Meu Acampamento de Verão escrita por Diva Fatal


Capítulo 12
Capítulo 12: Abduzida em meio ao fedor


Notas iniciais do capítulo

Esse cap ta muito top, o final para aqueles que leram fallen, com certeza iram reconhecer e saber o que vai acontecer.



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Depois de alguns minutos chegamos ao refeitório, muitas mesas de madeira estavam aglomeradas ao espaço que estava em obra, para expandirem o local. Então o jantar foi feito em volta da famosa fogueira, a fogueira em que Hestia repousava e aceitava as oferendas a todo o momento.

Como não haviam mesas, apenas alguns troncos de pinheiro derrubados e cortados no chão ao redor e derredor da fogueira, nós tínhamos de comer sentados e apertados nos troncos.

Annabeth havia sido chamada junto com um dos campistas de Apolo que eu não conhecia ainda. Clarisse também sumiu junto a Piper e Percy.

Quando todos os pratos foram recolhidos por algumas ninfas dos bosques.

Uma corneta de caramujo soou em algum lugar pela multidão. Clarisse e Piper entraram correndo, rugindo e gritando com uma bandeira vermelha brilhante nas mãos em quanto batiam palmas. A bandeira tinha a imagem de uma lança púrpuro sangue.

Do outro lado entraram meninas com aljavas de prata e uma bandeira prata cinzenta em mãos com a imagem de um veado branco. Elas usavam roupas leves de um seda reluzente branco cinza.

–Heróis e heroínas. Hoje estamos em nossa 64ª captura a bandeira contra as caçadoras de Artemis, que tem ganhado 63 vezes seguidas... –Quíron assentiu. –Clarisse, Thalia, joguem o dracma!

As duas deram um passo a frente, Clarisse urrou para a garota de cabelos curtos a sua frente.

A tal de Thalia tinha cabelos curtos como um homem. Pretos e negros como a escuridão. Seus olhos eram de um azul elétrico como os de Jason. Trajava uma calça branca de linho, em quanto sua camisa era cinza parda coberta por um casaco de camuflagem do exercito. Em seus pés uma bota preta estilo punk. Em seu cabelo estava um pequeno arco de prata usado de enfeite.

Clarisse e Thalia ficaram cara a cara se fitando por um bom tempo, até que Thalia sacou do seu casaco camuflado.

–Empire State. –Falou Thalia.

–Zeus! –Berrou Clarisse.

Sendo assim, Thalia arremessou o dracma de ouro no ar e em quanto caia lentamente ela o pegou com a mão fechada. Quando voltou a abri-la estava o rosto de Zeus para cima.

–Ficamos com o punho de Zeus. –Falou Clarisse.

–Ficamos com o outro lado do rio. –Thalia levantou o punho e em questão de segundos arcos surgiram nas mãos das caçadoras e eu recuei com espanto.

–Posicionem-se! –Gritou Quíron indo até os limites da floresta.

Todos foram pegando suas armaduras e correram para dentro da floresta.

–Anda novata, isso aqui não é brincadeira! –Gritou Clarisse terminando de pôr seu coturno.

–Vamos, Phoebe. –Falou Piper surgindo ao meu lado.

Piper me guiou até a armadura que se adaptava melhor a mim, e eu morri de raiva ao saber que era o mesmo número do que Drew.

Annabeth veio ofegando com uma armadura grega completa e seu capacete de crista na cabeça.

–Onde está a sua arma? –Ela perguntou-me.

–Arma? –Balancei a cabeça.

–Droga, não acredito que Malcolm não lhe levou até o deposito. –Anabeth cravou com raiva os pés no chão. –Que droga, se eu não faço tudo ninguém faz nada!

Ela me puxou pelo braço correndo de volta até a área dos chalés. Paramos em frente ao chalé de Atena.

Uma construção de dois andares completamente feita de mármore cinza. Uma coruja prateada empalhada estava em cima da ponta do telhado, olhos rubros que pareciam seguir meus passos e estarem olhando diretamente para mim.

Caminhamos um pouco ao lado do chalé de Atena, na lateral tinha uma casinha pequena toda feita de madeira descascada. Annabeth abriu a pequena porta e ligou uma luz lá dentro revelando um monte de armas expostas da parede até o chão.

