Beyond Broken Souls escrita por Haunted House, Angel of Silence, Angelika Malfoy


Capítulo 24
Evelyn Volkov


Notas iniciais do capítulo

Por Angel of Silence
Não tive tempo de revisar, então perdoem meus erros de português e a escrita deplorável.
POR FAVOR deixem reviews, mesmo que sejam apenas para dizer que é lixo. SEJAM HONESTOS, nada que vocês digam será pior do que eu já disse para mim mesma ao escrever esse capítulo e outros.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/406447/chapter/24

O sorrisinho que Dmitri estampava não poderia querer dizer outra coisa. Ava estava ralhando com o irmão de um jeito que apenas Ava Veidt era capaz de fazer, em um alemão tão rápido que Evelyn não era capaz de compreender.

Com o cenho franzido, ela se sentou ao lado de Dmitri, que estava com o rosto e os cabelos cobertos de fuligem, assim como Bertie, e ambos estavam com as vestes fumegando e exalando um leve cheiro de queimado.

Sem que ela precisasse dizer nada, Dmitri se virou para ela e informou: “Ava está furiosa porque explodimos um caldeirão em Poções.”

Certa de que seus ouvidos a haviam enganado, Evelyn piscou, os olhos arregalados. Inclinou a cabeça para o lado, e Dmitri novamente respondeu a pergunta muda: “Sim, nós conseguimos explodir o próprio caldeirão. Ficou uma mancha queimada na mesa! O Slughorn ficou doido da vida, e descontou vários pontos de Durmstrang.”

Evelyn suspirou exasperada.

“Não foi tão ruim”, Dmitri defendeu-se. “Ele nos separou, e a duas meninas, e cada um fez dupla com uma. As duas são muito bonitas.”

Outro suspiro exasperado, acompanhado de um giro de olhos. Ava, com o rosto corado, parecia estar se acalmando, e Evelyn conseguia distinguir uma ou duas palavras, como irmão e retardado, assim como desrespeito e não pagou coisa nenhuma daquele caldeirão, fui eu etc.

Depois que Ava parou de gritar com Bert, ela engajou em uma conversa animada com um membro do PEACE, Folk alguma coisa. Ele era um tanto franzino, de peito fundo, mas era ágil e apanhador do time de quadribol em Durmstrang. E bastante simpático, na verdade. Evelyn até mesmo conseguiu contornar seu mutismo com ele algumas vezes, e eles trocavam olhares e suspiros entediados quando outro membro, o de voz alta, Herleifr, fazia seus discursos cheios de redundância. Bert, é claro, havia se concentrado em ver quantos marshmallows conseguia enfiar na boca e ainda falar “Bert”.

Ele estava no vigésimo terceiro, com Dmitri e Evelyn o observando com uma mistura de fascínio e nojo, quando Dmitri de repente cutucou a amiga com o cotovelo e indicou com a cabeça para ela olhar para trás.

“Seu amigo megalomaníaco está vindo”, ele disse.

Evelyn olhou por cima do ombro, e viu Tom cortando caminho em direção a ela com passos largos e confiantes, como se tivesse um propósito muito importante para falar com ela. Evey lançou um olhar fulminante a Dmitri, que simplesmente deu de ombros. Mas era verdade que Tom era megalomaníaco... um pouco.

“Oi, Evey”, Tom disse assim que a alcançou. Evelyn ergueu um dos cantos do lábio em um sorriso, lutando o desejo de abraça-lo com todas as forças. Estava em Hogwarts há uns dois meses e ainda sentia que toda vez que via um de seus antigos amigos era a primeira. Tom acenou com a cabeça para Dmitri, mas parecia muito ansioso para cumprimenta-lo decentemente. Não que ele mostrasse; a maioria das pessoas não notaria. Eram os detalhes que denunciavam o estado de Tom, o jeito que seus dedos estavam apertados ao redor de um livro, e os que não estavam se contraíam e depois relaxavam, a certa rigidez no tom de voz e os pés que continuavam virando para direções diferentes. Em segundos, o olhar de Evelyn percorreu todo o físico de Tom, absorvendo esses detalhes, depois correu para o livro que ele segurava perto do peito, sendo claramente algo importante e um pouco secreto, e concluiu que fosse qual fosse o assunto, tinha a haver com o conteúdo do livro.

“Tom”, disse Dmitri em tom formal, e voltou-se para a habilidade extraordinária de Bert de falar o próprio apelido com agora vinte e três marshmallows na boca.

