Scars Of Love escrita por Simi


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente! Como estão?
Em primeiro, quero pedir desculpas pelo meu atraso na atualização da fic. Neste momento, estou em época de testes e não consegui postar ontem. Como os testes continuam para a semana que vem, vai ser complicado postar o próximo capítulo, mas farei os possíveis para fazê-lo de forma pontual. Peço desculpa, uma vez mais.
Boa leitura! ^^



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(Isabella)

Chegada a casa, contei a Simão o sucedido.

— Precisa de ter cuidado, Menina Isabella. Se estivesse com o Petrus talvez fosse melhor.

Senti a raiva a percorrer-me o corpo. Mas falei a Simão calmamente, afinal ele não tinha culpa de nada.

— Simão, não voltes a referir-te a essa ideia. Eu sei muito bem defender-me sozinha. Vou para o meu quarto, se não tens mais nada a dizer.

— Não Menina pode ir.

Subi até ao quarto e deitei-me, acabando por adormecer.

“Isabella… Isabella… vem. Vem ter comigo. Junta-te a mim. Eu nunca te faria o que aquele reles humano te fez. Vem… Vem, Isabella…”

— Não! – gritei.

Olhei para o lado da cama e não vi lá ninguém. Não vi Petrus! Embora ele me tivesse feito o que fez, ele apoiava-me muito naqueles momentos. Recordei-me da primeira vez que Luther me comunicou em sonhos, Petrus tinha estado a meu lado… Agarrei-me aos lençóis e chorei. Até à noite estive entre lágrimas, até Simão me chamar para jantar. Infelizmente, encontrou-me naquele estado e tive de lhe contar o sonho, embora não me apetecesse falar no assunto.

— O caso está a ficar sério Menina Isabella…

— Não te preocupes, eu não irei ceder. Podes deixar-me sozinha, Simão?

— Está bem Menina Isabella. Descanse.

Mal ele bateu a porta comecei a chorar novamente. Sentia uma raiva enorme, não conseguia evitá-lo. Tanto chorava de tristeza como de raiva!

“Nunca mais,” – pensei. “nunca mais nenhum homem me fará o que ele fez! Nunca!”

Enviei uma mensagem à minha mãe dizendo-lhe que estava bem, que não se tinha de preocupar. Eu precisava de uma ocupação, precisava de algo para me ocupar, para não pensar. Foi então que me lembrei: ia ajudar nas tarefas domésticas. Para além de me ocupar, no fundo, pagava a dívida de estar lá tanto tempo. Vesti uns shorts, uma T-shirt e umas sapatilhas, algo leve, para não andar sempre de couro. Fui à cozinha, fui à sala de convívio, fui à sala de almoços e Simão não estava em lado nenhum.

“Aonde é que ele se terá metido?” – questionei-me.

Decidi ir para uma das varandas e esperar por ele. O sol estava a pôr-se, mas não tinha a sua beleza habitual, a meus olhos, parecia um pôr-do-sol triste, com cores esmorecidas. Devido aos acontecimentos recentes, nada me parecia como dantes, nada tinha a mesma alegria, nada tinha o mesmo interesse… Ouvi passos na sala, fui à sala mas não vi ninguém, dirigi-me à divisão mais próxima, a cozinha. Encontrei um rapaz a remexer no frigorífico. Dei conta que todo o meu corpo ficou tenso, os meus braços e pernas ficaram em posição de ataque.

“Mas esta era uma das posições em que o meu primo se colocava!” – pensei.

O meu primo mais velho praticava boxe desde novo e por vezes ia ver os seus treinos e combates. O rapaz, ao sentir a minha presença, olhou para trás com cara de assustado. Os seus grandes olhos cinzentos estavam esbugalhados a observar-me.

“Será que tenho alguma coisa?” – questionei-me, o rapaz estava tão sério a olhar para mim…

— Posso saber o que fazes aqui? – perguntei.

— Desculpa, eu chamo-me Kiba, um amigo de longa data do Simão. Como estava com uma fomeca e o Simão não está cá, decidi comer alguma coisa.

O meu corpo relaxou, o rapaz parecia inofensivo. Mas tinha ficado com uma pulga atrás da orelha: como é que o rapaz era um amigo de longa data do Simão, se ele parecia ter mais ou menos a minha idade? A minha conversa com Simão ia ser mais longa do que o esperado.

— Bem, fica à vontade, eu vou voltar para a sala. – fiquei com a sensação do rapaz me estar a observar, mas não me atrevi a olhar para trás para confirmar. Ouvi a porta dos fundos a abrir-se e fui ver se era Simão que tinha regressado. – Tu sabes esconder-te muito bem, hein Simão?

— Desculpe Menina Isabella, fui esperar um amigo meu mas afinal ele ainda não chegou.

— Ah sim, apareceu aí um rapaz a dizer que era um amigo teu de longa data, não sei se era ele.

— Como é que ele se chamava?

— Kiba. Tinha assim uns olhos muito grandes, cinzentos.

— Ah! Ele já chegou! Esqueci-me totalmente!

— Simão… – como ele não disse nada, gritei. – Simão! – acho que ele ficou um bocado assustado. Bem, mesmo não estando transformada a minha voz tinha um certo poder.

— Está a assustar-me Menina Isabella…

— Não te assustes Simão, não te vale de nada. Eu só acho que estás a fazer uma tempestade num copo de água. O rapaz está na cozinha a petiscar, acalma-te!

“Olha, nem me deu uma resposta!” – pensei.

