Meu Acampamento de Verão escrita por Diva Fatal


Capítulo 32
Capítulo 32: Diva Roxane chegou


Notas iniciais do capítulo

Fiz o cap correndo para dar tempo de me arrumar e ir para a aula. Quando voltar eu faço realmente "A FESTA"



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-Phi! Phi! Phiby! –Drew gritou me xaqualhando na cama para que eu acordasse.

Abri meus olhos com certa dificuldade.

-O que você esta fazendo no meu quarto? –Perguntei-a coçando os olhos.

-Já é de manhã. –Falou ela.

Olhei pelas portas duplas de vidro na esperança de ver a luz do sol.

-Ah, jura? –Sorri sarcasticamente vendo a escuridão do inferno.

Ela apontou com o dedão para o banheiro.

-Vá se aprontar. –Ela se levantou da minha cama. –O café da manhã estará pronto em alguns minutos. Ah, e aproposito. O quarto é de nós três e não só seu.

Porque tudo o que ocorreu na noite passada não podia ser um sonho? Somente um sonho...

Porque tudo tinha de ser mais complicado? Eu não entendo... E, e Gabbe, ela é um anjo! Não, um arcanjo!

Aquele outro arcanjo... Luce. Lucinda Price. Como... eu a sinto.

Drew abriu a porta do quarto de novo.

-Ainda não saiu da cama, anda logo, tem 10 minutos para se aprontar e descer, só falta uma semana para que o baile esteja pronto e ainda nem começamos os preparativos! –Drew estava furiosa, realmente, uma coisa digo, ninguém irá querer ver Drew com raiva.

Me levantei correndo indo direto pro banheiro. Só agora tinha notado o vestido marrom negro que Drew usava. Era bem leve, um vestido preto e vermelho sem mangas. Um véu fino negro caia por cima do vermelho carmesim bem escuro, fazia babados até as coxas. Aquilo realsava os poucos seios que Drew tinha, ela estava deslumbrante. Uma bota vermelha carmesim tingida de preto berrante ia até os seus joelhos. Quem diria que mesmo no inferno, Drew se vestiria bem.

Corri para o banho e me deparei com apenas uma banheira de mármore marrom, uma bancada com alguns armários e gavetas junto a um espelho grande e oval.

-Que variedade de opções... –Revirei os olhos e deixei a banheira encher.

O local não tinha janelas, era completamente fechado e escuro, apenas alguns lustres iluminavam o teto.

-Vai encontrar roupas nas gavetas. –Drew gritou fechando a porta do quarto e indo para algum lugar do castelo.

Retirei as roupas rasgadas de ontem, entrei levemente na água me deliciando com a temperatura morna. Eu precisava disso.

Minha pele se revigorava. A água tinha uma cor mais escura e fedia. Era um bom banho de enxofre. Li numa revista que enxofre hidrata e amacia a pele.

Depois de alguns minutos sentindo uma forte dor de cabeça, saí do banho e peguei a toalha branca em uma das gavetas a baixo do espelho. Logo segui com a toalha enrolada no corpo até a cama de casal a qual eu estava deitada. Um espartilho negro com lírios vermelhos intensos estava em cima da cama, uma fina camada de seda negra cobria o espartilho e bordava as bordas em babados finos e leves. Olhei em volta procurando a pessoa que havia deixado ali. Desci a toalha até a cintura e peguei o espartilho.

Tive de apertar meus peitos nele para conseguir caber ali dentro. Segurei o espartilho aberto para que não caísse.

-Alguém... –Olhei em volta mas ninguém estava lá para me ajudar a amarrar as cordas.

-Quer ajuda? –Uma voz rouca surgiu das sombras.

Olhei para trás e lá estava Nico Di Angelo.

-Você e Karen tem uma certa mania de me assustar sempre que podem.

