Sweet Nothing escrita por BloodyBunny


Capítulo 22
Cap. 22- Serpents


Notas iniciais do capítulo

Eu gostaria de não perturbar o grupo de Rick, mas, eu simplesmente não consigo, e me surgiu essa ideia, por causa da aula de história.

Para quem quiser acompanhar esse capítulo com uma música, sugiro: Sharon Van Etten- Serpents, aquela que me inspirou e que estava escrita no título.

Uma nova esperança, mas, ainda um longo caminho.
E quem já sabe as novas notícias do TWD? Aqui em Portugal estreia no dia 14 de Outubro, às 22.15h, mas tenho teste no dia seguinte, aff! -.-

Bem, deixando minha vida pessoal, boa leitura!



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Cap. 22-Serpents

             Dia seguinte, ouvia tiros do lado de fora, me erguendo rapidamente, empurrando Carl para o chão que gritou

             -Desculpe.- Fui para o lado de fora, vendo, toda a gente corria para o lado de fora, não admira, o Governador estava lá, já abrindo as cercas todas, e rindo que nem um maluco

             -Mas que...?

             -Ande.- Gritei, pegámos na arma, descendo rapidamente, disparando contra esses no pátio. Depois de um tempo, eu tinha o Governador na mira, estava parado, observando o show, sem me notar, atirava ou não? O som do tiro surgiu e aquele homem foi ao chão, olhei e tinha sido Glenn que me mirou de volta com um olhar frio, continuando a disparar contra os walkers.

             -Temos de ir!- Gritou Daryl. E as plantações?

             -Olhem! Dez buscam tudo lá dentro! O resto continua aqui!- Vociferou Rick e eu fui, para dentro, na plantação, retirando os vegetais à pressa e colocando numa caixa de madeira, até lhes arranquei as raízes, Hayden também me ajudava.

             -Rápido.- Gritou e eu aumentei a velocidade, colocando sacolas de arroz em cima. E assim o nada, ele começa gritando, com o walker lhe mordendo a mão, eu atirei contra o walker, depois nos mirámos. Minha mente entrou em branco, suava frio e apenas me concentrava na sua mão, apenas peguei num facão lhe cortando a parte mordida e ele gritava

             -Ande.- Coloquei uma tira da minha blusa apertando seu pulso em volta para que parasse e ele começou correndo- Vai! Não volta.- Jesus! Peguei num carrinho, colocando tudo e andando com ele. Vida Loka!

             Colocando tudo dentro dos carros, demos partida, eu via a mão de Hayden, enquanto ele se contorcia de dor. Caralho, até me dava arrepios na espinha, cortar a mão dele, completamente nojento, mas não podia perder mais ninguém. Isso me faz lembrar das situações nos países Árabes, em que se fica sem um membro por decisões erradas.

             -Calma, calma. Tome aqui analgésicos.- Lhe dei dois comprimidos- Mas eu vou ter que fechar isso d’uma vez.- Vi já o sangue escorrendo nas minhas mãos

             -Como?

             -Tem que morder algo.- lhe dei uma toalha- Aguenta.- Peguei no isqueiro de Daryl e Hayden começou a entrar em pânico, Carl o segurava, um pouco também com receio- pronto?- Abanou a cabeça negativamente e eu coloquei me volta enquanto ele dava pontapés nas cadeiras das frentes, Maggie olhava para trás também. Droga. Assim que terminou, ele fechou os olhos respirando fundo.

             Coloquei novamente o pano em volta de seu pulso, tirando mais dois analgésicos, mesmo assim, disse para aumentar a dose, coloquei quatro na mão, lhe oferecendo minha garrafa de água e ele tomou.

             -Desculpe.- Pedi e ele abanava a cabeça negativamente

             -Você salvou minha vida. Não peça desculpas.- Assenti e ele encostou sua cabeça no meu colo- Posso?

             -Sim.- Olhei para Carl que me olhava de volta, me fuzilando com o olhar, dei os ombros, voltando a olhar para a janela e assim do nada parámos, devia ser uma dessas reuniões no meio da auto-estrada, Carl teve de ir fazer vigia contra sua vontade. Hayden estava com dificuldades em dormir, acariciei seu cabelo para que se sentisse mais confortável. Jesus, aquela cena me iria ficar marcada para o resto da vida.

             Carl, Maggie e Glenn voltaram para o carro.

             -Para onde iremos?- Perguntei.

             -Daryl e Michonne disseram que ouviu algo na rádio sobre um santuário, mas ainda é um pouco longe. Pouco não, temos de ir para Alasca.

             -Com o caraca. Ainda temos de atravessar Canadá. Huh! Vamos ver as montanhas. Mesmo assim, como? As temperaturas vão mudando começa ficando frio e com certeza não temos muitas roupas e...

             -Calma, depois isso se vê.

             -É, é. Aff. Mais problema.- Me encostei à cadeira, tentando dormir, mas depois comecei pensando- E se encontrássemos outra prisão? Outra prisão de segurança máxima, assim teriam paredes enormes. Assim não iriamos para Canadá.

             -Não, lá tem sobreviventes, aquilo deve ser uma zona selada, sem ter de matar eles.- Talvez fosse melhor, um santuário. Afinal os filmes têm razão, Alasca é a salvação, a zona sem infecção

             -E como é que o Governador se soltou?- Questionei unindo as sobrancelhas, era verdade, como era possível, se ele estava preso dentro da cela

             -Deve ter arrombado a porta, ou então... Também não sei, também esses seus grampos.- Coloquei a mão no meu bolso, não estava aqui

             -É, foram os grampos. Mesmo assim, maluquinho esse. Abrir os portões todos e ficando nos olhando, tipo como se tivesse esperando a bala.- Talvez estivesse, ele me viu, mesmo assim ficou parado com aquele olhar como se tivesse pronto para ir. Glenn disparou contra ele. Apertei mais meu colar. Queria ter sido eu, mesmo assim, não o fiz.

