You Like Girls: "YES" or "NOT"? escrita por Toshiko


Capítulo 6
Capítulo 6.


Notas iniciais do capítulo

Minha genteeeeeeee, olhem essa nova capa, olhem, olhem e olhem mais ainda. Não é uma perfeição? Eu estou apaixonada *-----------*
E boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/407907/chapter/6

Acabei por dormir na casa do Naruto. Pode me julgar, dizendo que o que fiz foi errado, mas eu não deixaria o cara do jeito que estava sozinho. Me levantei, fui no banheiro porquê estava com uma vontade puta de fazer xixi e... PUF!, ali estava uma surpresinha para mim: minha menstruação tinha vindo –– embora era pra isso acontecer somente semana que vem. Minha menstruação era assim mesmo, toda atrasada assim como eu. Lembro-me que na primeira vez que veio, eu achei que iria morrer e comecei a chorar. Minha mãe, de tão fofa que é, pegou a câmera e começou a me gravar daquele jeito, e depois mandou para Sasori e todo o resto da família ver. Foi uma das piores épocas da minha vida, sério, meus primos e primas ficavam apontando para mim e imitando o meu choro. Eu certamente nunca perdoarei minha mãe por isso.

–– Naruto! –– gritei pela quinta ou sexta vez. Gente, o muleque não acorda e eu vou morrer aqui dentro desse banheiro. –– Caralho, acorda!

–– O que houve? –– ele perguntou de volta, e pude ouvir ele começar a correr em direção ao banheiro. Mesmo que eu tivesse o acordado, ele não xingou e nem nada. Mano, que príncipe. –– Tá passando mal?

–– Não, minha menstruação que veio. –– falei. Tudo bem até aí, né? Ok, só que o problema é: eu não posso pegar um absorvente da Kushina e continuar com essa calcinha suja. Foi aí que eu tive uma idéia, nada boa, por sinal. –– Me empresta uma cueca sua?

–– Mas porquê você quer uma cueca minha? –– Naruto perguntou, rindo em seguida. Bem, nem eu mesma sabia para que, mas não tinha outra escolha além disso. –– Se quiser eu posso pegar uma das calcinhas da minha mãe, ela nem vai perceber...

–– Não, não! –– eu disse rapidamente. Sei que a pessoa pode ser a mais angelical do mundo, mas ela não gosta de emprestar roupa e nem nada que seja DELA e somente DELA, e acho que Kushina é um bom exemplo disso. –– Só pegue uma cueca sua e traga aqui pra mim, e também um absorvente, isso sua mãe vai ser obrigada a me emprestar.

Naruto demorou pra voltar, e nesse tempo que ele não voltava logo, a água do vaso debaixo de mim ficava cada vez mais vermelho, e eu com mais medo de morrer esgotada de vez. Ainda pude ouvir Naruto atender o telefone, rir estericamente e só depois se lembrar que eu estava no banheiro.

–– Porra, demorou, hein? –– reclamei e ele provavelmente achou que eu estava brincando. –– Agora me ajuda.

Entreguei a calcinha suja de sangue para Naruto, que quase teve algum troço ao sentir um pouco do cheiro de sangue que tinha nela. Depois de um tempo, ele tacou ela na rua pela janela, e eu não quero imaginar se alguém estava passando ali perto naquela hora. Coloquei o absorvente na cueca mesmo –– e ficou até melhor, porquê eu NUNCA vou me acostumar com isso –– e então vesti minha calça novamente. A minha sorte, era que aquela calça era preta, se não, daria para ver de longe a enorme bola vermelha que estava formada do lado de trás.

Falei que iria embora, e Naruto insistiu em querer me levar em casa –– chegou até o ponto de imitar um bebê ––, mas eu apenas agradeci e disse que não precisava, porquê ele estava caindo de sono. Eu já estava saindo pela porta quando ele chegou na escada e ficou me encarando. Óbvio que achei estranho e me virei, para também o encarar.

–– O que foi? –– perguntei balançando a cabeça, numa tentativa totalmente inútil de arrumar um pouco meu cabelo.