Ele foi o mais delicado possível. Apertou o vestido contra as minhas costas e minha cintura. Isso só os fez deixar meus seios mais volume e uma certa dor por estarem sendo comprimidos dentro do espartilho. Nico apertou mais um pouco até minha cintura quase ficar um nó e sumir de finura.

-Não consigo... respirar... –Inspirei fundo e Nico fechou o espartilho.

A toalha na minha cintura estava quase caindo, segurei-a a tempo e peguei uma calcinha branca pérola que estava sobre minha cama junto ao longo e volumoso vestido que se acoplava ao espartilho. O mesmo tinha o mesmo desenho e tom do espartilho. Preto com lírios vermelhos, coberto por um véu de ceda negro que bordava-o e descia em babados de camadas até o chão.

Corri para o banheiro e pus a calcinha, ainda cobria-me com a toalha.

-Nico, não olhe.

Não ouvi nenhuma resposta. Quando voltei a abrir a porta ele estava de costas para mim e com as mãos sobre os olhos.

Retirei a toalha branca e calcei um par de tamancos pretos. Peguei o longo vestido e vi a quantidade de tecidos finos eram usados para enche-lo. Passei uma perna seguida pela outra para dentro do vestido. O suspendi lentamente até a cintura. Ele naturalmente se ajustou e por mais incrível que pareça, eu não sentia calor, mas com a quantidade de camadas de seda fazia pesar um pouco.

“Lembre-se de antes” –Falou a voz na minha cabeça.

-Antes? –Perguntei-me.

“Sim, lembre-se dos bailes, lembre-se de toda a sua essência” -A voz repetia. “Lembre-se da sua fonte, reflita no romance e entenderá o que digo.”

França. Sim, só podia ser isso, francês é a minha língua materna, eu poderia dar conta daquele vestido rapidinho.

-Je suis une dame. –Olhei em volta como se tivesse num lugar alienígena e estranho para mim.

-O que? –Nico resmungou tentando entender o que eu falei.

-Eu sou uma dama. –Repeti, desta vez minhas palavras saíram num inglês perfeito e não em francês.

-Sim, “dama”, temos um café da manhã para tomar. –Nico caminhou até a porta sorrindo.

Peguei as luvas negras em cima da cama, estas cobriam toda a mão e enlaçavam o dedo médio. Ajeitei-as levemente e fui até Nico segurando seu braço direito. Ele era alguns centímetros maior que eu.

-E também, minha tia está aqui. –O filho de Hades resmungou.

-Hera? –Perguntei-o em quanto saíamos do quarto dando de cara para um corredor escuro.

-Deméter. –Ele revirou os olhos. –Ela insiste que eu deveria trabalhar no campo.

-O campo não é para você.

-Concordo. –Ele anunciou.

Por fim, depois de descer por escadarias gigantescas finalmente chegamos ao último corredor, ao qual levava a sala do trono.

Logo seguimos para as portas duplas de bronze que davam para a “cozinha”. Ela se resumia em apenas uma mesa gigante que ocupava o centro do cômodo. Não havia mais nada além disso.

Perséfone e Hades sentavam distantes um do outro. Ela estava na beirada esquerda de frente para ele do outro lado da mesa que era a beirada direita. Montes de comida separavam os dois. Pratos de prata, bronze e ouro encrustados de gemas preciosas.

Perséfone usava um vestido vermelho e rosa cheio de flores que desciam em calda. Deméter um casual vestido verde medieval do mais leve linho chemise.

-Ai estão. –Anunciou Deméter nos analisando.

Ela olhou o paletó de Nico cima a baixo. Ele ficava tão fofo quando estava com vergonha, e de paletó.

Depois ela seguiu seu olhar para a minha direção analisando-me e esbanjou um leve sorriso.

-Ai esta, uma vestimenta que nunca mais vi. –Ela pôs a mão no queixo. –Renascença, não? –Ela suspirou. –Ah ótima época. Muitos ainda tinham modos e ética, ao contrario de certos indivíduos que sequestram a própria sobrinha e a mantem em cativeiro.

