“Now you were standing there right in front of me

(Agora você está bem ali na minha frente)

I hold on scared and harder to breath

(Eu fico assustado e sem conseguir respirar)

All of a sudden these lights are blinding me

(De repente, essas luzes estão me cegando)

I never noticed how bright they would be

(Eu nunca percebi o quão brilhante eles seriam)”

A noite já tinha chegado. Estávamos todos ao redor da fogueira, cantando musicas aleatórias. León estava a minha frente com o seu violão, o jeito que ele tocava, sua voz macia, suave, rouca, perfeita cantarolando uma música desconhecida por mim, me deixa assustada e sem conseguir respirar. A luz do luar batendo em seu rosto destacando seus lindos traços e seus olhos esverdeados, que eu nunca percebi o quão brilhante eles seriam diante a luz da lua.

–Violetta esta tudo bem? –Perguntou León.

–Aham... –Foi a única coisa que conseguir dizer, seus olhos ainda me deixava em transe.

–Tem certeza? –Insistia.

–Sim, caramba. –Gritei irritada, chamando a atenção dos outros que estavam á volta.

–Não precisava ser grossa! –Respondeu ele se levantando do tronco em que estava sentado.

–León espera...! –Gritei correndo atrás dele, que já entrava em sua barraca.

–O que foi? –Respondeu frio.

–Podemos conversar? –Perguntei olhando para baixo.

–Não sei, podemos? –Perguntou ele sarcástico.

–León, não faz isso. Olha me desculpe por ter gritado com você, juro que não queria. –Falei.

–Ta, tudo bem. Não podemos brigar justo esses dias, pois daqui a 4 dias você já estará indo embora. –Falou ele tão baixo que quase não deu para escutar.

–Esta bem, esta bem, tristeza você vai embora e só vai ficar a alegria. Então esta na hora da gente se divertir. –Falei tentando nos animar.

–Ok, O que a Senhorita animação pensa em fazermos? –Falou ele demonstrando um pouco de empolgação.

–Sei lá. Que tal nadarmos pelados no lago? –Perguntei pulando em cima dele.

–Não viaja. –Falou ele rindo de mim.

–Não estou viajando, apenas dei uma ideia. –Falei me fazendo de ofendida.

–Ta, ótima ideia, só não é boa para o momento. –Falou me consolando.

–Ta então, vamos jogar amarelinha? –Perguntei.

–Não tem desenho no chão. –Falou rápido.

–Fazemos. –Revidei.

–Não tem com o que fazer. –Retrucou.

–Tu e um chato. –Exclamei braba. –Então Uno.

–Não trouxe. –Respondeu cruzando os braços.

–Eu trouxe... Toma essa, vai ter que jogar. –Falei e sai correndo para a minha barraca pegar o jogo.

–Ok, aqui esta. –Falei entrando na barraca de León e jogando o troço em cima dele.

–Ta senta ai. –Falou me dando espaço.

–Você embaralha.

–Ta.

(...)

–Uno!!! Ganheiiii!!! –Gritou o León.

–Não da para jogar com você. Em dez rodadas você ganhou todas, você acaba com os sonhos das criancinhas, seu monstro. –Falei braba e cruzando os braços e me jogando para trás.

–Você não sabe perder. –Falou León rindo.

–Cala a boca. –Joguei seu travesseiro nele.

–Ta o que vamos fazer agora? –Perguntou ele enquanto guardava o jogo na caixa.

–Up All Night –Gritei começando a dançar.

–Acalme os hormônios Baby. –León segurou meus braços me trazendo para mais perto dele.

–O que você vai fazer? –perguntei notando quanto estávamos pertos.

–Up All Night ! –Respondeu rindo, e logo em seguida senti seus lábios no meu.

Um choque passou em meu corpo quando senti seus lábios se chocarem nos meus, minhas mãos automaticamente foram se entrelaçando em seu pescoço em quanto as dele faziam isso em minha cintura. Nosso beijo tinha uma sintonia perfeita, igual aos outros que demos, aquelas malditas “borboletas” voavam eufóricas em meu estômago, minhas pernas bambearam e eu pensei que eu fosse cair, só não o fiz pois León segurava firmemente minha cintura. Quando o ar se fez necessário (maldito) nos separamos lentamente, os dois desejávamos que isso não acabasse nunca, olhamos um para o outro e demos sorrisos tímidos.

(...)

"I saw in the corner there is a photograph

(Eu vi no canto, há uma fotografia)

No doubt in my mind it's a picture of you

(Não há dúvida em minha mente que é uma foto sua)

It lies there alone on it's bed of broken glass

(Encontra-se ali sozinha em seu leito de vidro quebrado)

This bed was never made for two

(Esta cama nunca foi feita pra dois)

I'll keep my eyes wide open

(Eu vou manter meus olhos bem abertos)

I'll keep my arms wide open

(Vou manter meus braços bem abertos)"

Os 3 dias de acampamento se passaram. Sim, hoje irei embora. Passou tudo muito rápido. Não queria que passasse assim, não queria que acabasse assim.

Estava deitada em minha cama olhando sua fotografia, que agora tinha o vidro quebrado. Por que? Ontem eu e o León brigamos. Ele sabe que eu odeio despedidas, ainda mais com Adeus, e ontem eu não aguentava mais ouvir ele falando que seria o fim, que nunca nos veríamos. Poxa eu sei disso, só não queria me lembrar de cinco em cinco minutos, e deste que chegamos da viaje ele só falou nisso, e eu me irritei e joguei o porta retrato nele, o mesmo que continha sua foto.

