosto, me deixando nervoso, pois lagrimas eram um sinal de fraqueza e tudo o que eu não queria nesse momento era ser fraco.

Por mim eu iria agora atacar os Cullen e matar todos, pois se eu matasse alguém do bando de Edward, eu tinha certeza de que teria uma chance de lutar com ele a sós, era só o que eu queria nesse momento, descontar a minha raiva no culpado de tudo ter virado de cabeça para baixo.

Mas sempre que eu comentava isso quando estava na forma de um lobo Sam dizia: “Não vamos quebrar o tratado, eles que o rompam”, traduzindo, Sam queria que eu esperasse Bella tornar uma vampira para agir... Mas não adiantaria, pois a chance de ter o meu amor estaria destruída e em poucos minutos se houvesse uma guerra, Bella se tornaria um monte de cinzas, eu juro que mataria qualquer irmão meu que resolvesse relar em um só fio do cabelo dela.

Minha cabeça parecia uma bomba relógio, era muita pressão.

Levantei-me da minha cama de supetão, tudo o que eu precisaria era ter um argumento bem convincente para fazer Sam cair na real e impedir os Cullen de fazer aquela besteira.

Sai pela minha janela, pois não queria alertar o Billy – meu pai – e deixá-lo preocupado por eu sair no meio da noite todo revoltado. Segui para a floresta, correndo na forma humana, antes de me transformar em um lobo e comunicar aos outros que eu queria uma reunião.

O primeiro que recebeu o meu pedido de uma reunião no meio da madrugada foi Seth que estava fazendo turno com a Leah – irmã dele, desde que ela se juntara ao bando, nossos pensamentos ficaram menos protegidos, pois dividir seus pensamentos com um menino é uma coisa, mas dividir seus pensamentos com uma menina é totalmente diferente.

“O que foi Jake?” - perguntou Seth em pensamento, ele pelo que eu tinha acabado de perceber tinha parado de correr, para ver o que estava acontecendo comigo, um amigo, era isso que Seth era, não apenas um colega de bando.

“Convoque os outros, preciso de uma reunião urgente”. - pensei indicando o local onde eu queria que fosse a reunião.

“Quer falar sobre o que?” - perguntou Leah entrando na conversa, pois ela estava junto com Seth.

Sinceramente, Leah é muito irritante e trata os sentimentos das pessoas como se fossem nada, só por que no passado Sam a trocou pela a prima – Emily.

“Vai ficar me ofendendo ou vai dizer sobre o que é a reunião?” - perguntou Leah ficando um pouco nervosa, por ver que eu estava pensando sobre a sua vida pessoal, mas depois de se tornar lobo, a gente não tem quase nenhuma parte pessoal.

“A reunião será sobre a Bella”. - disse finalmente, ouvi o ruivo de Seth quando ele estava chamando os outros para a reunião, Leah pareceu ter ficado incomodada.

“O que foi que aconteceu? O outro namorado dela já a transformou?” - perguntou Leah querendo fazer uma piada sem graça, ela sabia exatamente como eu me sentia em relação à Bella e ainda assim ficava me zoando.

“Pelo menos ela não me trocou por um primo meu! “ - retruquei a provocação, eu sabia que a minha provocação tinha surgido mais efeito nela do que o imaginado.

“PAREM!” - gritou o Sam entrando nos nossos pensamentos – “Jacob, você não me acordou essa hora para insistir em ir atacar os Cullen ou me acordou?” - perguntou ele parecendo frustrado.

“Imagine se você perdesse a Emily para outro cara”. - retruquei notando Leah fazer uma careta, ela não gostava dos assuntos que envolviam Emily.

“Só que você não sofreu imprinting pela Bella.” - argumentou Sam, enquanto nós conversávamos, os outros foram para o local que eu tinha indicado para que acontecesse a reunião.

“Jake, ela escolheu ele”. - disse Seth que sempre defendia os Cullen, pois tinha virado amiguinho deles.

“Ela não te quer”. – completou Leah me provocando, mas suas palavras me fizeram cair sobre as minhas patas.

