O Defensor escrita por That Girl


Capítulo 10
Capítulo 10 - Chuva e desabafos.


Notas iniciais do capítulo

Flores lindas!! Quero agradecer os reviews e as novas leitoras, obrigadaaaa!!!
Leitoras novas, sejam bem vindas e Flores que favoritaram a história: dedico o capítulo para vocês *-*

Bem, vamos lá: o capítulo de hoje vai ter uma música, que desde a primeira vez que ouvi pensei que ficaria perfeita na fic. 'I wanna be the rain' tem uma letra linda! É da RBD [pra quem não curte a banda, ignore e concentrem-se na letra da música] segue o link [está com tradução] http://www.youtube.com/watch?v=YRfGdLcXGoU

Boa leitura ^^



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Ela estava gelada e com os lábios arroxeados e não se mexia, respirei fundo para controlar minhas lágrimas e mesmo com a chuva ainda abundante eu atravessei a rua com ela em meus braços e entrei rapidamente na minha casa. Isabella não reagia e eu temia que estivesse sofrendo uma hipotermia. Subi as escadas me esforçando para não sacudi-la muito e entrei direto no meu quarto e fui até o banheiro, coloquei a sentada sobre o vaso e liguei a ducha deixando a água quente, peguei-a novamente e entrei com ela ainda vestida embaixo do chuveiro, deixando que a água nos aquecesse. Ela se agarrou a mim e ficamos uns bons vinte minutos naquela mesma posição, ela não parou de chorar nem por um segundo e eu controlava as minhas lágrimas de desespero por não saber o que fazer...

Bella... – tentei chamá-la depois de um tempo.

– Sim... – disse num sussurro fraco ainda chorando.

– Você precisa tirar essas roupas molhadas... Vou pegar uma roupa bem confortável da minha mãe pra você se trocar, Ok? – ela maneou a cabeça e eu puxei delicadamente seu queixo pra cima. – Pode tomar um banho, fique a vontade... Tem shampoo no box e uma toalha seca pendurada no gancho, eu já volto. – ela apenas assentiu e eu saí molhando todo o caminho até o quarto dos meus pais, levando uma troca de roupa pra mim, tomei um banho e rapidamente vesti roupas secas e voltei para o meu quarto. Entrei e ouvi o barulho do chuveiro, deixei a troca de roupa em cima da cama e fui até a porta do banheiro.

– Bella? – chamei alto.

– Sim? – ela respondeu com a voz rouca pelo choro.

– A troca de roupa está em cima da minha cama, estarei no corredor te esperando, me chama quando estiver pronta, por favor. – disse com a voz preocupada.

– Chamo... Só vou demorar uns minutinhos. – disse e eu saí do quarto, para lhe dar privacidade. Sentei-me no chão perto da porta e meu coração ainda estava aflito, como se algo tivesse acontecido com ela; mesmo sabendo que ela estava no outro cômodo eu sentia que algo estava errado.

Não demorou muito e Bella abriu a porta do quarto, mas estranhamente usava a toalha de banho nos ombros. Fiquei intrigado e entrei no quarto sentando em minha cama e chamando-a para vir se sentar comigo, ela o fez, ficamos lado a lado encostados na cabeceira.

– Como se sente? – perguntei receoso.

– Não sei como explicar... – ela estava receosa e com os ombros encolhidos, virei-me para encará-la e Bella baixou o olhar.

– Bem, podemos conversar sobre o que aconteceu... Mas antes, posso saber por que está com a toalha úmida sobre os ombros? – perguntei intrigado e ela ficou nervosa.

– Por que... É... Estou com vergonha... Aliás, obrigada pelas roupas e pelo banho. – arqueei uma sobrancelha e não acreditei na resposta dela.

– Isabella... – disse sério e ela me olhou aflita. – A toalha está úmida, se está com frio eu pego um moletom meu. – ela mordeu os lábios nervosa e eu comecei a achar essa atitude estranha.

– Eu estou com frio, não estou reclamando de você ter pego uma blusa com mangas curtas.. Mas é que... – ela estava se enrolando e eu resolvi surpreendê-la como sempre fazia, puxei delicadamente a tolha de seu corpo e ela estremeceu ao ver meu olhar preocupado sobre ela.

– Estava tentando esconder esses machucados? – disse preocupado e ela baixou a cabeça envergonhada.

