O Lamento Da Lua escrita por J S Neto


Capítulo 1
Um - A Substituta




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Nunca pensei que minha vida poderia mudar tão rapidamente de rumo. Não sei em qual ponto de vista minha historia seria realmente interessante e desejadora (meu “pai” que o diga) e realmente ainda não defini o que acho das ultimas coisas que vem acontecendo comigo, se é bom ou ruim, mas o impacto é desesperadamente de uma adrenalina fora de série.

As coisas simplesmente mudaram, e de agora em diante tudo está para ficar mais imprevisível.

***

Me chamo Rafael Dalmarco. Bem, não sou muito bom em me descrever, mas sou um pouco alto, tenho cabelos castanhos bem escuros e olhos bem escuros também. Moro em Salvador, na Bahia. Estudo em uma escola que finalmente consegui me adaptar durante três anos, seguindo a Rua Silveira Martins, no Cabula. É até perto por demais da minha casa. Toda manha apenas pego o ônibus que até mesmo se estiver cheio não é de se incomodar ficar em pé até chegar ao meu ponto. Caminho curto para não acontecer algo muito perigoso, talvez um assalto, no máximo. Mas enfim, esta manha está para desestabilizar um pouco as coisas normais que vinham acontecendo.

O despertador tocou no horário certo, cinco e quarenta da manha. Mas sabe como é né?... O tempo está mudando, sua cama esfria, ela só fica te chamando, ai não rola nem o toque de galo escandaloso do meu despertador cantando para me tirar dela.

Chega minha mãe, com sua maior delicadeza me acordar. Problema é se eu demorar muito de levantar, ai a delicadeza se transforma em outra coisinha que até mesmo minha irmã que divide o quarto comigo acorda. O que não é o caso de hoje, já que ela não está em casa (ela trabalha viajando).

Quando finalmente consegui levantar, adiantei apressadamente para o banheiro, quase pisando em minha gata no caminho. Procurei me arrumar logo, porque a maioria das vezes eu fico com um olhar vago e comprido por um longo tempo e quando me dou conta já estou com o horário apertado e chego à escola pra sentar no fundo da sala, o que não me ajuda muito, já que tenho déficit de atenção. Estou até conseguindo durar numa escola só e passar de ano durante o ensino médio todo, o que não acontece muito com alguns outros casos. Estou no ultimo ano escolar e espero me livrar logo de todos esses transtornos.

Calcei minha calça jeans e meu tênis Adidas Star II já um pouco surrado, vesti a farda, peguei a mochila e as chaves e me despedi apressadamente. Já estava atrasado, seis e quarenta, sendo que minha aula começa sete em ponto. Saí do meu prédio adiantando os passos.

Quando entrei no ônibus e passei na catraca, percebi que uma senhora, não muito acabada, mas com idade um pouco avançada, que estava sentada lá na frente, no banco de idoso, se virou e me encarou por uns bons dois minutos. Me assustei, claro, existe pedófilo de tudo que é jeito nesse mundo e uma velha daquela forma dá em cima de mim ia ser muito tenso. E o pior foi o que aconteceu depois, chegou no meu ponto e adivinha?

Ela desceu.

Nem agradeci ao motorista, sai correndo.

Quando cheguei, todos já tinham entrado na sala, até mesmo o Professor, ai já sabe, só sobrou o fundo pra mim (e não prestar atenção). Resultado, dormi a aula toda. Quando acordei foi com o professor me chamando para ir à diretoria. Mas nem é problema, já estou acostumado. Chegando lá tive que encarar Cristiana, a diretora do ensino médio. Cara, se existisse monstros, tipo aqueles de filmes mesmo, aquela ali... Mas não vem ao caso. Ela me deu vários sermões, dizendo que para alguém que tem problemas como os meus deveria sempre procurar garantir o lugar na frente e tal, as conversas de sempre.