Evelyn deslizou para o lado no banco até seu joelho tocar o de Dmitri, e Tom se sentou ao seu lado e começou a falar:

“Eu estava lendo esse livro, e bem, ele faz inúmeras menções a outro livro. Este aqui”, disse ele com palavras um pouco apressadas e em tom baixo. Ele deslizou o volume que carregava sobre a mesa para Evelyn, que olhou a capa curiosamente. Espantou-se. Ergueu uma sobrancelha, claramente perguntando: Magia Negra?

“Curiosidade”, Tom deu de ombros. “E, como você pode ver, está em”, ele deu um suspiro trágico, como se estivesse prestes a anunciar um absurdo “russo. E eu não falo russo, mas você sim.” Os lábios de Tom fizeram a mais leve sugestão de um biquinho. “Estava pensando se você poderia traduzir para mim.”

O queixo de Evelyn caiu. Ela folheou o livro, indicando o texto. Tudo?, formou com os lábios.

“Bem, não tudo tudo. Só o que você achar mais importante”, Tom respondeu. “É pedir demais de qualquer um, eu sei, mas você é a única pessoa que me ajudaria e eu sei que você provavelmente vai adorar ler e gosta de ficar traduzindo coisas.”

“É vdad.” Disse Bert com a boca cheia.

“Ela fica traduzindo para russo, inglês e alemão tudo que cai na mão dela”, Dmitri informou. “Inclusive nossas provas. Fazendo correções, ainda por cima.”

Um leve rubor coloriu as bochechas de Evelyn. Tom tinha um sorrisinho quando ela se virou para ele, suspirou e sinalizou para ele se aproximar. Tom o fez, e Evelyn cochichou no ouvido dele:

“O que exatamente você está procurando?”

Tom estava levemente tenso quando se afastou. “Eu...”, ele hesitou. “Estou interessado em Horcruxes. Se você tivesse algum pergaminho, soubesse alguma coisa ou de um livro bom sobre elas...”

Evelyn assentiu. Conhecia as Horcruxes, embora nunca tivesse feito uma pesquisa muito aprofundada. Lutou contra o mutismo por algum segundos, antes de conseguir falar meio aos trancos e murmurando: “Tenho uns pergaminhos úteis e anotações, sim. Vou traduzí-las e trago para você. Vou traduzir o livro, também.”

“Nossa, Eve, muito obrigado.” Tom se ergueu, e se inclinou para dar um beijo na bochecha de Evelyn. “Você é ótima.”

Evelyn deu um sorrisinho, e Tom saiu do salão. Ela voltou a olhar para o livro. O Centro da Magia Negra, dizia o nome em russo. Era de capa dura, de couro, com runas intricadas e minúsculas. Ela espremeu os olhos para lê-las. Eram os assuntos sobre os quais o livro tratava, assim como uns trechos, e Horcruxes estavam entre eles.

Depois de se cansar ver um menino dizer “Bert” com vinte e nove marshmallows na boca, Evelyn desviou sua atenção para o salão de jantar, encontrando alguns rostos familiares. Sybil, Freddie, Stela, Victoire, e... quando Angelika havia chegado e por que estava sozinha?

Mentalmente, Evelyn revirou todos os encontros com Angelika Malfoy e o comportamento dela nos últimos dois meses, assim como tudo que sabia sobre ela. Pensou em seu comportamento obstinado quando ela chegou em Hogwarts, durante a festa, seu breve confronto com Tom, o acidente, a mudança radical que sofreu, seu novo jeito antissocial, suas fugas para a floresta à noite (Evelyn passava a maior parte da noite em claro, olhando pela janela, e vira Angelika indo e voltando diversas vezes) e se pôs de pé.

Dmitri segurou sua mão. Não com força, segurando-a no lugar, apenas chamando sua atenção. “Ei, para onde você está indo?”

Evelyn indicou Angelika com a cabeça. Dmitri assentiu e a soltou. Evelyn caminhou até Angelika, ignorando alguns olhares curiosos que recebia. Sentou-se na frente da menina loura, que olhava para o teto enfeitiçado com um olhar distante.

Evelyn cutucou a perna dela com o pé. Angelika virou a atenção (parcialmente) para ela. “Olá. Você é a... Evelyn?”

Evelyn fez que sim com a cabeça. Ela indicou as grandes portas, se levantando. “Como?”, Angelika perguntou. Suspirando, Evelyn estendeu uma palma aberta e usou o indicador e o médio da outra mão para simular uma pessoa andando, depois apontou novamente para a porta com o dedo.

“Andar?” Angelika perguntou. Evelyn fez que sim. Angelika então assentiu e as duas caminharam lado a lado para fora do salão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Beyond Broken Souls" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.