Nothing Is Bigger Than Love escrita por Sophia Santos


Capítulo 3
Capítulo 3 - Eu não estou bêbada!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente *-* Espero que gostem do capitulo! Boa leitura. OBS: Leiam as notas finais!!!



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Zara

            Chegamos à boate e meus olhos procuraram Arthur, meu melhor amigo. Enquanto eu não achava aquela criatura, puxei o Lucas em direção ao bar. Foi só ai que eu reparei o quanto ele era baixinho! Tudo bem que sem salto, deveria ficar apenas uns centímetros maiores que o guri. Mas não iria perder a chance de curtir com a cara dele, é claro.

            —Quanto tempo demora a ficar bêbada? –Ele sorriu. –Não quero que comece a me agarrar no meio da boate.

            —Mesmo bêbada, eu tenho gosto. –Retruquei.

            —Sim, o mendigo deveria ser super sexy. –Começou a rir e eu dei um tapa leve no braço do idiota.

            —Com certeza ele era mil vezes melhor que você. E alem disso, não gosto de caras baixinhos. –Ai ai... Como eu amo ter 1,78 de altura!

            —Não sou baixinho! –Ele falou irritado. Achei um ponto fraco...

            —É sim. Mas relaxa a culpa não é sua. Com certeza deve ter algo haver com o uso prolongado de drogas e bebidas alcoólicas que sua mãe teve durante a gestação. Deve ter afetado no seu desenvolvimento e por isso tem problemas com a sua... Hum... Deficiência mental. Deve ser pó isso também que é fraco e magricelo. –Vi sua cara de frustrado e resolvi continuar. –Olha, não precisa me encarar desse jeito. Tem pessoas que já nascem viciadas, a culpa não é sua.

            —Olhe aqui sua pirralha atrevida... –Lucas começou pensando em uma ameaça. Eu bocejei e pedi duas doses de vodka para o carinha que ficava no bar.

            Acho que ele esqueceu que estava brigando comigo, porque abriu um largo sorriso.

            —Seu namoradinho não vai ficar com raiva não? –Eu arqueei as sobrancelhas. E antes que perguntasse, notei algo estranho na voz dele. Aquilo era ciúme?

            —Não tenho namorado. –Não pude evitar em notar um sorrisinho torto que nasceu em seus lábios... Por que aquilo me chamava tanta atenção?

            —Arthur não é seu namorado?

            —Claro que não! Arthur é meu amigo. E pode ter certeza que ele se interessaria mais em você! –A cara de Lucas era indecifrável agora. –Ele é gay.

            Minhas doses de vodka chegaram e eu tomei as duas. Ri um pouco porque engasguei no final.

            —Não ia dividir não? –Ele perguntou.

            —Eu pedi para mim, oras. Porque acha que eu iria me importar com... –Senti minha garganta queimar e uma onda de felicidade invadiu meu corpo. Será que já estou bêbada? Não, é impossível! Mas tudo esta tão colorido, tão bonito. Lucas estava me encarando. Seus olhos eram tão profundos e ao mesmo tempo vazios. Ele era tão... Diferente.

            —Zara? Você esta bem? –Eu sorri e acenei com a cabeça. Que fofo! Preocupando-se comigo...

            —Eu quero outra dose de vodka! –Gritei para o cara de avental. Ele deveria ser quem estava me atendendo. Voltei minha atenção para Lucas. –Você é lindo!

            —E você já esta bêbada! –Surgiu uma voz do nada. –Mas tem razão, ele é lindo. –Arthur!

            Eu dei um abraço no meu amigo e ele me segurou. Disse para eu tomar cuidado. Cuidado com o que? Eu estava tão bem... Não iria cair.

            —Lucas... Seu sorriso me lembra a lua. –Ele parecia estar se divertindo com isso. Mas o que estava acontecendo? Eu quero rir também! Arthur me disse que ia dançar ou algo do tipo, mas não entendi direito. Minha atenção estava só em Lucas e aqueles olhos profundos.

            —Por quê? –Ele sorriu.

            —E seus dentes são tão brancos. –Eu peguei o copo do homem que me serviu a vodka e tomei-a toda em um gole só. Fiz uma pausa e pedi a outra. O cara me deu a garrafa inteira, para poupar tempo.

            —Quer dançar? –Chegou um cara bonitinho perto de mim, mas eu não o conhecia. Para que conhecer ele? Só vou dançar... Estava levantando quando alguém puxou meu braço.

            —A garota esta comigo. –Lucas disse em um tom autoritário. Como ele era engraçado assim.

            —Somos infinitos! –Gritei com todas as minhas forças e tomei outro gole da garrafa.

            —Somos o que? –Lucas perguntou e Arthur surgiu do nada.

            —Ela vai recitar frases de livros que ela leu, então aguente. –E sumiu de novo. Que mágica era aquela?