–– Sabia que você fica mais linda pela manhã? –– Naruto respondeu, e eu o olhei mais uma vez. –– Exatamente assim... Sem maquiagem alguma, e sem essas coisas de chapinha e tudo. Fica muito lindo. –– e então se virou, dando uma última olhada em mim e sorriu. Cara, não estou entendendo mais nada, mas ok.

Quando estava voltando para casa, me deu uma vontade imensa de ligar para Sasori, e assim eu fiz. Sei que o fuso horário é diferente e etc, mas o meu irmão NUNCA dorme, e eu estou falando sério. Uma vez ficamos a noite inteira conversando, quer dizer, ele ficou, porquê aqui era tarde e lá madrugada, e em nenhum segundo sequer ele cochilou ou bocejou. Mamãe diz que isso é efeito de muita cafeína que ele tomava quando era mais novo. Acho isso uma grande mentira, primeiramente porquê sou fã de café e segundamente porquê qualquer pessoa pode ficar acordada uma noite inteira, basta ela ter insônia, como eu ou ser um completo faz-nada, como meu irmão.

–– Olá, irmãozinho. –– saudei, ouvindo ele rir do outro lado. –– Diga-me, quando você vai finalmente chegar?

–– Más notícias, pequena. –– ele disse. –– Só vou poder ir no natal...

–– Como assim? Porquê só no natal? –– perguntei, olhando para os dois lados da rua para atravessar. Sim, eu ainda faço isso.

–– Uma razão aí. –– ele respondeu. –– Mas vai ter uma surpresa, não se preocupa. E eu vou mesmo, entendeu?

–– Ah, entendi. –– falei, começando a sentir o rosto arder e não era por causa do sol. –– Assim como aquela vez no meu aniversário? E também da vez do ano novo em família?

–– Não foi porquê eu quis. –– Sasori respondeu, e pela primeira vez, sua voz estava séria. –– Você sabe porquê eu não fui, Sakura. Não é tão fácil assim estar nessa faculdade, onde nada que você faça é suficiente. E não pense que também é fácil ficar longe da mamãe, do papai e de você.

–– Tudo bem. –– falei somente. –– Só não prometa que vai vir, e depois não venha coisa nenhuma... Mas me diga, mamãe me disse que você está namorando, é verdade?

–– Mamãe disse que não iria te falar isso! –– Sasori respondeu rapidamente. E então eu soube, que estávamos de bem novamente. –– É, estou namorando, mas com quem, eu não vou contar.

Falei com Sasori até chegar em casa. Ele me disse que a pessoa com quem ele está namorando, tem o cabelo claro, assim como os olhos e é bem braquinha. Fico imaginando como essa pessoa deve ser, mas pra ser escolhida pelo meu irmão que não gosta de praticamente nada, deve ser bem linda.

Não contei pra minha mãe que tinha menstruado e muito menos que peguei uma cueca do Naruto, apenas rapei o pé para o meu quarto e lá tomei banho. Depois de me jogar na cama, eu fiquei me perguntando uma coisa: porquê estou me metendo na vida do Naruto? Tudo bem que ele é meu amigo e tudo, mas a um tempo atrás, ele me beijou e acredite, eu não gostei nem um pouco daquela atitude dele. Eu deveria mesmo era estar tentando descobrir o que EU sou, e não ficar ajudando ele, porquê ao menos ele já sabe o que é. Ah, para ser honesta, nunca estive tão confusa em toda a minha vida...

Peguei o celular e fiquei mechendo atoa. Não sei o que me deu, mas fui até o calendário e então vi; estava quase chegando o dia. Esse tal de dia, é quando eu e Hinata vamos acampar em uma floresta que fica um pouco longe daqui da cidade. Parece bobeira, mas fazemos isso desde que nos conhecemos, a idéia foi dela mesma e eu entrei nessa junto. Fizemos uma promessa que sempre iríamos acampar, e quem a quebrasse, ficaria sem a amizade da outra para sempre –– eu tinha 6 anos na época, então é de se imaginar que eu não sabia o que estava prometendo. Mas sinto que esse ano a coisa vai ser diferente, não sei porquê, só sei que sinto.

