De Fairbanks para Forks escrita por thatabsouza


Capítulo 6
Feliz Natal à todos... Ou quase todos


Notas iniciais do capítulo

Os Denali visitam os Cullen para comemorarem o Natal. Tudo pode vir a ser uma maravilha ou se tornar um fiasco. Está na mão de Tanya e Edward o sucesso dessa noite!!!



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Era manhã do dia 24 de dezembro, véspera do Natal, pelo visto não teríamos neve neste Natal, porem, com toda certeza teríamos muita tensão pelo ar.

Nossos primos ainda não tinham chegado, e Edward resolvera caçar pelas redondezas com Emmett e Jasper, enquanto eu, Rose e Esme terminávamos os últimos retoques da decoração da casa, que estava tão linda, que até Papai Noel seria capaz de nos visitar essa noite, até porque, nos comportamos muito bem neste ano.

Carlisle ainda não tinha voltado do plantão, ele sempre dizia que nessas épocas de festas aumentava alarmantemente a quantidade de acidentes no pronto socorro. Os humanos tinham o habito de abusar da sorte, bebendo demais, e dirigindo, o que em qualquer lugar já é um absurdo, agora imaginem aqui, que chove o tempo todo, as estradas não são lá bem sinalizadas para os olhos desatentos, e zero de reflexos. Praticamente, virava um sabão. Meu pai sempre voltava arrasado desses plantões, pois sempre havia óbitos e isso era o que poderia existir de pior para Carlisle. Entretanto, nesse ano ele prometera a Esme chegar o quanto antes, já que teríamos visitas.

Os rapazes já estavam de volta quando Carlisle chegou, e todos nos arrumamos à espera dos Denali. Edward insistira em não demonstrar o quão tudo isso era desagradável a ele, para manter a felicidade de nossa mãe, que estava estonteante, de linda e feliz.

Acredito que era por volta das 17:00hs quando os Denali chegaram, quem anunciou foi Edward, e eu fiz Jasper prometer ficar por perto o tempo todo para manter o clima agradável entre todos.

- Eles estão chegando, acabaram de entrar na estradinha que da acesso a nossa casa. – notei um tom de desconforto na voz dele, provavelmente, já estava ouvindo algo que não lhe agradava. – Tanya está particularmente empolgada com a comemoração.

- Segura a onda Edward. – cochichei – Prometi que não vou deixar que ela abuse da sorte. Não prometi?

- Foi só um comentário Alice. – senti sinceridade em suas palavras – Eu confio em você lembra? E não quero estragar a festa de ninguém!

- Que bom que confia, porque eu jamais faria algo para magoá-lo, sabe disso, e Tanya não é nenhum monstro devorador de vampiros, e nem Van Helsing que eu me lembre. – não gostava de tratá-lo assim, sei que é terrível ter alguém tão persistente quanto nossa prima era, principalmente, porque meu irmão não seria capaz ter uma atitude indelicada com ela. – Desculpa irmãozão, é que às vezes parece que você não confia em nada e nem ninguém. Eu amo você, jamais vou permitir que alguém te magoe ou que o aborreça seja como for. Somos uma família, e é assim que uma família deve ser, nós contra o mundo!

- Obrigada monstrinha. Fico feliz em saber que você pensa assim, e sei que posso contar mesmo com sua lealdade. – a palavra lealdade me ferira de certa forma, mas não pensei nisso, senão ele saberia.

- Alice! Posso te perguntar uma coisa? – Edward disse e ainda continuou – E você tem de ser sincera, custe o que custar. Promete?

Respirei fundo como se o meu destino dependesse disso.

- Manda! – disse, já esperando a bomba que viria em seguida.

- Algo tem preocupado você, desde Fairbanks, e sei que sempre que estou por perto, evita pensar a respeito. Por quê? - respirei fundo mais uma vez e resolvi responder o mais sinceramente que o momento nos permitia, em poucos minutos teríamos visitas e não era o momento para esse tipo de conversa.

- Tem algo me perturbando, ou melhor, perturbando não seria a palavra, talvez nem exista ainda uma palavra para definir o que estou sentindo, entretanto tem a ver com a visão sim. – senti meu irmão bufar – Só te peço uma coisa, deixe os Denali irem embora que prometo contar-lhe tudo. Poderia fazer isso por mim?

