Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Como vão? A minha temporada de testes terminou! Yay! Estou feliz! ^^
Aqui têm mais um capítulo de "Scars of Love" bem longo e interessante...! Espero que esteja do agrado de todos!
Boa leitura! ^^



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(Isabella)

— Menina Isabella, agora está mesmo a assustar-me…

— E é mesmo para isso Simão, já tentei falar contigo milhentas vezes e tu nada!

— Vá, não sejas tão mazinha com o Simão, afinal ele é só um mordomo. – disse Kiba, entre risos.

— Eu não sou só um mordomo!!! – viu-se o fogo nos olhos de Simão.

— Então Simão! Estava só a brincar contigo.

— Bem, paremos lá com a brincadeira. – disse. – Simão, podemos sentar-nos e falar?

Fomos até às mesas que se encontravam no jardim e Kiba foi para a cozinha, provavelmente para comer, como sempre.

— Simão, eu quero começar a ajudar aqui em casa para pagar a minha dívida. – vi a cara de surpresa de Simão e logo vi que ele não ia aceitar, mas ele não ia levar a melhor comigo.

— Menina Isabella, vamos a ver se nos entendemos. A Menina é Anciã Musical e não tem de pagar dívida nenhuma!

— Ora Simão, as outras também fazem limpezas e ajudam na cozinha e não só e também são Blue Voices, eu não sou mais do que elas. Eu vou ajudar e ponto.

— Não, não vai!

— Ai, vou, vou, podes ter a certeza que vou! E quem ganha sou eu!

Estivemos nisto quase um quarto de hora até que Kiba disse que o Simão tinha uma visita.

— Bem, Simão, antes de ires, eu começo amanhã.

— O que é que eu posso fazer? A Menina Isabella é teimosa por Natureza.

Levantei-me também e ia para o meu quarto quando Kiba se meteu na minha frente.

— Porque é que me estás a bloquear a passagem?

— Eu se fosse a ti não ia.

Então percebi o porquê. Ouvi a voz de Petrus.

“Mas afinal o que é que ele está a fazer aqui?” – pensei.

Não, não ia começar ali uma discussão, o momento certo ia chegar. Cerrei os punhos. Kiba pegou-me pelos ombros e levou-me para longe. Eu não estava em mim e Kiba percebeu-o. Já tinha passado meia hora e Petrus ainda não se tinha ido embora. Só queria ser mosca naquele momento. Simão ia ter que me dizer tudinho, tintim por tintim! Ouvi Simão falar no Kiba.

“Não me digas que ele veio perguntar…” – pensei.

Nem acabei o pensamento, não valia a pena.

— Kiba, vou ter que sair, não aguento estar aqui e não poder enfrenta-lo.

— Mas se saíres vais encontra-lo!

— Eu saio pelas traseiras, não te preocupes.

— Posso acompanhar-te?

— Tu é que sabes, mas eu vou de mota.

Ia sem destino. Fui parar à entrada de um pequeno bosque. Via-se o mar dali. Tinha uma paisagem lindíssima. Uma luz brilhante apareceu por detrás de mim.

— Porque é que vieste para aqui? Vieste para muito longe de casa.

— Tens razão… Precisava ficar longe, muito longe… Se quiseres podes ficar, mas não digas uma palavra, está bem?

Ele anuiu. Encostei-me, sentada, a uma das muitas árvores e Kiba fez o mesmo. Eu ia estar ali por muitas horas, não esperava que ele ali ficasse. Passadas cerca de duas horas, o telemóvel de Kiba tocou. Era uma mensagem.

— É a Daniela. Diz que o Simão está muito preocupado contigo e quer que voltemos agora mesmo.

“O Simão não manda em mim.” – pensei, mas afinal ele só estava preocupado comigo.

Ao colocar a chave na ignição, a mota não pegou. Bolas, tinha ficado sem gasolina! Suspirei. Nem tinha dado conta de que o depósito estava a ficar vazio. Não tinha outro remédio senão ir a pé.

— Que se passa Isabella?

— Fiquei sem gasolina. Saí de casa com pouca gasolina e nem dei por isso. Se soubesse tinha trazido gasolina…

Kiba transformou-se. Pegou em mim e colocou-me no seu dorso.

“Mas o rapaz é doido?” – pensei.

Que eu soubesse, o bosque não tinha qualquer ligação a casa e as poucas pessoas que andavam na rua aquela hora da tarde iriam descobrir a sua verdadeira forma.

— Kiba pára! Estás doido?!

Pois, tinha-me esquecido… Ele transformado não fala… Desci do deu dorso e ele tomou a sua forma humana.

— Afinal qual é o teu problema?

— Nenhum. – disse eu. – Quer dizer, se as pessoas te virem assim estás tramadinho, não?

— Este bosque vai dar a uma ligação de estrada que está ligada ao Hotel.

— Pronto, pronto, está bem. Depois trazes-me amanhã para vir buscar a mota?

Ele anuiu. Tomou a sua forma de lobo novamente e subi para o seu dorso. Em poucos minutos comecei a ver estrada.

“Como é que é possível ele correr tão depressa?” – pensei.

Eu odeio que me façam perguntas retóricas e agora era eu que estava a fazê-las mentalmente. Quando ele parou desci do seu dorso e ele tomou a sua forma humana. Depois de caminharmos um pouco ele perguntou:

— Estás bem?

— Podemos dizer que sim… – o meu olhar, o meu caminhar era sombrio…

Comecei a ver a casa e acelerei o passo. Chegados a casa, Simão estava à entrada a bater o seu pé no chão, parecia a minha mãe, por vezes. Passei por Simão e disse-lhe:

— Eu estou bem Simão e pára de bater esse pé.