Desatou a correr para a cozinha parecia um doido! Ainda estive para ir à cozinha e pedir umas explicações, mas não me apeteceu e então fui buscar a minha metade da borboleta de prata e fui novamente para a varanda. Tentei fazer a ligação, mas não consegui.

“Será que aconteceu alguma coisa?” – pensei.

“Não, não aconteceu nada, fica descansada, está tudo bem com os teus pais.”

Senti algo entrar dentro de mim.

“Eu sou o Quinto Elemento, o Espírito.”

“Então isso quer dizer que posso chamar-te quando estiver em perigo?”

“Sim, ajudar-te-ei sempre que precisares.”

A sua voz era doce e calma e toda esta simples conversa foi feita no meu subconsciente. Isso significava que eu controlava um novo Elemento, o Quinto Elemento, como ele próprio se intitulava. O meu telemóvel tocou. Era Ana.

— Então rapariga, que se passa?

Podes vir-me buscar? Estou no centro comercial.

— Claro, mas passa-se alguma coisa?

Não, só que não me sinto muito bem…

— Espera por mim à entrada, está bem?

Sim, eu espero.

Fiquei com macaquinhos no sótão… A Ana não era uma rapariga de ficar doente ou algo do género, muito pelo contrário, estava sempre bem-disposta, era saudável. Fui ao quarto e vesti as minhas roupas de couro.

— Menina Isabella, onde vai?

— Agora não posso Simão, tenho de ir.

Cheguei ao centro em menos de quinze minutos, mas Ana não estava à entrada… Fiquei com a sensação de que algo não estava bem… Estacionei a mota e segui o meu instinto. Dei por mim na parte de trás do centro. Ela estava rodeada por um bando de rapazes. Rapazes… para não dizer outra coisa…

— Ana, anda-te embora. – chamei.

— Olha mais uma amiguinha… junta-te ao grupo. – disse um deles com um olhar malicioso.

O problema é que eles não sabiam com quem estavam a falar. Segui em direção à Ana e um deles tentou a agarrar-me. Não me perguntem como é que eu fiz aquilo. O meu corpo reagiu ao perigo. Com socos e pontapés deitei ao chão o que me tinha agarrado e os outros fugiram com o “rabinho entre as pernas”.

— Ana estás bem?

— Sim, mais ou menos…

— Anda, a mota não está muito longe.

Ela não estava bem, algo se passava, algo que ela não queria contar… Quando chegamos a casa, ela disse que queria ir para o quarto. Eu também fui para o meu mas algo não estava bem. Simão veio ter comigo ao quarto para falarmos, mas nem tempo teve de falar. O quarto transformou-se na caverna de cristais em que me encontrei na minha ascensão. A minha expressão mudou completamente.

“Mas o que é que aquele canalha está aqui a fazer?” – pensei.

Do lado esquerdo da redonda caverna encontrava-se Petrus.

— Menina Isabella tenha calma, não se altere, por favor. – Simão percebeu que eu podia explodir a qualquer momento, mas não o ia fazer.

Fiz uma vénia à minha Rainha que me disse:

— Isabella, vocês os dois estão aqui presentes para terem uma conversa séria à minha frente.

— Minha Rainha perdoe-me a interrupção, mas não penso que isso seja aconselhável neste momento. – disse.

— Petrus começas tu. – a minha Rainha parecia que não tinha feito qualquer caso para o que eu tinha dito.

E o parvalhão lá começou a falar, dizendo que não tinha culpa de nada. Só sabia dizer isso…

— Hum, que fantochada… – disse.

— Isabella, não fales dessa maneira!- disse a minha Rainha.

— Desculpe…

— Podes começar Isabella.

— Não tenho nada a dizer. Tudo o que havia para ser dito já o foi.

— Existe uma coisa que precisas saber, mas vais ter de descobrir por ti própria. – disse a minha Rainha.

— Farei o possível para o fazer.- disse.

Petrus deu dois passos em frente. Virei-me para trás e olhei-o de lado. O meu olhar demonstrava tristeza, mas raiva ao mesmo tempo.

— Isabella perdoa-me!

— Era o mais me faltava, este agora vir pedir perdão. Em primeiro: eu não sou ninguém para perdoar e segundo: à primeira pode-se cair, mas à segunda já cai quem quer. E em último: já te disse para não me dirigires a palavra!

— Menina Isabella, por favor acalma-se! – Simão estava bastante preocupado…

— Não te preocupes Simão, eu estou muito calma… – disse com um sorriso malévolo nos lábios.

— Está a assustar-me Menina Isabella…

— Isabella, eu vou tirar-te essa cicatriz que tens na tua tatuagem. – disse a minha Rainha.

— Não! – disse. – Eu quero ficar com esta cicatriz. Ela vai lembrar-me do que o amor é capaz de fazer…

— Se assim o desejas. – e ditas estas palavras todo o cenário desapareceu.

Sentia-me fraca, por pouco que não caia ao chão, que vale tive tempo para me sentar na cama.

— Menina Isabella sente-se bem?

— Estou Simão, só estou um pouco fraca, nada mais. – Simão ia sair do quarto, mas chamei-o. – Simão, preciso de falar contigo.

— Agora não, a Menina precisa de descansar.

— Teimosia em pessoa… – sussurrei.

— Eu ouvi! – disse ele fechando a porta.

Despi aquela roupa e vesti um pijama, deitei-me. Estava cansadíssima… Mas ainda ia ter aquela conversinha com Simão.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Espero que gostem desta nova personagem, pois ela vai trazer muitas surpresas... :3
Já sabem, deixem tudo nos reviews! Agradecia que mais pessoas comentassem, já que eu gostava de saber a opinião dos restantes leitores.
Até ao próximo capítulo! ^^



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