Quase Uma Vingança escrita por Lola Carvalho


Capítulo 15
Onde está você (de novo!)


Notas iniciais do capítulo

Boa noite pessoas lindjas!
Sei que eu disse nas respostas dos comentários que postaria apenas amanhã, mas não sei se vou ter tempo de entrar aqui :) Então para não correr o risco, resolvi postar hoje :D

Espero que gostem!

Boa leitura,
Beijinhoos ♥



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Patrick Jane

Segurei-a pela cintura e pela nuca, depositei delicadamente meus lábios sobre os dela e essa foi a melhor sensação que eu já tive, pelo menos nos últimos dez ou quinze anos. Seu beijo era tão suave, doce e terno. Nunca poderia imaginar nada mais perfeito! Ela colocou uma mão em minha nuca e brincava com os meus cachos loiros. A outra mão ela repousou em meu peito, e puxava bem de leve a gola de minha camiseta para me trazer para mais perto. Já estava ficando sem ar quando nos separamos, mas não ousei soltá-la. Continuamos ali, abraçados. Eu com as mãos em sua cintura e ela com os braços em volta de meu pescoço. Ela sorria, mas então comecei a notar que a expressão facial dela mudava lentamente (ou nem tão lentamente assim) de felicidade para confusão, e depois raiva.

Ela se afastou de mim, e me olhava com indignação, e limpou a boca com o braço, como se quisesse apagar o beijo.

– O que foi Teresa?

– Você me usou... Você se aproveitou de mim! – já descobri o que aconteceu: ela recuperou a memória... Preciso fazer algo antes que ela me bata, ou fuja de mim...

– Teresa, do que você está falando? – ela se esquivava de mim e afastava a minha mão quando eu tentava segurá-la.

– Você... Você se aproveitou que eu estava sem memória para me seduzir...

– Teresa eu... – não consegui terminar porque ela me interrompeu

– NÃO ME CHAME DE TERESA! Você nunca foi nada meu, e agora é menos ainda! – Ela saiu correndo, desceu as escadas até a garagem entrou em seu carro e, para minha infelicidade e desespero, trancou a porta.

– Teresa... Teresa espera... Abre a porta – eu batia desesperadamente na porta do caro. Vi lágrimas caindo de seus olhos. Droga!

Ela deu partida e, de novo, quase me atropelou enquanto fugia.

Droga! Droga!

Por que agora? Por quê?

Eu preciso encontrá-la e pedir desculpas, me explicar. Reconquistar minha princesinha, muito raivosa agora.

Peguei meu carro e saí em disparada para a casa de Teresa. Mas quando eu cheguei, ela não estava lá.

Isso se parece com um pesadelo... Na verdade é pior, porque eu não posso acordar e descobrir que era só minha imaginação fértil pregando uma peça, e que a minha Teresa estaria me esperando para tomarmos um café da manhã juntos.

Agora ela poderia estar em qualquer lugar... “Vamos Patrick, pense! O que você faria no lugar dela?”

Quando eu perdi a memória, e a recuperei, Teresa estava lá me impedindo de fazer alguma besteira...

De repente, como se uma luz acendesse na minha mente, descobri aonde ela poderia estar. Estava tão nervoso que não percebi que Teresa saiu da CBI e foi para a direção contrária de sua casa... Como eu pude não perceber isso?

Corri para o meu carro e saí em busca de algum lugar próximo à CBI que vendesse bebidas e tivesse música alta... Confusa como ela estava, só poderia ter ido para um lugar assim, para não ouvir seus pensamentos e tentar se esquecer da minha existência.

Estava a trinta quilômetros por hora, olhando dos dois lados da rua se via algum sinal da Teresa. E, quando avistei o primeiro bar, vi também o carro dela estacionado do lado de fora. Parei meu carro ao lado do dela, e entrei correndo, procurando-a.

– Lisbon! – a avistei, sentada em um balcão, de costas – Teresa...

– Ahh... Você me achou... Paitrikc... Patrick Jerk* - na mesa repousavam vários copos vazios e uma garrafa pela metade de vodka ao lado – o que você fazendo aqui? Veio se aproveitar que eu bêbada?

– Não, eu nunca vou me aproveitar de você Teresa...

– Já disse pra você num me chama de Teresa... Se bem que... É tão melhor do que ouvir meu sobrenome – apesar de bêbada, sua voz não estava muito alterada.

– Acho que você já bebeu de mais... Vem, eu te levo pra casa...

