Night Rain escrita por ZeNieR


Capítulo 13
Darkness!


Notas iniciais do capítulo

Boas galera, trago hoje o capítulo 13 de Night Rain, e cheguei a 21.000 palavras de fic *o* pra mim isso é bastante kkk e pretendo continuar até onde não dar mais :p Boa leitura e comentem pf ^^



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[Narrador]

– Sério que você vai se mudar também? Minha família e eu pretendemos fazer o mesmo... - Luis escuta a conversa entre vizinhos seus, havia muita gente se mudando de Ranchou por causa da epidemia, ele ainda acreditava que isso não era apenas uma epidemia, que tinha alguma coisa por trás disso tudo. Estava em seu quarto perto da pequena janela enquanto prestava atenção no diálogo, sem muito com que se importar ele fecha a janela e senta na cadeira da escrivaninha, abre um livro de medicina e começa a ler. Ele tenta achar alguma coisa que respondesse suas perguntas, tenta lembrar do seu professor favorito que deu aula na faculdade apenas no primeiro semestre, o Jayce. Luis mantinha contato com Jayce pois ele ajudava muito em seus estudos e também, era o único médico descente da cidade, mas poucos admiravam seu trabalho, apenas Luis. "Será que o Jayce descobriu alguma coisa sobre essa doença?" pensava. Passou alguns minutos de pesquisa e Luis não achou nenhuma resposta plausível, então agarra seu celular e disca para o número do seu querido médico. Sem demorar muito na linha o Jayce atendeu.

– Alou? Professor?

– Pois não, é você Luis? - Sua voz demonstrava surpresa.

– Sim sim, sou eu professor, eu estava estudando mais sobre o que está acontecendo com Ranchou e... - Foi interrompido.

– Ah sim, eu queria justamente falar com você... Acho que você é a única pessoa com que eu posso confiar nesse momento. - Eles já se conheciam faz um tempo, mesmo antes de Jayce dar aula no primeiro semestre, através de um Blog de Biologia, eles trocavam ideias e hipóteses sobre diversos assuntos.

– Comigo? - Luis se sentiu confiante. - Claro professor, pode contar comigo.

– Você pode dar uma passada aqui na minha clínica? Tenho algo a lhe mostrar.

~~

– Fica de boa Mari, logo você acostuma. Mas Celly, vai dando as orientações que irei meus assuntos particulares aqui. - Leo coloca a pá sobre o ombro e se retira do local onde Celly e Mariana estavam. Era noite de lua cheia, a luz refletida pela mesma iluminavam a vasta floresta por onde estava. Andando mais um pouco, Leo avista um cara encostado na árvore esperando sua chegada.

– Eai Leo, já terminou o serviço? - Richard pergunta cruzando os braços.

– Estou quase lá senhor, das sete pessoas que morreram essa semana, apenas uma ressuscitou. - Eles trocam olhares duvidosos.

– Sete? Mas não eram oito?

– Oito? Ah, a oitava peste que você está falando é aquela tal de Bruna? - Ele levanta a sobrancelha afirmando. - Pois ela não foi enterrada.

– Mas porque? Eu sabia que ela ia ressuscitar! - A raiva começa a pulsar em seu corpo. - Eu fiz de tudo pra ter aquela companheira! Saberia que ela seria perfeita!

– Fica frio ai Richard, se ela realmente ressuscitou devemos esperar até encontrarmos ela, mas provavelmente ela não vai sobreviver sozinha sem nossas orientações... - Richard sabia que Leo estava falando a verdade, mas perder um companheiro pra ele é muito difícil.

– Eu entendo, eu estou tomando conta de uma outra pessoa que parece que irá ser muito útil para nós.

– E quem seria essa praga? - Deu uma risada, Richard não gostou da brincadeira, descruzou os braços e com um deles, pegou pela camisa de Leo e o levantou.

– Praga? Eu se fosse você não falaria dele desse jeito.

– Desculpe cara, eu só to brincando relaxa ai. - Richard coloca ele no chão, Leo arruma sua camisa que estava amarrotada. - Mas eu irei esperar ainda essa noite para ver se alguém mais irá ressuscitar, manterei contato contigo.

– Ok Leo, e quem ressuscitou hoje?

– Uma tal de Mariana, Celly está explicando as coisas pra ela. - Richard anda pra direção onde Leo acabou de vir.

– Irei da uma olhada como elas estão.

~~

– Então, o que queria me dizer? - Luis e Jayce estavam na clínica sentados num dos bancos próximos a recepção. O dia estava ensolarado, para Luis estava uns trinta e dois graus.

– Como você sabe, você foi o meu aluno favorito, sempre dedicava seus estudos e se esforçava ao máximo em suas experiências, por isso tenho confiança total em você e preciso meio que desabafar com alguém. - Jayce estava sentado de pernas abertas com uma das mãos em seu joelho e a outra ajeitando seu cabelo.

– Eu apenas queria compreender o que está acontecendo com a cidade...

– Vampiros seriam a resposta pra sua dúvida. - Luis paralisa.

– Vampiros? E isso existe? Você andou bebendo professor? Acho que isso é impossível!

– Eu tenho como provar a você, minha esposa faleceu ontem e eu tenho todos os exames que fiz durante a transformação dela, e ainda tenho o cadáver dela. - Jayce se levanta. - Me acompanhe que eu irei mostrar. - Luis tentava colocar na cabeça que aquilo era uma possibilidade do problema, mas a física e a química não podem comprovar que vampiros realmente existam. Ambos foram andando à sala de cirurgia em passos lentos. - Tenta ser forte com o que você irá ver. - Jayce abre a porta, Luis se espanta ao ver a sala toda ensanguentada e Bruna na marca com uma estaca de madeira encravada em seu peito.

