Verboten escrita por Dead Cell


Capítulo 2
Unsicherheit


Notas iniciais do capítulo

Mais um! Espero que estejam gostando. Boa leitura. ;*



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 Ouvi a porta do carro batendo no jardim de casa, e logo fui olhar pela janela. Ela desceu do carro e pendurou a mochila em um dos ombros. Estava com o uniforme da escola, que uma calça larga de tactel cinza escuro, uma baby-look branca com o símbolo da escola, e uma jaqueta do mesmo material da calça, mas cinza escuro, branco, azul e vermelho, e estava presa á sua cintura.

Seus cabelos castanhos e cacheados balançavam com o vento, deixando á mostra seu rosto fino e moreno, que faziam contraste com seus olhos azuis escondidos atrás de uma lente de grau com uma armação transparente.

Ela atravessou o jardim enquanto o motorista estacionava o carro junto com os outros. Estava com várias pulseiras coloridas, como de costume, e com um tênis azul florescente e roxo.

A empregada abriu a porta para ela, ela não me viu parado atrás porta na frente da janela, e subiu para seu quarto. Senti uma agonia no coração, que eu não sabia de onde teria vindo.

Sentei no sofá e a esperei descer, com o embrulho em minhas mãos. Finalmente ela desceu. Seus cabelos estavam presos em um coque rapidamente feito, e ela estava com uma blusa azul clara sem estampa (pela primeira vez) e com um short jeans, estava descalça.
Levantei-me e parei em sua frente, ela também parou instantaneamente. Olhei em seus olhos por uns segundos, e percebi que ela devia ser somente uns dez centímetros mais baixa que eu. Nunca havíamos ficado tão perto, eu estava somente á uns trinta centímetros de sua boca. Ela olhou para o embrulho que eu ainda carregava em minhas mãos, me fazendo sair do transe.

Estiquei o embrulho para ela, e sussurrei um ‘Feliz Aniversário’, eu nunca havia me preocupado tanto com o aniversário de alguém. Nunca fui de dar presente, e de lembrar-me de datas importantes.

Ela apenas sorriu, e agradeceu no mesmo tom de voz que eu. Senti um frio na barriga logo que suas mãos encostaram-se às minhas para pegar o embrulho.

Olhei para seus olhos, e ela sorriu timidamente e olhou para o embrulho. Notei que eu ainda não havia largado-o. Sorri como pedido de desculpas, e logo soltei o embrulho para que ela pudesse abrir.
Ela abriu, e um brilho surgiu em seu olhar. Examinou uma por uma parecendo não acreditar no que estava vendo. Nunca a havia visto com alguma pulseira daquelas, então achei mesmo que ela iria gostar, mas não tanto. Ela sorriu novamente, mas agora um sorriso cheio de alegria, e me deu um abraço apertado. Ficamos abraçados por algum tempo, ela com seus braços envolta de meu pescoço, e eu com meus braços em volta de sua cintura. Ela me apertava fazendo que nossos corpos se juntassem cada vez mais, e com que nossa respiração ficasse em um ritmo só.

Respirei fundo e senti seu cheiro. Não era cheio de perfume, nem de xampu ou coisa parecida. Parecia cheiro de flores, mas eu nunca havia sentido aquele cheiro na minha vida. Ficamos assim por um minuto, até que nos soltamos juntos.

Ela sorriu novamente, e subiu correndo para seu quarto. Eu fiquei ali, parado no meio da sala de entrada. Seu cheiro aos poucos foi desaparecendo de minhas narinas, e aos poucos do lugar também. Senti meu coração batendo mais forte, e um calafrio que ia do meu pé até minha nuca.

Fiquei confuso, mas achei melhor acreditar que eu estava sentindo tudo aquilo, apenas por que ela era minha irmã e nunca havíamos tido esse contato.

O resto do dia fora normal, não nos falamos mais, nossa mãe viajou com Gordon e Tom apareceu somente á noite.
O telefone tocou algumas vezes, eram parentes e amigos desejando os parabéns para Giulia. Ela apenas atendia, agradecia e depois desligava. Percebi que ela não era muito de conversar, e era assim com todo mundo. Senti-me aliviado por não ser o único que ela não falava.

Subi para o quarto para tomar um banho, e logo avistei Tom indo em direção do quarto de Giulia. Entrei no meu quarto e espiei pela porta, o vi abrindo sem bater, e logo a fechando novamente.

Fechei a minha porta e senti uma pontada no peito. Não liguei muito, e fui tomar banho. Desci para comer algo e parei na porta de Tom para ouvir algum barulho, e não ouvi nada. Parei em frente á porta de Giulia, mas também não havia barulho nenhum.

Voltei para meu quarto sem nada nas mãos, pois havia perdido a fome. Deitei na minha cama e pensamentos começaram á me atormentar.

O que será que Tom estava fazendo no quarto de Giulia? Por que ele entrou sem bater? Será que ele estava lá até agora? Se estava, por que ele, e não eu?

Virei para o lado sem sucesso, pois nem na minha posição preferida eu conseguia dormir. Resolvi ir até o jardim para olhar o céu.

Saí tentando não fazer barulho nenhum, e deitei-me na grama. O céu estava limpo, e várias estrelas brilhavam ao redor da lua. Meu coração doía, e eu não sabia exatamente por que.
Nunca havia sentido aquilo antes, uma insegurança brotava em meu coração. Nunca tive tanta curiosidade em saber o que Tom estava fazendo com alguma garota.

- Deve ser por que ela é minha irmã. – sussurrei para mim mesmo, tentando afastar qualquer pensamento diferente deste.

Ouvi a porta de vidro da sala se fechando, mas não quis olhar para trás para ver quem era. Notei um corpo coberto se sentando ao meu lado, e finalmente olhei para ver quem era.

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Notas finais do capítulo

AH eu não sabia se eu postava ou não isso, mas achei melhor postar já que eu fiquei o dia inteiro elaborando. Espero que estejam gostando!



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