Migikata No Chou escrita por Watanuki Ai


Capítulo 2
Capítulo 2 - Nos Beijamos no Canto da Sala




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O verão de quatro anos atrás, foi o pior verão da minha vida. Rin e eu tinhamos apenas 10 anos. Tinha mais alguém. Um garoto. Seu nome era Gakupo Kamui ele tinha 13 anos, cabelos compridos de cor violeta e olhos azuis quase violeta. Rin gostava dele por ele ser mais velho. Minha mãe acredita que a causa da morte da Rin foi ele. Ele empurrou Rin no lago.

 Naquele dia passei a odiar Gakupo Kamui.

Já tinha se passado uma semana desde o primeiro dia de escola. Kaito não me devolveu minha caneta até hoje. E nem foi pra escola depois daquele dia.

7:30 meu despertador tocou como de costume. Toda manhã Rin me dava bom-dia. Nessa manhã, ela não apareceu. Eu levantei da cama e fui procurar por ela:

–Rin...? -Rin estava de pé no sofá olhando pela janela que tinha vista para o outro lado da rua. A casa dos Sakine. -Rin-Chan, oque esta fazendo?

–Meiko-Chan está indo embora, Len!

–Claro que não. Meiko, mora nessa mesma rua desde que chegamos aqui. Dizem que ela mora aqui há quatro anos. -Rin olhou de volta para janela. Sua expressão mudou totalmente. -Rin...?

–Len! Ele voltou! Voltou por mim! -Os Sakine ja tinham saído. Meiko estava se mudando para Tokyo. Ia fazer faculdade.

–Quem? -Meiko e sua família, ja tinham ido. Um carro havia estacionado na frente da casa, um caminhão de mudança estava parado. Um garoto alto, de ombros largos e cabelos violeta havia saído do carro. Kamui. -Desgraçado...

–Len! Não fale assim! Eu ja o perdoei pelo oque ele fez. Eu ainda amo ele Len... -Rin estava corada, seus olhos brilhavam. Naquele momento eu tentei relacionar os fatos. Kaito não foi para escola na semana passada, Gakupo estava se mudando para mesma cidade que eu. Porque? -Eu vou levar uma torta para ele!

–Claro que não! Temos escola. Vai se arrumar. Eu faço o café.

–Certo... -Rin olhou mais uma vez pra janela e fez tchau com a mão -Len... Por que não consegue perdoar o Gakupo?

–Ele matou minha irmã. Ele matou você. -Rin abaixou a cabeça. -Ele não merece meu perdão.

Olhei para o relógio. Estava atrasado.

Quando chegamos na escola todos estavam na sala e o professor estava andando em direção á sala de aula. Entrei na sala, sem fôlego. Todos me olharam assustados e surpresos. Eu observei minha fileira. Kaito veio. Eu encarei Kaito por alguns segundos. Kaito percebeu e me encarou de volta dando um belo sorriso corado. Eu fiz o mesmo. Estava hipnotizado com seu lindo rosto corado. Quando me dei conta o professor estava atras de mim. Eu andei até minha carteira corado e envergonhado, e me sentei. Kaito passou os dedos no meu cabelo. Eu me arrepiei e por impulso inclinei levemente a cabeça para trás. Kaito riu.

Na hora da saída Kaito me pediu para esperar até que ele guarde os materiais na bolsa. Rin disse que ia ver os gatos que ficavam na frente da escola nesse horário.

–Len, obrigado por me esperar. Eu gosto de ficar sozinho na classe as vezes... Você me faz bem...

–K-Kaito... -Kaito estava corado e estava chegando mais perto. Nossos narizes estavam quase se tocando. Kaito colocou a mão no meu pescoço fechou os olhos e foi abrindo a boca. Eu estava assustado então fechei os olhos e esperei que a boca dele tocasse a minha. Não aconteceu. Kaito abriu os olhos e se afastou. Estava corado e assustado. Ele olhava fixamente para a porta.