“Cale-se Leah”. - Sam disse fazendo com que Leah recuasse e parasse de me provocar.

“O que vamos fazer, se eles transformarem Bella em uma vampira?” - perguntou Paul, eu sabia que ele estava louco para uma luta e não se importando com o tratado.

“Se, se, vocês tem que parar de pensar desse jeito e agir agora!” - gritei, os outros recuaram com a intensidade do meu pensamento.

“Fizemos um tratado”. - Sam disse tentando me persuadir, mas para o azar dele, eu queria muito resolver esse problema hoje.

“Podemos quebrá-lo alegando que eles estavam prestes a quebrar o tratado, transformando outro vampiro”. – falei com o melhor argumento que me veio a cabeça naquele momento.

“Se esse é seu melhor argumento, eu declaro essa reunião encerrada!” - Sam disse acabando com as minhas esperanças de atacar os Cullen agora e impedir eles de transformarem a Bella.

“Mas Sam, pelo menos reconsidere, nós vamos fazer uma votação!” - exigi.

 “Tudo bem, nós vamos fazer uma votação”. - Sam disse querendo pelo menos ouvir a opinião dos outros Quileute.

“ISSO!” - comemorando por enfim Sam me ouvir e fazer algo que pedi em relação a Bella e os Cullen.

“Tenha calma Jacob, isso é uma reunião e não uma certeza de que vamos atacar os Cullen”. – disse Sam me fazendo parar de comemorar.

“Não vamos atacá-los”. - Seth disse expondo a sua opinião diante os fatos.

“Jacob está certo, nós não podemos os deixar criarem mais vampiros”. – Paul disse concordando comigo, mas como eu já sabia, ele apenas queria lutar com os Cullen e provar que somos melhores.

“Ele só quer a Bella de volta e não se importa com o bem da nossa tribo!” - disse Leah, soltando um argumento que podia até ser verdadeiro, mas não todo ele... Eu realmente queria Bella para mim e me importava com a tribo, pois não queria machucar ninguém, era eu que queria ir atacar os Cullen, sozinho.

“Leah está certa”. – concordou Sam.

Todos votaram e é claro que o “não” ganhou, mas também como alguém iria discordar do argumento de Leah, ainda mais quando Sam a apoiara.

 “Vocês são uns idiotas!” - pensei gritando com raiva, pois agora eu teria de esperar que eles acabassem com a vida do meu amor.

 (A partir daqui escrito pela autora Bells Masen)

Era vergonhoso ter que me submeter as exigências de Sam sendo eu o Alfa, mas pelo problema ser pessoal com os Cullen e envolver meus sentimentos, foi entendido pelos anciões – ou seja, Billy e os outros – que quando o assunto fosse Bella as decisões não seriam tomadas por mim. Bufei.

Ouvi eles saírem, um a um ficando apenas Sam que pediu a todos para ficarem em forma humana, pois queria conversar comigo a sós.

Soltei um muchocho baixo, colocando minha cabeça entre as patas, eu não tinha mais argumentos, mas faria o que estivesse ao meu alcance para impedi-los.

“Jacob” – começou ele – “eu sei que você está desesperado e vou conversar com você como amigo”.

“Ok”. – disse emburrado.

“Bella fez a escolha dela... os Cullen não estão quebrando o tratado, estão fazendo isso por amor. Eu não consigo ver como ser um Cullen seja ruim para ela”. – ele tentou – “Ela ama o sanguessuga, o que eles tem um com o outro é quase um imprinting Jacob!”

“Quer dizer então que você concorda com eles matarem uma humana?” – berrei soltando um uivo alto que ecoou pela floresta.

“Não. Não concordo... mas esta é uma situação diferente...”

“Não é! Ela é humana, eles vampiros. Ela será uma vampira, portanto considerada MORTA!” – berrei de novo. Sam deu um passo pra trás, sentindo a minha autoridade Alfa naquele grito, eu mesmo não havia notado o quanto queria sdar a ultima palavra.