O intervalo de dez minutos é um nada, nunca entendi isso. Às vezes nem dá pra respirar e o Professor que vai dar a aula seguinte já esta indo em direção à sala. Mas, hoje enfim, serviu para algo. Não é nada muito legal, antes que se pergunte, pelo contrario, encontrei a preocupação para o resto do meu dia (sem saber eu que era literalmente uma preocupação). A idosa do ônibus estava lá. Nem desci a escada toda, dei meia volta e fingi não ter visto nada. Fiquei observando do ultimo degrau para ver o comportamento dela e pensando “Como o porteiro permitiu ela entrar?”. Até que vi Matheus Brunelli (um amigo que por sinal também possui déficit de atenção e também está conseguindo se manter na mesma escola) saindo da fila da cantina. Percebi que quando ele passou na frente dela os olhos da velha o seguia.

“Safada” foi o que pensei.

–Ei – perguntei logo quando ele chegou ao degrau que eu estava com Julia Araújo, uma amiga nossa que só fala com a gente quando sua boca está de folga, já que vive beijando seu namorado. – Quem é aquela mulher ali? A que tá encostada na cantina.

–Quem? – perguntou Matheus com cara de que estava fazendo algo errado.

–Ela é uma substituta. Corneta não pôde vim. – disse Julia pegando as balas que pediu para Matheus comprar para ela. – Dez reais de troco? Mas eu só te dei dois...

Corneta é tipo um vigia, ele é bem legal. Não me pergunte por que é “corneta”, pra falar a verdade não sei nem o nome real do homem...

–Oh, não, esse ai não era para você. – disse Matheus pegando rapidamente o dinheiro e guardando no bolso.

–Você tá roubando de novo? – sussurrei olhando para os lados garantindo que ninguém ia ouvir.

Matheus tem uma certa mania de roubar coisas. Durante esses três anos que o conheço, já passei por muitas situações desnecessárias ao lado dele. Por exemplo: eu, Julia e ele já fomos parar na sala do gerente do mercado que tem na frente da nossa escola por causa que Matheus queria roubar cinco pacotes de Doritos escondendo por dentro da camisa e dando desculpa aos seguranças que era um problema de inchaço que ele tinha.

–Calma, só peguei quinze reais. – disse ele evitando olhar para mim e para Julia que se irritava com esse comportamento.

–Voltando ao assunto. O que leva a escola a substituir Corneta? Sendo que, sem menosprezar o trabalho dele, pode se passar um dia apenas sem ele presente... – disse ainda observando a velha analisar todos os alunos que passavam. – Pra mim isso é muito estranho...

***

Demorou pouco e Enzo, nosso professor de matemática já se encaminhava para sala sendo seguido por todo mundo desesperado para não ficar fora da aula.

Logo quando entrei na sala, antes mesmo que eu pudesse sentar no meu lugar no fundo, Alice Pantoja se aproximou para falar comigo.

Ela nem sempre foi de conversar muito comigo, na verdade tenho amizade com o namorado dela, o Bruno, mas raramente tínhamos conversas que ele não fosse o responsável por começar e entrosar nós dois no mesmo assunto. Quando nos falávamos era sobre algumas series de filmes e livros que gostávamos, tipo Jogos Vorazes. Ela é meio que fascinada pela historia e eu meio que gosto de conversar com ela sobre isso, já que ela já terminou de ler os três livros e eu falto ainda o ultimo, ai ela sempre tem coisas para me deixar ansioso para saber o que acontece. É bem baixinha e magra, tem cabelos tingidos em ruivo e usa óculos de grau de armação vermelha. Tem uma pele bem clara, como se nunca fosse à praia para tomar sol.

–Ei, Rafael, quer sentar lá na frente? Eu percebi que você dormiu o primeiro horário todo e acho que se manter ai no mesmo lugar não vai ajudar. – disse ela num tom amigável.

–Não sei, acho que está tudo bem pra mim... – disse percebendo que não tinha como me sentar lá sem ter que colocar uma cadeira fora das cinco filas.