– Eu estou muito bem aqui Jane, eu não quero voltar pra casa pra ficar sozinha... – ela me analisou por alguns instantes – e nem pense eu dizer que você vai me fazer companhia, porque eu não quero dizer não pra você...

– Então não diga...

– Eu não posso dizer sim também... – ela encheu dois copos com a vodka e me ofereceu um.

– Não, obrigado...

– Eu sabia... Você quer ficar sóbrio para se aproveitar de mim...

– Algum de nós tem que dirigir, certo?

– Mentira! Você quase nunca fica bêbab... Bêbado...

– Mesmo? Porque você estava lá no dia que eu mais fiquei bêbado... E você me ajudou...

– É... Eu te ajudei... Não deveria! Você deveria ter ficado lá... Sozinho, bêbado... E sozinho – depois disso ela virou os dois copos de vodka – Sabe diuma coisa? Você é o maior... iddiooota qui eu já conheci na vida... – a vodka já estava fazendo mais efeito agora

– Lisbon, olha... Me desculpe, quando eu disse aquelas coisas, eu não queria ter dito... Me desculpa

– Hm... Num dá pra olhar pra esses seus olhinhos de... De... Cachorrinho aban... Abandonado e não te perdoar... – ela colocou suas mãos em volta do meu pescoço – vamos dançar?

– Vamos para casa. A senhorita já bebeu muito, pelo visto! – ok, ela recuperou a memória e ainda quer dançar? Ela deve ter bebido muito mais do que meia garrafa de vodka...

– Eu num vô pra casa com você! Não insista – ela apontou o dedo indicador, reafirmando sua ordem – Você me levou pra dançar e... Foi tão romântico... eee... Nem deu pra eu mostrar minha dança especial pra você...

– Dança especial?

– É... Meus passos especiais... – começou a rir e se afastar de mim, para ir para a pista de dança. Ela já estava descalça, e me deu as sapatilhas dela para eu segurar. Nem preciso dizer que, de embriagada que estava, nem conseguiu se manter em pé por mais que dois minutos.

– Opa... – eu a segurei antes dela chegar ao chão

– Huummm... Você me pegou antes de eu cair, igual um príncipe... – ela se endireitou – Engraçado, não? Você é um príncipe, e eu quero ser sua princesa, mas você não gosta de mim... – ela disse e fez um “beicinho”

– Heey... Você é a minha princesa! E eu não gosto de você...

– Viu? Eu disse... – ela me interrompeu

– Eu te amo!

– Verdade?

– Verdade!

– Então por que você tem que ser tão idio... – ela não conseguiu terminar a frase porque começou a vomitar. Ao menos ela virou o rosto para não vomitar em mim – Ahhh... Me desculpe.

– Tudo bem, eu já tive uma filha... Já aconteceu isso comigo antes. Que tal irmos pra casa agora? - ela assentiu com a cabeça, mas não conseguia andar, então eu peguei-a no colo.

– Você é cheiroso...

– Aé?

– Aham... – Ela estava de olhos fechados, com a cabeça repousada em meu peito, e se segurava em meu pescoço. Mesmo com o cheiro forte da bebida, ainda conseguia sentir o aroma de canela que vinha de seus cabelos.

Coloquei-a no carro e ela já estava dormindo.

Quando cheguei em frente à casa dela, vi que ela permanecia dormindo e não quis acordá-la. Então a peguei no colo novamente, e a pus em sua cama.

Ela era tão linda quando não sabia que estava sendo observada, quando estava relaxada.

– Eu te amo Teresa Lisbon!- sussurrei perto de seus ouvidos

Virei e, prestes a sair do quarto dela, ouvi ela me dizer um pouco sonolenta:

– Eu também te amo... – porém ela não parecia estar consciente, como se ela estivesse sonhando.

Voltei para perto dela e beijei sua testa.

– Tenha bons sonhos minha princesinha raivosa.

Sorri e fechei a porta do quarto dela com cuidado para não fazer barulho e acabar acordando-a. Tinha que ir para “casa” dormir... Tenho planos para nós amanhã!


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Notas finais do capítulo

Prévia do próximo capítulo:
"(Lisbon) Depois do banho, quando estava preparando meu café e ainda tentando me lembrar de como eu fui parar em casa, alguém toca a campainha. Considerei em minha mente "É melhor que não seja o Patr...". Tarde demais. Era ele. E com um sorriso perfeito, uma bermuda jeans, uma camiseta vermelha desbotada, e um ramalhete de rosas amarelas em mãos."

Até quarta ♥