Adotada Pela Loucura escrita por Lena


Capítulo 43
Capítulo 43- Subconsciente


Notas iniciais do capítulo

HEY GUYS!
EHHH, EU ACORDEI, VOLTEI A POSTAR! "Éh, se meus professores não me enxerem de lição eu agradeceria eternamente... OUVIU MERDA?!...Maldita professora Sandra e suas apostilas... Porque eu tô falando sozinha mesmo?" Então, minhas aulas voltaram, tá complicado com tanta lição. Tá tia Lena mas o que que isso vai mudar NA MINHA VIDA?! Nada 'u', não se exalte fera. Então, o capítulo vai ser grande pra caramba porque notei que a história tá muito longa... Vamos ter que diminuir um pouco... Tá aí!



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Bem, como devo começar de novo aquele texto que eu me dedico mas depois de reler acho entediante, que vocês leem, que sempre começa com eu tendo um pesadelo, ou acordando cedo ou simplesmente sendo eu mesma? Deixe eu pensar... é pode ser o antigo jeito mesmo.

[...]

Eu já me levantei rápido. Sem sono por incrível que pareça, e ainda por cima, com uma fome do caramba.

Me levantei e olhei pra Smile deitado de barriga pra cima, dormindo. Abri a porta não ligando se iriam acordar, e a bati.

– Mas oq...

– BOM DIA!

– Oi.- Disse Jane bocejando.

– Quanto ânimo. Porque o Jeff tá tão empolgado e porque têm páginas pra todo lado da sala?!

– É que eu não dormi mesmo. Tá com fome? Acho que sim, você sempre tá com fome.- Ele disse rápido.

– O.k... Jane você deu café pro Jeff merda?

– Nope.- Jane respondeu.- Ele só não dormiu.

–... Drogas também não foram envolvidas enquanto eu dormia... certo?

– Espero que sim... depois que acabou toda aquela coisa do Zalgo, a boneca, e essas coisas, eu caí dura na cama. Não lembro de nada.- Ela pegou um xícara do seu lado e começou a beber.

– Tá, mas e as páginas?- Disse olhando pro chão.

– Sei lá.

– Eu sei. Enquanto você dormia e eu fui fechar a porta, achei um diário, eu li ele todo...

Eu e Jane nos entreolhamos.

– Jeff... Quantos anos foram marcados naquele diário?- Perguntei.

– Um ano e dois meses.

– Jesus. Você madrugou, pra ler um diário?- Jane disse arregalando os olhos.

– Yep. Era até legal... só que acabou com a menina morrendo. Fiquei triste com isso, ela escrevia bem.

Ficamos nos encarando por um tempo, até eu fungar e Jane começar a rir.

– Jeff está parecendo um drogado.

– O QUE?! CLARO QUE NÃO!- Ele gritou se aproximando dela, enquanto ela tapava a boca rindo.

– Pra falar a verdade... tá sim. Vai dormir um pouco jovem.- Eu disse puxando o braço dele até o corredor.

– NÃO! A gente precisa ir pra casa!

– Tá doido?! Eu não vou pra casa com você parecendo um bêbado.

– Porquê?!

– Sei lá... altas tretas.- Eu disse.- Enfim, vai pelo menos tomar banho, acordar de novo, comer e...

Eu olhei pro sorriso dele. Tinha sangue escorrendo, mas da última vez que o vi estava já até cicatrizado. ( N/a: Loading... 98...99...) A menos que...

– JEFFREY VOCÊ ABRIU MAIS ESSE SORRISO?!- Eu gritei.

– Primeiro Jeffrey nem ferrando. Segundo, ele esta na minha cara, então NÃO ENCHE PORRA.

– Ui.- Jane disse bebendo de novo.- Ficou nervoso foi?

– Janette.

– FICA QUIETO.

– Vocês são estranhos.- Eu disse passando a mão na nuca.- E esse é o melhor de ser adotada por dois imaturos. Agora vai escovar os dentes, Jeff.

– Tá...- Ele revirou os olhos e se jogou de parede em parede até o banheiro.

– USE O FIO DENTAL!- Jane gritou.

– NÃO FODE.- Jeff gritou.

– Uau.

Eu abri a geladeira e peguei refrigerante, enquanto Jane encarava. Me virei pra ela, e ela fingiu não estar me olhando. Revirei os olhos e abri o refrigerante, ainda com Jane me olhando. Bati minha cabeça no mármore.

– O que foi, Jane?

– Como assim? Pff... nada.

– Eu não sou idiota. Fala...- Eu tirei a cara do mármore e olhei pra ela, segurando a garrafa. Ela suspirou.

– Porque. Você. Vai. Tomar. Refrigerante. De. Manhã.