–Vamos... Enzo vai compreender. Vai por mim, eu sei o que você passa, também tenho um pequeno probleminha como o seu. – disse ela aproximando, mas não juntando, o dedo indicador e o polegar na parte em que disse do “pequeno probleminha”.

–Você também tem déficit? Essa eu não sabia.

–Existem muitas coisas sobre as pessoas que a gente não sabe. – disse ela meio que me guiando para sentar onde ela estava. – Vamos que a aula já vai começar.

***

Coloquei minha cadeira ao lado dela. Minha sorte é que Bruno não me interpretou mal e tudo passou bem sobre isso. Quanto a prestar atenção... não rola, de verdade. Pelo menos eu não dormi.

Alice conversou bastante comigo sobre varias coisas. Conseguimos encontrar outros gostos que tínhamos em comum, e ela me contou de varias situações que passou em outras escolas pelo seu problema de TDAH. Só sei que quando acabou a aula estávamos falando sobre mitologia grega, o que não é muito o meu forte (não gosto de História), mas ela sabia varias coisas interessantes e me indicou curiosidades da nossa própria escola que eu nunca tinha percebido como a estátua de Demeter, deusa da agricultura, bem na entrada onde fica o porteiro, e duas estátuas: de Apolo, deus do sol, e Ártemis, deusa da caça, que ficavam debaixo de uma árvore no pátio.

Enzo por sinal nem reclamou, o que é estranho, porque ele meio que cobra bastante de mim e de Matheus para garantir que nunca fiquemos por fora da aula dele. Mas dessa vez ele simplesmente parecia está gostando de me ver sentado ali, independente de estar conversando ou não.

Enzo era um professor engraçado. Bem magro e alto, usava sempre um sapato estranho que dizia ele ser o melhor em esconder seu pé o qual ele garantia ser muito feio. Tinha sempre um caso engraçado para contar durante a aula que ajudava um pouco a me animar e prestar atenção. Ele passou por mim e por Alice e disse que queria falar com nós dois e Matheus.

Pensei rapidamente que ele na verdade tinha se irritado com a conversa excessiva entre mim e Alice, mas a presença de Matheus me deixou um pouco confuso. Provavelmente ele devia ter ficado um pouco desfocado também.

Antes de entrarmos na diretoria, vi a idosa-substituta parada no ultimo andar da escada, no caso, o segundo andar (onde nós estávamos) e ficava analisando os alunos descer da mesma forma que estava no outro intervalo: com uma cara indiferente.

Enzo nos guiou até a sala dos professores, mancando daquela forma engraçada de sempre. Chegando lá ele nos indicou cadeiras para podermos ficar sentados de frente para ele.

Sentamos e esperamos ele fazer uma coisa com os pés, que achei um pouco estranho, como se estivesse abatendo o chão antes de sentar, tipo como o cachorro faz antes de deitar para dormir, que fica rodeando o mesmo lugar varias vezes. Enfim, quando sentou ele apenas sorriu por alguns segundos.

–E então professor? – interferi adiantando um pouco o lado para eu poder descer e ainda conseguir pegar alguma coisa para comer e não ter que pegar uma fila muito grande.

–Bem... É que eu imaginei que seria interessante compartilhar com vocês o que eu encontrei recentemente. – disse ele entregando um panfleto para Matheus que havia sentado no meio. – É um grupo adaptativo. Para pessoas com déficit de atenção, como vocês, lá eles trabalham com os seus raciocínios da melhor forma para seu mecanismo intelectual.

O panfleto era tão alegrinho demais que me deu vontade de vomitar. Só faltava ter palhaços e balões voando nos cantos para ser uma propaganda de circo completa.

–Lá seria um lugar bom para vocês aprenderem melhores formas de se adaptar a alguns problemas comuns. Não é que vá adapta-los totalmente, mas pelo menos amenizará um pouco... – disse ele se levantando mais uma vez como se tivesse apressado, mas apenas foi em direção a uma garrafa térmica pegar um pouco de café. – Pensem nisso. Não precisam dar respostas agora.