- Você jura?

- Vai ter de confiar em mim! Mas eu juro. – apesar de saber que estava praticamente em uma roleta russa nesse exato momento, senti como se tivesse saído uma tonelada de minhas costas, o que ele faria com as informações já não seria mais um problema para mim, e sim para ele. – Só que você tem de prometer se comportar e lidar independente do que estiver por vir. Ok!

- Você sabe que suas visões não são definitivas. – dei de ombros – Acredite ou não, essa será, já foi decidido, e não poderemos mudar, não tem nada que possamos fazer para mudar isso.

- Ok, Al! Falaremos sobre isso depois das festividades, eles já estão estacionando na frente da casa.

- Vista seu sorriso mais bonito irmãozão, Carlisle os considera da família, e nunca sabemos quando precisaremos deles para algo importante não é mesmo? – dei uma risadinha. – E quem sabe Tanya não vira minha cunhada qualquer hora dessas! -  saí correndo de perto dele depois que terminei a frase.

- Não conte com isso mocinha – e deu risada.

Carlisle e Esme foram dar as boas vindas a nossos estimados primos, os primeiros a entrar foram Eleazar e Carmen, seguidos Tanya, Irina e Kate.

Eleazar sempre muito educado e polido, comprimentou Carlisle e Esme.

- Meu caro Carlisle, a quanto tempo não nos vemos, tens andado ocupado por aqui – disse Eleazar – Sentimos sua falta, sabe o quanto prezamos sua família.

   - Eleazar, sabe que a recíproca é verdadeira. – Carlisle abraçando cordialmente Eleazar – Graças à boa idéia de Esme, em unir as famílias para que possamos comemorar uma data tão bonita todos juntos.

- Concordo plenamente com você meu caro – adentrando a sala – Mesmo que seja um tanto estranho esse tipo de comemoração para o da nossa espécie.

- Não vejo tanta diferença assim, Eleazar. – Carlisle seguindo-o até próximo ao sofá, com Carmen ao seu redor, ela só abraçara Esme. Era como se Carmen não existisse, ela era somente a sombra de Eleazar. – Todos somos iguais, sofremos como humanos, precisamos nos alimentar como eles, o que nos diferencia é a imortalidade, que de certa forma é relativa, e que não precisamos nos preocupar em descansar nossos corpos e nem com o envelhecimento dele.

- Você a de convir que no final das contas é enorme essa diferença que não vê – continuando essa conversa que já estava chatíssima a meu ver – E seriam ainda maiores se mantivéssemos a nossa natureza, é que nós nos adaptamos a eles, optamos em deixar o animalismo de lado e nos condicionamos aos seus hábitos.

- Está certo meu amigo, e fico feliz por sermos como somos. – ufa! Carlisle estava colocando um fim naquele papo penoso. – Você sabe Eleazar, nasci em uma família extremamente religiosa, e ainda mantenho alguns hábitos Cristãos.

Como aquele crucifixo enorme de madeira que era do pai dele, que se soubesse no que Carlisle teria se tornado seria o primeiro a matá-lo. Senti um cutucão, virei era Edward.

- Você tem sorte que só eu posso ouvir pensamentos nessa sala. Controle seus pensamentos. – que audácia, ele estava me recriminando.

- Desculpa senhor certinho. – disse sarcasticamente - Duvido que você pense muito diferente em relação aquela coisa.

 Quando Edward estava abrindo a boca para me responder, ouvimos Tanya, que a propósito estava belíssima, que tinha de errado com meu irmão? Ela tinha a pele como a nossa, alabastro, os olhos estavam um dourado vibrante, o corpo era tão perfeito que fazia Rose desejar arrancar a cabeça de Tanya, e os cabelos de um loiro quase avermelhado. E Rose tinha mais motivos para não querê-la assim tão bem, já que o objeto do desejo de Tanya era Edward, não que Rose amasse nosso irmão dessa forma, ela jamais trocaria Emmett, entretanto, quando Carlisle a criou ele tinha esperanças de que Edward se interessasse por Rosalie, o que definitivamente, não veio a acontecer. E qualquer pessoa com a qual Edward viesse a se interessar, sem duvida abalaria o inabalável ego de minha irmã perfeita.