– Depois de tudo o que vocês fizeram por mim... Nem fui capaz de sair ilesa... – ela dizia e fungava, tentando controlar as lágrimas que estavam prestes a voltar. Meu coração ficou apertado e rapidamente puxei-a para se sentar entre as minhas pernas, afaguei gentilmente seus cabelos; ela ofegou de susto, mas nada disse.

– Ei, por favor! Depois de tudo o que fizemos, sou eu quem pede desculpas dessa vez. Não sabíamos que eles seriam chamados durante a aula e muito menos que Lauren faria algo para nos distrair. – ela suspirou e virou o rosto pra mim.

– Ela veio pra cima de mim, mas eu consegui correr. Eu não deixaria tudo o que vocês fizeram por mim ficar por aquilo mesmo, mas eu não esperava que fosse chover tanto... – soltei um suspiro alto de alívio, por isso Lauren estava com cara de possuída quando foi pega pelo inspetor, não segurei o riso e ela franziu o cenho.

– Não estou rindo de você... – disse rápido e ela relaxou a expressão. – É que passei por ela enquanto te procurava e ela estava com cara de possuída, agora entendi o porquê. Ela armou toda uma confusão pra descontar a raiva dela em você e no fim se encrencou mais ainda. – ela me olhou interrogativa. – Todos foram pegos no pulo Bella. – disse calmo e ela balançou a cabeça.

– Mas você ainda não me disse o porquê desses machucados. – ela voltou a suspirar alisando os próprios braços.

– Eu caí, capotei e bati os braços... Estava com tanta pressa de sair da escola, tão preocupada porque chovia muito que acabei tropeçando em meus pés. – disse tímida.

– Estou percebendo que foi feio mesmo... – disse examinando seus braços, os hematomas já estavam ficando num tom roxo. – Machucou só os braços? – perguntei observando seus pulsos.

– Sim... Por isso saí com a toalha, fiquei com vergonha... – disse corada e eu maneei a cabeça.

– Sabe que não precisa ter vergonha, mas fico feliz que tenha me contado a verdade. – fui sincero e ela se ajeitou em meu colo, já que uma minhas mãos não deixava sua cintura.

– Edward... – disse baixo, mas senti sua voz cheia de emoção. – Eu não posso mentir pra você, não depois de tudo o que tem feito por mim. – disse séria e arriscou me olhar nos olhos por segundos. – Eu ainda não sei como lidar com isso, antes eu apenas chorava e escondia os machucados visíveis da minha mãe. Até que James e as meninas perceberam o que acontecia e tentavam me ajudar. – fiquei absorto em suas palavras, ela estava desabafando. – No começo eu fiquei com medo, pelo que aconteceu com Ângela... Depois de um tempo, você se conforma em ser a Nerdella, Foguella, a que não tem amigos porque todos tem medo das represálias, a que é desprezada apenas porque se destacou sem querer... – ela falava baixo e sua voz era triste. Apertei-a em meus braços e ela segurou minhas mãos.

– Mas hoje você pode sentir que tem pessoas que gostam de você e acreditam no seu brilho, e que não acham justo que você seja maltratada apenas por se inteligente sem se achar melhor que os outros. – disse firme e deu um sorriso fraco.

– Você tem me ensinado muitas coisas... – disse corando e eu olhei-a intensamente. – Confesso que ainda sinto medo, muito medo de andar de cabeça erguida pela escola e despertar a fúria deles – revirei os olhos e ela me repreendeu com o olhar. – Agora que o Ensino Médio finalmente está chegando ao fim, eu só tenho que sobreviver mais uns meses e finalmente saio desse inferno. – suspirou e eu olhei pra ela pesaroso.

– Posso perguntar como você realmente se sente? – ela me olhou de canto.

– Me sinto ansiosa, não sei o que será de mim a partir de hoje. Mas posso dizer que já não me sinto tão sozinha, e isso me dá medo. – olhei interrogativo pra ela. – Antes eu tinha que me virar sozinha, ou sofrer calada. A única pessoa que eu confiava levou uma suspensão por minha causa e hoje nem vive mais em Forks. Sem querer Edward, eu me apeguei à vocês... E tenho medo de algo aconteça. Tenho medo de que vocês sejam forçados a se afastar de mim. Não sei como vou ficar se isso acontecer. Tenho vergonha de ser uma inútil que não sabe se cuidar e tem vocês o tempo todo me socorrendo, mas por outro lado eu me sinto tão bem em saber que tem pessoas que gostam de mim de verdade, pelo que eu sou... – meu queixo caiu diante de tantas confissões, mas fiquei chateado ao ver que ela ainda deprecia a si mesma e não tem confiança pra seguir em frente. “É tudo tão novo pra ela ainda....” pensei e afaguei seu rosto.

