You Like Girls: "YES" or "NOT"? escrita por Toshiko


Capítulo 1
Capítulo 1.


Notas iniciais do capítulo

Era para a minha pessoa estar postando somente quando estivesse pronto, maaaaaaaaaaaaaaas, eu não resisti, é.
Estou postando mais por uma amiga, que ao saber da idéia da fanfic, disse para que eu terminasse logo, que teria o prazer de ler. E cá está.
Eu tenho a estória até o capítulo 11, mas logo vou ter mais.
Ah, e essa capa, não liguem, era só para não ficar sem, provavelmente logo vai ser trocada.
Boa leitura, e bom dia >



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Cá estou eu, vendo ela de longe.

Como ela ficou tão linda, eu não faço idéia, mas sei que está. A parte de “frente” cresceu bastante, isso provavelmente porquê ela não era mais virgem. O cabelo extremamente preto e curto de antes, agora era descolorido e tinham mechas californianas. Hinata estava mais mudada que eu imaginava, mas o sorriso de sempre estava no rosto, e ficou ainda mais largo quando ela me viu e veio correndo me abraçar, como sempre fazia.

Eu e Hinata sempre fomos melhores amigas, digamos assim. Nossas mães se conheceram um pouco depois de nós nascermos, e quando eu entrei na escola, ela entrou na mesma sala que eu. Ela não era quietinha e faladeira, ela era ela, só isso. Hinata conhecia as “populares” da escola, e todas sempre estavam chamando ela para andar na rodinha, o que me irritava bastante, porquê eu nunca fui popular como ela. Na 8ª série, ela mudou para o período matutino, o que me deixou bastante mal e até tentar fazer alguém mudar para a tarde no meu lugar. Mas ainda nos falávamos, e eu quase sempre ia na casa dela, que era meio longe e eu nem sempre ia porquê quase me perdia na hora de voltar. Com o tempo, ela arrumou um namorado, um tal de Jon, e foi com esse tal de Jon que ela largou de ser virgem. Lembro-me que ela mal conseguia andar, e a primeira coisa que eu perguntei foi “Doeu?” e ela me respondeu “Pra caralho.” Com o tempo, eu parei totalmente de ir na casa dela, ás vezes nos falávamos pelo facebook, mas bem raramente e ela também sumiu, o que eu também fiz. Esses dias vi Neji na rua, perguntei por ela e ele me disse ela iria pra minha escola, e foi isso que aconteceu a dois meses atrás. Quando vi Hinata entrar por aquele portão enferrujado,  juro que quase chorei.

Agora você me pergunta: “Como você sabe que está apaixonada por ela?” Isso eu também não sei, mas sei que estou. Na verdade, se pensar bem, eu sempre estive apaixonada por Hinata. Sempre tive vontade de experimentar o beijo dela, principalmente quando ela disse que uma vez tinha beijado uma menina que tinha ido dormir com ela. Óbvio que fiquei com vontade de beijar ela, quem não ficaria? Então, eu deixei ela marcar uma ficada com um menino pra mim, e como era meu primeiro beijo, eu disse que treinaria, só que com ela. Eu pensei que ela fosse pirar, dizer que aquilo era loucura e que de jeito nenhum faria, mas ela somente disse “Beleza.”.  Só que não deu tão certo assim, porquê a mãe dela, a maldita mãe dela quer dizer, ficou em casa no dia em vez de ir trabalhar e entrar pro quarto com uma amiga e trancar a porta, já é um motivo para desconfiar que estão fazendo algo proibido.

Eu nunca contei pra ninguém sobre isso, de mim gostar um pouco mais de meninas do que de meninos, principalmente pra minha mãe ou ela me mataria na primeira palavra, ela nunca me ouve por inteiro antes de começar a brigar.

–– Oi Saky. –– comprimentou Hinata, depois de séculos se sentando do meu lado, porquê tinha sido parada para conversar com Karin. Maldita seja, Karin. –– Você parece distante, que estranho.

–– Eu, distante? –– dei uma risada falsa, que qualquer um podia notar, menos ela. –– Não mais que o normal, né? Mas, me diga, onde está Jon que até agora não o vi?

–– Jon? –– ela perguntou, revirando os olhos. –– Terminados, eu te contei, não lembra? Ele foi pra outra cidade, e não acredito em amor á distância.

–– É verdade que você me contou, mas não que tinham terminado. –– eu acabei rindo sem ter a intenção, porquê por dentro eu estou morrendo de rir. Jon realmente iria a trair na tal outra cidade. –– Está pensando em mais alguém pra pegar?

–– Hum? –– ela perguntou de volta, arrumando o cabelo pelo espelho quebrado. –– Ah, sim, aquele ali. –– Ela apontou para Sasuke. –– É até bonitinho.

–– Ele não, Hina. –– eu disse. –– É galinha, e com certeza vai te largar.

–– Quem disse que eu quero um relacionamento sério? –– ela disse, se levantando e jogando a mochila para mim. –– Você, que nunca namorou, não perde nada. É muito ruim, não se pode fazer nada sem ter alguém reclamando que você está se jogando encima de outro alguém. Enfim, é um saco. Eu vou falar com o meu futuro ficante, e você leva minha mochila, falou?