– Bom, posso te dar três motivos, Primeiro, eu tô com preguiça de pegar o cereal no armário que tá grudado no teto. Segundo, eu não sou um exemplo saudável de criança em fase de crescimento. E terceiro, e a melhor de todas as respostas, Aqui.Não.Têm. Nuttela.

– Ótimos motivos.

– Ah, qual é. Nuttela é um motivo ótimo.- Eu disse quase tomando um gole do refri, quando Jane retirou o copo da minha mão.- Ah Jane!

Ela abriu a porta do armário na ponta dos pés, e pegou um pacote de cereal, e depois abriu a geladeira e pegou leite e suco.

– Não quero uma filha que ao em vez de andar, sai rolando, Grata.- Ela disse colocando o cereal no pote, o suco no copo.

– Mas eu não engordo! Sabe aquela pessoa que come até a casa mas não engorda? Sou eu.- Eu disse (N/a: É, Perguntem pra tia Mell e pra tia Tassy... Sou assim mesmo.)

– I Don't Give a Shit.

Eu revirei meus olhos, e vi ela erguer os braços, o copo de suco com gelo e o cereal. Suspirei e peguei.

– Obrigada.- Disse enfiando uma colher do cereal na boca.

– Meu deus, já terminei, podemos ir agora?- Vi Jeff chegando com uma toalha na cabeça a chacoalhando.

– Não.

– Ainda estou de pijama.- Jane disse.

Ele bateu a mão na testa, e suspirou alto.

– Então podem ir um pouco mais rápido? A Malennie precisa voltar pra escola.

– Pra falar a real,- Coloquei a colher com o cereal na boca.- Só fui alguns dias pra escola, e eles nem tinham declarado as férias, e vocês me puxaram pra essa viagem.

Eu tirei a colher da boca e a deixei pra cima, esperando eles me responderem. Eles continuaram sérios e calados.

– Hum...- Os dois ficaram fazendo isso por uns minutos.

– É, ela têm razão.

– Pode ser.-Jane disse.

– Mas pra sua alegria,Jeff, eu já estou terminando o cereal.- Eu disse olhando pra tigela.- Apesar de ainda não me conformar por aqui não ter nada de bom... tipo nuttela ou chá de limão.

– Também queria, mas a vida não é feita de rosas.

– Eu sei...- Disse baixo.- Só preciso me trocar, terminar esse suco de... sei lá oque, e escovar os dentes.

– Em casa você vai tomar banho, na boa. - Jeff disse tirando a toalha da cabeça.

– Am... tá.- Disse colocando a tigela na pia, e bebendo o suco. Coloquei o copo na pia, e fui pro meu quarto. Me troquei, colocando, por incrível e raro que pareça, um short's e uma camiseta cinza. Amarrei meu tênis e olhei pra Smile.

" Eu dormi muito?"

" Sei lá, só sei que a gente já tá indo embora. Cadê seu gorrinho lindo, de natal?" Eu disse ironizando.

" O natal já passou, e o ano novo também. Agora não enche."

" Mas eu não vi nem um dos fogos de artifício nem contagem..."

" Aqui em Pierce, nessa região, não fazemos mais essas coisas."

" Por?" Disse.

" Um garotinho morreu tentando descobrir o que era um daqueles rojões."

" Quantos anos ele tinha?" Perguntei franzindo a boca.

" 10 anos, mentalidade 2."

Eu comecei a rir, e enrolei meu cabelo, o colocando de lado.

– Vamos?- Ele abriu um sorriso e eu voltei pra pequena sala.

Jeff estava sentado lendo a lista telefônica. Ele colocou apenas os olhos pra fora da lista.

– Já tá pronta?

– Sim. Onde está Jane?

– Se trocando... Vai demorar, senta aí.- Jeff disse dando tapas na cadeira do lado dele.

Dei de ombros e fui até ele. Smile pulou em meu colo e se ajeitou.

– Então... Porque está lendo a lista telefônica?

– Jane disse que iria se trocar e que não iria demorar, eu disse que era mais fácil eu ler toda a lista telefônica do que ela não se atrasar em se trocar. Já estou na letra B e ela ainda não terminou.

– Ah...- Disse acariciando a cabeça do cão.- Ei, você fez ensino médio.

– No mundo real não.- Jeff disse sem tirar os olhos da lista.- Mas em Scary sim. Fiz treinamento, estudei em uma escola e...É isso.

– Só isso?

– Como assim só isso?- Ele disse.

– Você não fez faculdade?

– Não precisa-se de faculdade para ser um assassino, apenas armas e experiência.

– Tá mas como conseguiu sua casa, carro e...- Eu iria continuar mas ele me interrompeu.

– Zalgo. Ele dá de tudo para as Creppypastas se elas forem do seu gosto.

