The Firelink 2 escrita por Cryser


Capítulo 5
Capítulo 5 – A sábia cruzada.




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Com a espada guardada em sua “bainha” e com esta “bainha” sendo o escudo em suas costas, estendia a destra até aquela porta, sentindo o volume daquelas inscrições que começavam a brilhar em uma cor azul. Os portões se abriam, dando passagem para uma espécie de pátio cheio de neve e flores congeladas. Bem de frente para a passagem, uma garota com 3 metros e características diferentes dos demais naquele universo paralelo. Aproximou-se mais desta e observou calmamente que a mesma não portava qualquer tipo de arma e se encontrava com os dedos entrelaçados e com as mãos em frente ao corpo. Usava um vestido felpudo branco, seus cabelos eram longos e também albinos. Olhos em uma cor verde bem viva, o que lhe proporcionava o rosto empalidecido. Suas sobrancelhas era um conjunto de quatro espinhos curtos, sendo os últimos de cada extremidade mais longos que os outros. Seus pés descalços e em seu traseiro uma longa cauda felpuda.

– Meu nome é Priscilla, A Sábia Cruzada. Qual o vosso objetivo aqui? Perturbar a paz deste lugar assim como os outros aventureiros? Ou apenas se perdeu por minhas montanhas geladas? – A garota falava calmamente com uma voz suave, a qual parecia o vento em meio a uma noite de chuva, aquele que agradavelmente se pode escutar.

– Não estou aqui por nenhuma destas questões, eu simplesmente acordei neste lugar sem saber do que ele se trata. Talvez pudesse responder algumas perguntas? – Oberon foi direto, continuava admirando a garota a sua frente.

A moça que por si simplesmente se ajoelhava no chão, idêntico ao que japoneses costumavam fazer. Com os joelhos juntos e mãos postas sobre estes.

– Como meu nome já lhe responde. Eu sei de tudo o que acontece neste mundo, sendo isto no presente e até mesmo no futuro. Sei que suas intenções não são de fazer o mal. – A garota respondia e fechava os olhos, os voltando a abrir após alguns segundos enquanto sorria.

– Como posso sair daqui e confrontar Gwyn com todo o seu poder? Posso mesmo o derrotar? – Oberon estava excitado sobre a possibilidade de poder perguntar tudo que tinha vontade, finalmente respostas.

– Irei lhe pedir para se sentar igualmente. – A garota tinha somente um pedido.

Oberon então se sentou, cruzando as pernas e mantendo o corpo reto, repousava as mãos sobre os joelhos esperando as suas respostas.

– Para confrontar Gwyn, você terá que sair daqui e se dirigir até Anor Londo novamente. Terá de derrotar os guardiões do “Lord Vessel”. Após conseguir o Lord Vessel, terá que derrotar os dois últimos guardiões das almas dos lordes. Nito, o senhor da morte e também Seath, O Sem Escamas. – A garota fez uma pausa para respirar e após isto, olhou para o garoto e o chamou para mais perto. – Chegue mais perto.

Oberon assim o fez, aproximou-se da moça e de repente se encontrava envolvido por aquela sua cauda felpuda. Esta era realmente aconchegante e em instantes retirava todo o frio que o garoto sentia antes.

– O frio daqui pode o matar se permanecer muito tempo parado... – Sorria novamente e prosseguia. – Quanto a sua chance de derrotar Gwyn, vai depender do jeito de como sobrevive até chegar a este, mas eu deixarei o meu aviso: Gwyn é algo fora do normal, de tudo que você já tenha visto aqui. Ele consegue viajar entre dois ou talvez mais universos, o que me impede de ter todas as informações. Nunca ninguém derrotou Gwyn antes, o que o faz ser um ser bastante orgulhoso, tirando o fato de que seu corpo está enfraquecendo a cada dia que passa neste mundo.

– Como poderei sair daqui? – Oberon se encontrava pronto, sabia os problemas que passaria daqui a diante se queria realmente sair daquele mundo.

– Atrás de mim tem uma saída. Você terá que pular daquela pequena ponte quebrada. – A garota pegava no moço com a cauda e lhe mostrava a ponte quebrada, virando-se para ela também. – Mas para poder sair por ali, eu tenho de morrer.

