O Luar escrita por Jweek


Capítulo 1
Loucura X Amor


Notas iniciais do capítulo

>.< Fiz essa historia para um trabalho de escola... Mas achei tão legal que resolvi postar!!!
Espero que gostem.



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O Luar

Uma noite de luar é realmente linda.

Encanta qualquer um. Até mesmo alguém que o odeia. O Luar da Lua Cheia é o mais lindo e mais apaixonante.

Amores nascem dele.


Uma ilha esquecida pelos seres humanos, onde vivem criaturas que desconhecem a existência de humanos; criaturas que para os humanos são apenas mitos.


Lobisomens, Vampiros, Fadas, Gnomos, Elfos, entre outros. Seres que vivem escondidos nessa ilha, uma ilha que vive em paz, uma ilha bela e agradável.


Lá vivem nossos protagonistas, dois jovem que se conhecem num curral, numa noite de lua Cheia, numa noite de promessas e desejos.



Uma garota de cabelos loiros e compridos queria realizar seu sonho de nadar no lago ao luar, mas uma regra da ilha a impede: toque de recolher ao pôr-do-sol. Nessa noite em questão, foge de sua casa e pretende ir até o lago. Ao passar por um curral, um garoto de cabelos compridos e pretos como a noite a vê e segura, puxando-a para dentro do curral.


Ela o olhou sem entender

–- Por que fez isso?

–- Não sabe o que a noite guarda, garota?

–- Hum... Um lago e o luar para me banharem?

–- Não. Lobos procurando carne de garotas belas...

–- Lobos, é... Não tenho medo deles, que me comam, mas esperem eu me banhar pelo menos... – Disse sorrindo. Nesse momento um vento passou pelo curral fazendo os cabelos da garota voar e o luar bater-lhe o rosto, de tanta admiração o garoto corou. Magnifica, era a única palavra que ele encontrou para descrevê-la, com seus cabelos cor de prata, olhos com um tom arroxeado e a pele branca como marfim, de apenas uma camisola branca de rendas que se confundia com sua pele.

–- Mas terá quando eles partirem para cima de você.

–- Talvez... Mas diga-me, garoto, se achas tão perigoso estar do lado de fora, por que estas?

–- Necessidade.

–- Só me responderá isso?

–- Sim.

–- Você é monossilábico?

–- Talvez... Não costumo falar muito...

–- Ah! Por isso resolveu dar um sermão numa estranha...

–- É. Agora, volte para cama antes que algum lobo te devore ou que algum louco te estrupe.

–- Precisa ser louco? – Novamente o garoto corou.

–- Admito, não.

–- Não quero voltar... Por que não fazemos assim, eu fico com tu, e então conta-me sobre as criaturas noturnas que eu deveria temer?

–- Queres ficar comigo?

–- Hum... Sim.

–- E se eu for um louco?

–- Então provavelmente não preciso me preocupar em tu quereis me devorar ou estuprar...

–- Convencida... – Mesmo falando isso, o garoto riu e sentou-se, ela sentou a seu lado.


Então o garoto começou a contar-lhe sobre lobos.


Depois dessa noite a garota passou a toda noite ir até o curral para ouvir historias de criaturas noturnas, uma mais assustadora do que a outra. E a cada noite o garoto ia até o curral com a esperança de ver aquela garota que parecia a própria Lua, assombrando-o e encantando-o.


Meses se passaram e as conversas sobre criaturas noturnas foram mudando para todas as criaturas e para lendas e mitos.


Todas as noites o garoto podia desfrutar de um pouco de luz branca que o fazia esquecer-se de todos os problemas e de todas as dores. A cada noite podia ver aquela beleza que o provocava e o atiçava a imaginar loucuras que nunca antes tinha.

Todas as noites a garota podia ouvir aquela voz que a tinha repreendido. A voz de um garoto que nunca tinha visto na vida, de um garoto de cabelos e olhos da cor do céu noturno. Um garoto calmo e gentil, mas firme, um garoto que não tinha pensado duas vezes antes de puxa-la. Um garoto com a voz que parecia o vento da noite sussurrando-lhe no ouvido, com a voz suave e grave, dizendo-lhe aos ouvidos segredos e mistérios da noite.


