Já estava um pouco tarde então eu fui me arrumar, vesti uma roupa simples não me enfeitei muito. Tinha que ligar para o Biel, procurei meu celular pelo meu quarto, mas não achei, deve estar no quarto do Vitor. Saí do meu quarto e fui até lá. 

- Vivi. 

Disse sem nem bater na porta fui logo entrando. 

- Nossa, pode entrar. 

Ele disse passando uma toalha no cabelo, ele tava sem camisa o que me fez ter alguns pensamentos impuros, mas me controlei. 

- Já entrei mesmo, você viu meu celular por aqui? 

- Não, por que ele estaria aqui? 

Ele perguntou olhando para mim e eu revirei os olhos. 

- Será porque passei três dias trancada nesse quarto com você? 

- Mas lembra que você tava sem celular? 

Ele disse no mesmo tom que eu tinha falado. 

- Mas ele poderia estar aqui. 

- Lógico que não, você entrou aqui sem ele. 

- Então você sabe onde está? 

- Sei, mas não vou dizer, se vira e procura. 

- Será que você pode ir pra merda? 

Disse mostrando a língua para ele e saí do quarto. 

- Nossa Lia, vai para onde tão linda? 

O Lucca disse saindo do quarto dele. 

- Vou comemorar a liberdade. 

Disse encarando ele. 

- Isso mesmo Lia, comemore muito e se divirta foram três dias trancada né? 

Ele disse meio que querendo zoar comigo, mas esses filhas da mãe tão doido para apanhar, tem amor á vida não umas pessoas dessas. 

- Pois é, foram três dias trancada, foram três dias sem comer direito, foram três dias brigando com o Vitor, foram três LONGOS dias bolando uma vingança contra vocês três.  

Disse sorrindo com a cara de medo que ele fez. 

- Quem ri por último, pode ser retardado, mas ri melhor Lucca  fica de olho. 

Deixei ele lá e fui até o andar debaixo atrás do meu celular, até que ele começou á tocar e achei ele em cima da mesinha perto do sofá, peguei e atendi. 

- Alô?! 

- Lia minha diva, já ta pronta? 

- Oi Biel Fabuloso, to sim pode vir. 

- Ta okay, to indo aí. Beijos. 

- Beijos. 

Desliguei o celular e fui até a cozinha, os meninos desceram, todos eles. 

- Nossa vocês vão sair e nem convidam. 

O Dinho disse se sentando em um banquinho enquanto eu tava encostada na pia bebendo água e o Vitor  abria a geladeira. 

- É por que hoje é uma comemoração nossa, e eu juro para vocês que vocês não iam querer sair comigo essa noite, não com todas as formas que eu já matei vocês mentalmente, vai que eu resolvesse tirar da teoria e pôr em pratica? 

O Vitor disse rindo e eles riram junto, mas não foi uma risada tão espontânea. 

- O que é isso gente que coisa feia, vingança não leva á nada. 

O Gui  disse vindo pro meu lado e me abraçando pelo ombro, eu olhei para ele e arqueei as duas sobrancelhas. 

- Eu vou me vingar de um por um, e cuidado Guilherme  você pode ser a primeira vitima, ou a última para sofrer mais já que a ideia foi sua. 

- Credo Lia, as vezes eu me esqueço da sua mente psicopata. 

Ele disse fazendo uma careta e saindo de perto. A campainha tocou. 

- Deve ser o Biel, deixa que eu abro. 

Coloquei meu copo na pia e fui até a porta. Abri com um sorriso grande, mas ele se desfez assim que vi quem era. 

- Vish. 

Eu disse e a Kika me olhou dos pés a cabeça com uma careta e foi entrando. Fechei a porta e segui ela até a cozinha. 

- Oi garotos. 

- O que tu ta fazendo aqui? 

O Lucca  perguntou sem nem cumprimentar ela. 

- Nossa Lucca, pensei que você me trataria melhor. 

Ela disse como se tivesse se ofendido. 

- Desculpa. Oi Kika como você está? Agora sim, o que tu faz aqui? 

Eu ri e ela revirou os olhos. 