            —Eu sei que tem pessoas que dizem que essas coisas não acontecem, e que isso serão apenas histórias um dia. Mas agora nós estamos vivos. E nesse momento, eu juro. Nós somos infinitos. –Eu disse e arrastei Lucas para a pista de dança. Espera, era Lucas? Não sei, eu queria apenas me divertir!

            —Você fica tão mais legal bêbada... –Ele riu.

            —Não estou bêbada! –Gritei e tomei o ultimo gole da garrafa. –Me enganaram! A garrafa não estava cheia! Acabou tão rápido...

            —A garrafa estava lacrada Zara. –Disse serio. Aproximou-se e me deu um beijo na bochecha. Por quê? Por que na bochecha?

            —Vamos pedir outra! –Fui andando em direção ao bar e cai no chão. Quem tinha me empurrado? Eu estava em completa condição de andar. –Por que me empurrou?

            —Não te empurrei. Você caiu. –Bloqueou minha passagem. –E isso significa que não pode mais beber.

            —Então, esta é a minha vida. E quero que você saiba que sou feliz e triste ao mesmo tempo, e ainda estou tentando entender como posso ser assim.

            Eu vi aquele homem lindo na minha frente. Tentando parecer um irmão mais velho, mas quem nós iremos enganar? Lucas gosta de mim. Quer dizer, é impossível me conhecer e não gostar da pessoa maravilhosa que sou!

            —As vantagens de ser invisível? –Sussurrou perto do meu ouvido.

            —O que?

            —Você estava falando frases de “As vantagens de ser invisível”. –Não pude evitar e acabei sorrindo. Um pouco mais que isso... Inquinei-me para ficar do tamanho dele e selei seus lábios. Quando me afastei sai correndo para conseguir mais uma garrafa de vodka.

            —LIBERDADE! –Peguei a garrafa e comecei a tomar.

Mas antes de tomar outro gole, senti músculos me segurarem e arrastarem-me de perto do bar. Lucas jogou a garrafa de vodka no chão e disse:

            —Vamos para casa agora! –Pai, é você? –Onde estão as chaves do carro? –Perguntou desesperado.

            —Não sei. –Eu ri. Tinha a impressão de falar meio embolado. E o mundo estava girando...

            —Não tem graça! Onde estão as chaves? –Sua expressão era de raiva. O que eu havia feito para ele?

            —Você é tão lindo... –Ele quase sorriu, ao invés disso fez uma cara triste.

            —Preciso ir para casa. Pode-me dizer onde estão as chaves? –Como eu iria dizer não a um rostinho tão... Angelical?

            —Estão aqui. –Eu tirei do meu bolso escondido que ficava no vestido. –Mas... Sabe dirigir?

            —Sei, por quê? –Parecia desconfiado.

            —Não me sinto bem para dirigir. E... Eu não quero acabar machucando ninguém.

            —Alguém já te disse que você fica diferente bêbada? –Lucas sorriu.

            —Sim, mas não estou bêbada! –Olhei intrigada. Por que acham que estou bêbada?

            Ele me segurou e guiou ate o carro. Achei estranho, eu estou completamente bem para andar. É impressão minha ou tudo esta mais claro do que quando cheguei?

            —Há mais coisas no céu e na terra, do que sonha a tua filosofia. –Ele arqueou as sobrancelhas pela décima vez essa noite. –William Shakespeare.

            —Por que você recita frases aleatórias do nada quando esta bêbada?

            —Não estou bêbada! –Eu gritei, talvez alto demais. Nossa, já estou no carro! Como não percebi que estava no carro? –Mas talvez eu fale isso porque precisa ouvir minhas palavras. Talvez eu não passe de uma sábia. –Ele riu. Riu muito.

            —Pode ser muitas coisas Zara, mas sábia não é uma de suas características. –Eu deveria ficar brava com ele por isso? Acho que não. Só foi um pouco sincero. Ah, eu amo pessoas sinceras!

            —Meu pai vai me matar. –Eu engasguei com minha risada.

            —Por quê? –Lucas perguntou para mim com um sorriso fofo no rosto.

            —Minhas tatu... –Não consegui terminar de falar, abri a janela do carro rápido e vomitei pela janela. Devo ter sujado a porta, mas isso parecia não importar agora.

            Lucas gritou pelo meu nome varias vezes. Mas não consegui escutar direito. Eram zumbidos estranhos na minha cabeça que não consegui traduzir. De repente, minha visão ficou preta. Não entendi mais nada do que aconteceu após isso.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que o capitulo ficou pequeno, mas é meio complicado colocar muitos detalhes quando uma pessoa bêbada esta narrando kkk o próximo capitulo vai ser esse mesmo dia no ponto de vista do Lucas, ai vão entender melhor as loucuras da Zara e o que acontece depois que ela apaga :) beijos e vejo vocês nos comentários!



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