Durante o dia a garota fica olhando o céu sussurrando aos Deuses que fizessem o dia passar depressa para poder ver seu garoto-noturno. Suspirava ao lembrar-se de tua voz e estremecia ao pensar nas historias.


Seus amigos (uma amazona, uma bruxa e um elfo) reparam que ela vivia mais aérea do que o de costume. Imaginaram que estava apaixonada pelo seu vizinho, futuro noivo, amigo de infância que a amava mais do que tudo.

Davam indiretas falando de seus amores fracassados, e comentavam como seu vizinho era gentil, a garota, apenas acenava, sem ouvir, imaginando qual seria a historia daquela noite.


Numa noite, durante o período de Lua Cheia, o garoto não apareceu e isso continuou durante mais quatro dias. Impaciente, no quinto dia decidiu que se ele não aparecesse, ela nunca mais viria. Entretanto no meio da madrugada, seu garoto-noturno surgiu das sombras a olhando maliciosamente, então fechou os olhos e se sentou ao seu lado e voltou a abri-los, seus olhos de Ônix calmos e gentil haviam voltado.



A partir de então, todo mês, durante a Lua Cheia o garoto sumia.


Ela sabia o que significa, mas ignorava o fato. Eles haviam feito um pacto sem palavras de não se revelarem. Ambos estavam contentes com isso, e queria manter assim. Então ela ignorava que ele sumia durante a Lua Cheia e ele ignora sua beleza de Musa e sua educação de Nobre.

Eles já se viam a mais de um ano e se amavam como se se conhecessem a vida inteira. Para eles nomes, títulos e raças não eram necessários. Tudo que bastava era se verem uma vez por noite e ouvirem a voz um do outro, verem os olhos um do outro e admirarem o Luar resplandecendo na pele do outro.


Numa noite de Lua Cheia, antes de seu horário de fuga, seu vizinho e pretendente, foi jantar convosco e a pediu em casamente oficialmente, ela ficou o olhando e pediu-lhe para pensar. Saindo da sala e fugindo para encontros se garoto-noturno. Ao chegar no curral ouviu os uivos e se lembro que era Lua Cheia, nunca encontraria seu amigo.


Resolveu completar a loucura da noite em que se conheceram.

Queria nadar ao luar, nem que fosse só uma vez e nem que isso custasse sua vida.

Saiu e foi ao lago. Lá retirou seu vestido, que naquela noite era vermelho sangue, e tirou suas roupas de baixo. Mergulhou na agua gelada. A agua fez se arrepiar, mas pensou ser bom para se acalmar e pensar no que deveria fazer. Amava seu amigo-noturno. Queria passar não só as noites, mas os dias do resto de sua vida com ele. Queria se entregar a ele, mesmo que para isso tivesse que abandonar sua honra e seu nome. Nunca aceitaria se casar com seu amigo de infância, para ela, ele não passava disso, nunca o reconheceram como pretendente. Nunca.

Depois de vários minutos, notou que os uivos haviam ficado mais altos e que olhos a observavam. Um arrepio, e não foi da agua gelada que lhe tocada o corpo junto ao luar, lhe percorreu o corpo.

Saiu da agua e pegou sua roupas, vestindo-as, elas ficaram um pouco pesadas e grudentas, mas em sua opinião isso ressaltou suas curvas, até que agradou seu ego vaidoso. Logo em seguida lembrou-se dos olhos a observavam e que seu desejo não era erótico e sim “canibal”.

Estremeceu e resolveu ir embora no momento que se virou para isso, sentiu algo a empurrar ao chão, caiu de costas e patas a pressionavam contra o chão, suas costas estavam doendo e sabia que sangravam, por causa da queda, sua cabeça estava zonza, por a ter batido com força no chão.

Olhou em direção do que a prendia, mesmo com a visão embasada, pode ver que se tratava de um lobo, um pouco maior que um normal, castanho avermelhado, pelo que lhe parecia, com olhos amarelos a fitando com fome.

Ela lhe sorriu e disse: “Bom apetite, Lobo bonito” e fechou os olhos, sentiu a respiração dele em seu pescoço e pode ouvir suas mandíbulas abrindo, até mesmo o som de sua boca salivando ela pode ouvir, e de repente um estrondo e estava livre.

Abriu os olhos e viu dois lobos, um tão negro como a noite, que em alguns momento não conseguia visualiza-lo e o seu atacante, mas naquele momento o Lobo Negro o estava destroçando, o sangue jorrava e escorria para o lago de aguas cristalinas.