Bella... Eu já disse e vou repetir: nós gostamos de você e não temos medo de represálias, pois o ano daqui a alguns meses acaba e eles serão apenas adolescentes formados que terão que correr atrás de uma profissão. O fato deles serem ‘ameaçadores’ agora, não quer dizer que vão chegar abalando geral na faculdade, até porque lá o interesse é ter uma profissão, e não ficar se exibindo e ameaçando os outros. – ela me olhou em dúvida. – E mesmo que o façam, serão maiores de idade. Podem ser indiciados e processados. – ela me olhou como se lembrasse desse detalhe. – Olha, sei que está se sentindo deslocada, afinal, está saindo da sua zona de conforto... Não será fácil, você vai precisar ser forte. Estamos juntos nessa bolha, e eu só vou sair dela se você vier junto. – disse piscando e ela sorriu.

– Você acredita mesmo em mim não é? – ela perguntou meio em dúvida e assenti veementemente.

– Sim. – ela deu um sorriso mais limpo e contente. – Ainda está com frio? – perguntei, a chuva ainda caía abundante lá fora e ela negou com a cabeça.

– A temperatura do seu corpo é alta... Você é quente... – disse corando e eu fiquei sem graça ao perceber que estava praticamente agarrado com ela.

– É... – fiquei sem graça e ela riu. – Ainda está chovendo, então vamos ficar um bom tempo aqui... Vou buscar um lanche pra nós e já volto. – ela assentiu e eu desci correndo para a cozinha preparar uma bandeja com lanches e suco. Voltei para o quarto e lanchamos em silêncio, notei que Bella parecia cansada e distante.

– Você está bem? – perguntei preocupado.

– Sobre tudo o que aconteceu? Vou ficar, estou absorvendo aos poucos as mudanças... Só estou um pouco cansada, deve ter sido a chuva e o tombo. – sorriu sem graça e eu puxei o edredon para que ela deitasse.

– Sem querer ser abusado, pode deitar. Não vou deixá-la sair daqui até que pare de chover. – disse firme e ela deu uma risada um pouco alta.

– Vou ficar por aqui, até porque você nem pede mais licença para ficar me carregando por aí. – me olhou de maneira inquisitiva e eu fiquei envergonhado.

– Ah, é que em algumas circunstâncias isso foi necessário... – ela riu baixo e eu comecei a afagar seus cabelos.

– Não faça isso, vou acabar dormindo e estamos na mesma cama. – disse calmamente e eu corei.

– Pode dormir, eu saio assim que você pegar no sono... Eu não tenho intenções, você sabe... Eu... – estava me enrolando e ela riu de novo.

– Não é isso, é que posso facilmente derrubá-lo daqui, me mexo muito enquanto durmo. Foi minha vez de corar, ela não tinha enxergado a situação de maneira maliciosa.

– Ah, então eu posso ficar aqui com você? – ela assentiu e deitou-se, fiquei ao lado dela. Tinha tanta coisa para assimilar. Ela estava aqui comigo e tinha desabafado, estava mais tranqüila e eu me senti a pessoa mais útil do mundo.

Fiquei perdido em meus devaneios e quando olhei para o lado vi que dormia e estava agitada, se mexia muito e balbuciava coisas desconexas. Não sei porque, mas me lembrei de uma música que ouvi uma vez na casa de Jay, enquanto fazia um trabalho.

Flashback On:

Estávamos no quarto de Jay estudando e fazendo um trabalho quando ouço uma música vindo do quarto de Tânya, era lenta e a letra era bonita.

– Aff Tânya! Estamos estudando! – Jay foi até a porta do quarto e gritou no corredor.

– A Vic desceu pra buscar um copo d’água e deixou a porta aberta, foi mal Jay... – Tânya apareceu na porta do quarto se desculpando.

– Ok, ok... Não sei como conseguem estudar com música... – Jay respondeu mal-humorado.

– Relaxa Jay, as meninas não atrapalharam. – disse apaziguador e ela riu, Jay revirou os olhos. – Aliás, a letra da música é bonita. Que banda toca? – perguntei e Jay riu.

– Apaixonado Edward? – revirei os olhos e ele riu mais ainda. – Só estou brincando, a letra é mesmo bonita.

– Claro que você acha bonita Jay, estamos ouvindo o cd que você deu de presente pra Vic! – Tânya disse e saiu correndo do quarto, deixando Jay vermelho.