- Vou sair com o Vitor. 

- O que te deu para você voltar para ela? 

O Dinho  perguntou olhando para a Kika e fazendo uma careta. 

- Adivinha o que ela deu para ele voltar Dinho. 

Disse segurando o riso e os meninos soltaram uma gargalhada. 

- Liaaa cadê você? 

Escutei a voz do Biel e logo depois o barulho da porta. 

- Na cozinha. 

- Vamos meu am... 

Ele ia continuar, mas na mesma hora entrou na cozinha e deu de cara com a Kika. 

- Tinha que chegar o viadinho. 

Ela comentou rindo. 

- Nossa pensei que agora fosse seu horário de trabalho. 

Ele olhou o relógio e depois olhou para ela. 

- Posso saber o que você está insinuando? 

- Eu? Nada, só pensei que você estaria trabalhando nesse horário, mas esqueci que você ta fazendo serviço particular agora, né? E ainda é de graça. 

Ele disse se referindo á ela estar com o Vitor. Nós começamos á rir, menos a Kika e o Vitor que estava segurando o riso. 

- Olha aqui seu idiota, eu quero que você vá para a puta que pariu. 

- Olha aqui você Kika, não tem como ele ir para puta que pariu agora, pode deixar que ele espera você engravidar e dar a luz para poder ir na sua casa, agora nós vamos indo porque não queremos chegar atrasados, tchau para vocês. 

Disse abraçando o Biel  e levando ele até a porta. 

- Isso aí Lia, é por isso que eu amo você. 

Ele disse segurando meu rosto e me dando um selinho. Eu sorri. 

- Vamos Biel, temos que chegar logo na casa da sua amiga, ela quer conhecer sua namorada diva. 

- Com certeza. 

Ele disse rindo e me abraçando pela cintura enquanto íamos até o carro dele. Fui conversando com ele durante todo o caminho. 

- Pronto Docinho, chegamos. 

Ele disse estacionando o carro em frente de uma casa grande e bem movimentada parecia ter muita gente e a música estava alta. 

- Vamos. 

Disse descendo do carro, seguida pelo Biel que deu a volta e me abraçou pela cintura. 

- Vamos namorada? 

- Vamos. 

Ri e fomos entrando, a casa realmente era grande e tinha muitas pessoas. 

- BBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBIEEEEEEEEEEEEEEEEELL! 

Uma garota média, ruiva e branca veio correndo na nossa direção. 

- SOPHIA MEU AMOR! 

Eles se abraçaram. 

- Essa é sua namorada? Ela é gostosa. 

A tal da Sophia disse piscando para mim. 

- É ela sim, Lia  essa é minha amiga Sophia. Sophia essa é minha namorada Lia. 

- Prazer. 

Ela disse me dando dois beijos na bochecha. 

- O prazer é meu .

- Lia cuidado com essa aí, só tem cara de santa. 

- Eu ainda tenho cara de santa? Então to ótima. 

Ela disse nos fazendo rir. 

- É sério Lia, não fica perto ou você pode ser atacada. 

- Atacada? Como assim? 

Olhei para a Sophia que me olhava dos pés á cabeça com um olhar estranho. 

- A Sophia é lésbica. 

O Biel  disse e eu olhei para a Sophia que sorria para mim. 

- Eu não ligo, preconceito zero comigo. 

Disse para ela que olhou para o Biel. 

- Gostei dela, e não sei como você continua sendo gay com uma garota dessa do teu lado, na boa. 

Ela disse me fazendo rir. 

- Onde tem bebida? 

- Ali, pode ir lá que daqui a pouco eu to indo. 

O Biel apontou para uma mesa onde tinham várias garrafas e copos. 

- Okay. 

Disse dando um selinho rápido nele e indo até lá. Peguei um copo com whisky e me encostei na parede observando o lugar, era uma casa bonita e tinha muita gente. 

- Vish a biscate chegou. 

O Biel disse vindo na minha direção. E o Vitor e a Kika vindo atrás dele. 

- Ela está atrás de você, Biel. 