“Jacob, você não pode fazer nada, não podemos quebrar o tratado só porque você acha que ama essa garota!” – retrucou Sam.

Não me dei ao trabalho de responder, sai pela floresta, sem rumo, sentindo lagrimas molharem meu focinho.

Haveria uma guerra e eu a começaria.

 

Pelos olhos de Edward

 

Meu celular tocou e olhei no visor de chamadas, era Bella.

“Oi Bella

“Oi... você não vem mesmo?” – sua voz estava sonada.

“Durma meu amor, irei sim” – a ouvi desligar o telefone e ri, ela estava com tanto sono que nem se despediu, eu sentiria tanta saudade disso...

Sai do carro, fui para o meu quarto e vesti roupas mais confortáveis, um moletom e tênis, depois corri pela floresta em direção à casa de Bella, decidido a não pensar mais nisso por algum tempo e aproveitar o máximo de tempo que possuo ao lado dela.

Pelos sons pude saber que todos na casa estavam dormindo, me aproximei e pulei a janela, só então notei o cheiro diferente que havia no ar: Lobos.

“Edward” – o ouvi rosnar baixo, Jacob estava ao lado da cama de Bella com ela adormecida.

Fui até ela ignorando o cachorro, me sentei na cama e imediatamente Bella abriu os olhos.

“Você veio...” – sussurrou.

“Sim” – disse secamente, eu a teria de proibir de deixar a janela aberta.

“O que foi?” – ela esfregou os olhos e se sentou lentamente, eu iria impedir mas o vira-lata  queria conversar com nós dois – “Ja.. Jake?” – ela me olhou sem entender.

“Quero falar com vocês” – Jacob permaneceu em pé, a voz controlada temendo acordar Charlie.

“Pode falar Jake, o que há?” – Bella se ajeitou em meus braços, agora totalmente desperta.

“Ele não pode te transformar”. – Bella balançou a cabeça irritada – “Temos um acordo sanguessuga!” – Jacob falou mais alterado, me olhando nos olhos.

“Eu sei” – respondi e Bella me olhou – “O acordo de podermos morar aqui, mas sem machucar ou matar qualquer humano”.

“Você não vai me matar”.

“Vou... de certa forma” – evitei olhar para Jacob, os pensamentos dele estavam me deixando mais nervoso. Ele passava e repassava em sua mente Bella humana e Bella morta, como se eu não fosse conseguir parar de beber seu sangue – “Jacob pode parar com isso?” – o olhei após alguns segundos.

“O que ele fez?... oh... Edward, você não estará me matando e eu estou escolhendo isto... eu posso fazer um documento e assinar se você quiser Jake!” – bela bufou.

“Não pode. Uma gota de sangue e teremos uma guerra”. – ele estava falando sério, pude ver em suas lembranças a recente reunião na tribo onde somente Seth votou a favor de Bella escolher o que quer, todos os outros votaram pela morte aos vampiros porém a guerra seria só depois dela estar transformada.

“Você mataria Bella Jacob?” – o encarei.

“Se ela for uma de vocês, já estará morta” – eu senti a voz dele falhar e as lagrimas brotaram em seus olhos.

“Então eu estou morto” – afirmei.

“Sim”.

“Um morto não tem como manter um acordo Jacob”.

“Você entendeu o que eu quis dizer com...”

“Então você mataria Bella só para que ela não fique comigo”. – apelei – “Porque você a quer pra você, mesmo que custe a felicidade dela” – continuei o ataque – “Porque você é egoísta e acha que é o único dono de toda a verdade” – ele se moveu mas me levantei e o encarei – “Porque você não pode admitir que ela me ama e me seguirá pra todo sempre quando você terá apenas uma amizade forte e um carinho imenso por parte dela”.

Eu não queria ela como vampira, mas eu tinha sim motivos pra que ela fosse.

“Não tem nada a ver comigo” – ele fechou os punhos, o corpo tremulo, os olhos em mim e em Bella.

