Irmãos escrita por TC Nagahama


Capítulo 4
Capítulo 4 - Pó


Notas iniciais do capítulo

Apesar de ser curta, essa fic me deu um prazer imenso ao escrever. Adoro o Lúcio, e aqui é como ele chegou a ser o nosso "Psicopata favorito" da Only Time :)



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–Ele foi naquela direção - afirmou George, enxugando as lágrimas que teimavam em escorrer pelo seu rosto - Vamos - completou.

–Eu conheço aquela baranga - murmurou Fred entre dentes ao ver a mulher já longe.

–O que você acha? Acabei de enterrar minha filha – respondeu rudemente – Não poderia estar melhor– completou sarcasticamente - Sinto muito - desculpou-se.

–Eles vão pagar–murmurou Lúcio entre dentes – Nem que seja a última coisa que eu faça.

Dos malditos sangue-ruins que invadiram a minha casa– respondeu ainda de costas.

–Eu sabia que a conhecia -alterou-se Fred ao ver a cena.

–Você não pode simplesmente sair tacando fogo nas casas de trouxas, Lúcio– alterou-se Artur.

–Faça o que quiser, Luc. Só não espere que eu dê minha benção – disse Artur derrotado.

–Voltamos pra casa - constatou Fred ao olhar em volta.

Você precisa tentar se animar, querido. Já faz semanas que você está com essa cara– pediu Molly, extremamente preocupada.

Ainda preocupado com Lúcio? – perguntou com ar bondoso.

–Você não acha que ele seria capaz de se machucar, não é? – inquiriu Molly alarmada.

E mais uma vez Fred e George sentiram-se sendo puxados para uma lembrança, porém desta vez não foram cobertos pela luz ofuscante com a qual estavam acostumados, e sim por uma enorme escuridão, que trazia consigo sentimentos de desespero e frio.

–Pior. A Marca Negra - respondeu George apontando a enorme marca que pairava sobre várias casas -Vem -chamou George, arrastando o irmão pelo braço em direção a casa onde vira um homem de cabelos vermelhos como o fogo entrar.

–Por Merlin! - disse Fred ao ver o homem ser consumindo em chamas, enquanto George virava o rosto.

–Esse era o último deles – respondeu Lúcio ao se aproximar do monte de cinzas - Ninguém mais vai chegar perto da nossa família de novo.

–Você é minha família também. Assim como a Cisa e o bebê. Nunca deixaria que nada acontecesse com vocês -disse Lúcio, ainda olhando as cinzas.

–Tudo e todos– respondeu Lúcio olhando para Artur.

Uma névoa espessa e sombria invadiu o ambiente, e mais uma vez Fred e George sentiram-se sendo sugados para outra lembrança.

–Frio...muito frio - pensou George em voz alta olhando ao redor tentando identificar o local onde estavam - Mas isso é... - começou a falar quando foi interrompido pela chegada do pai.

–Azkaban - afirmou Fred - O inferno na terra - falou mais para si mesmo do que para o irmão.

–Artie?– perguntou Lúcio com uma voz fraca e o olhar fixo no nada.

–Onde está ela?– inquiriu Lúcio se aproximando das barras de ferro onde Artur estava encostado – Ela estava aqui agora pouco.

–Impossível! Ela estava aqui. Ela disse que veio me esperar – balbuciou Lúcio totalmente perturbado.

–Julie– respondeu Lúcio – Eu preciso voltar, Artie. Ela deve estar lá. Ela deve estar me esperando. Ela, a Cisa e o bebê. É... é isso. Você precisa me ajudar– desesperou-se Lúcio enquanto puxava Artur pela gola da camiseta – Me tira daqui - murmurou no ouvido do ruivo.

–Você não pode me deixar aqui– murmurou Lúcio com os olhos marejados – Eu preciso voltar pra casa, não entende?– completou exasperado.

–Do que você está falando? – perguntou o loiro, temeroso.

–Você quer me mandem pro St. Mungos – constatou Lúcio horrorizado.

–EU NÃO ESTOU LOUCO!– vociferou Lúcio avançando contra a grade ao ver Artur saindo – VOCÊ NÃO PODE ME ABANDONAR AQUI, SEU TRAIDOR – gritava a plenos pulmões – Você tinha que ficar do meu lado, não do deles. Odeio você, seu traidor de uma figa– disse chorando copiosamente - EU ODEIO VOCÊ– gritou antes de cair no chão em prantos enquanto Artur seguia rumo a saída secando o rosto com as mãos, tentando conter as lágrimas que teimavam ainda em rolar.

De volta ao quarto, Fred e George foram praticamente arremessados ao chão, devida a violência com que o pequeno diário surrado de capa verde os devolveu. Ainda atordoados pela queda, não perceberam que o diário virava suas páginas com extrema velocidade, fechando-se em seguida.

–De novo não! - reclamou George tentando tirar Fred de cima de si.

–Você tinha razão...acho que era melhor nunca termos aberto esse diário - comentou George tristemente olhando pro chão - Foi você quem fez esse barulho? - perguntou para o irmão.

–Por que essas caras, garotos? - perguntou Artur preocupado - O que vocês aprontaram agora? - inquiriu desconfiado.

–Nada que não tenhamos boas desculpas - emendou George ao ver o pai pegar o diário nas mãos.

–Você se arrependeu de algo, papai? - perguntou George vacilante.

–Somente das coisas que não fiz - respondeu com sinceridade - Agora vamos, estou faminto - completou piscando um olho e saindo para o corredor.


Fim


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Notas finais do capítulo

E acabou. Como ficou o relacionamento deles depois de dezesseis anos, você pode conferir na minha fic Only Time :) Vale a pena.



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