- E eu com isso? SABE QUE É BISCATE MESMO. 

Ele disse a última parte alto e me abraçou. 

- Bom Kika já chegamos, agora você pode ir dar uma volta por aí. 

O Vitor disse para a Kika fazendo gesto com as mãos. 

- Mas Vitor... 

- Kika vai. 

- Vai biscate, vai. 

O Biel disse dando corda, ela fez uma careta e saiu andando com raiva. 

- Lia eu vou ali rapidinho, já volto. 

Disse o Biel  piscando para mim sem o Vitor ver e saiu sorrindo. 

- E aí, de quem é essa casa maneira? 

O Vitor disse pegando meu copo de whisky. 

- Da amiga do Biel, Sophia o nome dela. 

Disse pegando meu copo de volta. 

- Mas é gata? 

Pegou meu copo de novo. 

- É sim, mas não é para você não e eu acho que nem adianta insistir. 

Peguei meu copo de volta. 

- Por que? Garota alguma resiste ao meu charme. 

Pegou meu copo de volta. 

- Vai por mim, ela não vai te querer e se você pegar meu copo de novo eu quero seus braços. 

Disse fazendo ele rir e pegando meu copo. 

- Aposto que não consegue nem um beijo dela. 

- Hm, falando em beijo me fez lembrar de uma coisa. 

- O quê? 

- O beijo que você me deu hoje mais cedo, aquilo faz com que eu ganhe a aposta né? 

- Lógico que não, por que faria isso? 

- Porque a aposta era que eu não beijasse você, mas como você me beijou a aposta acabou e eu ganhei. 

- Isso não tava nas regras. 

- Acabei de colocar e fim de papo. Agora vai ter que fazer o que eu quiser. 

Ele disse me olhando com um olhar cheio de malicia. 

- Vitor... 

- Vamos começar com uma dança. 

Ele disse me puxando pela mão. Ele me abraçou pelas costas e começou a dançar comigo. Ele colocou meu cabelo no outro ombro e começou a beijar meu pescoço, enquanto sua mão que me abraçava pela barriga descia até minha coxa. 

- Vitor. 

Disse puxando sua mão da minha coxa para cima. 

- Eu sei que você gosta Açucar, você só não admite.  

Ele disse e pude escutar sua risada em meu ouvido. 

- Do mesmo jeito que você gosta do jeito que eu te provoco. 

- É mais eu ia gostar mais se passasse das provocações para outra coisa. 

- Sonha Machado. 

Disse dessa vez dançando com ele. 

Eu tenho um segredo que quero te mostrar oh 
          Eu tenho um segredo, então vou descer até o chão 
          Sem provocar, você já esperou o bastante 
          Vai fundo, eu vou te dar o que você não consegue pegar 
          Não se contenha, você sabe que eu gosto de quando é selvagem 
          Você sabe que eu estou te sentindo, sabe que estou gostando 
          Então por que está parado aí com suas roupas? 
          Querido, tire tudo pra mim, tire suas roupas 
          Não se preocupe, querido, eu vou te encontrar no caminho 
          Porque eu sei que você quer me ver 

- Açúcar, depois você reclama que eu sou o safado aqui né? Acontece que você não é santa. 

Ele disse me puxando para ainda mais perto dele. 

Sem salto alto, sem blusa, sem saia, só vestindo a minha pele 
          Sem jeans, tire tudo, eu quero sentir a sua pele 
          Você é bruto, você sabe que eu gosto disso (sua pele) 
          Venha aqui, querido, tudo que eu quero ver é a sua pele 
          Oh oh, sua pele, oh oh, apenas a pele 
          Oh oh, eu estou amando a sua pele, oh oh 

Ele me virou para que eu ficasse de frente para ele e veio me beijar, mas desviei o rosto e sorri. 

- Nem pensar. 

- Lembra? Tudo o que eu quiser. 

Ele disse sorrindo. 

- Eu disse que não Vitor. 

- Tudo bem, eu cobro em casa. 

Ele sorriu e piscou para mim. 

- Idiota. 

Disse revirando os olhos. Saímos da pista de dança e voltamos para onde estávamos antes. 

