I'm In Love With My Best Friend escrita por JL Vendetta


Capítulo 1
Oneshot ("My best friend")


Notas iniciais do capítulo

(Oneshot - "Meu melhor amigo")

Famoso clichê, eu sei. Porém, não consegui resistir (minha alma clama por esses pequenos dramas '-'). Originalmente, era pra ser sobre os membros de uma banda, mas as regras no site não permitem, então eu adaptei a história (não há muitas descrições físicas, então...). De qualquer forma, também será postada no meu perfil do AnimeSpirit, mas na versão original.
No mais, espero que gostem :)



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É o dia mais importante da vida de Andrew. Ele está aqui do meu lado, de terno e gravata, uma pilha de nervos. Está quase tremendo e batendo os pés, tamanha sua ansiedade. Já tentei acalmá-lo duas ou três vezes, mas não adiantou. Sei que ele só vai parar com essa crise no momento em que a marcha nupcial começar, e Sarah entrar pela porta daquela igreja, com seu vestido branco e o buquê de flores.


Eu? Eu quero cavar um buraco na terra e enfiar minha cabeça nele. Quero fazer o possível e o impossível para impedir esse casamento. Quero nocautear e roubar o noivo. Quero gritar um grande “Eu tenho algo a dizer!” antes que o padre comece a realizar o casamento, porque minha vida é uma merda.


Eu estou apaixonado. Apaixonado pelo meu melhor amigo hétero, que está casando. Estou apaixonado pelo meu melhor amigo hétero que está casando, e quero fugir com ele, porque não aguentarei vê-lo com outra pessoa!


Andrew sempre foi meu melhor amigo. Desde que consigo me lembrar, estou ao lado dele. Seja provocando, aconselhando, brigando pelo controle da TV. Era comigo que ele conversava sobre garotas, era comigo que ele falava sobre os pais (que o proibiram de me ver, mas não adiantou muita coisa), era ao meu lado que ele brigava na rua quando saíamos pra beber e acabávamos arrumando confusão.


Tenho certeza de que Sarah nunca conheceu esse lado dele. Tenho certeza de que ela não o conhece como eu conheço. Que ela não sabe que Andie odeia que o acordem antes de o despertador tocar, que suas músicas favoritas são do Metallica, que ele propositalmente desafina a voz quando vai cantar no chuveiro. Tenho certeza que ela não sabe que ele odeia que apertem suas bochechas, ou que falem que ele parece um armário.


Ela não o conhece como eu conheço, e nunca terá essa chance. Onde está meu amigo briguento e boca suja? Onde está o cara que me chamava de filho da puta e brigava comigo por eu ser mais alto que ele? Sarah Brown o transformou em alguém irreconhecível.


E, ainda assim, não consigo deixar de amá-lo. Não consigo deixar de amar esse protótipo de galã da novela das sete, com os cabelos perfeitamente alinhados, a roupa comportada, todo arrumado; sem piercings, ou maquiagem, ou óculos escuro — ele nunca deixou de lado aqueles malditos óculos; até hoje. Não consigo deixar de sentir meu estômago embrulhar e meus olhos arderem ao vê-lo pronto para viver sua vida inteira ao lado de uma pessoa que não seja eu.


Quero colocar tudo para fora. Quero gritar para o mundo inteiro ouvir. Quero que Andie saiba, que todo mundo aqui saiba, que muito antes de ser dela, ele era meu, e que não havia nada que pudesse mudar isso; ela pode transformá-lo no rapaz perfeito da cabeça dela, mas nunca poderá apagar o que eu senti e ainda sinto, o quanto eu o amo, o quanto eu faria tudo por ele, e meu amigo sempre soube.


— Você está bem, Johnny? — Andie me encara, e percebo que estou há mais de um minuto sem dizer que é para ele parar de morder a boca por dentro.


Eu quero lhe dizer que não. Quero lhe dizer o quanto estou sofrendo por vê-lo partir, por não ter tido a chance de lutar por algo que eu amava, e ainda amo tanto. Quero me ajoelhar e implorar “por favor, fique comigo”.


Mas não é disso que ele precisa. Andie precisa que eu seja o melhor amigo, o irmão, o companheiro fiel que sempre esteve lá; seu cão de caça obediente. Não o cara apaixonado, não o cara que vai passar as próximas noites se embebedando e tentando esquecê-lo; ligando para os amigos e pedindo conselhos.


Não. Andie precisa que eu aja de acordo com a peça. Ele precisa que eu seja o padrinho perfeito, o amigo que vai dizer à ele “parabéns, cara” e bater duas vezes em seu ombro quando for a hora da chuva de arroz.


E por isso, eu sorrio, escondendo o quanto me custa esticar os lábios e saber que, no momento em que a celebração terminar, eu jamais poderei chamá-lo novamente de meu. Sorrio em falsa animação, enquanto meu coração dói como inferno, enquanto reprimo as lágrimas, e desejo que todo esse amor possa sumir algum dia, sobrando só o enorme carinho que eu deveria sentir por ele; um carinho de irmãos.


— Estou ótimo, Andie.


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