— Amanda volta aqui - eu gritei correndo atrás dela pelo corredor e quando a alcancei ela me olhava com um olhar estranho, perdido como se não estivesse ali mais que fisicamente.
— Amanda? - chamei e então a próxima cena aconteceu em câmera lenta, vi seus olhos fecharem e seu corpo pender sobre si mesma e em instantes antes mesmo que eu pudesse pegá-la vi seu corpo caído no chão, quando o mundo voltou a velocidade normal eu estava ajoelhado do lado do corpo dela que se debatia e gritava, muito sangue começou surgir de seus ouvidos, olhos, nariz e boca. Nesse momento Dean entrou e mais ágil que eu pegou Amanda no colo e desceu as escadas correndo, eu sem muita reação não conseguia ao menos respirar em um ritmo normal.
— Vamos Sammy - gritou Dean e então eu acordei do meu transe, da sensação ruim de insegurança, de não saber o que fazer e corri até o carro entrei no banco de trás onde Amanda estava e disse : - A gente precisa ajudar ela.
Dean olhava para a estrada como se quisesse matar alguém e eu entendia o que ele sentia, tudo que eu queria era acabar com a dor da Amanda e me vingar de alguém, de qualquer um mas o primeiro nome que me vinha a cabeça era de Dave.
— Eu to aqui, vou te ajudar meu anjo - disse sentindo uma lágrima quente escorrer pelo meu rosto. Fomos até o hospital mais próximo , Amanda foi internada mas nenhum médico soube explicar o que aconteceu.
— O sangramento cessou mas ela continua sedada - disse o médico ao Dean que estava praticamente pressionando o pra deixa-la bem, eu por outro lado não conseguia fazer nada além de olhar pra o corpo desacordado da Amanda e me sentir impotente.
— Eu vou te ajudar , é uma promessa - sussurrei ao ouvido dela na esperança que onde quer que a mente dela esteja me ouvisse.
Horas se passaram, Dean estava do lado de fora do quarto, perambulando procurando um pobre desavisado pra descontar sua raiva e eu estava diante do leito da Amanda, não consigo dormir, não consigo pensar em mais nada a não ser acabar com tudo e todos que pensarem por um instante que for chegarem perto da minha Amanda.
— Sammy? - ouvi a voz que mais esperei pra ouvir durante essas horas.
— Amanda! - chamei levantando correndo e pegando sua mão - Voce ta bem meu amor? - perguntei.
— Amo ouvir você me chamando de sua - ela disse baixo. Corei e respondi.
— Amo quando você não ta desmaiada ou sedada ou machucada - brinquei.
— Um pouco difícil - ela retrucou - você ficou o tempo todo nessa cadeira dura?
— E você ficou o tempo todo longe de mim -
— Eu estava bem aqui -
— Não do jeito que eu queria - sorri - ta sentindo alguma dor? quer que eu chame alguém? -
— Não Sammy, desacelera - ela sorriu - ta tudo bem, você tem que descansar agora.
— Ta bom, então você também, durma - eu disse passando a mão na sua cabeça.
— Eu dormi por tanto tempo - ela fez pirraça.
— Okay , então também não vou dormir - retruquei.
— Ah você joga duro em?
— Então estamos quites? os dois vão dormir? -
— Ahaam, mas você primeiro -
— Claro, antes vou avisar ao Dean que você acordou -
— Ta bom, obrigada Sammy - ela sorriu
— Por?- perguntei confuso e então ela sorriu e se virou pra dormir.