–Oque...? -Eu olhei para porta procurando o motivo da parada de Kaito. Um vulto roxo havia passado.

–Desculpe Len... Eu não faço mais. -Kaito pegou a bolsa e foi em direção a porta. -Achei que poderia.

–Kaito, você pode. -Kaito estava na frente da porta quando ele ouviu minhas palavras, sorriu, abriu a porta e se foi. E se ele faltasse essa semana também? Eu não suportaria. Meu corpo gritava por aquele beijo. Gritava por aqueles lábios. Meu corpo era dependente de Kaito. Eu não suportava o fato de que algo atrapalhou o nosso beijo. Agora eu estava viciado no Kaito. E ele em mim.

No dia seguinte a mesma rotina se repetiu. Rin se recusava a ir para escola. Eu deixei que ela faltasse, então fui para escola. No caminho para a escola eu senti alguém pegando em meu braço. Quando me virei para tráz eu o vi. Kamui Gakupo.

–Kagamine Len? Estava procurando por você. Lembra-se de mim? -Kamui estava corado. Admito, ele era extremamente bonito. Seu cabelo era sedoso e tinha um leve cheiro de flores.

–Como não me lembraria? Você matou minha irmã.

–Foi um acidente.

–Ninguém empurra outra pessoa para a correnteza de um rio por acidente. Respeite a Rin e assuma seu erro! -Meus olhos estavam cheios de lágrimas. -Não é capaz?

–Eu reconheço meu erro. Quero que me desculpe, por favor. -Gakupo se curvou em sinal de respeito. Estávamos na frente da escola.

–Você me dá nojo.

–Sempre gostei disso em você, Len... Você é duro e frio... -Kamui se aproximou de mim e lambeu meu pescoço até minha orelha

–N-não me toque! -Eu me afastei e o empurrei para frente.

–Hahaha! Vamos... Eu sinto uma grande atração por você, Kagamine... Mais você me mostra que é um inútil, assim como sua irmã era... -Ele se aproximou de mim, colocou as mãos entre minhas orelhas, fechou os olhos e foi abrindo a boca. Ele era mais forte doque eu. Por mais que eu tentasse me afastar era inùtil.

–Você não tem o direito de falar da minha irmã seu perver... -Kamui me soltou e caiu no chão. Seu nariz estava sangrando. Kaito estava ao seu lado com a mão direita fechada. Ele me encarou por alguns segundos. Tinha dado um soco em Kamui.

–K-Kaito...

–Vamos! -Ele agarrou meu braço e me levou para a sala de aula. Ainda estava cedo de mais e a sala estava vazia. -Porque estava beijando aquele cara?!

–Não foi minha intensão! Ele matou minha irmã á quatro anos atras! Veio se desculpar!

–E por isso tinha que beijá-lo? -Kaito estava vermelho de raiva. -Oque deu em você?

–Kaito! Ele tentou me beijar a força! Eu odeio ele! -Kaito deu um murro em uma mesa.

–Eu... Eu... A-amo você Len... Te ver naquela situação me incomoda de mais... Eu... Você é meu Len! Meu! -Kaito estava vermelho. Ele corria o risco de ser expulso da escola.

–Eu amo você também... Eu sou só seu, Kaito. Nada vai nos separar. Eu prometo. -Kaito sorriu, e foi se aproximando. Ele passou os dedos entre meus cabelos. Sua respiração era forte, assim como seus batimentos cardíacos. Ele abriu a boca levemente enquanto se aproximava. Nossos narizes se tocaram. Eu fechei os olhos e aguardei pelo beijo que meu corpo tanto desejava. Ele veio. Sua língua era quente e macia. Nossa respiração estava em sintonia. A cada toque uma nova descoberta. Eu desejava conhecer cada parte de Kaito. Meu desejo era maior doque antes. Eu o amava mais doque tudo.

Estávamos sozinhos naquela sala.

Nós nos beijamos no canto da sala.


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