Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 60
Capítulo 59


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! :)
Bem, este capítulo vem aliviar um pouco a tensão que se está a viver no Palácio...
Boa leitura! ^_^



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(Petrus)

Já se tinham passado cinco dias desde que Isabella tinha ficado inconsciente. A nossa Rainha não me deixava entrar no quarto. Bem que supliquei várias vezes, até de joelhos me coloquei, mas nada. Durante aqueles cinco dias pouco tinha dormido. Tinha deambulado pelo Palácio, pelos seus jardins… Sempre com a mente vazia, mas sempre com ela tão ocupada. Tentei ir várias vezes ao quarto de Isabella, mesmo sem autorização, mas dois guardas estavam à sua entrada. Perguntava várias vezes ao dia à Rainha e às suas aias como estava o estado de Isabella. Sempre a mesma resposta: “Está estável, pode acordar a qualquer momento.

Estava cansado. Queria vê-la, queria pelo menos tocar-lhe ou então dar-lhe um beijo ao de leve naqueles lábios cor de cereja. Naquele dia, passei o tempo todo num grande campo de lírios. Deitei-me com os braços atrás da cabeça, a especular quanto ao tempo que Isabella demoraria a acordar.

“Se ao menos eu pudesse subir à janela… - pensei, suspirando. – “Posso dizer que a janela do quarto dela de sua casa é muito mais fácil de se alcançar…”

O tempo passava devagar… Os dias ali eram sempre calmos, exceto no campo de treinos, era sempre uma correria… Passei por lá variadas vezes, mas a vontade que tinha para lutar era pouca ou nula. Queria ao menos conseguir controlar um dos Elementos, com um deles poderia arranjar maneira de entrar. Enquanto estava deitado naquele campo não parava de pensar no que a Rainha tinha dito:

(…) a não ser que aconteça algo mais… (…).

Não conseguia perceber o que demais poderia acontecer. Tentei também perguntar várias vezes, mas diziam-me sempre que era quase impossível que acontecesse. Estava quase a anoitecer. O sol ainda se estava a pôr e a Lua já era visível. Mesmo passados cinco dias continuava cheia.

Depois de tanto ter andado por ali já tinha conseguido memorizar os variados caminhos para o Palácio. Quando cheguei a uma das entradas do Palácio vi uma luz acesa no quarto de Isabella. Corri, feito doido, subindo dezenas e dezenas de escadas. Quando cheguei à entrada do seu quarto, uma luz branca, incandescente, ocupava todo o seu quarto. A nossa Rainha, algumas das suas aias, Catarina e Zach já se encontravam à sua entrada. Cheguei lá ofegante. A luz que saía pela brecha inferior da porta era de tal modo brilhante que tínhamos que tapar os olhos. Mesmo com Zach me tentando impedir, tentei abrir a porta várias vezes. Daquela vez já não tinha guardas à sua entrada. Naquele momento, o que me impedia de entrar, era aquela luz.

— Petrus pára! – ordenou a nossa Rainha.

— Mas como é que quer que eu pare?! Sabe-se lá o que é aquilo que está lá dentro?! – gritei, desesperado.

— Petrus, primeiro vais ter calma. Eu sei do que aquilo se trata e acredita é só para o seu bem. Talvez com aquilo ela acorde mais rápido do que podemos pensar.

— Então aquilo é o que “demais” poderia acontecer?! – perguntei, confuso.

Sua Majestade anuiu. Mesmo com ela me dizendo aquilo, eu queria entrar lá dentro, eu queria estar lá com ela.

— Vamos embora. – disse a nossa Rainha.

— Não! Eu não saio daqui enquanto não conseguir entrar lá dentro! – disse eu.

— Isso pode durar a noite toda, talvez só quando o sol nascer possas entrar aí dentro. – disse a Rainha, já num tom impaciente.

— Mesmo assim… – tentei argumentar.

— Petrus, isto não foi um pedido, mas sim uma ordem! – ordenou num tom cruel, frio.

Nunca tinha visto tal temperamento na nossa Rainha. Não tive outra opção senão obedecer. Percorremos vários corredores até chegarmos à sala em que tínhamos estado pouco depois de estarmos no Palácio. Todos no sentamos ao redor da mesa. O silêncio que foi mantido durante poucos minutos fez-se parecer anos, devido ao clima que lá estava. Tornava-me impaciente.

“Se estamos aqui para ter uma explicação ao menos plausível porque não a temos?” – pensei.

Finalmente, Sua Majestade decidiu falar.

— Aquela luz que todos nós vimos no quarto de Isabella é Luz Lunar. Nunca pensei que viesse a acontecer. Só aconteceu uma vez e foi com Artémis. Os Antigos diziam que não poderia acontecer a mais ninguém que possuísse o Punhal Lunar, mas parece-me que se enganaram. Se isto aconteceu, se a Lua decidiu curar Isabella, é porque esta detém o mesmo coração, ou seja, têm os mesmos sentimentos.

— Mas isso não significa que seja uma reencarnação pois não? – perguntei, já aflito.

— Não. Se Isabella fosse a reencarnação de Artémis não se teria apaixonado por ti, ter-se-ia apaixonado somente por um humano e não por um Blue Voice como tu. A história de vida de Isabella teria sido completamente diferente. Acredito que, onde quer que Artémis esteja, esteja a velar por Isabella, reforçando os seus poderes e ajudando-a a ser mais forte. – suspirei. No fundo, a nossa Rainha tinha razão. A vida de Isabella, mesmo desde pequena, teria sido completamente diferente se ela fosse a reencarnação de Artémis. – Alguém tem alguma pergunta? – nenhum de nós disse nada. – Então podem ir descansar, já é tarde.

Todos nos retiramos da sala. Muito lentamente fui para o meu quarto. Tomei um longo banho, se é que se pode chamar aquilo de banho, sentei-me na banheira, somente a sentir a água a percorrer-me o corpo. Vesti umas calças de pijama e nada no tronco. Deitei-me na cama com os braços atrás da cabeça, a especular, novamente, sobre Isabella.


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Notas finais do capítulo

Até ao próximo capítulo! ^_^



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