– Eu te passo a música, ouvi uma vez e achei a letra muito bonita... Então gravei pra Vic. – disse com ar apaixonado e eu ri.

Flashback Off.


Então eu me lembrei da letra comecei a cantarolar baixo, afagando os cabelos de Bella.




It’s not enough to be the one Who holds you,




(Não é o suficiente ser o único que te abraça)


It’s not enough to be the one you’re close to,

(Não é o suficiente ser o único que está perto de você)

I want to be so much more...

(Eu quero ser muito mais...)

The Love that you’re living for

(O amor pelo qual você vive)

The air you breathe...

(O ar que você respira...)

I wanna be everything that touches you, everything.

(Eu quero ser tudo o que toca você, tudo)

I wanna be the rain, that falls on you

(Eu quero ser a chuva que cai em você)

Whases away the pain

(Lava afastando a dor)

I wanna be the Sun, that shines on you

(Eu quero ser o sol que brilha em você)

Warms your world each Day

(Aquece seu mundo cada dia)

I wanna be the Sky that holds the stars for you

(Eu quero ser o céu que segura as estrelas pra você)

So you never lose your way

(Então, você nunca perderá seu caminho)

I wanna be the Wind that kisses your face

(Eu quero ser o vento que beija seu rosto)

I wanna be the rain...

(Eu quero ser a chuva).... – e fui cantarolando até que caí na inconsciência, com as mãos nos cabelos dela.

Acordei e já estava escuro, a chuva tinha cessado. Olhei para o lado e não vi Bella, levantei-me rapidamente e desci.

– Olha só quem resolveu acordar Esme... – meu pai disse rindo assim que pisei na cozinha.

– Ah, já não era sem tempo Belo Adormecido! – minha mãe riu e eu rolei os olhos. – Com fome?

– Sim... – disse meio rouco. – Quanto tempo eu dormi? – perguntei e meu pai riu mais ainda.

– Não sei, mas chegamos as seis e meia aqui e você estava desmaiado lá em cima... Agora são nove da noite... – ele riu e minha mãe me serviu o jantar.

– Nossa, dormi demais! Obrigado mãe. – disse e olhei para o meu pai. – Porque vocês dois estão me olhando com essa cara de ‘ouun’ e porque o senhor está rindo tanto? – perguntei meio encabulado e ele me deu um tapinha nas costas.

– Isso é você que tem que me dizer. Quando chegamos aqui, encontramos Bella descendo as escadas rapidamente e muito, mas muito vermelha. Ela falou rapidamente com sua mãe e saiu em disparada pra casa dela... – disse me olhando maliciosamente, para tirar sarro da minha cara. – Estou até agora tentando entender o porquê dela estar vestida com as roupas da sua mãe... – arregalei os olhos e engasguei com a comida. “Merda, eu dormi e larguei ela nessa saia justa! Agora meu pai pensa que... Ah meu Deus!”

– Calma filho, respira! Levanta os braços, Carl pega um copo d’água pra ele! – minha mãe me acudia tentando segurar o riso. Depois de me recompor, eu parecia um pimentão, de tão vermelho e os dois me olhavam curiosos.

– Pai, mãe... Eu vou falar que não é nada do que estão pensando e é sério. – disse em tom de súplica e os dois riram. – Hoje eu e Jay entregamos as provas para o conselheiro Scott e fizemos a denúncia. – os dois pararam de rir na hora. “Isso, me escutem e parem de tirar sarro da minha saia justa!”

– Isso é bom filho, estou orgulhoso! – meu pai sorriu e eu apertei sua mão. – Mas o que isso tem a ver com a cena de hoje aqui em casa? – perguntou sem traços de quem estava fazendo gracinha.

– Tem que Lauren e toda a turma dela foram chamados pelo conselheiro, e acho que foram punidos. Durante a troca de aulas, duas garotas foram pra cima de Tânya e Victória, para distraí-las e enquanto Jay ia atrás do Scott, Tyler veio pra cima de mim.

– Lauren bateu na Bella por causa da denúncia? – minha mãe perguntou horrorizada.

– Não... Fizemos de maneira anônima. – ela suspirou aliviada. – Bella saiu correndo da escola, no meio da chuva e eu vim atrás dela. Aí trouxe ela pra cá, ofereci suas roupas emprestado por que ela tomou banho aqui... – meu pai me olhava carinhosamente.