- Alice, Edward como estão? – dava para contar os dentes dela do tamanho do sorriso que abriu ao falar o nome de meu irmão – Vocês nunca mas foram nos visitar, e nem ao menos consigo falar-lhes ao telefone. Exagero meu! Desculpe. Falei com Alice um tempo atrás, mas você Edward, acho que serei obrigada a marcar uma hora para ter o prazer de sua companhia. – revirei os olhos com o comentário.

- Não há de precisar prima Tanya, estou aqui. – olhei pela sala a procura de Jazz, e quando ele me viu entendeu que era para trazer seu talento para nós imediatamente. – Está cada dia mais bela prima, imagino que deves ter inúmeros pretendentes que matariam para estar em sua companhia. – eu vou matar meu irmão, juro que vou!

- Infelizmente nem tudo é tão perfeito assim caro primo – pronto lá se foi o Natal mágico que Esme planejara, batemos um novo recorde mundial como à festa mais rápida da historia.

- Ah, Tanya não exagere, e Edward mal tem estado em casa nos últimos tempos, ele anda usando seu tempo para estudar, caçar e treinar com os rapazes. – tentei amenizar o clima, e olha que Jazz estava se esforçando para que tudo ficasse calmo ao redor – Sabe como é, coisas de garotos. Mesmo que eles se esforcem, não sabem se divertir como nós garotas.

- Você está certa Alice, provavelmente eles não saibam se divertir tanto quanto nós, porem, é sempre melhor quando a diversão é mista, garotas e garotos, juntos! – estava ficando difícil de ser sutil.

- Podemos jogar uma partida de “Banco Imobiliário” o que acha Tanya? – disse Jasper com um sarcasmo quase imperceptível – Dessa forma todos podemos jogar  juntos, já que presa tanto que façamos algo em grupo.

- Está bem Jasper, apesar de não ser bem esse tipo de jogo que eu tinha em mente.

Será que ela não tinha nada de amor próprio, Edward podia ouvir os pensamentos dela, ela não precisava dividi-los conosco, e pela cara de meu irmão, era bom ela parar de pensar no que estava pensando agora mesmo.

- Que bom que vocês puderam vir Irina e Kate, é um prazer tê-las aqui, espero que apreciem a estadia. – disse Edward – Se me permitem, vou ajudar Esme. Com licença.

Ufa! Só isso eu consegui pensar naquele momento, como Tanya podia ser tão oferecida e imatura ao mesmo tempo. Será que não passara pela cabeça dela que isso só tornaria mais impossível meu irmão se interessar por ela. Pelo visto não!

- Tanya, se me permite ser um pouco sincera, e, por favor, não se ofenda. – respirei fundo e mandei bala – Isso nunca vai acontecer prima, não será contigo que Edward ficará, o coração dele já tem dona, e ele ainda não faz idéia, entretanto, logo saberá. E suas investidas só dificultam as coisas para ele, que não quer magoá-la prima.

- Obrigada pela sinceridade Alice, entretanto, eu gosto do seu irmão, e enquanto ele for tecnicamente solteiro, ainda tenho chances.

- Não prima, infelizmente, você não tem. Não fique triste comigo e muito menos com ele. O amor nos escolhe e não ao contrario!

- Meninas vamos mudar o rumo dessa conversa, até porque, o motivo dela já está longe, e sabe se defender sozinho. – Irina se mostrara complacente a irmã.

- Você está certa Irina, hoje é um dia para festejarmos, esqueçamos toda essa bobagem e vamos aproveitar para passar horas agradáveis com nossas famílias. – foi a ultima frase que disse, virando as costas e abraçando Jasper.

- Vamos meu amor, hoje mal conseguimos ficar juntos. – sorri para elas e as deixamos sem olhar para trás.

- Quando você quer, é um monstro que até eu tenho medo!

- Não tenha amado, você me conhece o suficiente para saber que Tanya merecia ouvir cada palavra dita. Quem sabe ela consegue se controlar por um dia sequer, será que é pedir demais?

- Se ela realmente amasse meu irmão, eu até a apoiaria, mas, ela não nutre tal sentimento por ele, é só pelo fato de que Edward não a deseja, é um jogo para Tanya, mais nada.