“Tem sim, porque por suas palavras agora haverá uma guerra!”

“Meninos” – Bella sussurrou e nós a olhamos – “Vai haver mesmo uma guerra?” – seus olhos estavam brilhando pelas lagrimas.

“Não meu amor”

“Sim... se ele a transformar haverá” – Jacob insistiu.

“E se eu estiver morrendo e for necessário?”

“O que?” - encarei Bella aturdido, as coisas que ela pensava eram tão absurdas!

“Se eu possuir uma doença incurável por exemplo”. – me olhou.

“De qualquer forma ele iria quebrar o acordo” – Jacob respirou fundo – “ele não pode te tocar Bella, a vida deve seguir seu curso natural”.

“Jake, nada aqui é natural” – ela o olhou – “Nada. Onde haveria vampiros e lobos numa vida natural? Vocês nem deviam existir. Então, se eu for uma vampira é o curso natural, é o meu destino”.

Ela havia pensado muito no assunto e no fundo, vi que ela tinha razão. Bella convenceu Jacob também, mas ele não daria o braço a torcer.

“Eu ser lobo é culpa desse aí”. – ele colocou o dedo apontado em meu rosto.

“E ser um vampiro é culpa de quem Jacob?” – encarei – “Ninguém tem culpa de ser um monstro”.

Ele balançou a cabeça e foi até a janela.

“Vocês estão avisados” – pulou a janela sumindo logo depois.

Bella se levantou irritada, andando de um lado para o outro no quarto, pensei seriamente em testar meu dom de persuasão mas a verdade é que, apesar de todos os meus medos, eu queria ter Bella pra sempre em minha vida.

“Edward...” – ela sussurrou – “Você me ama?”

“Claro que amo” – franzi o cenho, estranhando a pergunta.

“Mesmo que eu vire uma velhinha ou que pegue uma doença dessas que a gente envelhece e esquece de tudo...” – ela soluçou chorando baixinho, sem parar de andar – “mesmo que eu... morra?”

“Sempre vou te amar” – sussurrei me levantando e indo até ela.

Nos abraçamos e ficamos assim um bom tempo, então ouvi Charlie acordado, eu não havia notado que ele acordara, estava distraído demais. Coloquei Bella na cama mandando-a fingir que dormia e me escondi.

“Bells?” – ele abriu a porta olhando para dentro do quarto.

“Hmm” – resmungou, fungando por causa das lagrimas.

“Você está... chorando?” – ele se assustou e milhares de pensamentos ruins contra mim se aglomeraram em sua cabeça.

“Pai...” – ele se sentou na cama, fazendo carinho nos cabelos dela.

“Quer conversar?” – ela negou – “As vezes é bom filha... desabafar” – sussurrou.

“Se eu mudasse... muito” – oh não ela iria contar a ele? Oh não, não não não – “Muito mesmo... o senhor ainda me amaria?”

“Sempre vou te amar filha” – ele usou a mesma frase que eu – “Que tipo de mudanças?” – piercing, tatuagens, alargadores? Ele continuou em seus pensamentos.

“Não envelhecer”. – ela tremeu, me procurando com os olhos.

“Isso não é possível Bells” – Charlie riu.

Eu tinha que para-la, era proibido contar a um humano o que éramos, geraria desespero na população, seriamos perseguidos e estudados, entre muitos outros problemas. Os Volturi por exemplo.

Senti meu celular vibrar, era Alice mas eu não podia atende-la agora, Charlie me ouviria.

“É possível... se... se...”

“Se?”

O telefone da casa tocou, Charlie fez uma careta e se levantou indo atende-lo no andar debaixo.

“Enlouqueceu Bella?”

“Se eu contar, tenho ele pra me apoiar junto aos Black” – disse.

“Ele não pode saber!”

“Não por vocês...”.

“Bella, você não pode contar...” – ouvi Charlie subir as escadas e me escondi novamente.

“Estava mudo”. – Charlie falou sobre o telefone, eu tinha certeza que Alice viu alguma coisa e ajudou.