– Nossa... Ele é do mal.

– Yep, eu sei.- Ele disse virando de página.- Já estou na letra C, e ela ainda não terminou...

– Mulheres.- Disse.

" Smile, pode sair de cima de mim rapidinho?"

" Pra que?"

" Ora, para eu pegar minha mochila e, quem sabe, sentir minhas pernas."

" Tá."

Ele estremeceu todo o corpo e saiu de cima de mim. Dei tapinhas nas minhas pernas tirando um pouco do pelo, e indo pro quarto, pegar minha mochila.

Abri a porta, e coloquei a mochila em minhas costas, quando de repente vi algo negro começar a aparecer na parede. Cerrei os olhos, para poder ver melhor a mancha. Ela crescia como musgo.

Sai do quarto e bati a porta.

– Am... Jeff.- Ele tirou os olhos do livro.- Acho que têm algo de diferente, no quarto.

– O que?

– Têm algo negro crescendo na parede...

– Droga. Precisamos ir rápido.

– Porquê?- Questionei ele, que jogou a lista contra a parede e foi até o outro quarto.

– Annabelle está voltando pra cá.- Ele disse sem parar de andar até o quarto. Ele começou a tentar rodar a maçaneta, e dar chutes e socos na porta.- JANE!

– Oque foi, merda?- Ouvi a voz abafada dela.

– SAI LOGO DAÍ, PRECISAMOS IR EMBORA.

– Porquê?

– Annabelle está se materializando de novo aqui, se quiser morrer, pode ficar aí.

– Tá, vou pegar as malas.

Eu me virei pro corredor e vi aquele musgo se aproximando, então puxei a blusa de Jeff.

– Je-Jeff...

– Ah.Merda.- Ele disse.- JANE! JANE! SAÍ LOGO DAÍ MERDA!

Ela abriu a porta.

– Pronto. Vamos.

– O.k, no três, passem correndo por cima dessa gosma, e chamem Smile. Entenderam?

– Sim.- Eu e Jane dissemos em coro.

– 1...2...

Eu revirei meus olhos.

– VAI LOGO PRA MERDA DO TRÊS!- Eu gritei e saí correndo. A sala estava com algumas partes cobertas do musgo, Smile estava sentado em cima da cadeira olhando pro líquido preto.- Smile!

Senti meu pé ficando preso, como se estivesse pisando em uma rua feita de chiclete mascado.

– Não fiquem parados por muito tempo, o musgo pode sugar vocês!- Jeff gritou.

– Valeu... Por... Avisar... AGORA!- Eu caí no musgo e comecei a sentir meu corpo sendo consumido.

– Malennie, se mexe!

– NÃO CONSIGO!

Jeff correu pra perto de mim e começou a me puxar por um braço, Jane puxou do outro.

Conforme iam me puxando, era como se minha pele fosse arrancada.

– Isso machuca!- Eu gritei pressionando os olhos. Eu senti de novo meu olhos ficando cheios de sangue, logo eles ficariam pretos.

– Você aguenta! Espera um pouco!- Jane disse.

Meu tronco já estava fora da gosma, e eles me puxaram com mais força, e eu sai.

– Minha pele está... queimando.- Disse saindo da gosma.- Smile!

Ele pulou pro lado em que estávamos.

" Achei que seria mais difícil."

" Nah, sou muito novo pra morrer."

Eu corri até a maçaneta, e comecei a ouvir risos de criança, e uma voz abafada dizendo que iria brincar.

Estava quase tocando a maçaneta, e vi tudo em câmera lenta. ( N/a: Não usem drogas crianças!)

Uma sombra saia de baixo da porta, com olhos brancos.

Minha visão foi ficando embaçada, logo negra. Eu não tinha desmaiado, ainda estava consciente. Estava como... no meu subi-consciente.

Sabe aquele instante que sua vida para, e você não sabe para onde se movimentar? E que se der um passo errado, poderá quebrar corações, tirar memórias, vidas e se culpar pra sempre? Esse é o instante que você precisava escolher, Malennie. O Instante. Não importa o quanto ruim ele pode ser, pra você ele vai ser o correto...

Suas escolhas, mudam seu futuro, mudam sua forma de ver o mundo, as pessoas, você. As páginas... As páginas do seu livro, do seu diário, chamado vida.

E principalmente o mundo... Escolha.

Eu reacordei, era meu subconsciente. O mesmo do sonho. O que ele estava dizendo com isso?

Será... que o último sonho, seria como esse? Eu não entendo. Talvez se eu abrir a maçaneta estaria fazendo o errado... Escolha.

A realidade foi voltando, e fui me movimentando mais rápido. Minha mão estava perto da maçaneta. Eu balancei minha cabeça e joguei o braço de lado, olhando pra cadeira e pulando nela.