             [...]

             Uma semana depois, eu e a maioria das pessoas parecia uma daquelas pessoas russas com casacos de pele, estava um frio do caraças. Algo estava muito mal aqui. Agora estávamos numa farmácia, procurando algo para alguma das pessoas do grupo, e eu vi um termómetro na parede. Droga! Merda.

             Corri de novo para fora, indo ter com o resto do grupo.

             -Pessoal.- Continuaram a conversar- Oi!- Gritei e todos se voltaram para mim- Tem algo lá dentro que acho que vão querer ver.- Voltando para dentro com Rick e Glenn, olhando para o termómetro.

             -E?- Questionou Rick

             -Oh, -5 °C.- Apontei e eles não entendiam- Eu explico isso. Eu sou uma pessoa que gosta de prever todas as possibilidades, até as impossíveis. E eu acho que é provável que estejamos a...

             -Passar a era do gelo.- Completou Lucas com cara chocada

             -E isso é mau porque?- Questionou Sasha com os braços cruzados- Torna os walkers mais lentos

             -Pois, mas a questão é essa. Não os torna mais fracos, torna-os mais fortes. Nunca abriu um livro de história?!- Ele rolou os olhos- A evolução do homem foi até o Homo Habilis e depois passaram por uma era do gelo em que muitas criaturas, como nós não resistiram e por isso morreram.

             -Então vai exterminar todos os zumbis da face da terra.- Começaram um sorriso vitorioso

             -Sim, mas... Pode haver uma reviravolta. Que é, nós não morremos por completo.- Continuei o raciocínio de Lucas- E se nós não morremos por completo, nós evoluímos novamente para o Homo Erectos e depois essas merdas todas. E por isso eu estou dizendo...

             -Que eles vão evoluir?- Questionou Glenn e eu assenti com a cabeça- Oh, não, não, não! Não, eles não são seres humanos.

             -Mas lado bom, talvez não saibam se reproduzir e não criaram caçadores de pessoas, nesse caso nós.

             -Mesmo assim, como saberemos que é assim que vai acontecer?- Questionou Tyrense

             -Não sabemos, mas é uma teoria. Então espere. Ou podem simplesmente voltarem a ser humanos? Eu também não sei. Mas...- Lucas deu os ombros e todos começaram a pensar

             -Jesus!- Reclamavam alguns

             -Jesus já lá foi. Mesmo assim, teremos imensos problemas. Os walkers, alguns grupos de sobreviventes que podem ser perigosos, as alterações climáticas. Praticamente os mantimentos se vão. E ainda é uma longa viagem até Alasca.- Suspirei fundo pensando

             -Mas agora não devemos avisá-los, eles entrariam logo em pânico, isso é última coisa que queremos.- Terminou Rick essa conversa- Enquanto isso, também quando tivermos mudando para lá, encontrámos lugares para ficar.- Voltando para fora, colocámos o mapa e a bússola em cima do carro- Já estamos em Tennessee, agora talvez fosse melhor irmos para Kentucky.

             -Ou então seguíamos por Missouri, parece-me o mais perto.- Entreviu Daryl apontando para essa zona e todos assentiram

             Adentrando de volta no carro, Carl ia a conduzir, Maggie e Glenn ficavam a trás.

             -Já não sei.- Falou Maggie- No fim, nós sempre fugimos.- Mirei e ela parecia ter os olhos petrificados, apenas lhe acariciei as mãos com algum consolo e ela me deu um meio sorriso, limpando uma lágrima fugitiva.

             [...]

             Acampa-mos numa casinha com vedação há volta, alguns diziam que parecia com antiga casa de Hershel, se ao menos nos conhece-mos mais cedo, até seria engraçado. Peguei em duas taças de comida, indo ter com Carl que estava fazendo vigia, perto d’um moinho podre e estragado.

             -Você tem razão, o Apocalipse é uma merda.- Disse e eu dei um meio sorriso lhe dando a taça e colocando minha mão no seu ombro

             -Nós iremos encontrar a solução, só uns quilómetros até Alasca, e depois... Depois seremos adolescentes apaixonados normais, sem medo de enfrentar esses walkers, sua família, Maggie e Glenn juntos, tudo como se fosse normal.

             -Eu gosto da maneira como isso soa.

             -Eu também.- O abracei por detrás, encostando minha cabeça nas suas costas- Eu também...- Sussurrei um pouco incerta.


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Notas finais do capítulo

A morte do Governador foi um pouco... Bem, simplesmente não foi torturado, porque Sam estava feliz da vida com Carl e como ela é a favor do Paz e Amor, não o fez. Hayden perdeu a mão.

Agora são os problemas climáticos, uma viagem longa na estrada e claro, muitos sacrifícios. Ainda escolhendo quem vai morrer, eu não quero, mas já tenho algumas aqui em mente. Mesmo assim, não queria! Mas nada tem um final feliz. -.-

Bem, nos vemos no próximo episódio de... Esperem!.... Esperem!... Sweet Nothing

P.S. E os leitores assustados pelo meu casalinho malvado, eu vos vou assustar mais. ksapksapksapksap. Nos vemos por aí.