Fui para o meu quarto. Tomei um longo duche e vesti uma roupa leve. Fui ao quarto de Ana para saber novidades. Ela não estava no quarto. Desci e dirigi-me para a cozinha. Lá estavam Daniela e Rita.

— Vocês viram a Ana? Fiquei preocupada com ela depois do que aconteceu.

— Sim, nós sabemos. Ela ficou febril e então nós levamo-la ao hospital. Só viemos a casa para comer alguma coisa, trocar de roupa e vamos voltar para lá.

— Eu vou convosco, quer dizer… Kiba! Vem cá! – chamei bem alto.

— Ei, ei! Calma, que foi? – entrou confuso na cozinha.

— Preciso que me leves ao bosque para pôr gasolina na mota, preciso de ir ao hospital, a Ana está lá e quero visitá-la.

— Ai, eu agora ia comer a minha sandes… Não é justo!

— Ok, eu vou a pé. – e dito isto, saí porta fora.

— Acho melhor ires atrás dela Kiba. – ouvi ainda Rita dizer.

Peguei no garrafão da gasolina que estava à entrada da porta traseira e segui caminho. Podia pedir ajuda ao Ar, mas não me apeteceu.

— Espera! Oh casmurra! Espera!

Não parei.

“Mas quem é ele para me chamar casmurra?!” – pensei.

Com a sua velocidade conseguiu alcançar-me… Que paciência…

— Ficaste mouca de repente?

— Não, só que não me apeteceu perder tempo. – continuei sem o olhar.

“É sempre, apanha-me sempre desprevenida, que coisa!” – pensei.

Pegou-me e colocou-me nas suas costas, entrando no bosque. Ao entrar, transformou-se e dei por mim em cima do seu dorso.

— Olha agora o casmurro aqui és tu! – disse-lhe e os seus grandes olhos cinzentos olharam para mim como se estivessem a rir.

“Não tem piada nenhuma…” – pensei.

Pelo que eu tinha falado com a minha mãe, esta achava Kiba um rapaz bastante simpático. Muito sinceramente, não percebi o porquê, mas como a minha mãe anda sempre dois passos à frente… Ao chegarmos perto da mota, Kiba parou. Olhou para mim e os seus olhos diziam-me para não continuar.

— Podes tomar a tua forma humana, por favor? É impossível conversar assim contigo… – revirei os olhos e suspirei.

— O Petrus e a Valéria estão à beira da tua mota, consegui ouvir as suas vozes e farejá-los.

— À beira da minha mota? Já agora não era mais nada não? – comecei a andar o mais rápido que pude.

Valéria estava encostada à minha mota, enquanto que Petrus se encontrava de costas viradas para ela. Ainda estava para perceber todo aquele cenário.

— Podes tirar esse corpo nojento da minha mota, se faz favor? – pedi sem um pingo de paciência.

— Está muito bem-educada a menina… – disse Valéria com aquele sorriso e olhar malévolos. – Petrus trata-lhe da saúde.

Petrus virou-se e o seu olhar era baço, parecia que a única coisa que conseguia ver era o seu alvo. Nas suas mãos encontravam-se shuriken’s. Começou a atirá-las. Ouvia Kiba a rosnar atrás de mim. Como não me conseguia desviar, decidi pedir ajuda.

“Terra, com as longas raízes das tuas árvores, agarra cada shuriken que fôr lançada contra mim ou contra Kiba.” – pedi em pensamento.

Se o tivesse feito oralmente, ele podia prevenir-se. À medida que as shuriken’s eram lançadas, longas raízes erguiam-se do solo para as agarrar. O chão tremia e a minha mota por pouco que não era engolida pelo solo. Várias frechas se abriram. Valéria estava atrás de Petrus, a observar o “espetáculo”. Durante todo aquele tempo, não disse nada, limitei-me a olhar Petrus nos olhos com toda a frieza que se possa imaginar. Mas algo não estava bem. Se ele estivesse consciente, ele teria parado, teria dito alguma coisa, teria até enfrentado Valéria, mas não, limitou-se a atacar-me com aquelas estúpidas estrelas. De repente, Valéria decidiu desaparecer e junto com ela, Petrus, numa fumaça vermelha. Estava cansada daquilo. Sem dizer uma palavra dirigi-me para a minha mota e comecei a colocar a gasolina no depósito. Kiba tomou a sua forma humana, mas nada disse. Depois de ter colocado a gasolina perguntei:

— Queres vir?

— Não te importas?

— Não. Sobe.

Demoramos cerca de quinze minutos para chegar a casa.

“Mais valia termos regressado pelo bosque.” – pensei.

Simão e as meninas já tinham partido, mesmo assim eu tinha de ir ao hospital. Subi para o quarto e vesti-me completamente de cabedal, sentia-me mais confortável a conduzir assim.

— Kiba, queres vir? Vou visitar a Ana?

— Não sei se hei de ir, mal a conheço…

— É verdade, mas vais conviver com ela nos próximos tempos, era uma oportunidade para ambos se conhecerem melhor, embora o hospital não seja um cenário lá muito bonito para o dito cujo.

Kiba pensou por uns momentos e por fim disse:

— Eu não vou, mas manda-lhe as melhoras está bem?

— Ok, tu é que sabes. Até logo.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? As desconfianças de Isabella vão finalmente começar a fazer sentido, esperem só! Já sabem, um escritor alimenta-se à base de opiniões, portanto, deixem tudo nos reviews!
Até ao próximo capítulo! ^^



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