– MALENNIE PORQUE VOCÊ NÃO ABRIU A PORTA?!

– Não me questione.- Eu olhei para a gosma preta.- Apenas entenda.

Pulei em cima dela, e fiquei no meio da sala jogando ela pra todos os lados, tentando achar as páginas do diário, e o próprio. Acho que entendi o que ele quis dizer.

– MALENNIE PRECISAMOS IR EMBORA!- Jeff gritou se mexendo.

– Não! Precisamos ordenar o diário, e o fecha-lo, assim Annabelle ficará nele!

Jeff olhou para Jane, que rebateu o olhar negativamente.

– Jeff, se você fizer isso, eu te deixarei aí pra morrer!- Jane disse.

Jeff olhou pra mim e eu balancei a cabeça como "sim".

– Malennie, me dê um espaço.- Ele se jogou e começou a jogar a gosma.

– Jeff seu maldito!- Jane gritou e pulou para a maçaneta, abrindo a porta e a fechando.

– ACHEI ALGUMAS PILHAS DAS PÁGINAS!

– Quantas folhas acha que têm?!

– Am... 100?!

– Acho que memorizei onde joguei cada folha.- Jeff disse olhando pra a gosma, e em seguida pra mim.- Malennie, quero que saiba que se você ou eu morrer... Você foi a criança mais legal que já conheci, e tive uma oportunidade de ser... pai.

– Valeu, mas agora não é o momento pra me fazer chorar!

Jeff se jogou no líquido e começou a jogar as páginas pra mim.

– 200! 300! Faltam mais algumas!

– Eu tô ficando cansado!- Jeff disse jogando mais folhas.

– Você aguenta! UM ANO!

– ACHEI A CAPA DO DIÁRIO!- Ele gritou.

Ele me jogou ela, e eu coloquei todas dentro do diário, vendo a sombra se aproximar.

– Jeff, faltam 59!

– Acho que aguento!

Os sons eram misturados, eram os nossos corações acelerados, Annabelle cantando, e eu gritando quantas folhas faltavam.

– 17 folhas!

– Achei mais!

– 32, vai faltam poucas!- Eu disse encaixando as mesmas.

– Tô tentando!

– 49!

Senti um vento forte bater, ela estava cada vez mais perto.

– 54 folhas! VAI JEFF!

– EU NÃO TÔ ACHANDO ELAS!

– Quer... brincar?- Quando Annabelle disse isso, Jeff jogou as folhas para trás e eu as coloquei de volta no diário, e o fechei com força.

Toda a gosma desapareceu e o diário foi se desmanchando. Smile desceu da cadeira e abriu um sorriso.

– Conseguimos!- Jeff disse.- Toca aqui...

A voz dele estava virando estática, estava só vendo borrões. Eu acabei desmaiando.

Ouvi um barulho, que logo foi se formando em cutucadas. Meus olhos, não conseguia os abrir. Estava em um lugar fofo.

– MALENNIE!

Eu levantei e gritei. Estava ofegante, e vi Jeff e Jane na minha frente, eu estava deitada no banco do carro.

Me joguei de novo e apertei os olhos.

– Meu deus... não façam isso. Eu fiquei desacordada por muito tempo?

– Sim.- Jane disse.

– Cadê nossos...

– Eles foram embora, contei tudo a eles.- Jeff disse.- Eles te deixaram essa carta.

Me levantei, e saí do carro pegando a carta, e colocando a mochila. Jeff destrancou a porta e eu suspirei baixo. Smile estava do meu lado.

" Você dormiu bastante."

" Eu sei... Ah, agora eu só quero descanso."

Caminhei até a escada, mas parei no segundo degrau.

– Jane.

– O que?- Ela disse.

– Você não é confiável. Se me ama tanto, porque queria me deixar morrer?

– E..eu não queria fazer isso...

– Eu não confio em você. E saiba que pra mim, você poderia ter morrido naquele quarto.

Eu continuei andando, e abri a porta do meu quarto. Joguei a mochila em um canto, e me joguei na cama, estendida.

Olhei um pouco pra todos os lados, e dei um sorriso de canto.

– Obrigada, Subconsciente.

Não há de que Malennie... Eu sempre estarei aqui pra te guiar... minha menininha. Desculpe por tudo que já fiz com você, e que provavelmente faz você me odiar... mas saiba que eu te amo.

Minha menininha.

[...]


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O que acham de dar review u.u ? Ficou bom né gente? Porque escrever isso não foi fácil, aproveitei que estava sem muita lição, e com criatividade e vim escrever *w* E essa voz aí jovem? Que isso... Enfim, tá aí. Abraço!
Tchau.