– I-isso é...? - Ele se aproxima do cadáver. - Um vampiro ? Você à matou?

– Isso, e provavelmente quem a transformou nesse monstro foi um deles já transformado. Eu definitivamente quero acabar com eles, nem que custe a minha vida! - Ele sentiu a força que tinha na voz de Jayce, e sabia que não estava brincando em relação ao que poderia acontecer.

– E você quer ajuda para acabar com eles? Isso não seria muito perigoso?

– Luis... me ajuda a proteger a cidade... só posso contar com você...

~~

Mariana para pra refletir no que acabou de fazer, sua boca estava ensanguentada e a criança estava morta diante seus olhos "Eu virei uma assassina." pensava loucamente. Ela se levanta e se retira do quarto escuro deixando a criança para trás. Sem saber direito onde ela estava, então tenta chamar por Celly, depois de alguns segundos a estranha garota entra pela porta principal da cabana.

– Oi Mari, já se alimentou? - Mariana tinha medo da bipersonalidade de Celly.

– Uhum... - O tom de voz dela demonstrava culpa.

– Olha, eu sei como você se sente, eu já passei por isso e passo todos os dias, mas é para nos sobrevivermos.

– Eu sei Celly, mas não tem nenhum outro jeito de fazermos isso sem ter que matar pessoas inocentes? - O lugar ficou quieto, um vento frio invadiu o local, levantando os cabelos das jovens. Nesse silêncio elas percebem que alguém estava se aproximando, conseguiam ouvir claramente sons de bota na terra.

– Celly, ainda está ai? - Richard aparece, agora diminuindo os passos quando avista as meninas.

– Sim senhor, Mariana já está treinada para a sobrevivência.

– Isso é uma boa notícia, já temos mais um companheiro, Valkiria deve ficar feliz com isso. - Mariana tinha medo de Richard, sua voz assustava muito que deixava-a com calafrios. Ela entra na conversa olhando diretamente para Richard.

– Valkiria? - Perguntou com curiosidade.

– Sim, Valkiria é a nossa rainha, o nosso dever é ajudá-la e acima de tudo, protegê-la. Por isso estamos aumentando nossa família. - "Nós temos uma rainha? Que tipo de rainha ela dever ser?" Essas perguntas não saiam do cérebro de Mariana. Durante a conversa, um vampiro corre em direção à Richard.

– Senhor Richard! Senhor Richard! - Richard faz uma volta de cento e oitenta graus.

– Estou aqui, pode falar.

– Temos um invasor no nosso território! E a invasora é uma humana!

~~

O gélido sereno da madrugada cobria a pele branca de Zenier, ele estava na praça de alimentação sozinho, não havia nenhum alma viva ao redor dele. Ele pensava tudo o que aconteceu e se preocupava demais com seus amigos, ele queria se vingar de Richard mas sozinho ele não da conta, necessita da ajuda de seus amigos para fazer isso porém Zenier não quer pôr ninguém em risco, e quer resolver isso sozinho. O amargo som do silêncio deixava-o tranquilo, na verdade Zenier sempre foi isolado dos outros, não porque ninguém o queria por perto, mas sim porque ele se sentia confortável dessa forma.

Quebrando o silêncio com sons de passos, Jasmie aparece atrás de uma das barracas.

– Olha quem temos aqui, o lobinho solitário. - Ela veio se aproximando de onde Zenier estava, sentado num dos bancos de pedra presos no chão. - O que foi? Não vai dizer uma palavra não? Sabia que é falta de educação deixar uma dama no vácuo? - Zenier estava muito fraco para fazer qualquer coisa. - Anda, responda! - A paciência de Jasmie chegou no limite, fazendo com que seu punho direito acertasse em cheio a bochecha de Zenier, que caiu para trás. - Agora entendo perfeitamente, a moreninha deixou você desse jeito né. - Zenier se levanta devagar, com um pouco de dificuldade.

– E o respeito que você tinha falado, você não recebeu de ninguém não ? De seus amigos? Ah, é mesmo, você não tem amigos! - Jasmie já estava enfurecida e ainda com aquela provocação ficou maluca.

– Cala a boca! - Ela chuta o rosto dele, desta vez ele resiste e continua parado.

– Eu vou cuidar da Mariana e vamos achar uma cura para isso.

– Isso não existe cura! - Ela grita, levantando-o, agarra a camisa dele e com muita força, ela joga-o contra uma das barracas, fazendo um grave som de metal em atrito com suas costas.

Zenier estava inconsciente sobre o chão gelado da praça, Jasmie se agachou perto dele e puxou sua camisa, deixando seu pescoço amostra.

– Quem vai matar você será eu! - Quando ela foi morder Zenier, uma luz misteriosa predomina o local, fazendo com que o escuro da noite sumisse em milésimos de segundos. Jasmie rapidamente tampa seus olhos com as mãos e recua em pequenos passos para trás. "Você denovo?" pensava.

Quando a luz acabou, Zenier abriu seus olhos, e ainda jogado no chão sem saber o que aconteceu, percebeu que estava sozinho novamente, que Jasmie havia desaparecido.


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Notas finais do capítulo

Deixem o que vocês acharam nos comentários *-* vlw



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