Agora estou aqui, me lamentando por ter feito isso. Me pergunto a cada segundo se iria ao aeroporto ou até mesmo aqui em casa se despedir, mas algo aqui dentro de mim diz que não. Eu falei que odiava despedidas, por que ele iria vir? Realmente não sei do que será minha vida daqui para frente.

–Violetta... Desça... –Escutei alguém gritando no andar de baixo.

Me levantei sem animo algum e desci as escadas lentamente, esperando que uma noticia boa viesse, e adivinha? Não era nada boa.

–Ainda esta de pijama? –Perguntou meu pai.

–Sim, não esta vendo. –Falei secamente.

–Olha como fala comigo, mocinha. –Falou ele me repreendendo.

–Tanto faz. O que o senhor queria? –Perguntei com tédio.

–Sairemos em uma hora. –Falou indo para a cozinha.

–Ebaa!!! –Falei sarcástica e mamãe que estava em meu lado percebeu.

–Você não quer ir né? –Perguntou ela fazendo carinho em meus cabelos.

–Óbvio que não. –Falei subindo para o meu quarto.

Cheguei no mesmo e vi tudo já em suas malas. Peguei uma roupa qualquer e fui trocar de roupa. Após estar pronta para partir, ouvi meu celular tocar indicando que chegou uma mensagem, procurei ele por toda a parte não achei, até Federico que arrumava sua mala me esticou a mão com o meu celular na mesma.

–Obrigada!! –Agradeci e ele apenas concordou, esperando que eu visse a mensagem. –é do León.

–Lê logo. –Ordenou Francesca eu sai do banheiro esta bem.

Abri a mensagem e estava escrito:

I promise one day that

I'll bring you back a star

I caught one and it burned a hole in my hand oh

Seems like these days

I watch you from afar

Just trying to make you understand

I'll keep my eyes wide open Yeah

Xx León

– Eu prometo que um dia eu vou te trazer de volta uma estrela, Eu peguei uma e ela fez um buraco na minha mão oh, Parece que hoje em dia eu vejo você de longe, Só estou tentando fazer você entender, Eu vou manter meus olhos abertos –Falei o que estava escrito.

–Ai que lindo. –Falou Francesca.

–Não, nada lindo. –Falei descendo as escadas correndo. –Vamos logo . –Falei ao meu pai.

–Por que mudou tão repentinamente? –Perguntou desconfiado.

–Pois se é para ter despedidas que seja logo. –Gritei, me tirando no sofá.

–Ok! Federico, Francesca, vamos. –Pediu meu pai.

–Estamos aqui. –Falou eles descendo as escadas com suas malas.

–Vamos então.

Fomos para a rua Ramalho já tinha botado nossas malas no carro, agora era só se... despedir.

–Tchau meus amores. –Falou mamãe abraçando nós três.

Antes de embarcamos olhei para as casas adiante da minha, a procura a dele, a procura dele. Mas nada, a casa estava com as janelas fechadas nenhum sinal de vida.

–Ele não vem... –Falei quando senti a mão de mamãe em meu ombro.

–Oh, querida. –Ela me abraçou forte.

–Não me deixe ir. –Pedi já chorando.

–Vai ser melhor... –Sussurrou.

–Para quem? –Perguntei com a voz falha.

–Para todos.

Pov’s León

–Eu não vou. –Gritei com Ludmila.

–Caralho León, que amigo você hein, serio mesmo que você acha que ela não quer te ver logo hoje? –Gritou de volta.

–Ele não gosta de despedidas. –Falei baixo olhando na janela.

–Mas ela gosta de você. –Falou e saiu do meu quarto.

Ao longe eu via Violetta, ela olhava para cá... Ela entrou no carro, e eu vi seu carro se distanciar aos poucos e dobrar ao fim da esquina.

– O que, que eu estou fazendo aqui? –Gritei para mim mesmo, e sai correndo do meu quarto indo pegar minha moto.

"Don't let me

(Não me deixe)

Don't let me

(Não me deixe)

Don't let me go

(Não me deixe ir)

'Cause I'm tired of feeling alone

(Porque eu estou cansado de se sentir sozinho)

Don't let me

(Não me deixe)

Don't let me go

(Não me deixe ir)

'Cause I'm tired of sleeping alone

(Porque eu estou cansado de dormir sozinho)"

Corri o mais rápido que pude até o aeroporto, chegando lá deixei minha moto de qualquer jeito e sei correndo em direção a sala de embarque.

–Violetta, Violetta, Violetta, Violetta... –Falava enquanto a procurava com o olhar. –Violetta. –Gritei assim que a achei.

–León... –Ela falou assim que me viu em sua frente.

–Vilu... –Falei a fazendo rir.

–Você venho! –Falou sorrindo.

–Eu ia vir. –Falei.

–Vamos Violetta. –Germán a chamava

–León, Não me deixe, Não me deixe ir, Porque eu estou cansada de me sentir sozinha. –Ela pedia com lágrimas nos olhos.

–Eu te amo. –Falei a abraçando forte.

O pai dela a chamou novamente e ela foi... Ela foi, ela se foi...

–Não me deixe ir... –Falou ela apenas mexendo os lábios.

–Não me deixe... –Falei e senti uma lágrima escorrer.