O silêncio dominou o local por um tempo, o moço não sabia como prosseguir. Teria que matar alguém que não tinha feito nada de errado com este e que para melhorar, o tinha ajudado tanto com informações.

– Mas tudo bem, é o seu objetivo. – A garota largava o moço e afastava um pouco deste, aparecendo em suas mãos uma enorme foice e começando a nevar forte. – Venha me enfrentar, será divertido!

O garoto sem nada falar, levantou-se e pegou em seu escudo no mesmo tempo que removeu a espada da bainha, procurando a moça que havia desaparecido em toda aquela nevasca. As únicas coisas que lhe mostravam que a garota estava ali eram os seus risinhos baixos e suas pegadas que às vezes desapareciam de repente por causa da neve se acumular rápido suficiente para este ato. Sentiu um corte no vento em sua direção e levantou o escudo sobre este, defendendo um golpe poderoso em um estado invisível. Era a foice da garota que havia embatido diretamente com o escudo e feito o moço recuar alguns centímetros de sua posição atual. Sabia agora com o que estava a lidar, ouvindo novamente aquele corte no vento, colidiu propositalmente o escudo contra a foice com toda a força, sendo agora a recuar a moça que se encontrava um tanto nocauteada pelo impacto poderoso. O garoto correu para onde achava que a moça se localizava, ou pelo menos onde via a mancha na neve e espetava a espada ali. A garota voltava a aparecer e toda a neve era manchada de sangue, assim como o seu vestido branco. O garoto havia perfurado diretamente a cauda da moça, a cortando. Olhando melhor para o rosto desta, reparava que a mesma se encontrava agora chorando, tentando levantar, como se desesperada e não querendo morrer. Oberon por momentos sentiu remorsos de suas ações, mas para sair daquele local, sacrifícios tinham de ser feitos, assim como em todas as suas decisões até agora. Correu na direção da garota que tentava se proteger com os braços e aplicou um corte na diagonal, cortando um dos braços da moça e todo o seu peito, deixando-a entre a linha da vida e da morte. Todo o local antes somente em cores brancas estava agora manchado com uma poça enorme de sangue escarlate.

– Eu nasci por uma humana, sendo que meu pai era um dragão em uma cor um tanto linda... Ele era escarlate, assim como o meu sangue, o qual não via desde que era criança e me machucava brincando. – A garota continuava chorando enquanto observava a sua cauda e braços caídos, o sangue escorria do corpo da mesma para o chão. – Deia o golpe final e continue o seu destino, eu mesmo já sei como ele irá terminar, mas não direi nada sobre... Mas por favor, seja rápido.

– Obrigado pelas informações, se tivesse como, eu te deixaria viva por mais mil anos. – O garoto falou.

Segurando novamente a espada como estocada, fincava diretamente no peito da moça, a matando instantaneamente graças ao pouco sangue que a mesma já tinha em seu corpo. Após a morte desta, a neve simplesmente piorava em vez de acalmar, em instantes todo o sangue já havia congelado e começava a desaparecer, pois a camada simplesmente não parava de aumentar. Em minutos, todo o local seria perdido pelas camadas de neve superiores a 50 metros. O garoto voltou a guardar a sua grandiosa espada em seu escudo e o prendeu em suas costas, correndo até a ponte da saída e pulando desta, pensando em todas as palavras que a garota havia dito antes. Algo parecia correr mal, o moço conseguia ver as rochas pontiagudas se aproximarem e nada o havia tele transportado dali. Fechava os olhos de maneira a não ver a própria morte e de repente se sentia em solo. O tempo não mais estava frio e sim quente. Abrindo-os novamente se deparava com os corpos mortos de todos os cavaleiros de prata que havia antes matado. Estava localizada ali a entrada do templo onde Orstein, O Caçador de dragões se encontrava. Já pegava novamente seu escudo e espada e adentrava os portões do castelo, observando que ambos ainda se encontravam ali.

– Vejo que está de volta, pequeno Oberon. Meu antigo colega te passou conhecimento? Você está bem parecido com ele. Veja só quem te acompanha meu companheiro Solaire. Vamos começar esta batalha. – Orstein falava, mas nem dava tempo de resposta, simplesmente era rápido o suficiente para já estar do lado do moço.

