Meu Acampamento de Verão escrita por Diva Fatal


Capítulo 24
Capítulo 24: Nóticia que mudará a minha vida


Notas iniciais do capítulo

Gente, acabei de voltar de Yakutsk (Síbéria, capital de Iacútia). Vocês não vão conseguir imaginar o frio do inferno que tava lá.
Pois bem, acabei de visitar minha avó, graças ao trabalho do meu pai, que não deu descanso, voltei mais cedo e consegui postar esse cap ainda no avião. Espero que gostem.



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Os raios cortavam os céus, a terra se abria cuspindo lava e fogo castigando tudo e todos pelo seu caminho, as águas engoliam a terra com suas ondas gigantescas.

Eu em meio ao caos, fugindo e me afogando em meus medos. Mil imagens vieram a mente, Gabriela, Gabriela, Gabriela. Ela se repetia em meio ao caos. Anjos lutavam e se banhavam na carnificina do apocalipse.

Os gritos cada vez mais altos, cada vez mais pavor e horror ao redor. Um raio irrompeu o céu vindo direto ao chão caindo sobre mim e com um susto acordei.

–Mais que diabos... –Me espreguicei olhando em volta. Ainda era madrugada, meus meio irmãos estavam dormindo.

Levantei-me suada da cama, peguei uma muda de roupa na pequena escrivaninha ao lado da minha cama. Me dirigi ao banheiro que era em frente ao dormitório.

O chão era encarpetado em branco. O grande espelho oval feito de prata e bronze, não refletia apenas minha aparência cansada, refletia meu interior, o interior que eu detestava e não queria ver nunca; aquilo só me forçava a lembrar da garota amedrontada que eu era, a garota que sempre precisou de seu pai agitado que sempre mudava-se para um estado diferente a cada ano.

A pia de mármore rosa estava ocupada com xampus, condicionadores, escovas de dente, pentes e uma bolsa Prada recostada em baixo do espelho. Afastei as coisas e deixei minhas roupas sob a bancada de mármore.

Não sabia como existia um mármore rosa, talvez uma “magia” da minha mãe... Porque diabos eu pensava nela?

Nunca a vi, queria pelo menos ter esse desgosto na vida, vê-la, toca-la. Tudo que ela me deu foi irmãos bastardos, alguns eram legais e eu tenho orgulho de chama-los de irmãos, mas outros... melhor nem perder meu tempo comentando.

Despi-me do pijama branco e leve que eu usava, deixei-o sobre a privada e entrei na banheira de porcelana branca em formato de um grande cisne. Haviam pombos brancos gravados em azul pela borda da banheira. Fitei o teto vendo o lustre de cristais luxuoso deixando tudo mais surreal.

Tudo ali só entorpecia minha mente, fazia-me esquecer do presente a qual eu vivia. O banheiro me aconchegava e acolhia-me com muita afinidade. Logo começou uma leve nota de um piano. A banheira se espumou com bolinhas de sabão em formato de corações flutuando para fora.

Observe-me

Pegue minha mão

Por que estamos

Estranhos quando

Nosso amor é forte

Porque continuar sem mim? –A canção tocava fundo na minha mente, enchia-me com um aroma de chocolate francês.

As notas aumentaram seu ritmo e volume, agora inundavam todo o banheiro como um doce rio serpenteando sobre um campo em plena primavera.

Toda vez que tento voar

Eu caio sem as minhas asas

Eu me sinto tão pequena

Eu acho que eu preciso de você

E toda vez que eu vejo você em meus sonhos

Eu vejo seu rosto, está me assombrando

Eu acho que eu preciso de você. –Não percebia que estava cantando, muito menos que a bela melodia podia ser ouvida fora do banheiro.

Ouvi alguns passos do lado de fora, mas ninguém bateu na porta do banheiro.

Eu me forço a acreditar

Que você está aqui

É a única maneira

De ver claramente

O que eu fiz

Você parece ter superado rápido.

–“Por favor, alguém... me diga o que fazer. Me diga o que precisa ser feito, me diga o que vai me confortar”. -Minha mente não se aquietava.

Lagrimas escorreram pelo meu rosto e senti a saudade vindo. Hoje era o último dia do verão, eu iria voltar para a casa do meu pai assim como muitos dos campistas.

Sai da banheira e peguei a minha toalha branca. Fui de frente ao espelho enxugando meu corpo ainda molhado por pequenas gotas de água. Visto minha lingerie. Ponho meu top preto. Meu short jeans nas coxas e por cima um casaco branco de algodão. Calço o meu tênis preto e pego o boné NY preto aba reta e saiu do banheiro.

Olho uma última vez para o quarto, meus irmãos dormindo, os espelhos na maioria das escrivaninhas que eu tanto tentava evitar.

Desço as escadas e saiu do chalé 10. O sol começava a despertar no horizonte, o céu se pintava de azul à medida que os segundos passavam.

Caminhei pelo adormecido acampamento. A fogueira estava apagada e ainda saia uma pequena fumaça da noite anterior.

Aquela manhã seria diferente, eu não queria me despedir, odeio dizer adeus, até mais ver.

Subi a colina indo em direção a praia, algumas ninfas corriam pelo pavilhão. Gaivotas voando para longe da costa junto ao verão que agora ia embora com elas.

O sol já se erguia atrás de mim. A areia pinicava minhas pernas. O vento soprou forte por um instante, meus cabelos seguiram seu movimento indo em direção a convidativa praia.

Me levantei e segui caminho até a casa grande. Quíron estava parado a lateral de uma moita, ele parecia estuda-la para passar o tempo.

–Quíron... –Observei-o trotando em minha direção.

–Eu sei, eu sei. –Ele sorriu e ergueu o olhar. –Vá, eu direi aos outros. –Ele me deu tapinha no ombro.

Abaixei a cabeça em quanto ele me entregava uma mochila.

–Coloquei alguns dracmas, a passagem de avião esta incluída ai dentro e também 100 pratas pra chegar em casa. –Ele sorriu carinhosamente e olhou em volta para garantir de que não havia ninguém.

–C-como assim? –Olhei-o espantada.

–Depois que você veio para cá, o seu pai foi contratado pela Hollywood Pictures. –Seu rabo de cavalo balançava sem cessar, era como se estivesse nervoso. –Ele teve de mudar de endereço...

–Onde ele esta?

–Califórnia, numa casa com vista pra praia de Malibu.

–O que? –Arregalei os olhos e minha boca se escancarou. –Não pode ser. –Me belisquei para ter certeza de que aquilo era real. –Meu pai é um ator e mora e tem uma casa em Malibu?!

–Sim, Phoebe; o acampamento estará aberto sempre para você. Volte quando quiser e quando precisar. Por hora, vá matar a saudade do seu pai e reconstrua a sua casa.

Não precisava ouvir mais nada. Abracei forte Quíron e me despedi de todo o acampamento com um leve beijo soprado em direção as duas pilastras gregas na entrada para aquele paraíso na costa de Long Island.

Próximo verão eu retornaria, até lá, iria ver o meu velho, reestruturar a minha vida e ter de conviver com um novo astro do cinema.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Isso é só o inicio, realmente, esses 24 capítulos foram o inicio da real história por trás da trama de Meu Acampamento de Verão.
Espero que estejam ansiosos para conhecer realmente o fundamento de Fallen e Percy Jackson.



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