Quando o Lobo Vermelho parou de se mexer, o Lobo Negro olhou em direção da garota, e foi em sua direção. Ao chegar perto colocou uma das patas sobre seu tórax e pressionou para baixo, ela então lhe sorriu e disse:

–- Estava lhe procurando Garoto-Noturno... – Os olhos do Lobo eram tão vermelhos quanto seu vestido, mas ela pode vislumbrar seus olhos ficarem mais escuros e gentis. Sua pata e cabeça abaixaram, então se arrumou a seu lado e deitou – Servirá como cobertor e cama para mim? – O Lobo nada respondeu, mesmo assim ela deitou nele e assim adormeceu.


Quando acordou estava sozinha e dolorida. O frio a fazia tremer. Olhou em volta e seu Amigo-Lobo havia sumido.


Voltou para casa e ao chegar todos da casa correram a seu encontro, assustados e preocupados. Ela se olhou e concordou com eles.

Estava apenas de camisola, e esta estava rasgada, suas costas estavam machucadas e sua pele, mais branca que o normal, estava gelada. O cabelo estava bagunçado e cheio de terra e sangue.

Suspirou e disse que estava bem, que queria um banho e só depois deste falaria o que tinha acontecido.

Tomou banho e tratou das feridas. Enquanto comia seu pai, madrasta, amigos e noivo, entraram no quarto. Seu pai começou a interroga-la:

–- Vamos diga, o que houve?

–- Hum... Estou comendo, minha educadora ensinou não falar de boca cheia. – Disse colocando uma porção de comida na boca.

–- Então ponha a comida de lado e fale.

–- Estou com fome...

–- O problema é seu, depois de falar o que lhe aconteceu, poderá comer. – Suspirou e colocou a bandeja ao lado e lhes olhou

–- O que querem saber, exatamente?

–- Onde estava? – A bruxa, sua amiga perguntou.

–- Tendo minha despedida de solteira...

–- Onde e com quem? – A amazona

–- Na floresta, perto do lago, com os Lobos...

–- Com os Lobos? Como assim? – O Elfo

–- O que, exatamente, você não entendeu em “Com os lobos”?

–- Tudo. – Todos falaram, ela suspirou e respondeu

–- Ontem, caso não saibam, foi Lua Cheia, durante ela, há lobisomens, Homens Lobos, rondando a floresta, eu fui nadar, e vocês me perguntaram com quem eu estava, lhes respondi, com os Lobos.

–- E saiu viva... Como, minha amada? – Seu Noivo lhe perguntou, por alguma razão, que ela não entendi, ele estava extremamente calmo, mais do que todos.

–- Hum... Bom... Quando um Lobo Vermelho tentou me comer, o que resultou em meus machucados, outro Lobo, um Negro, me salvou...

–- E ele não te comeu, por quê? – Seu noivo novamente, seu olhar estava um tanto agressivo e impaciente, mas despreocupado, o que não era comum num situação como essa.

–- Acho que ele me reconhecia, reconheci seu olhar, e então me salvou e protegeu durante a noite, além de impedir de que eu congelasse...

–- E onde esse cavaleiro esta, minha filha?

–- Não sei... Ele sumiu ao amanhecer...

–- Certeza que não foi um sonho?

–- Se tivesse sido, eu não teria acordado, Madrasta...

–- Isso é verdade...

–- Por que saiu durante a noite? – A Bruxa

–- Ah! Boa pergunta... Por que será...

–- Filha? – Ela sorriu

–- Para encontrar meu Lobo Salvador. Esqueci-me que era Lua Cheia e que não poderia encontra-lo com a forma de Homem.

–- Quem é ele? – Seu noivo lhe perguntou, só que dessa vez não foi só seu o olhar que a queimou de raiva, sua a voz pareceu uma lamina

–- Um amigo que vocês não conhecem... O conheci na noite, e na noite permanecemos escondidos. Nos conhecendo sem nome e sem raça.

–- Entretanto esse seu amigo Sem nome e sem raça é um Lobisomem, e você sabia. – Seu noivo

–- Ah sim... Não há como não notar... Convenhamos... Ele some toda Lua Cheia... – Ao dizer isso o olhar de seu noivo ficou ainda mais em fúria e ele soltou um tipo de rosnado, então virou as costa e saiu do quarto – O que houve com ele?

