Fúria De Urano escrita por Breno Gimenez


Capítulo 10
Capítulo Dez, Dilan.




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Acho que comentar que eles tiveram muita sorte é desnecessário. Foram até a estação de trem mais próxima, e se sentaram. Dilan continuava olhando ao redor como de costume, até que seus olhos se fixaram em um velho, coberto por um manto escurom sentado em um canto. O senhor não tirava os olhos dos quatro campistas, e levou algum tempo para que os outros percebessem a presença do homem. Seu rosto estava desgastado, e seus olhos escuros, negros como a noite. Dilan se levantou e se aproximou, dizendo.

            – Ei, posso ajudá-lo?

            – Garoto... Você não sabe o que te aguarda...

            – Perdoe-me, mas o que você falou?

            O velho sorriu

            – Eu sou o deus das mensagens, sei do que anda acontecendo por aqui...

            – Hermes? Você está meio acabado não?

            – Culpa dessa maldita internet. Os jovens só se comunicam por ela atualmente, meu negócio de entregas só existe agora para semideuses e deuses... Mas isso não vem ao caso. Uma notícia sobre A Porta se espalhou pelo Olimpo... Vocês vão conseguir, mas, tudo tem seu preço não é garoto? – Dizia o deus com um sorriso no rosto –.

            – Eu me viro, nós vamos conseguir – Dizia, tentando parecer confiante –.

            – Sei... Bem, tenho que ir.

            – Espere! – Gritou Sam – Aonde temos de ir?

            – Garota esperta. Bem, a filha de Hades aí terá de ir falar sozinha com seu pai, no submundo. A entrada, você vai descobrir cedo ou tarde. Bem, quanto aos outros... Deverão ir atrás de Zeus, ele está em algum lugar em Richmond, capital da Virgínia. E então, quando finalmente conseguirem os dois primeiros, devem ir ao reino de Poseidon, No Hawaii. Boa sorte.

            O deus se desfez como vapor e sumiu diante dos semideuses. Eles se entreolharam como de costume, e então se voltaram ao normal, tentando fingir que nada estranho tinha acontecido.

            Acharam o horário do trem mais próximo e resolveram esperar pelo embarque. Dilan resolveu falar com Mary.

            – Mary... Olha, sobre você ter de ir para o submundo...

            – Eu sei o que fazer – Disse sorrindo – Sério, não precisa nem se preocupar, eu me viro, e sei para onde ir. Uma das entradas para o submundo fica próxima daqui, então vou ficar e ir atrás de meu pai.

            Dilan assentiu ainda preocupado com a garota.

            – Veja se não faz nenhuma besteira ok? Você tem que voltar vi..

            Mary interrompeu sua fala e o abraçou. O garoto ficou assustado, achando que iria levar uma facada nas costas ou algo do tipo, mas então relaxou e percebeu que a garota não iria matá-lo.

            – Obrigada Dilan, e veja se não vai ter nenhuma idéia idiota, não acabe com as nossas chances.

            Atrás dos dois, um trem chegava à estação e Sam gritava, ao lado de Lyon que tapava os ouvidos com as mãos, para evitar ficar surdo com a gritaria. Era o trem que ia para Richmond, então Dilan se virou para Mari, que fez um sinal de do tipo: “Vai logo” Com a cabeça. Ele assentiu e entrou no trem, junto com os outros dois.

            Já dentro do trem, Lyon resolveu questionar aonde Mary tinha ido. Dilan explicou para eles sobre ela já saber para onde ir, e que iria se virar. Os outros dois campistas assentiram, e se se encostaram aos seus bancos, cansados depois da longa viagem. O almoço foi servido um pouco depois. Comeram e todos caíram no sono.

            Ao chegarem à cidade, quase perderam o desembarque, pois todos ficaram adormecidos. Por sorte, um dos homens que trabalhava no serviço de atendimento. Eles desembarcaram do trem e olharam ao seu redor. A cidade era grande, não muito longe, carros cortavam enormes avenidas para todos os lados. Para Dilan, não era um lugar estranho, já que sua infância foi as pressas para todos os lados, com a falta da mãe mais próxima.

            Lyon caminhou alguns metros e logo achou um ponto de táxi. Tentou tirar algumas informações do motorista, enquanto Dilan e Sam apenas observavam. O garoto se virou e acenou com a mão, para que os dois viessem com ele.            

            Os três entraram no táxi e Lyon explicou a situação.

            – Certo pessoal. Ele vai nos levar até o centro da cidade. É lá que estão alguns monumentos e prédios da cidade, provavelmente seu pai estará lá – Dizia ele, olhando para Dilan –.

            – Certo. Provavelmente ele estará por lá. A origem dos Estados Unidos é este estado, e sua capital é aqui... Vai dar tudo certo. – Falava ele, com firmeza –.

            O taxista não esperou a conversa acabar e começou a dirigir. Eles passaram por alguns monumentos, um deles dizia algo sobre uma guerra, alguns sobre pessoas que fizeram algo de importante na história. Dilan sempre quis ter seu nome em algum lugar diferente da lista de detenção da escola. Era quase que um objetivo de vida para ele.

            O taxista parou o carro em frente à um enorme edifício, Sam tentava ler o que estava escrito, mas sua dislexia não a deixou entender nem um pedaço da frase. Eles se aproximaram da porta e entraram. O salão era imenso, pessoas passavam para todos os lados. Uma sala se estendia pelo lado direito, e ao lado dela, um par de elevadores. Alguns homens arrumados com uns chapéus estranhos passavam carregando malas, até que finalmente se tocaram. Um hotel.


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