“Tudo bem”. – Bella falou secamente, olhando na minha direção, na certa pensando que fui eu.

“O que você está tentando me dizer Bells?”

Ela o olhou por longos dois segundos, respirou fundo.

“Eu quero ser como os Cullen”.

Oh não Bella! – pensei comigo mesmo.

“Como assim?”

“Você nunca notou que eles são diferentes pai? Que são perfeitos?” – ela arfou e puxou o ar com um pouco de força – “Que sempre estão do mesmo jeito, haja chuva ou sol e que nunca se machucam?”

“Eles são diferentes filha mas porque são mais reservados e...”

“Quantos anos você conhece o Dr Carlisle?”

“Três”

“Ele envelheceu alguma coisa?”

Fiz a janela se abrir e voaram alguns livros sobre os dois com o vento que eu fiz soprar dentro do quarto. Esses dons eram bem providenciais as vezes.

“Não que eu tenha notado” – Charlie se levantou, recolhendo os livros e fechando a janela – “Porque deixou isso aberto?”

“Pro Edward entrar”.

“O que???????” – eu pensei e Charlie berrou.

“Aparece Edward” – fiquei relutante, escondido às sombras – “Vem logo” – ordenou.

Relutante apareci, saído detrás da porta.

“Vou prender você moleque! Ela é menor e...”

“Ninguém vai prender ninguém” – Bella sussurrou – “Pai...” – ele a olhou, pensando em milhões de castigos pra ela por ter me deixado entrar – “Eu amo o Edward e ele será meu marido”.

“Sim...” – trincou os dentes, me encarando.

“Pai, olha pra mim por favor!” – pediu carinhosamente e ele se virou para ela, relutante – “Eu amo o Edward, mas não podemos ficar juntos de verdade” – a olhei também sem entender a linha de pensamento dela – “porque se ficarmos, ele... pode me machucar”.

Não estava funcionando, estava deixando Charlie com muita raiva de mim.

“Você não vai tocar nela!” – irritou-se.

“Não vou não senhor... Bella esta com sono” – a encarei, deixando-a notar que ela não devia falar nada.

A campanhia tocou e Charlie me fez ir com ele atender, era Alice quem estava à porta.

“Ela contou?” – disse assim que ele abriu a porta.

“Não”

“Contou o que?” – Charlie suavizou um pouco ao ver Alice, pois ele a amava muito.

“Ela não deve...”

“Eu sei” – começamos a subir para o quarto de Bella novamente, assim que entramos Bella correu e abraçou Alice.

“Você que está atrapalhando não é?”

“Sim” – ela sussurrou – “Vai dar errado...”

“Agora eu já comecei...” – sorriu, indo até Charlie.

“Pai...”

“Bella, você não pode contar” – Alice brigou – “Não é um segredo seu”.

Bella a olhou, os olhos banhados de lagrimas, suplicando a ajuda de Alice.

“Por que quer tanto isso Bella?” – falei chateado, ela sabia que me desagradava a ideia não podia simplesmente esquecer?

“Eu quero que você possa se soltar ao meu lado Edward, ser você mesmo, brincar e se distrair e não ficar o tempo todo preocupado se vai me machucar hoje, daqui dez minutos ou amanhã! Ou quando será que você precisará procurar alguém pra te matar porque eu me fui”. – ela afundou o rosto nas mãos chorando copiosamente.

Eu fiquei sem ação. Mais uma vez ela me provava que não estava pensando nela, mas em mim.

“Eu quero saber o que está acontecendo”. – Charlie irritou-se, indo para junto de Bella a abraçando.

“Você não consegue adivinhar?” – Bella sussurrou – “Lembra das lendas que te contei?”

“Você contou?” – Alice falou um pouco mais alto do que devia, Charlie e Bella levaram as mãos aos ouvidos assustados – “Desculpem...” – sussurrou.

“Contei as lendas... já que ele deve adivinhar!” – brigou Bella.

“Vocês são o que? Vampiros?” – ele riu, cético.


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Notas finais do capítulo

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