Hades grunhiu no cantinho.

-Mãe, só vamos apreciar o inicio de um bom café da manhã. –Perséfone suspirou.

Eu e Nico seguimos até a mesa.

Drew e Gabbe estavam sérias e quietas. Provavelmente já tinham ouvido muito das brigas pelo inicio da manhã.

Gabbe usava um simples vestido de algodão branco que ia até os joelhos, sem mangas. Uma sandália “simples” feita de ouro cobria seus pés.

Algumas caveiras me serviram cereal com leite quente. Em seguida deixaram suco de romã.

-Não se preocupem, crianças, eu trouxe as romãs e o cereal, não ficaram presos aqui pelo maldito individuo que sequestra sobrinhas e fede a carne morta. –Deméter deu uma golada no suco de romã.

Hades continuava encolhido até decidir falar, o que não foi uma escolha sábia.

-Deméter, sou seu irmão, isso tem milhares de anos, porque continuar falando assuntos que não poderemos remediar nunca?

-Você não é meu irmão! –A deusa ladrou de raiva.

Pelos deuses. Aquilo iria acabar horrivelmente mau. O baile iria ser feito hoje e já começamos num péssimo dia.

Hades se levantou com fogo negro crepitando nos olhos.

Fechei os olhos e falei na minha mente. Dionisio. Nunca lhe pedi nada, nunca precisei lhe pedir nada, mas como iremos fazer uma festa, convoco a tua presença aqui.

Nada aconteceu por alguns instantes. De repente o chão atrás da cadeira de Hades se abriu e trepadeiras surgiram agarrando Hades forçando-o a sentar-se em seu acento. Em seu prato um cacho de uvas vermelhas substituiu a carne pálida que ele comia.

Hades pegou uma das uvas e levou a boca.

-Dionisio, não irei tolerar isso da próxima. –O Sr. Dos mortos engoliu a uva e seu temperamento aliviou-se.

Continuamos a comer, só o som dos talheres eram ouvidos trincando sobre os pratos.

Ao cair do dia foi um tédio. Eu queria falar com Gabbe mas sempre estávamos acompanhadas por Perséfone, Deméter, Nico, Drew ou Hades.

Ganhei um apelido novo naquele dia: Miss peitos GG. Deméter começou a me chamar assim depois de regarmos o jardim medonho de Perséfone.

Drew me alertou de que já era de tarde. Corremos escondidas até Hades e começamos a preparar a festa.

-Primeiramente, precisamos de acondicionados, muitos, muitos acondicionados.

Hades ordenou que seus criados caveira encontrassem os acondicionados.

-Iluminação, banquete, enfeites de globos de gelo por todo o teto, bebida. –A lista seguiu e o cair do dia caiu junto a lista que só aumentava.

Deméter induziu Perséfone a preparar as malas como distração para a festa.

Eu e Drew corríamos as pressas tentando observar cada canto com perfeição e ver se tudo estava pronto. Uma longa pista de dança estava no centro da “cozinha”. Iluminação escura até que todos chegassem. Estatuas de vidro de Perséfone e Hades enfeitando a grande mesa com o banquete. Rosas azuis brotavam nas paredes graças a Deméter. Eu e Drew colocamos algumas purpurinas prateadas nos acondicionados para que quando ligassem caíssem como neve prateada.

Estava divino e rústico.

As portas de bronze se abriram subitamente e uma garota loira estava parada com os braços cruzados avaliando o lugar.

-Não, não, tudo errado! –Ela berrou de raiva. –Cadê a música? Onde é a festa?

-Ah... aqui?... –Respondi.

-Vocês nunca organizaram uma festa antes, né? –A garota nos fitou com raiva.

-Não. –Eu e Drew respondemos em uníssono.

-Só a Diva Roxane pode lhes socorrer.

-Quem é Diva Roxane? –Perguntei.

-Eu. –Ela sorriu.


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