–- O que será...? – O elfo disse sarcasticamente

–- Já lhes respondi todas as perguntas? Posso comer?

–- Filha posso lhe fazer uma ultima pergunta?

–- Claro!

–- Esse Garoto-Lobo tinha cabelos negros e pele um pouco morena?

–- Sim, por quê? – Seu pai a olhou assustado e olhou a esposa, ela olhava para o chão – Papai?

–- Querida... Minha amada Filha... Esse Garoto-Lobo... Ele... Ele foi achado morto... –Com isso a garota pulo da cama indignada e assustada

–- Como ele morreu?

–- Nos supomos que de frio... Mas querida – Sua madrasta, mas foi interrompida

–- Frio? Como assim? Onde ele foi achado?

–- Em frente do Curral dos nos Vizinhos, seus futuros sogros.

–- Nosso ponto de encontro... Não posso acreditar...

–- Filha... – Mas caiu de joelhos e começou a chorar, seus amigos foram a até ela e tentaram ajuda-la, ela já começava a soluçar – Filha... Ouça-me... Jweek! – Ao gritar seu nome ela o olhou – Ele foi encontrado morto, gelado até os ossos, a 6 meses atrás.

Todos firam estupefatos, sem entender.

–- Impossivel... Eu... Eu... O via todo dia... Todos os dias... Eu o vi... Todos...

–- Não o via não. – Ouviu a voz de seu noivo

–- Acalmou-se? – O elfo lhe perguntou, ele assentiu e entrou no quarto

–- Ele realmente morreu, e você realmente o via, mas... Era sua imaginação, minha amada. Ele era meu irmão mais velho e... Morreu durante a Lua Cheia em sua primeira transformação.

–- Seu... Seu Irmão? E estas dizendo que sou Louca?

–- Sim... E... Acho que sim...

–- Não! Ele esta vivo! É outro garoto! Não é ele! Ele me salvo ontem...

–- Quem te salvo fui eu! – Gritou

–- O que? Você... Você... É um Lobisomem?

–- Sou. Minha primeira transformação foi ontem. Fui atrás de você entrando na agua, nua. Depois saindo e sendo atacada. Assim me transformei. Mas ao olhar em meus olhos, você viu meu irmão. – Sua ira e ressentimento podiam ser sentidos em cada palavra.

Jweek olhou para o chão, e num lapso, viu seus últimos seis meses. Sempre sozinha o curral, esperando em vão. Não formam cindo dias, foi seis meses. Seis meses de espera. Lembrou-se de seus sonhos. Uma figura triste e pálida de um garoto belo por quem ela havia se apaixonado dizendo para ela esquece-lo. Varias vezes...

Encolheu-se, abraçando os joelhos, e fios de seda cor de rosa foram aparecendo em suas costas, formando asas, crescendo e desenhando linhas encurvadas. Então voltou a olhar para cima e viu seu noivo assustado, e saiu voando pela janela. Aquela foi a ultima vez em que viram Jweek.


Depois disso ficaram sabendo que ela passou a voar pelos vales cantarolando. Uma voz linda e magica, todas que a ouviam acalmavam o coração, todos menos a cantora, que a cada nota, delirava mais e mais.


Alguns meses depois seu corpo foi achado no lago, uma noite de Outono, fria como Inverno, apenas com sua camisola Branca de renda que havia enlouquecido Os Irmãos que disputavam desde a infância sua mão.

Seu pai, quando nasceu, disse: “Essa primavera despertou mais bela do que todas, uma Fada Rosa nascera, e com ela, homens de todas as raças e idades enlouqueceram por um minuto de seu riso, até mesmo por um segundo de seu canto”.


Uma noite de luar é realmente linda.


Encanta qualquer um. Até mesmo alguém que o odeia.

O Luar da Lua Cheia é o mais lindo e mais apaixonante.

Amores nascem dele.

Amores morrem nele.

Almas apaixonadas esquecem que o dia sempre amanhece, e vivem pela Lua.

Almas apaixonadas enlouquecem a procura de seus amores perdidos...


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Bom... Até algum dia ai...

É um One-shot então... Essa historia acaba-se aqui! kkk

Tchau & Beijos



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