– E os dois conversaram e acabaram dormindo, só que ela acordou antes? – minha mãe sorriu para o meu pai, que completou o que eu dizia.

– Isso mesmo pai. Só que eu não sei por que ela desceu vermelha, deve ter sido porque ficou sem graça de ter saído depois que vocês chegaram... – disse meio perdido e minha mãe afagou meus ombros.

– Acho que vai encontrar as respostas se falar com ela... E a propósito, estamos orgulhosos de você. – sorri de canto e ela me beijou na bochecha. – Está se tornando um homem de caráter admirável. – sorri envergonhado e os dois me deixaram na cozinha terminando de jantar, lavei minha louça e subi para o meu quarto. Recolhi nossas roupas que haviam ficado no banheiro e desci colocando-as para lavar.

Subi para o meu quarto e notei um pacote em cima da minha escrivaninha, me aproximei e vi um bilhete escrito com uma letra linda e caprichada.

“Edward, não tenho como agradecer tudo o que tem feito por mim... Mas posso demonstrar o quanto estar com você se tornou essencial para meu mundo. Seu jeito protetor e seu caráter me fazem confiar nas palavras que tanto me diz e acho justo que saiba que o considero especial, diferente, maravilhoso e encantador. Aceite este presente como um símbolo de que eu gosto de tê-lo ao meu lado, e que não o quero longe.”

P.S: “Não é o suficiente pra mim estar em torno de você

Eu quero ser tudo que te rodeia

A luz solar sobre a sua pele

Cada fôlego que você está respirando

Tudo o que você precisa

Eu quero ser tudo que toca você, tudo...”

Isabella Swan.




Terminei de ler o bilhete e meu coração estava disparado, no ‘ps’ ela incluiu um trecho da canção que eu cantarolei hoje pra ela, “Ela não estava dormindo... Ela ouviu cada palavra que eu cantei!” abri o pacote com as mãos tremendo e fiquei emocionado ao ver o que era: um globo de tamanho médio, com dois bonequinhos sentados de frente um para o outro e de mãos dadas, agitei e pequenas bolinhas brilhantes voavam ao redor deles. O globo lembrava uma bolha, os bonecos lembravam eu e ela, as bolinhas lembravam bolhinhas... Meus olhos lacrimejaram e eu fechei os olhos lembrando das sensações que ela me fazia sentir, o coração disparado, a alegria de tê-la perto, a canção que cantei hoje e o quanto me identifiquei com a letra. Nem pensei e desci as escadas correndo, atravessei a rua e bati em sua porta e ela surgiu linda e corada. “Linda...” pensei mais uma vez.





– Oi... – disse corada e eu respirava ofegante.

– Oi. Vim agradecer o presente... – disse meio sem jeito e ela sorriu de canto.

– Ah, eu tinha comprado no dia que minha me levou com ela pra Port Angeles... Eu pedi para que sua mãe colocasse no seu quarto, não queria te acordar... – disse corada. – Quer entrar? – perguntou dando passagem.

– Não está muito tarde? Renée pode achar ruim... – ela negou com a cabeça.

– Minha mãe teve que ficar no plantão hoje. E não está tão tarde, amanhã não tem aula. Vic ligou avisando. – ela sorriu e eu entrei. Chegamos na sala e ficamos sem saber como agir, um ao lado do outro.

– Vamos sentar? – disse indo até o sofá e eu fiz o mesmo, nos sentamos e eu reparei na imagem congelada da TV.

– Estava assistindo qual filme? – disse tentando puxar assunto e ela pegou o controle.

– ‘Orgulho e Preconceito’. Estava sem sono, dormi demais a tarde... – disse corando. – Aliás, me desculpe por ter saído de lá ‘fugida’, fiquei sem graça ao ouvir o carro dos seus pais... – segurei sua mão e ela sorriu por reflexo.

– Eu deduzi que foi por isso... Não se preocupe. Aliás, seu braço melhorou? Conseguiu descansar? – ela assentiu com a cabeça.

– Sim... E eu dormi bem, sua voz parece a de um anjo... – disse totalmente vermelha e eu corei.

– É... Eu notei que estava agitada... E cantei pra te acalmar sabe... E essa música foi a única que veio a mente... – eu gaguejava e ela apenas me observava.

– Quer conversar sobre isso? – ela disse tímida. – Ou quer ver o filme comigo?


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Notas finais do capítulo

Não me matem! Parei aqui porque o próximo capítulo será um Beward todo fofo!!!

Até amanhã!
Beijos