–– Sakura, a Hinata está aqui! –– minha mãe gritou lá debaixo, mas Hinata sempre sobe quando vem aqui sem avisar, que estranho...

–– O que foi? –– perguntei ao descer as escadas e tentando olhar para ela.

–– Já arrumou suas coisas? –– ela me perguntou de volta e eu fiquei sem saber o que falar. –– Antecipei o nosso “evento” para que a gente possa se divertir mais.

–– E nem me avisou? –– perguntei. Eu estava indignada com aquela notícia, porquê eu nem fazia idéia de como começar a arrumar minhas coisas. –– Não arrumei nada.

–– Tudo bem, eu te ajudo! –– Hinata disse, e logo em seguida jogou a mochila dela no chão e começou a me puxar para cima novamente.

Lá ela pegou a minha mochila sem que eu permitisse –– como se ela se importasse com isso –– e começou a colocar roupas que eu nem iria usar, por isso, tirei tudo e mandei ela ficar quieta e sentada na cama enquanto EU mesma arumava as MINHAS coisas. Hinata ainda tentou levantar uma ou duas vezes para tentar “ajudar”, mas acabei ficando brava e gritei de vez, então só assim ela quetou. Arrumei poucas coisas, diferente de Hinata que com certeza estava com outra mochila em algum lugar. Quando desci, minha mãe não falou nada, porquê ela sabia que eu tinha que ir nesse negócio mesmo que não quisesse. Meu pai não estava ali, e eu iria subir novamente para dar um até logo, mas quem disse que Hinata deixou? Me puxou para dentro do carro de Neji e então seguimos para o fim do mundo.

A única coisa boa até agora é que Tenten não veio, ou ela estaria me encarando pelo espelho. Pensei em falar com Neji sobre ela e tudo mais, mas eu duvido muito que ele vai ser capaz de fazê-la mudar de idéia sobre mim. Que seja. Se ela quer descontar o ódio que tem no meu irmão, que desconte, mas que só não fique achando que eu irei ficar agüentando isso para sempre.

Encostei a cabeça no vidro e acabei dormindo. A última coisa que senti ou ouvi, foi Hinata primeiro me sacudindo de leve, e depois se encostando em mim. E então, o que veio em seguida, não foi nada agradável. Acho que Neji estava com sono ou algo do tipo, porquê ele acabou quase que capotando o carro com todos nós três lá dentro. Por sorte, isso não aconteceu, mas ficamos fora da estrada por um tempo. Eu e Hinata decidimos que era melhor seguir a pé, e foi isso que fizemos.

–– Meus pés estão doendo muito, Saky! –– Hinata reclamou quando nem tinha dado um minuto de começarmos a andar. –– TÁ DOENDO! –– ela gritou e eu tampei sua boca antes que alguém passasse e achasse que estávamos perdidas.

–– Eu vou carregar você, mas só por hoje. –– falei, colocando a mochila no braço. Hinata andou um pouco para trás e logo em seguida começou a correr e subiu nas minhas costas. Ela não era muito pesada, mas depois que comecei a andar, ficou difícil até de respirar.

Depois de horas, chegamos a floresta. Ainda estava do mesmo jeito desde a última vez que tinha ido lá, como se nada tivesse mudado... Sorri ao olhar para cima, e perceber que ainda tinha a mania de ficar encantada com os pássaros cantando. Eu parecia uma louca, no meio daquele tanto de árvores, sorrindo. Hinata se colocou do meu lado e também fez o mesmo, por um segundo eu desviei meu olhar para ela, que de tão burra, nem percebeu, mas ao perceber, comecei a ficar nervosa e sai para tentar montar a barraca.

Eu estava tirando aquilo daquele pequeno saquinho, quando me lembrei: nem eu e nem Hinata sabíamos montar uma barraca. Geralmente, quem montava era o Neji, mas acho que isso não daria muito certo se ele ainda estivesse “naquele” estado. Me sentei em um tronco de árvore e olhei para Hinata, ela estava lá longe, perto de um rio olhando para um lado e para o outro. Foi exatamente no momento em que ela me chamou com um dedo e sorrindo, que eu tive certeza que esse ano seria diferente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!