Continuação Pov's Violetta

–Que tal fazermos um acampamento?-Perguntou ela e todos vibraram gritando que Sim.

Olhei para o León e o mesmo estava com um sorriso no rosto, pelo visto ele gostou da ideia. Ela ficou falando do tal acampamento a aula inteira, e eu olhando para o León. Mesmo que não nos tornamos namorados (uma coisa que não quero), eu ainda o admiro como meu melhor amigo.

–Bem pessoal, depois do intervalo irei lhes entregar as autorizações para o acampamento. Ainda temos dez minutos mas eu já vou liberar vocês, podem irem.-Falou ela recolhendo suas coisas.

Todos se levantaram e caminharam para fora da sala. Arrumei minhas coisas e fui a ultima a sair da sala, ao passar pela porta senti mãos quentes e grandes puxarem meu braço, virei para a pessoa e me deparei com o León me olhando com uma cara fofa e meio pensativo.

–Podemos conversar?-Perguntou ele.

–Tudo bem.-Respondi calma.

Ele soltou meu braço e pegou minha mão me puxando para algum lugar mais calmo do colégio.

–Aonde vamos?-Perguntei ao perceber que já havíamos passados todos os lugares “calmos” dali.

–Nenhum lugar as mil maravilhas, mas tranquilo?-Respondeu ele ainda me puxando.

–Tipo?-Insisti a perguntar.

–Vai ver.-Finalizou a conversa.

Caminhamos para trás da escola e fomos até umas árvores que ali havia, entramos para dentro da mata e rapidamente saímos do outro lado. Olhei em volta e fiquei encantada com o que vi, um lindo gramado totalmente verde um lago bem azul e flores de todas as cores, rosa, vermelha, amarela e por ai vai. Um lindo campo.

–Que lindo León.-Falei encantada.

–Bonito mesmo. Vem vamos sentar.-Falou ele.

Sentamos um pouco mais perto do lago, e ficamos encarando ao redor.

–Quando tempo ainda temos?-Perguntei.

–Vinte minutos.-Respondeu olhando para o relógio.

–Bem, o que queria conversar?-Perguntei.

–Sobre hoje mais cedo eu...-O interrompi.

–Eu queria pedir desculpa. Eu fui muito estúpida, desculpa.-Falei primeiro.

–Desculpada, e desculpa também.-Falou.

–Não tem que pedir desculpa.-Falei o olhando.

–Tenho sim, fiz uma brincadeira idiota que não te agradou.-Completou ele.

–Tudo bem.-Falei e novamente o silêncio tomou conta.

Depois de uns minutos de total silêncio (um silêncio desagradável), León resolveu se manifestar.

–Vai ir no acampamento?-Perguntou.

–Não sei e você?-Falei.

–Sim, eu sempre vou. É um momento de paz, para mim ficar envolvido com a natureza me ajuda a relaxar.-Respondeu jogando umas pedrinhas no lago.

–Hum... E com quem fica o Léo?-Falei curiosa.

–Geralmente com a Ludmila, ela não é muito chegada a mato.-Falou ele dando uma risada fraca.

–Tendi.-Falei acompanhando no riso.

–Você vai?-Perguntou novamente.

–Não sei...-Falei pensativa.

–Ah, vai ser legal. Estará com o seu melhor amigo.-Falou ele dando um leve empurram no meu ombro.

–Vou ver, e amanha eu te digo.-Falei sorrindo sem humor.

–Ok...-Falou ele.

Ficamos mais um pouco, mas escutamos o sinal batendo indicando o fim do intervalo e saímos correndo para a escola.

Chegamos ofegantes em frente a sala e entramos, fomos os últimos a entrar. E de novo fui vitima de piadinhas como:

–Hum, casal se acertou com beijinhos né.

–Awn que fofo, tão até ofegantes, imagino o que rolou.

E por ai foi.

Mal eles sabem a real realidade.

–Babacas...-Ouvi León sussurrar.

–Bem turma, sentados. Vou passar as autorizações.-Falou ela começando a entregar.-Ok todos receberam?-Perguntou.

–Sim...-Responderam todos.

–Ok. Então nesse fim de semana iremos acampar, podem entregar as autorizações com a assinatura do responsável até quinta-feria, hoje é segunda terão tempo para pensar.-Falou.

Logo após ela passar as instruções da viaje, passou matéria e quando dei por mim já havia acabado a aula.

–Quer que eu te espere?-Perguntei ao León após guardar minhas coisas.

–Não pode ir, vou demorar.-Falou sem me olha.

Estranhei. Mas só concordei e rumei para casa depois de ir ao meu armário. As ruas ainda estavam solitárias não havia ninguém, andava sem pressa. O céu começou a escurecer mas não me importei, só me intriguei um pouco quando senti gotículas d’água em meu rosto, uma fina neblina junto com vento me atingiam. Como sei a andar um pouquinho mais rápido, ainda bem que já estava perto de casa. Hoje estava o verdadeiro dia triste, só aconteceu coisas ruins até agora, e algo me diz que tem mais coisas para vim. Cheguei em casa e no mesmo momento bateu água -Sorte-

Fui até a sala e encontrei meu pai sentado no sofá com os cotovelos apoiados nos joelhos e a cabeça nas mãos, totalmente perdido em pensamentos.

–Papai...-Falei e ele me olhou.

–Violetta temos que conversar.-Falou ele se levantando.

–Tem que ser agora, eu estou cansad...-Ele nem deixou eu acabar.

–Sim, agora... É serio.-Falou ele nervoso.

–Então fale.-Falei me aproximando dele.

–Violetta...