- Lia, vamos dançar? 

A Sophia disse vindo na minha direção. 

- Claro Sophia, Vitor essa é a Sophia a dona da casa e amiga do Biel. 

- Prazer Sophia. 

O Vitor disse sorrindo para ela, cheio de segundas intenções. 

- Prazer Vitor e nem me olhe assim, que eu gosto da mesma fruta que você. 

Ela disse rindo e dando um beijo em casa bochecha dele. 

- Como assim? 

- A Sophia é lésbica, Vivi. 

Disse rindo. 

- Como pode Senhor? Quanto desperdício. 

- Pois é, deixa eu ir lá dançar com ela. 

Disse sorrindo para ele que fez uma cara pensativa. 

- Vitor o que você ta pensando? 

- No que você acha Lia? 

A Sophia disse e ele riu. 

- Seu tarado. 

Disse dando um tapa nele, aposto que já tava pensando sacanagem entre eu e a Sophia. Deixei o Vitor  lá e fui dançar com a Sophia. 

- Esse é o Vitor? O menino que o Biel  me contou? 

- Deve ser ele mesmo. 

- Ele é um gato, se eu não gostasse de mulher eu pegava. 

Ela disse e eu ri. Chegamos no meio da pista de dança e começamos á dançar. A Sophia chegou para mais perto de mim e começamos á dançar juntas. Ta acho que ela tava se aproveitando da situação. 

- Sophia você não ta se aproveitando de mim não, né? 

- Que é isso Lia, lógico que não. 

Ela disse com um sorriso brincalhão e piscou. Não me importava tudo o que eu queria no momento era dançar, continuei dançando, brincando e me divertindo com a Sophia, quando a música acabou estávamos suadas e riamos caminhando até onde ficava a bebida. 

- Lia eu disse para ter cuidado que a Sophia ia se aproveitar de você. 

O Biel disse e para a minha surpresa o Vitor  estava do lado dele sorrindo, não estavam discutindo como de costume. 

- Essa foi uma dança linda. 

Disse ele ainda com um sorriso sedutor no rosto. 

- Gostou Vitor? Sou bem melhor dançando entre quatro paredes. 

A Sophia disse pegando um copo de whisky e rindo para o Vitor  logo em seguida. 

- Pena que você não pode dançar para mim, já que não gosta da fruta. 

O Vitor disse balançando a cabeça negativamente como se estivesse decepcionado em seguida riu. 

- Pois é, eu poderia dançar para uma certa pessoa, mas ela também não gosta da fruta, triste isso. 

Ela disse lançando um olhar na minha direção. 

- É verdade, eu gosto é de homem. 

Disse rindo e pegando o copo dela para tomar um gole. 

- Eu também. 

O  Biel  disse rindo e eu percebi que ele já estava meio alterado. 

- Como é que é? 

O Vitor  olhou para ele com a expressão totalmente confusa, pronto fudeu. 

- Ah Vitor, vai dizer que nunca percebeu que eu era gay? 

Ele disse dessa vez gargalhando alto. 

- Biel, acho que você já bebeu muito por hoje, vamos dizer que bebeu até rápido demais, vamos dar uma volta. 

A Sophia disse e saiu arrastando o Biel que reclamava que não queria ir. 

- Vitor  qualquer dia desses me liga, ta? 

O Biel disse sorrindo enquanto a Sophia saía empurrando ele, aiai Biel. 

- O que foi isso? 

O Vitor perguntou ainda confuso. 

- Que foi o quê? 

Disse tomando o gole do whisky da Sophia na minha mão e fingindo que nada tinha acontecido. 

- Você sabe do que eu to falando, é sério esse papo do Gabriel  ser gay? 

- Érr... sabe né... a bebida... 

- Lia. 

- Ta ele é gay? Satisfeito? Ele gosta de homem tanto quanto você gosta de mulher, talvez um pouco menos porque você gosta MUITO de mulher. 

Disse fazendo uma careta. 

- Então esse namoro todo era fachada? 