–– Falou.

Fui em direção a sala, andando devagar e dei uma olhada para trás, vendo uma Hinata se jogando encima de Sasuke, o que não precisava. Faziam cinco meses que as aulas tinham começado, e eu ainda não tinha feito muitos amigos. Eu conversava com algumas pessoas, como o Naruto e a Ino, mas era só conversa. Dizem que eu sou anti-social, o que é mentira, porquê depois de um tempo que você me conhecer, eu viro o demônio e não calo a boca um segundo sequer.

Fiquei esperando e esperando a aula começar, já que não tinha mais nada pra fazer. Pensei em abrir a mochila de Hinata pra ver se achava alguma coisa de interessante lá dentro, mas não tive oportunidade já que ela entrou e pegou a mochila. Ela e eu sempre sentávamos juntas, já que nenhum professor se importava de fazer isso, mas hoje não. Hinata foi se sentar junto com Sasuke, que sentava também no fundo, um pouco perto de mim e eu fiquei sozinha.

–– “Pelo amor de Deus, não comecem com apelidinhos melosos.” –– pedi comigo mesma, olhando para os dois que estavam abraçados.

Passei a aula inteira olhando para os dois, teve uma hora que até levei uma bronca de Kakashi, mas ok. Eu fiz a mesma coisa de sempre; fiquei no portão esperando Hinata, para podermos ir embora juntas, mas não foi isso que aconteceu, infelizmente. Ela tinha saído com Sasuke, o que eu achei que ela deveria ao menos me avisar que faria, assim eu não perdia meu tempo esperando ela.

Cheguei em casa bufando de raiva, e nem falei nada, subi direto pro meu quarto e enfiei os fones de ouvido, claro, no último volume como sempre pra ninguém me incomodar. Fiquei encarando o teto, enquanto ouvia uma música que Hinata tinha me mostrado uma vez, ela não sabe, mas sou viciada nela faz séculos, só por causa dela, mas ainda sim quando ela pergunta sobre a música, eu digo que é idiota e que ainda odeio. Me espantei quando meu celular vibrou mostrando uma mensagem dela, não era normal ela gastar seu “precioso tempo” comigo.

Tá chateada comigo? :c

Imagina.” Irônica demais. Perceba, Hina, perceba.

Awwn, ainda bem.” Merda, como pode ser tão lerda?! “Não vai dar pra ver aquele filme que ficamos de ver, to indo pra casa do Sasuke. Te amo, Saky.”

Preferi não responder, e ela deve ter entendido isso já que não mandou mais nenhuma de volta. Eu não costumava receber “Te amo.” da Hinata, era tipo, algo realmente bem raro de acontecer, acho que ela deve estar com febre ou algo do tipo. Não tem nada pra fazer em casa, e pra melhorar, parece que todos estão saindo uns com os outros, e não sobra ninguém pra mim. Meu celular vibrou de novo, e o peguei com raiva, mas não era Hinata dessa vez, e sim Ino.

Oi Sakura, tá ocupada?

Não, porquê?” Ótimo, acho que alguém vai sair de casa.

Ah, nada. Eu estou aqui no shopping, e você sabe, eu sou nova na cidade e acabei me perdendo. Tem como você vir aqui e me ajudar?

Claro.” Mano, que burra, mas ok, ela é loira. “Tenta me dizer onde exatamente você tá.”

Hum... Perto de uma sorveteria.” Ela realmente é burra. “Sabe onde é?

Me diz a cor da sua blusa, ou algo assim, que eu vou te caçar.

Roxa.

Ok, logo tô chegando aí.

Tomei banho e peguei qualquer roupa que vi na minha frente, desci e gritei que ia sair, geralmente eu não dava detalhes de onde eu saía, por isso minha mãe não era mais de perguntar, o que eu comecei a agradecer em vez de reclamar achando que ela não me ama mais e não quer me ver dentro de casa.

O pior de tudo no shopping, é que tem mais de mil sorveterias e loiras com a blusa roxa. Fiquei parecendo louca enquanto perguntava pra todo mundo se era a Ino, mas todo mundo me olhava espantado e não era. Eu tinha chegado na merda do shopping eram 17:40 e agora já estavam quase dando 20:00. Tava perdendo a esperança, quando vi Ino na minha frente, agradeci e corri até ela.

–– Finalmente te achei! –– eu disse, ofegante e sorrindo ao mesmo tempo. –– Por favor, nunca mais se perca assim ou eu não vou ser capaz de te achar.

–– Valeu, Sakura! –– ela agradeceu, me dando um beijo no rosto. Ok, estranho e até demais. –– Eu queria ir a um restaurante, mas não sei onde é. Então eu já desisti de ir. –– Quando ela falou isso, eu olhei pra ela com uma sombrancelha arqueada. Sério que ela me fez andar séculos, pra depois dizer que ia ficar?!

