Me diz, e agora?

Estava dentro dos seus sonhos

Agora estou presa em meus próprios pesadelos

Sozinha, só tinha seu sorriso

Mas esse era o motivo-me mantinha de pé

As constelações dentro de seus olhos

Ainda me transmitiam oxigênio

Agora? Ainda é cedo

A hora já passou, a tarde também

E ainda estou aqui, sentada

Apenas encaixava minha cabeça em seu peito

Ainda conseguia sentir positividade

E agora?O que sobrou?

Um vazio berrante por liberdade

Escuridão recoberta por medo

Medo que você volte

Medo de me apegar novamente

Não volte, nem me esfaqueie mais

Sigo o caminho oposto ao meu

Deixe-me gritar sozinha

Deixe-me curtir o negro temor na minha mente

Estou perdida, impossível me encontrar

Me escondo atrás de uma barreira fluida com terror

Estou escondida em mim mesma

Tenho medo!

Mesmo assim prefiro ficar deitada

Cobrindo minhas frustrações por debaixo do lençol

Chorando por todas as vezes que olhei para ti

E pela ultima vez, na qual você se virou, seguiu em frente

Não olhou pra trás, nem se despediu

Desculpe-me toda a ignorância, toda a melancolia

Desculpe-me por todo esse açúcar desnecessário

É que isso me atingiu como uma pedra, e só de lembrar dói como um tiro.