-É bem simples oque terá que fazer. Irei te fazer algumas perguntas, e abrirei 2 caminhos. Um vai ser bom, e outro vai ser ruim, depende da pergunta que eu fizer, e você irá escolher um deles. Só para te lembrar, se você escolher o ruim, pode mudar sua vida em alguns casos. A mesma coisa com o caminho bom. Enfim, boa sor...

-Tá,tá,tá! Já saquei. Agora vamos logo ao tal "teste"

-Ok né...

Sai correndo feito uma louca, e acabei batendo em uma espécie de barreira invisível. Ou sei lá oque era aquilo.

- Ai porra! Isso doeu muito!- A primeira coisa que veio em minha mente a fazer, era chutar a parede. E foi isso que eu ia fazer até que...

- NÃO FAÇA ISSO! Você vai sentir mais dor ainda. E isso, em que você bateu, é na verdade, uma proteção. Se não, você poderia ir a qualquer caminho, sem saber minha pergunta. 

-Ok então, vamos logo com isso?

-Claro...

- Primeira pergunta têm a ver com ressentimento. Sua mãe de sangue, está em uma casa em chamas, ela vê você, e implora sua ajuda. Oque você faz? Ajuda ela, ou passa por perto dela, sem olhar nos olhos dela? Pense bem...

- Hum... Ela sabe muito bem, que quando fui abandonada por ela, eu sofri muito. E ainda, não olhava em meus olhos! Todos do orfanato, diziam que quando eu cheguei, tinha uma roupa cara, então provavelmente ela podia cuidar de mim. Não cuidou, porque não quis...

Eu sabia bem, que naquele momento, não importava o quanto eu me esfaqueie por dentro. Naquele teste, teria que ser bem dura, não importava  quanto fosse, eu teria que resistir. Afinal, ela não sabia o quanto aquilo dói , em ainda mais uma criança.

-Então? Já se decidiu?

-Hum, sim, sim. Quero a segunda opção. Afinal, ela não deve nem gostar de mim. Se ela fez aquilo comigo, agora ela vai ter que sentir mais dor do que eu senti.

-Certeza senhorita?

-Sim, e por favor, que seja lento, e doloroso. Quero que ela chore, implorando ajuda.

-Você quem escolhe.

Eu caminhei pelo segundo caminho, e vi o fogo aumentando. Ela gritava, e muito. Ela poderia chorar o quanto ela aguenta-se, eu não iria ajuda-la. No meio do segundo caminho, olhei para a casa. E minha mãe, em chamas me chamava, apenas olhei para meu caminho, e ignorei ela queimando. Eu já começava a me preocupar com qual seria a próxima pergunta, aquilo estava me dando um pouco de medo. Mas a curiosidade falou mais alto naquele momento.

- Vamos a segunda pergunta?

-Sim, claro.- Disse eu, já imaginando oque seria.

-Você e sua amiga, saíram a um piquenique em uma floresta, e um dos sanduíches, não foi comido. Sua amiga, Alicia, tropeça em alguma coisa, e começa a gritar de dor. Um urso, ouve sua amiga, e decide atacar ela. Oque você faz? Ajuda ela espantando o urso, ou pega o lanche caído e sai correndo?

- O lanche! Mentira, eu adoro a Alicia. Conheço ela a muito tempo e confio nela. Vou ajuda-la 

-Ótimo.

Eu peguei minha faca e fiz barulho chamando atenção dele.  Fingi, ser maior que ele, e me estiquei. Ele acabou indo embora.

- Muito obrigada por me ajudar Annie!

-Não foi nada. -Eu peguei o lanche que tinha caído no chão, (Estava plastificado, claro, nunca comeria algo do chão .-.) e entreguei a ela.

-Toma, você deve estar com fome depois de quase ser engolida por um urso. Come isso, e vai para sua casa descansar!

-Valeu Annie, até mais! 

- Até... eu acho...

- Que bom que está fazendo escolhas boas Malennie. 

- Cala a sua boca panaca!

-Hahahaha! Vamos a próxima pergunta?

-Claro! 

[...]