–– Quer assistir um filme comigo? –– sugeri, estávamos lá mesmo, não tinha nada a perder.

–– Tudo bem! –– ela disse, me puxando logo em seguida.

Eu avisei que seria um filme de terror, e Ino disse que não teria nenhum problema e que ia até gostar. Ok até aí, mas logo quando o filme começou, ela pegou no meu braço com muita força e o pior: ela tinha unhas ENORMES e estava parecendo que eu tinha um gato raivoso do meu lado, e não uma pessoa. Hinata me mandou milhares de mensagens, dizendo como estava “divertido” ficar na casa com Sasuke, e eles estavam sozinhos, não quero nem imaginar o que os dois estão fazendo. Não era só Ino que tava morrendo de medo do filme, e sim todo mundo, porquê parecia que todo mundo tava prestes a gritar qualquer hora. Eu particularmente não tenho muito medo, acho até normal, e ás vezes vejo comendo.

–– Eu não quero mais ver isso, Sakura! –– disse Ino, o mais baixo que pode, se escondendo na cadeira. –– Vamos sair!

–– Tudo bem. –– eu disse, me levantando com ela. Não me importava de sair, embora quisesse muito ter visto até o final, depois posso pegar na locadora quando sair em DVD.

Depois Ino teve que ir no banheiro, e eu fiquei ao lado dela, de braços cruzados só olhando o quanto ela se arrumava mais e mais, sendo que já estava linda. Não entendo isso nas meninas, embora ás vezes aconteça comigo também, a mania de sempre passar tanta maquiagem pra na maioria das vezes não ver ninguém. Fiquei olhando para Ino por um tempo longo demais, e ela percebeu.

–– Me diz, de quem você gosta? –– ela perguntou, odeio essas perguntinhas estúpidas.

–– De ninguém. –– respondi como sempre. –– E você?

–– Eu gosto um pouco do Sai. –– ela respondeu, mas eu nem sei quem é esse Sai. –– Acho que sei de quem você gosta...

–– Eu não gosto de ninguém, Ino, já disse. –– falei, olhando para o outro lado do banheiro. Se ela achava, eu tinha certeza, qualquer um já deve ter percebido.

–– Você gosta... –– ela começou, e minha respiração ficou acelerada do nada. –– do Naruto!

–– Claro que não! –– falei, aliviadíssima por dentro. –– Ele é meu amigo, digamos assim, já que ele fala comigo uma vez por mês.

Ela somente riu e nós finalmente saímos. Já estava escuro, e também era tarde, mas eu gostava de ficar na rua, mesmo que fosse segunda. Ino falava demais, demais mesmo, por isso eu raramente puxava assunto, porquê minha cabeça chegava começar a doer quando ficava perto dela por mais de uma hora. Teve uma hora, quando estávamos saindo do shopping, que duas meninas passaram pela gente e deram um selinho, Ino ficou com cara de novo e disse que deveriam proibir que pessoas do mesmo sexo fizessem aquilo em público. Isso me deixou um pouco mal, porquê se algum dia eu viesse a namorar Hinata, com certeza seriamos vistas como lixo. Por mim, não tem nenhum problema, mas por Hinata é diferente.

–– Obrigada por me trazer até em casa, Sakura! –– agradeceu Ino, quando paramos na frente da casa dela. –– Até amanhã!

–– Até amanhã. –– me despedi, agradecendo mentalmente por finalmente ter me livrado dela.

A casa de Hinata ficava um pouco perto dali, e já eram 21:50, então provavelmente ela não estaria mais na casa do Sasuke, por isso eu fui pra lá. Quando cheguei, Neji foi quem me atendeu, e tinha uma garota ao seu lado, achei que deveria ser Tenten, a tal “vadia” que Hinata tinha me falado.

–– O que você quer, Sakura? –– perguntou Neji, da forma mais educada possível.

–– A Hinata não tá em casa? –– eu perguntei de volta.

–– Não. –– ele respondeu. –– Ela vai dormir na casa do Sasuke, achei que ela tinha te avisado.

–– Ah, não viu avisou não, mas obrigado mesmo assim. –– eu disse, já andando porquê tal Tenten me olhava de um jeito assassino.

Segui para casa novamente, já sabendo que quando chegasse, levaria uma bronca da minha mãe por estar tarde demais pra andar pelas ruas e que alguém podia me assaltar, ou me estrupar, essas merdas que toda mãe tende em falar, já sabendo que ninguém vai mesmo ouvir.

Quando abri a porta, minha mãe me olhou de um jeito estranho e eu subi pro meu quarto antes que ela começasse a falar. Coloquei qualquer blusa e um short, deitei e esperei que o sono viesse, mas não foi isso que aconteceu. Todas as noites estavam sendo desse jeito; eu pensando em Hinata. Eram 01:00 hora da manhã quando eu desci as escadas e peguei um remédio que minha mãe tomava, claro que peguei escondido ou ela me mataria, tomei uns três e subi pro meu quarto de novo. Menos de uma hora e eu já tinha apagado por completo.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada a quem leu, de verdade.