Only Time escrita por TC Nagahama


Capítulo 18
Capítulo 16 - Você!


Notas iniciais do capítulo

A genialidade dele é extremamente cativante @_@



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Faziam alguns anos que Lúcio visitara o Mestre de Poções em sua decadente vizinhança. Porém, as coisas tinham mudado. Severo Snape não mais morava numa decadente vizinhança, e sim numa decadente e imundíssima vizinhança com direito até a um riozinho poluído. Um local próprio para crimes, por assim dizer.

Ele andou e andou até chegar numa casinha nojenta (tal como o dono). E depois de respirar fundo, Lúcio bateu à porta.

-Quem é? - perguntou Snape, ao abrir bruscamente a porta.

O Mestre de poções estava admirado. Lúcio Malfoy era a última pessoa que ele esperava ver em sua porta. Recuperando-se do choque, ele abriu caminho para o loiro, indicando o sofá displicentemente.

Lúcio, sem nem ao menos dizer uma palavra, entrou e jogou-se no sofá empoeirado, fechando os olhos, na espera do interrogatório que nunca veio.

Ansioso para colocar seu plano em prática, ele decidiu quebrar o gelo com algo que, com toda certeza, faria Severo falar algo.

-Você lava os cabelos naquele rio lá fora, né? – inquiriu, olhando sério para o outro.

E ao ver, a veia saltando na têmpora do outro, Lúcio sabia que tinha conseguido.

-VOCÊ POR ACASO É RETARDADO? – gritou Snape, sacudindo Lúcio pelos ombros, fazendo a cabeça do outro pender para frente e para trás – VOCÊ ENTRA AQUI COM ESSA SUA CARA LAVADA, DEPOIS DE TUDO QUE VOCÊ APRONTOU, E TUDO O QUE TEM A ME DIZER É SE EU LAVO A CABEÇA NO RIO! – continuou, largando o loiro, que depois de tanto sacode estava um tanto quanto tonto – Você tem idéia do quão o Mestre está furioso com você? – perguntou, tentando se controlar, aparentando mais uma vez o Snape de sempre.

-Deu pra ter uma vaga idéia depois do ataque no Beco – respondeu Lúcio, fracamente, ao passar as mãos no rosto, num gesto cansado. Gesto esse que não passou despercebido pelo outro Comensal.

-Não consigo entender você, Lúcio. Juro que não consigo. Você sabe, melhor do que ninguém, que não há nada que você possa fazer pra se ver livre dele. E ainda assim você o provoca sempre que pode! – ralhou Snape, gesticulando furiosamente – Esse seu segredinho sobre o Draco foi realmente a gota d'água. Você realmente achou que ele nunca iria descobrir!

Lúcio realmente estava indignado agora. Como este ser inferior ousava insultá-lo de tal forma? E que história era essa de segredinho dele? Como poderia ter sido idéia dele se quando a filha nasceu, ele estava preso em Azkaban há quase um ano! E quando ele finalmente conseguir voltar pra casa, a filha já tinha quase seis anos. Seis anos estes nos quais foi criada pela mãe e pelo padrinho, que era o próprio Snape. Então se havia algum segredinho, certamente não era dele. E sim da mãe e do padrinho. Padrinho este que era uma besta quadrada, pois não percebera que seu afilhado era na verdade afilhada, durante tanto tempo de convivência.

-Ah, sim. Eu deveria ter sido honesto e falado a verdade : "Oh, Senhor grandessíssimo Lord das Trevas, eu gostaria de apresentar minha filha, esta bela veela. Ela ainda é pequena e frágil, mas veja o potencial: tem poderes mágicos acima da maioria, tem facilidade pra aprender qualquer coisa, e se não der certo como mini Comensal, o senhor ainda pode usá-la como meretriz!" – retrucou Lúcio, sarcasticamente – Eu sinceramente não acho que teria dado muito certo. Mas quem sou eu pra falar? Eu sou retardado! – completou, jogando-se no sofá novamente, com uma expressão triste – Você não tem nada pra beber, não? – disse, fechando os olhos.

-Como está Draco? Ela está melhor? – perguntou Snape, fazendo Lúcio virar o rosto – Lúcio?

-Não – respondeu, ainda sem olhar para o outro – Está cada vez pior, está ficando fraca – disse, virando-se para Snape.

-E você quer minha ajuda – atestou o moreno – Vou pegar minhas coisas – informou, levantando-se e indo em direção ao um cômodo próximo de péssima iluminação.

Assim que Lúcio percebeu que estava sozinho no ambiente, levantou-se irritado. Afinal, até agora seu plano não estava indo nada bem. Ele podia jurar que o maneta estaria ali. Mas até agora, nem sinal dele.

-Vai me matar de sede mesmo? – perguntou Lúcio para Snape, enquanto tentava descobrir alguma passagem secreta nas estantes de livros da sala.

Após alguns segundos, Lúcio pôde ouvir algum resmungo e alguns tropeços. Curioso, ele virou-se na direção de onde vira o barulho, e não pôde deixar de abrir um sorriso ao ver quem lhe trazia a bebida.

-Você! – Rabicho apontou um dedo acusador para Lúcio – Sua cabeça vale ouro agora – disse, com um sorrisinho maligno.

-A sua também – comentou, lançando um feitiço no bruxo supostamente morto, transformando-o em rato.

Ele então transfigurou um dos muitos livros numa pequena gaiola, certificando de colocar alguns feitiços de proteção e desaparatou. Sua missão fora cumprida.

O barulho na casa simplesmente infernal. Além do entra-e-sai de pessoas, que estava bem acima do nível normal, haviam as discussões e os berros de um quadro de uma senhora nem um pouco educada, conhecida como Sra. Black.

-Pelo amor de Merlim, Albus! Pelo que sabemos os Weasleys podem estar mortos! – exasperou-se Moody, fazendo a jovem Fleur contorcer o rosto em aparente dor –Temos que atacar agora. Do contrário não irá sobrar nenhum de nós pra contar história.

-Não sabemos disso ainda, Alastor. São só suposições – disse Dumbledore, em um tom calmo, o que pareceu enfurecer os presentes.

-Suposições! Harry também sumiu, seu velho gagá! –alterou-se Sirius, que parecia estar à beira de um colapso, sendo amparado por Remo, que parecia tão perturbado quanto o amigo.

-Temos que esperar e calcular nosso próximo passo cuidadosamente – disse o velho, aparentando todos os anos que tinha.

-Não podemos esperar que a resposta caia do céu, Albus – discordou Remo, ao mesmo tempo em que uma coruja negra adentrava a casa, dando um rasante em sua cabeça, indo pousar exatamente na frente do diretor.

Dumbledore, olhando os demais membros da ordem presentes atentamente, tentando descobrir quem diabos dera o endereço da ordem, tirou cuidadosamente o envelope da perna da ave, examinou o envelope e em seguida abriu-o.

-Quem mandou essa carta? – inquiriu Moody, tentando ler o conteúdo da carta sobre o ombro de Dumbledore.

-Achamos o Harry – comentou o velho, pesaroso, ao passar a carta para os demais, enquanto transfigurava um pedaço de pergaminho e uma pena.

Fim do cap.16


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