–Escolha qualquer uma, absolutamente qualquer uma. –Ela esperou que eu adentrasse.

Caminhei lentamente analisando arcos de bronze, aljavas de bronze, alguns facões de bronze, capacetes com cristas azuis e vermelhas enfeitando as paredes. Cravei meus olhos em um machadinho preto com o desenho de um As de Copas na lamina de bronze. Peguei-o em mãos e fui até Annabeth.

–É este aqui. –Falei.

–Tem certeza? -Ela me perguntou.

–Absoluta. –Afirmei.

Voltamos correndo até a floresta e vimos que já iam soar a trombeta para iniciarmos a captura a bandeira.

–Encontre a Isabel e fique com ela na linha de frente. –Annabeth correu para dentro da floresta e eu a segui.

–Você tem um plano? –Gritei me desviando os galhos e arbustos de arvores e plantas.

–Sempre, Atena sempre tem um plano! –Ela gritou de volta. –Ali, naquela direção. –Ela apontou para o norte nas fronteiras das linhas de frente. –Se junte a Isabel e não seja atingida e nem pega por aquelas caçadoras. –Ela tomou fôlego em quanto vimos uma arvore pichada com tinta spray vermelha e uma ninfa irritadíssima gritando e berrando. –Vá! –Ela gritou.

Me separei dela indo para o norte rumo as linhas de frente em quanto Annabeth subia o morro indo para um amontoado de pedras parecido com excremento de cavalo que eles chamavam de punho de Zeus.

A trombeta soou alto e em bom som. Apertei o passo correndo igual a uma condenada morro a baixo.

Alguns gritos mais a frente e isso fez até a ultima espinha no meu nariz estremecer. Senti um odor horrível no ar, era pior do que tudo que eu já sentira de ruim na vida. Parecia ovo podre com fezes e esporro de gambá. Tapei o nariz e respirei pela boca, mas o cheiro ainda estava insuportável. Encontrei Isabel Gonzalez e Chris Rodrigues correndo de uma cortina de morte em forma de fedor verde pelo ar. Eles coçavam o nariz e tentavam não tropeçar nos próprios pés em quanto fugiam da bomba de odor.

Isabel sacou alguns frascos de um liquido transparente e translucido, devia ser apenas água. Ela rasgou um pedaço da camisa em quanto Chris rasgava um pedaço da dele. Isabel abriu o frasco e despejou o liquido sobre os tecidos rasgados. Depois eles os amarraram e colocaram contra o nariz.

Logo voltaram para dentro da bomba de fedor e eu logo atrás quase os alcançando se não tivessem começado a correr igual a guepardos seguindo suas presas indefesas.

Ouvi um barulho estranho como um Zap! Chris e Isabel se lançaram ao chão. Meus olhos se enchiam de lagrimas com o fedor mortal, minhas narinas estavam empesteadas com o fedor assim como meus pulmões.

Uma corda com pesos de bolas de chumbo se enroscou em mim e me atirou prendendo-me a uma arvore. Os pesos enroscaram e me fizeram perder completamente o ar.

Eles tinham prendido bem no meu estômago, me apertavam e eu não conseguia pegar ar. Tentei me focar e me acalmar. Apertei o cabo do machadinho em minha mão direita. Virei a lamina em minha direção, levemente o levantei fazendo-o roçar-se nas cordas. Prossegui com isso por alguns instantes.

Uma cortina de ervas se ergueu na minha frente, tapou completamente minha visão e fechou tudo a minha volta. Ouvi um grito seguido por espadas tinindo, arcos sendo disparados. Logo as ervas começaram a se mexer. Uma garota surgiu em meio as folhas que me cobriram.

Cabelos chocolate caindo em cascata de leve até a cintura. Olhos cor de mel claros e belos como a seiva mais pura. Lábios rosados clarinhos em um tom pálido. Sua sobrancelha era fina e delicada num tom de chocolate igual ao seus cabelos. Estava usando um casaco de lã branca por cima da camisa do acampamento. Calças jeans e um par de sapatos esportivos gastos e enlameados.

–Silencio. –Falou a garota colocando um dedo sobre a boca para enfatizar a mensagem. –O chalé de Apolo tá na cobertura, mas Thalia é muito forte. –Ela sacou um canivete suíço e cortou as amarras.

