POV. Vilu

Não sei direito o que aconteceu naquele momento, mas sei que estava totalmente perdida nos olhos de León. Nos aproximávamos cada vez mais, então ele me beijou.

Agarrei sua nuca o puxando para mais perto e ele agarrou minha cintura. León pediu passagem com a língua e eu cedi. Começamos uma batalha deliciosa por espaço. Ele me levantou e me sentou em um balcão dali. Abri as pernas e o puxei para ficar entre elas e as enlacei em sua cintura. Suas mãos estavam em minhas coxas e eu alisava seu peito nu.

– Achamos vocês. – Gritaram Marco e André juntos abrindo a porta. Eu e León nos separamos rapidamente.

– Opa. Eu acho que interrompemos alguma coisa, Marco. – Disse André rindo.

– Você acha? Eu tenho certeza. – Respondeu Marco rindo. Eu e León coramos muito. - O que será que esses dois estariam aprontando agora se não tivéssemos entrado? – Falou malicioso.

– Cala a boca Marco! – Disse León. – E-eu Nunca faria nada assim com a Vilu.

– E muito menos eu com o León. – Falei.

– Aham. Eu vi. – Disse André sorrindo malicioso.

– Falando nisso... Desculpa Vilu... Eu não deveria ter te beijado. – Disse León muito vermelho. Sorri e lhe dei um beijo na bochecha.

– Tudo bem León. – Falei, também muito vermelha. – Isso não vai mudar em nada na nossa amizade né? – Perguntei e ele sorriu.

– Claro que não. – Falou me abraçando.

– Por que vocês não assumem de uma vez que se amam? – Perguntou Marco.

– Porque não nos amamos. Não assim pelo menos. – Disse León serio. Concordei com a cabeça.

– Eu vi. – Disse André rindo. Eu ia responder, mas meu celular tocou. Olhei e vi que era Tomás me ligando. Sorri e me distanciei dos meninos.

– Alô?

– Oi Vilu. É o Tomás.

– Oi Tomy. – Falei sorrindo.

– Tudo bem?

– Tudo ótimo. E com você?

– Melhor agora. – Disse ele e eu corei. – Vilu, você tá a fim de sair comigo hoje?

– Com você? – Perguntei. "Não com o papai Noel" pensei.

– Sim. Você quer?

– Claro. – Falei. – Que horas?

– As quatro. Pode ser?

– Pode.

– Então tá. Até lá linda.

– Até. – Falei.

– Beijos.

– Beijo. – Falei e desliguei. Voltei para onde os meninos estavam sorrindo feito uma boba.

– ih, o que aconteceu Vilu? Que felicidade toda é essa? – Perguntou André sorrindo.

– Eu vou sair com o Tomás. – Falei pulando em cima dele, o abraçando.

– O QUE? – Gritou León. Me virei para ele assustada.

– O que foi?

– Você vai sair com aquele cretino? – Gritou.

– Não fala assim dele.

– Eu falo. Ele não presta.

– Por que você o odeia tanto?

– Por que ele é um safado que quer se aproveitar de você.

– O que? Você nem conhece ele. Não tem o direito de falar dele. – Gritei de volta. – Por que você não pode ficar feliz por mim? – Perguntei. As lagrimas invadiam meus olhos.

– Eu não vou ficar feliz enquanto você estiver com ele. – Gritou furioso. – Ele é um cretino e você sabe disso.

– O único cretino aqui é você León. – Gritei furiosa e ele me olhou surpreso. – Nunca mais olha para minha cara. – Gritei.

– Ótimo. – Gritou de volta. – Melhor para mim.

Sai correndo dali sem conseguir segurar minhas lagrimas.

– Vilu, espera. – Ouvi Marco gritar, mas ignorei e continuei a correr.

Cheguei em casa e corri para meu quarto, me jogando na cama e comecei a chorar desesperadamente. Como o León pode ter feito isso comigo? Eu o amo tanto, o considero quase da família e ele me trata assim. Por quê? Ele é uma das pessoas mais importantes para mim. Não quero perdê-lo. Mas ele vai me pagar. Por mais que me doa vou mostrar para ele que não estou nem ai e que a amizade dele não me faz falta nenhuma.

Eram três horas quando me levantei.

– Quer saber? Ele que se ferre. – Falei para mim mesma.

Tomei um banho bem caprichado, me arrumei e desci para esperar Tomás que logo chegou.

– Oi Vilu. – Falou sorrindo, meio corado.

– Oi Tomy. – Falei e lhe dei um beijo na bochecha.

– Vamos?

– Vamos. – Falei sorrindo. Ele segurou minha mão e caminhamos até a praça.

Chegamos lá e sentamos em um banco. Não pude deixar de notar León e Fran ali perto.

– Vilu. – Chamou Tomás. – Eu... Tenho que... Te perguntar uma coisa... – Falou corando.

– Fala Tomy. – Falei sorrindo. Ele sorriu e segurou minha mão. Corei.

– Vilu... Eu queria saber se... Você quer namorar comigo? – Perguntou ele.

Fiquei surpresa por um momento. Olhei para os lados, pensando no que responder. Quando eu vi León e Fran se beijando.

– Eu aceito. – Falei sorrindo. Ele abriu um sorriso lindo e me beijou. Um beijo intenso e bom. “Mas nem se compara ao do León. Mas espera ai. No que eu to pensando? O León é (ou pelo menos era) meu amigo. Nunca vai ser nada alem disso" pensei. Nos soltamos depois de alguns minutos.

– Vilu, eu te amo. – Disse ele. Me senti mal por isso. Eu gosto muito do Tomás, mas não o amo. Em vez de o responder apenas sorri e lhe dei um selinho.

– Vilu. – Chamou Fran. Olhei para ela que vinha em minha direção junto com León.

– Oi Fran. – Falei sorrindo e ignorando León.

– Oi. – Disse ela.

– Oi Fran. Oi León. – Disse Tomás sorrindo.

– Oi Tomy. – Disse Fran. León só soltou um “oi” de má vontade.

– Vilu, o León me pediu em namoro. – Disse Fran sorrindo.

– Sério? Que ótimo amiga. – Falei forçando um sorriso. – Eu e o Tomás também estamos namorando. – Falei. Vi que León me olhou surpreso.

– Desde quando? – Perguntou Fran.

– Desde agora. – Falei segurando a mão de Tomás.

– Vamos Bia? – Perguntou León segurando a mão dela. – Nós ainda temos que ver aquele filme que combinamos. – Disse León, olhando para mim.

– Que fil...

– E nós não tínhamos combinado de ir para sua casa Tomy? – Perguntei sorrindo.

– Mas...

– Vem Fran... Não podemos demorar. – Disse León.

– Vamos lindo. – Falei puxando Tomás. Caminhamos um pouco até que ele parou.

– Vilu, o que aconteceu? – Perguntou.

– Como assim?

– você e o León estavam muito estranhos um com o outro. E desde quando combinamos de ir para a minha casa? – Perguntou e eu corei.