Ele disse e pude sentir um toque de alegria ou qualquer outra coisa em sua voz. 

- Não, era uma brincadeira minha e do Biel. 

É lógico que não ia dizer: “Lógico Vitor, ele aceitou fingir nosso namoro só para irritar você e conseguimos algumas vezes o que foi bastante divertido.” 

- Bom saber que isso não era de verdade. 

- Hm, parece que você vai ter que me levar para casa, já que meu companheiro não está em condições de dirigir. 

- Por mim tudo bem, tenho umas coisas para pedir ou melhor, para fazermos quando chegarmos em casa. 

Ele disse mordendo o lábio inferior e sorrindo do seu jeito safado. 

- É para essas coisas que você tem a Kika, não precisa de mim. 

- O que tem eu? 

Ela disse chegando e indo abraçar  Vitor. 

- É que o Vitor  estava dizendo que... 

- Que não vai dar para te levar para casa. 

Ele me interrompeu. 

- Mentira, ele tava dizendo que... 

- É que vou ter que levar a Lia e eu sei que vocês não se entendem, mas eu te dou o dinheiro do táxi. 

- Caramba Vitor, pensei que depois daqui a gente ia para sua casa e tudo mais, mas pelo jeito você não quer nem saber de mim, né? Pode deixar, a partir de hoje eu vou me dar mais valor, cadê o dinheiro do táxi? Eu vou embora. 

Ela disse irritada, dava até para acreditar que tava falando a verdade. O Vitor  pegou o dinheiro na carteira e entregou para ela. 

- Fica bem, e vê se não se perde no caminho. 

O Vitor  disse em seu tom brincalhão e ela lhe mostrou o dedo do meio enquanto ia embora. 

- Nossa, a bonequinha de luxo ficou com raivinha. 

Disse rindo. 

- Pois é, mas eu não estou nem aí para ela. 

O escutei dizer enquanto eu ainda olhava a porta por onde a Kika estava saindo, senti um puxão pela cintura e logo depois meu corpo se chocando contra outro, olhei para a frente e o Vitor sorria para mim. 

- Então... 

- Então o que?  

Perguntei indiferente e bebendo. 

- Ah Lia, vamos combinar que você sabe que sentimos atração um pelo outro não sejamos idiotas. 

- E?  

Disse ainda indiferente e ele revirou os olhos, logo depois se inclinou para me beijar enquanto segurava minha cintura me puxando para ainda mais perto. 

- Não, não. 

Escutei a Sophia dizer e depois me separar do Vitor. 

- Qual é, Sophia? 

O Vitor  disse lançando um olhar mortal para ela. 

- Qual é o que, Vitor? Lia vai lá em cima, na terceira porta á esquerda o Biel ta sentado na cama e agora está chorando porque se deu conta do que falou e tals e não para de dizer: “A diva da Lia nunca vai me perdoar”, ou “Tudo culpa do Vitor ser tão gostoso e conviver tanto tempo naquela casa que parece mais o paraíso de meninos lindos” ou ainda “Eu vou me matar, me jogar de cima da torre Eiffel, mas só depois de conhecer Paris”. 

Ela disse tentando imitar a voz dele. 

- Bem a cara do Biel. 

- Pode ir lá, eu cuido do Vitor  enquanto você conversa com ele. 

A Sophia piscou para mim. 

- Cuidar? Você pode matar esse aí, eu não vou sentir falta. 

Disse brincando e colocando meu copo em uma mesa por perto. 

- Ela me ama. 

O Vitor disse enquanto eu me afastava. 

- SONHA VITOR, SONHA. 

Gritei por causa da musica alta e ri. Subi as escadas e fui em direção ao tal quarto que a Sophia tinha me falado, dei duas batidas na porta depois abri, vi o Biel sentando na cama com suas mãos no rosto, e entrei. 

- Liiiiiaaaaaa  me desculpa, eu não queria ter falado aquilo... 

- Calma Biel, ta tudo bem. Eu já falei com o Vitor e tals, não precisa ficar assim e não vou matar você, nem estou com raiva. 

Disse rindo e abraçando ele. 