Orstein estava sério, assim como o seu colega Smough, o executor. Orstein tinha o golpe barrado por Oberon que colocava o escudo na frente deste, defendendo com toda a força, mas mesmo assim sendo arremessado um pouco para trás, contra Solaire que se preparava ainda para a batalha. Ao finalmente ter noção do espaço a sua volta, o moço de armadura gorda e com martelo gigante já pulava na sua direção e tentava esmagar Oberon com o martelo. O moço ferozmente já corria na direção de Smough antes disto e cortava o cabo daquele martelo após este errar o golpe, que por azar havia pegado Solaire em cheio, mantendo este sem chance esmagado no chão. A poça de sangue era evidente que o garoto não tinha mais salvação.

– Mas que pena que o primeiro filho de Gwyn morreu... – Orstein ria por um momento e tentava golpear novamente Oberon com a lança, este se encontrava mais agachado a frente de Smough, mas não por muito tempo.

Após cortar o cabo do martelo do carrasco, rodava o corpo pelo lado direito de Smough, cortando tudo ali com a sua espada, também tendo uma defesa já que Orstein se encontrava do lado esquerdo do gordo. Um deles já estava abatido, seria impossível para qualquer ser vivo sobreviver a um golpe na horizontal no próprio coração, este que Oberon causou em sua esquiva para um provável ataque de Orstein.

– Você realmente melhorou sua técnica de batalha. Vamos lutar um tanto mais sério então! – Orstein correu na direção do garoto e começou a disparar de sua lança raios de luz, os quais o garoto se esquivava de todos.

A batalha se prolongava por alguns minutos, ambos estavam igualmente em poderes ao mesmo nível, assim como Ciaran, mas esta apresentava um desafio maior que o caçador de dragões. Em algumas trocas de golpes, Oberon danificava o suficiente a lança de Orstein para conseguir agora cortar aquele ouro resistente, o qual removia a ponta desta lança, encurtando o seu alcance drasticamente. O cavaleiro se encontrando sem meios de danificar mortalmente Oberon no momento, tentou dar um golpe na vertical para Oberon, falhando pois este muito facilmente o desviava rodando o corpo para o lado e aproveitando a pequena rampa que a lança criava para o corpo e armadura rígida do cavaleiro, pulava para esta e corria por ela até chegar perto da cabeça do matador de dragões, espetando ali a sua espada e a largando, pulando por cima do ombro esquerdo do cavaleiro e caindo no chão atrás deste.

– M-maldito... – Era a última palavra de Orstein antes de este cair no chão reto, assim como o colega que já começava a desaparecer e se transformar em almas que eram absorvidas por Oberon.

– Você nunca devia ter deixado de caçar dragões, pequeno caçador. – Oberon ria de sua vitória e pegava de volta a sua espada.

Mas antes mesmo de podê-la guardar, todo o salão ficava escuro de repente, assim como tudo lá fora. A luz havia se extinguido completamente. Então escutava uma voz feminina ecoando por todo o reino: Maldito! Como você conseguiu roubar o Vasilha do Senhor e ainda matar a mim e minha irmã?! Você vai pagar por isto!
Então o garoto notava nas extremidades da sala uma espécie de elevador em cada canto, o qual levava para cima e para baixo constantemente, mas um deles maior que os outros, trazia um ser já reconhecido pelo garoto. Era Lautrec, o que havia traído o grupo no The Firelink.

– Haha, agora posso vender isto por um grande preço no meu reino... – Lautrec ria enquanto caminhava com os seus dois camaradas atrás, olhando agora para Oberon e fazendo pose de admirado. – Quem diria! O cavaleiro Artorias aqui? E eu pensando que este estava morto... Tratem dele, rapazes.

– Você matou todos no Santuário do fogo, até mesmo a que permitia ao fogo continuar aceso. Você deve ser punido por seus atos, aqui mesmo! – Oberon/Artorias gritava para o cavaleiro em armadura dourada, que simplesmente guardava o Vasilha do Senhor em suas costas e pegava suas lâminas gêmeas em forma de foice.

Uma batalha se iniciava novamente, estas sendo umas seguidas das outras, agora eram três contra um. Dois cavaleiros de espada longa e um com duas foices do mesmo tamanho a espadas de 90 centímetros.




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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo : A couraça. (O título dos capítulos pode mudar na hora do lançamento.) Se achou algum erro de ortografia, por favor, contacte-me de qualquer jeito e avise sobre este.



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