Nico Robin. Este era seu nome. O nome da pessoa mais perfeita de todo o Novo Mundo. Talvez até de todos os mares.

Cabelos negros, pele branca, lábios vermelhos e bonitos, assim como seus olhos. Olhos mais azuis do que o próprio céu ou a água do mar. Certamente eles conseguem roubar todo o brilho das estrelas pra si. E o seu sorriso? Simples, singelo. Dentes alinhados e brancos. Tudo nela era perfeito. Poderia ser comparada com uma boneca de porcelana, porém só não tão frágil.

Seu corpo...Ah, seu corpo! Curvas tão definidas que fazem qualquer um se perder só de olha-las. Pernas longas e seios fartos. Como não encantar-se? Era simplesmente perfeita. É simplesmente perfeita. Sempre será perfeita.

Meiga e dócil. Ou talvez delicada e paciente? Melhor: inteligente e atenta. Não sei. Talvez seja tudo isso, e muito mais. Consegue ser forte e corajosa ao mesmo tempo, além de sempre pensar em tudo antes de realiza-lo. Aquilo chegava a ser irritante. Mesmo quando brava, impaciente, assustadora, misteriosa ou incompreensível, conseguia fazer com que aqueles olhos mudassem tudo, deixando-me apaixonado outra vez, das tantas mais que já havia feito. Maldita mulher.

Maldita e perfeita.

Maldita, perfeita e feita pra mim, talvez?

Não, seu jeito é bem mais delicado do que o meu. Não há comparação. Enquanto eu esbanjo crueldade em meu olhar, ela consegue demonstrar calma e meiguice. Não há explicações.

Mas no fundo eu sei. Mesmo que seus olhos e expressões sejam ilegíveis, eu sei. Sei que sente afeto por mim. Mais do que um simples nakama, mais do que um simples ''colega''. Um carinho diferente. Talvez amor? Não sei ao certo. Sei que me arriscaria quantas vezes forem precisas para evitar um arranhão em sua face bela e, que a protegeria as custas de minha vida.

Presumo que eu seja doente.

E minha doença é Nico Robin