–Pode deixar. – disse Alice – Eu vou conversar mais sobre isso com eles dois.

O que ela fez em seguida foi um pouco suspeito. Ela piscou o olho como se eles soubessem de algo que eu e Matheus não sabíamos, sendo cumplice de alguma coisa.

***

No intervalo ficamos sentados debaixo da arvore das estátuas dos deuses Apolo e Ártemis. Era com muita frequência que sentávamos ali, mas naquele dia eu sentia algo diferente, como uma curiosidade ou uma afeição às estatuas. Passei bom tempo prestando atenção nelas. Ali paradas, feições tão humanas e ordinárias que poderiam ser simples homem e mulher.

Parei algumas vezes para prestar atenção na conversa dos meus amigos, como no momento em que Bruno reclamou que Alice o tinha furado sem querer quando sentou no colo dele com o “-Maldito lápis que você sempre carrega”. Era estranho esse comportamento de Alice, ela sempre andava com aquele lápis, amarelo brilhante, como o sol, e com o topo coberto de cor prateada e acompanhada a uma borracha. Era um lápis normal, tirando a ponta que parecia ter um tom bronzeado (por sinal, ponta muito bem feita), mas ela o carregava como amuleto da sorte.

O que me irritava era que a velha-do-ônibus-e-substituta ficava rondando a arvore onde estávamos, observando tudo que fazíamos e muitas vezes focando mais em mim e Matheus. Algumas vezes pensei que ela estava olhando para Alice também, mas logo parou quando Alice lhe retribuiu com um olhar duvidoso.

Ela só sumiu pouco tempo antes de o intervalo acabar.

Quando o sinal tocou, chamei Matheus para procurar Julia, que provavelmente estava "engolindo" o namorado dela em algum lugar, possivelmente na biblioteca. Fomos até lá.

Antes de chegarmos à entrada do local, encontramos outra vez a vigia-substituta que nos abordou.

–Nós só vamos ver se uma amiga nossa está ai dentro. – disse para a senhora.

–Procure ela em outro lugar, aqui não tem mais ninguém. – disse fechando a grade da entrada da biblioteca de forma estranha e grosseira.

Demos meia volta para procurar por Julia no pátio que por sinal, de uma forma sinistra, já estava vazio. Todos pareciam já ter ido para as salas. Uma coisa foi estranha, quando passamos pela árvore das duas estátuas, a vigia apareceu ao lado dela.

Tipo, como uma velha daquele jeito conseguiu passar por agente sem nem percebermos? Deve ter corrido muito durante a juventude ou algo do tipo. Só falta ela agora dizer que é ladra... (Ladra e tarada: Medo dessa mulher).

–Minha senhora, tenha calma ai, viu? Você é só uma substituta. Não procure morrer de parada cardíaca correndo desse jeito não, por que a escola vai te dar apenas um socorro e mais nada. – disse quando passamos por ela.

–Morrer? – disse ela como resposta. Mas o mais estranho foi como a voz dela soava. Era tremula e um disfarçado som de águia surgia entre algumas palavras – Vocês dois são mesmo uns alvos fáceis.

–Você está bem? Está engasgada? – perguntou Matheus se aproximando e dando uma tapa nas costas da velha, que por sinal achei um pouco forte demais para uma mulher daquela idade se manter ainda de pé. Só não entendi como Matheus, um ladrão de uma figa, vem se preocupar com uma mulher que diz sermos alvos fáceis de alguma coisa.

–Morrerão antes mesmo que alguém possa protegê-los dos seus destinos! – gritou a velha empurrando Matheus e em seguida dando um grito agudo de ave se transformando em uma criatura estranhamente medonha.

Eu e Matheus arregalamos os olhos um para o outro quando vimos aquilo.

–O que é isso?! – falei ainda sem absorver o que tinha acontecido exatamente com a velha que estava ali há pouco.