- Sério? 

- Sério Biel fica tranqüilo, agora eu acho que você precisa dormir um pouco. 

- Mas quem vai te levar para casa? 

Ele disse já querendo sair. 

- Relaxa, o Vitor dispensou a Kika e eu vou com ele, agora fica tranquilo e vai dormir, mais tarde a gente conversa mais. 

- Então ta minha diva, é por isso que eu gosto tanto de você. 

Ele disse me dando um beijo demorado na bochecha e eu ri. 

- Boa noite Biel. 

Disse saindo do quarto, realmente ele estava um pouquinho fora de si, mas não era muita coisa. Desci voltando para onde deixei o Vitor e a Sophia, mas ele não estavam lá, procurei pelo lugar e encontrei os dois dançando, se é que podia chamar aquilo de dança, com certeza ele estava se aproveitando dela que não gostava de homem mesmo. A música não demorou muito para terminar. E eles vieram rindo e suados. 

- E aí Lia conversou com o Biel? 

- Conversei, acho que ele já deve ter caído no sono lá em cima. 

Disse pegando agora só um copo de refrigerante. 

- Sophia você notou o Vitor  se aproveitando de você? 

Perguntei e o Vitor  riu. 

- Eu? Imagina, nunca faria isso Sophia. 

Ele disse se fazendo de comportado e nós rimos. 

- Eu sei Vitor, nunca, né? 

A Sophia disse concordando e rindo. Fui tomar um gole do refrigerante, mas acabei derramando um pouco e caiu no meu decote, por dentro do vestido. 

- Merda. 

Disse passando a mão entre os seios para limpar. 

- Eu poderia limpar com a língua.  

- É, eu também. 

Disse a Sophia e depois o Vitor, ambos olharam para o meu decote com cara safada. 

- Ótimo, era só um pervertido na minha vida, agora são dois. 

Balancei a cabeça negativamente, fazendo eles rirem. 

- Bom eu vou indo ali, ver os outros convidados. 

Sophia mandou um beijo e saiu. No mesmo instante o Vitor me puxou pela cintura para perto dele e eu me concentrei em não derramar o copo de refrigerante na minha mão. 

- Então vamos de onde paramos. 

Ele disse e logo em seguida me beijou. Fazer o quê? Eu queria aquele beijo. Retribui e passei meus braços ao redor de seu pescoço com cuidado para que não derramasse o refrigerante, começou com um beijo calmo que se tornou um beijo urgente e cheio de desejo, senti suas mãos apertarem mais minha cintura e me puxar para ainda mais perto de seu corpo. Perdemos o fôlego e separamos nossos lábios e ele passou á beijar minha bochecha e meu pescoço. 

- O que acha de irmos para casa? 

Ele disse sussurrando e maliciosamente em meu ouvido. 

- Vamos sim, estou morrendo de sono. 

Disse tomando meu refrigerante e ele só revirou os olhos com a minha resposta. Fomos atrás da Sophia para nos despedimos. E depois fomos para o carro do Vitor  para irmos embora. 

- Eu to com um sono. 

Disse bocejando enquanto estávamos parados em uma sinal.  

- Pode apostar que você não vai dormir agora. 

O Vitor disse me olhando de lado. 

- E o que você acha que eu vou fazer assim que chegar em casa? 

- Eu tenho uma ideia. 

Ele disse e depois colocou sua mão na minha coxa e foi subindo para dentro do vestido, até eu dar um tapa na mão dele. 

- Controle seus hormônios, porque eu vou dormir assim que chegar em casa e fim de papo. 

- Só quero que lembre que fez a aposta então, isso é problema seu. 

- Vitor  eu queria te matar agora. 

Disse e ele riu da minha cara. Não demorou e chegamos em casa, o Vitor colocou o carro na garagem e nós descemos. Eu fui entrando na frente dele, abri a porta da casa e fui em direção ás escadas para o meu quarto, mas quando estava chegando perto o Vitor me puxou me encostando na parede.  

- Vamos conversar um pouquinho. 

Ele disse com aquele seu sorriso cheio de segundas intenções.