Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 33
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores! Tudo bem? Aqui vai a conclusão de mais um conflito... De mais um, não o último... Mistério... Mistério... :3
Boa leitura! ^^



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(Isabella)

Tinha treinado com mais intensidade a minha pontaria com as facas e os punhais. Divertia-me com aquilo. Para além disso, a minha pontaria e a minha técnica melhoravam a cada dia. Portanto, aquela arma veio mesmo a calhar…

A lâmina do punhal, à medida que se aproximava dela, iluminava-se com mais intensidade. Valéria tentou esquivar-se, mas não conseguia. Parecia estar presa a alguma coisa. No chão refletia-se a luz da lua. Era isso que a imobilizava. O punhal acertou-lhe no centro do seu peito. A luz percorreu-lhe o corpo e ela desapareceu, não na sua habitual fumaça vermelha, mas sim numa luz branca e pura. O punhal retornou à minha mão, então.

“O que é que se passa com ela?” – questionei-me. – “Seria ela apenas mais um brinquedo para Luther?”

Não tinha tempo para pensar nisso. Ouvi alguém a gemer. Petrus tinha começado a acordar. Corri para a beira dele e ajudei-o a levantar-se. Eu sentia-me estranha. Tentei ignorar ao máximo esse sentimento. Olhei em redor e a sala não tinha sofrido grandes danos. Ainda bem, porque senão Simão “iria aos ácidos”. Petrus quase não precisou de ajuda, mas os outros continuavam inconscientes. Tive várias tonturas e cambaleei.

— Isabella estás bem? – perguntou Petrus, aflito.

“Não.”

— Estou… Não te preocupes….

— Como se isso fosse possível. – replicou.

— Bem, não nos preocupemos agora com isso. Vamos leva-los para os seus respetivos quartos. – decidi-me.

Depois de colocarmos todos nas suas camas, fomos para o jardim. Sentia-me exausta, as dores que a voz de Valéria me tinha causado ainda permaneciam.

— Isabella vem cá. – estávamos ambos sentados na relva, tal e qual como estávamos antes do ataque. Colocou o seu braço à volta da minha cintura e chegou-me para perto ele. – Tens de descansar, tu não tens sono?

Agora que pensava nisso sentia-me bastante desperta.

— Não, não tenho… – aconcheguei-me melhor no seu tronco. Será que o que eu estava a fazer estava a ir contra ao que eu tinha decidido? Decidi deixar tal aspeto um pouco de lado. – Mas tu deves ter, deves estar cansado.

Olhou-me nos olhos e disse-me:

— Não tanto quanto tu. Isabella, nenhum de nós se tem esforçado tanto. Tu deixaste a tua família para trás, tens treinado incansavelmente, tens ajudado aqui em casa e estás sempre a tentar proteger toda a gente. Ninguém pode dizer que se está a esforçar mais que tu.

Ele tinha razão. Ele conseguia sempre ler-me tão bem. Retirei o punhal do meu bolso.

— O que é isso Isabella? – estava intrigado, tal como eu.

— Nem eu mesma sei muito bem. Quando desfaleci durante aquele tempo todo, tive um sonho com a nossa Rainha, quer dizer, não sei bem se foi um sonho. Estive num quarto e depois a nossa Rainha apareceu. Deu-me este punhal, dizendo-me que só podia utiliza-lo para me proteger e proteger aqueles que me são mais queridos. Disse-me também que enquanto ele estivesse na forma de punhal que se podia dividir. Depois acordei e não sei de mais nada. Disse que mais tarde me daria mais informações. Mas parece-me que o meu conhecimento em Latim vai entrar em prática. – Petrus fez uma expressão facial que indicava que estava confuso. – Eu explico melhor. Para que o poder do punhal seja ativado tenho que chamar pela lua, embora não saiba qual seja a conexão.

— Estou cada vez mais confuso, mas se a nossa Rainha disse que depois te dizia algo fico mais descansado.

Retirei-me dos seus braços e levantei-me. Sentia-me cada vez mais tonta. Precisava mesmo de descansar. Petrus pegou em mim e levou-me para o quarto.

— Podes pôr-me no chão?! Não me queria deitar já… – a minha voz era fraca.

— Isabella, tu não estás em condições de andar por aí!

As tonturas vieram novamente. Acabei com os meus lábios junto dos de Petrus. Olhei-o e ele fechou os olhos. Provavelmente pensava que eu o ia beijar. Não era que eu não quisesse mas assim estava a trair-me a mim própria. Com os meus lábios roçando nos dele, apenas lhe disse, num tom calmo:

— Quando isto tudo acabar, tudo vai voltar ao normal. Eu prometo. – senti todo o seu corpo estremecer. Fechei os meus olhos e abracei-o.

— É tão difícil ficar longe de ti, Isabella… É tão difícil ver-te sofrer… – sussurrou-me ele ao ouvido.

Até adormecermos, abraçados, fizemos promessas, que um dia, desejávamos que todas elas fossem cumpridas…


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Eu adorei escrever este pequeno momento entre a Isabella e o Petrus...! Apesar de ser bem simples, achei-o muito amoroso... Bem, mas não sou eu quem tem que opinar aqui, não é? Eu bem que peço para que vocês comentem, mas mesmo assim... Não é preciso que comentem desde o primeiro capítulo, nem eu sou maluca para pedir isso, mas se deixassem uma pequena opinião era ótimo! Espero que atendam ao meu pedido :)
Até ao próximo capítulo! ^^



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