A criatura abriu os braços que mostravam grandes asas, levantou voo e mergulhou na nossa direção e simplesmente desviamos.

Desviamos?

Nossos reflexos pareciam tão ágeis que pude me esquivar de um seguido golpe que vinha pelas minhas costas.

Era tão tosco o que estava na nossa frente. Às vezes pensava estar vendo uma mulher. Não, na verdade era sem sombra de duvidas uma mulher, porem era hibrida. Tipo, estranhamente com o corpo dividido em mulher e águia. Tinha grandes penas azuis e amarelas e enormes pés de aves onde devia ter pernas normais, da cintura para cima era mulher, porem com braços substituídos por longas asas.

–Não corram. Ninguém sentirá falta de duas criancinhas perdidas. – dizia enquanto planava olhando agente se afastar do campo de visão dela – Afinal, serão apenas mais outros filhos do Olimpo mortos antes mesmo de se reconhecerem com um.

Ao terminar de falar mergulhou outra vez em nossa direção, agora com as garras prontas para nos agarrar e nos estraçalhar em pedaços, não dando nem tempo para entendermos as ameaças sem sentido que dizia.

***

Você pode até pensar que eu ter encontrado o lápis da sorte de Alice atrás da arvore não significou nada naquele momento, mesmo que fosse um tipo de amuleto de sorte já que iriamos precisar muito para conseguir ainda poder dormir naquela noite, mas teve um resultado que me levou a pensar se realmente era apenas um amuleto para Alice.

Com o lápis em mão tive apenas uma estratégia e foquei em ativa-la no momento certo, escondido atrás das duas estatuas dos deuses gêmeos.

A velha-monstro (que nem era mais velha) caçava agora Matheus, que tentava se defender atrás de uma grade, onde as garras do monstro não conseguiam alcança-lo totalmente, mas o causava alguns arranhões nos braços que se fossem repetidos seguidamente no mesmo lugar poderia vir a causar graves ferimentos.

Pensei rapidamente, e deduzi que aquele seria o momento ideal para aplicar a minha ideia. Procurei por algo flexível, que pudesse lançar o lápis na direção da mulher-águia. Não encontrei nada no chão onde estava escondido. Achei um elástico de dinheiro no meu bolso (não sei pra que) no momento em que, assustadoramente, Alice desceu as escadas correndo, não fugindo, mas sim indo em direção ao lugar onde o monstro atacava Matheus que já não conseguia proteger os braços, que no momento sangravam bastante.

–Lute contra alguém do seu tamanho! – gritou Alice.

“Irreconhecível...” foi o que pensei. Um pouco irônico da parte dela, já que a mulher-águia devia ter uns dois metros e alguns centímetros de altura,e ela provavelmente um metro e cinquenta.

Alice começou a procurar nos bolsos alguma coisa que logo soube que era o que estava em minhas mãos no momento, posicionado em direção ao monstro e com a parte da borracha encaixada no elástico do dinheiro que eu puxava como se fosse um arco.

Larguei na hora certa. Antes que o monstro pudesse atacar Alice, que estava “desarmada”, o lápis acertou em cheio no meio das costas do ser estranho que soltou um grito triste e despencou do voo, virando um pó dourado antes mesmo de tocar o chão, que se espalhou pelo vento.

Alice pegou o objeto que caiu e procurou de onde tinha vindo. Quando sai do meu esconderijo para que pudessem me ver, ela ficou um pouco aliviada, em seguida olhou para o lápis com uma cara um pouco duvidosa e voltou a me olhar, só que dessa vez não parecia me olhar realmente, mas sim para outra coisa que estava debaixo da árvore.


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Notas finais do capítulo

Então é isso, espero que gostem!Por favor, comentem o que acham dos capítulos para que eu possa melhorar nos próximos ou digam o que estão achando do enredo, e tal.Tentarei manter uma rotina de postagem de uma semana a duas no máximo.Comentem (falando mais uma vez só para certificar) e até a próxima!



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