- Alice saía da frente do fogo cruzado, Edward sabe se defender muito bem, ainda mais de uma moça bonita. – dei um beliscão nele – As duas coisas você sabe que são verdades, Edward sabe se defender e não podemos negar que Tanya é bonita.

Apesar de saber que ele estava certo, não conseguia disfarçar o meu ciúmes, concordei com ele, e o puxei para o quarto onde queria dar lhe o presente que comprara a ele.

Conseguira, de uma forma não tão licita o documento do alistamento da Guerra Civil de 1843 de Jasper, e guardara para dar lhe hoje. Nada como ter bons contatos.

- O que é isso? – ele me perguntou.

- Se não abrir, jamais descobrirá, e foi tão difícil para encontrar que seria um pecado! – sorri esperando qual seria sua reação quando visse o que tinha dentro do envelope.

Os olhos de Jazz se arregalaram quando ele percebeu que era seu documento do tempo da guerra. Naquele instante eu tive certeza de que tinha escolhido o melhor de todos os presentes.

- Onde conseguiu isso? Como? Com quem?

- Calma Jazz, você sabe que consigo tudo que quero, e eu queria lhe dar algo precioso, algo que lembrasse que você nasceu para ser um heróis, e foi um dos melhores.

- Eu te amo mais que tudo, um dia você me deu esperança, quando nos conhecemos, e hoje, está me presenteando com uma parte minha já quase esquecida. A minha humanidade, eu lutava para salvar vidas, pequenina, não sou um monstro, e tudo isso eu devo ao seu amor incondicional, e sua confiança inabalável em mim. – ele me abraçou com tal força, que se fosse humana, teria virado um purê. E me beijou.

- Nunca se esqueça, que você também me salvou naquela tarde chuvosa, vaguei muito tempo sem minha melhor parte, sem minha família, que é você, e posteriormente, Carlisle, Esme e todos os nossos irmãos. Você é o que há de mais precioso na minha existência, moveria céus e terras, para ver esse sorriso em seus lábios novamente se for preciso. Porque te amo da mesma forma, incondicionalmente!

Aproveitamos para ficarmos mais um momento sentindo toda felicidade que inundara nosso quarto. E depois descemos, não pegaria bem ficarmos trancados no quarto, quando temos visitas em casa. Esme se chatearia.

O restante do dia correu tranquilamente, acredito que Tanya entendeu o que eu quis dizer e resolveu deixar meu irmão em paz.

Chegou o momento da troca de presentes, Emmett estava para ter um piripaque, queria abrir todos que tinham seu nome, como uma criança de cinco anos, as vezes acho que essa é a idade de meu irmão. Eleazar teve a brilhante idéia de presentear Emmett e Jasper com duas armas de paintball, com munição que faria George Bush ficar com inveja. Juro que vi Esme desmaiar, e Emm e Jazz faltaram explodir de tanta alegria, pobres paredes, arvores jamais seriam a mesma depois desse natal.

Na verdade, tirando o armamento quase bélico que meu amado e meu irmão ganharam, todos ficaram felizes e satisfeitos com tudo. E pelo visto, a festa que prometia ser uma tragédia de proporções gregas, acabou sendo tranqüila e muito agradável. Quem diria!

Era um pouco mais de meia noite quando os Denali partiram, Carlisle teve de prometer que iríamos visitá-los em breve, o que eu duvido, mas, tudo bem!

Quando estávamos terminando de organizar as coisas, Edward chegou bem perto de mim, ao sentir sua presença já podia imaginar o que estaria por vir.

- Você prometeu que me contaria depois das festividades, pronto, a festa acabou, hora de me contar o que a incomoda. – as palavras saíram como um sussurro.

- Pode ser amanhã? Queria passar o restante da noite com Jazz!

- Sem falta?

- Pode apostar, amanhã você ficará sabendo de tudo! – abracei-o e dei um beijo em sua bochecha – Sabe que as noites de Natal são mágicas, ela são capazes de realizar sonhos e até milagres!

- Queria ter a fé que você e Carlisle possuem! – ainda me abraçando, pude sentir o pesar de suas palavras.

- Você vai Edward, antes do que você imagina.

- Espero que você esteja certa!

- Para sua sorte, eu sempre estou! – Deixei-o ali e fui ao encontro do meu milagre pessoal.

 


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