–Obrigada. –Suspirei aliviada. –Quem é você? –Perguntei-a.

–Katie Gardner, conselheira chefe do chalé de Deméter. –Ela sorriu e me puxou para fora das ervas. –Vamos sair daqui. –Ela segurou minha mão e saiu correndo morro acima comigo sendo arrastada por ela.

O chalé de Apolo estava de sentinela pelas arvores. Eram alvos fáceis, mas de longe podiam fazer estragos sem que o inimigo não os visse, porém... Esse inimigo era o “chalé” de Artemis. Já li muitas histórias sobre as caçadoras de Artemis. São implacáveis, não há como fugir da mira de nenhuma delas. Sem querer menosprezar o chalé de Apolo, mas eles não eram melhores do que as caçadoras, não mesmo.

Um disparo passou raspando pela minha orelha, era uma flecha de prata. A bendita flecha se cravou na terra a nossa frente e na mesma hora explodiu.

Bum!

Porém, Katie foi mais rápida, nos derrubou no chão e sequoias nos abraçaram. Elas serpentearam brotando do chão e tomando conta do terreno, crescendo cada vez mais em quanto o fogo tentava as queimar. Elas nos abraçaram criando um casulo a nossa volta. Quando a explosão acabou, o “casulo” se desfez, continuamos correndo e duas caçadoras logo atrás, correndo como guepardos.

–Não vai dar... –Tentei falar ofegando tentando não escorregar na terra batida.

–Não para, vamos continuar, se formos pegas vamos ter de fazer os deveres do acampamento. –Katie parecia horrorizada ao falar das “atividades” do acampamento.

–Então vamos abatê-las. –Falei e empurrei Katie para trás de um pinheiro.

As duas caçadoras estavam próximas, mas duvido que elas enxerguem no escuro. Virei meu machadinho na lateral deixando a parte o As de Copas para cima bem na parte achatada.

–Se prepara. –Falei a Katie. Ela deu um passo a frente com cara séria e seus olhos estavam focados.

-Certo, é agora.

A primeira caçadora estava exatamente do lado do pinheiro correndo como louca. Sim, ela era muito voraz, não tinha como aquilo falhar. Bastou um passo e Katie fez uma trepadeira se prender no sapato da caçadora. Ela se desequilibrou, então foi a minha vez. Corri para a frente e cravei a lateral do marchado na testa dela. O Bac foi alto contra o metal bronzeado. Ela caiu no chão com um enorme galo na cabeça.

A segunda não caiu na armadilha. Saltou em uma pirueta no ar e já tinha uma flecha de prata pronta para atirar.

Zap! A flecha disparou soltando uma fumaça verde. Cravou-se no chão ao lado dos meus pés. A cortina de fumaça verde e fedorenta subiu e impregnou o ar. Cai de joelhos e Katie fechou os olhos tentando se afastar, mas se debateu e tropeçou em tudo em sua frente.

Tudo se iluminou, um prateado cegante, era glorioso e belo, porém mortal e celeste. Não consegui permanecer com os olhos abertos, lentamente eles se fecharam; ficaram pesados e já não se abriam mais.

Consegui ver uma silhueta, uma garota com cabelos loiros e lisos. Não consegui ver suas feições, era muita luz, foi como se a noite se tornasse dia.

Outra luz dourada enevoou ofuscando a prateada, parecia ser um homem alado. Asas rubras em um tom dourado rasgado com traços avermelhado.

–Ariane! –Gritou a voz rouca e masculina.

–Silencio, Roland. –Falou a doce e fina voz feminina.

As duas silhuetas pareciam ter asas, eu já não conseguia permanecer com os olhos abertos. Pelo menos todo o fedor sumiu, não havia mais nada, nenhuma caçadora, nenhuma bandeira par ser capturada; nada havia e nada iria haver. O que importava eram as duas luzes que irromperam tudo em chamas.

Senti mãos leves e delicadas me carregaram, um leve abraço e uma voz sussurrando em meu ouvido:

–Você ficará bem, Gabbe... –Era a mesma voz feminina.

Então ali mesmo apaguei.










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Notas finais do capítulo

Deixem comentários, digam o que acharam com as aparições. Se possível divulguem e contem para amigos sobre a fic.



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