Scenes Of Our Lives escrita por EvansPotter


Capítulo 53
Batalhas


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeey amores!!!
Aqui estou eu com o segundo capitulo do Mês dos Marotos! Yaaaaaaaay! ~le fogos da Gemialidades Weasley~
Espero que gostem e comentem por favor!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/405880/chapter/53

O silencio da noite gelada era preenchido por estampidos e exclamações. Oito figuras se moviam com destreza em meio a clarões, pouco a pouco essas figuras foram caindo, subjugadas pelo efeito de uma das luzes fortes, e logo eram apenas cinco. Três contra dois. Dois que continuavam resistindo e enfrentando seus oponentes.

– Vamos! – Uma das figuras gritou e correu em direção a outra. – Vamos logo.

– Isso! Vão! Fujam mesmo! E podem dizer para o seu chefe que ele não ganhar essa guerra! – James Potter gritou ao mesmo tempo em que colocava um sorriso torto no rosto.

Ele, Sirius e Lily ainda tiveram um ultima chance de lançar seus feitiços contra os adversários, que acabaram aparatando logo depois de um ultimo ataque. As duas figuras encapuzadas desapareceram em um rodopio no mesmo segundo em que um grito assumia a tarefa dos estampidos de quebrar o silencio da madrugada.

– Lily! – James gritou ao ver a mulher caindo de costas no chão duro e frio da rua. – Sirius, vai buscar alguém! – Gritou por cima do ombro enquanto corria em direção à ruiva. O amigo logo desapareceu, quase tão rápido quanto as duas outras figuras tinham feito segundos atrás e logo depois ouviu-se um ronco de motor e se viu uma luz de farol subindo no céu.

Lily estava deitada no chão, praticamente imóvel, os braços largados ao lado do corpo e o sangue escorrendo do abdômen para o asfalto. James se ajoelhou ao lado dela, pressionou a mão no ferimento, bem abaixo das costelas e, com a outra mão, puxou o seu pulso, sentindo seus batimentos fracos por uns segundos, para logo depois segurar firmemente a mão da ruiva.

– James – Ela disse em voz baixa e fraca.

– Calma, vai ficar tudo bem. – Ele falou, apesar de observar os joelhos de sua calça serem empapados pelo sangue da esposa. – Sirius foi buscar ajuda. Vai ficar tudo bem.

Ele ficou a observando aterrorizado, vendo a cor se esvair do rosto dela, sentindo a mão perdendo calor a cada segundo, observando o fundo, longo e feio ferimento abaixo das costelas de Lily.

– Deve estar bem feio. – Ela falou com a voz fraca e tremida.

– Não... er... não... está... – Ele tentou dizer enquanto balançava negativamente a cabeça.

– Você está com uma cara de aterrorizado. E você não liga muito para sangue. – Ela continuou cada vez mais devagar.

– Não... não está tão ruim assim... vai ficar tudo bem, Lils.

E finalmente ele observou os olhos dela se fecharem lentamente.

– Não! Lily, fica acordada! Fica comigo, Lily!

– Estou tentando. – Ela respondeu e intimamente notando o pânico evidente na voz dele.

– Lily, fica acordada, por favor. – James implorou mais uma vez. – Fica comigo.

– Eu... estou tentando, James. – Falou, com a voz cada vez mais fraca, lutando com toda a força que tinha para manter os olhos abertos.

– Você lutou bem essa noite. – Ele falou, tentando desesperadamente recorrer a qualquer meio ara mantê-la consciente.

– Acho que não tão bem, não é? – Ela disse devagar e baixo, se esforçando para colocar um mínimo sorriso nos lábios já bem cinzentos.

– Não, isso foi só um... acidente... você lutou bem. – Retrucou enquanto, apesar de ainda estar pressionando a lateral do corpo dela, via mais e mais sangue escorrendo para o chão.

– Pelo menos derrubei um...

– É, derrubou sim. – Falou sorrindo para ela, ao mesmo tempo em que sentia os olhos ardendo. Era o medo insistindo em trasbordar.

O vivo verde dos olhos dela foi ficando cada vez mais escondido entre as pálpebras, até que foi totalmente ofuscado, e James sentiu a não dela e afrouxar sob a sua e a cabeça tombar um pouco para o lado.

– Não, Lily, não! O Sirius já deve estar chegando. Lily fica comigo! Acorda, por favor, acorda!

Mas ela continuou imóvel, a pele ficando mais e mais branca sob a fraca iluminação da rua.

– Lily! – Ele gritou e apertou mais forte sua mão, tentando acorda-la. – Não, não, não, não, Lily!

Menos de um minutos depois, o ronco de moto invadiu mais um vez o ar e Sirius parou logo ao lado dos dois, quase no mesmo segundo dois bruxos vestidos com o uniforme do St. Mungo’s apareceram na rua deserta em um carro grande com a insígnia do hospital. Um deles se ajoelhou ao lado de Lily, em frente a James e o outro o puxou do lado dela apressado.

As mão de James, assim como toda a calça dele, do joelho para baixo, estavam totalmente manchadas de sangue. Ele tremia, olhando assustado para os dois curandeiros cuidando de sua esposa. A cor também havia sumido do rosto dele, embora por um motivo totalmente diferente do de Lily.

– Ela vai ficar bem. – Sirius falou, colocando a mão no ombro do amigo, porém, ao mesmo tempo, olhando fixamente e com os olhos arregalados, para o rosto pálido da amiga no chão.

James concordou com a cabeça, ainda olhando para a mulher, sem saber ao certo com o que estava concordando.

– Vamos leva-la para o St. Mungo’s. – Um dos curandeiros falou. Ele conjurou uma maca e com ajuda do colega colocou Lily sobre ela, e juntos levaram-na até o carro.

– Vamos. – Sirius falou subindo na moto e esperando por James.

– Eu vou com eles. – James falou andando em direção ao carro, mas antes que pudesse chegar lá o carro já havia sumido. – Ou não. Vamos logo.

Os dois chegaram ao hospital em um tempo surpreendentemente rápido. Eles entraram no saguão no mesmo momento em que os dois curandeiros passavam carregando Lily, correram até lá e os seguiram pelos corredores.

– Não podem entrar aqui. – O mais alto dos dois falou quando James fez menção de passar pela mesma porta que eles. – Podem esperar aqui fora.

Ele e Sirius se sentaram em duas das cadeiras distribuídas ao longo do corredor e esperaram em silencio. James com os cotovelos apoiados nos joelhos sujos e as mãos enterradas no cabelo.

– Prongs, ela vai ficar bem. – Sirius disse depois de um bom tempo. – É, a Evans, se ela conseguiu se livrar de você por quase sete anos, ela consegue se livrar dessa.

James finalmente levantou a cabeça, soltando uma risada anasalada e curta.

– É. Tem razão. – Falou e depois ficou em silencio novamente. – Acho que foi o Snape.

– Ranhoso?

– É.

– Por quê?

– Ele estava lá, sei disso, ouvi alguém chamando por ele uma hora e vi quem foi que respondeu, então eu sabia qual dos cinco era ele. Mas no final, quando tinham só dois, eu sabia que um deles era o Snape, mas não consegui mais saber qual.

– Bom, se tem certeza que ele era um dos dois últimos, era o que gritou para o outro para irem embora. – Sirius falou.

– Como sabe?

– Por que o outro era minha querida prima Bellatrix, e apesar de não falar com ela há um bom tempo não me lembro de ela ter voz de homem. – Sirius de ombros. - Na verdade não me lembro do Ranhoso ter voz de homem também, então talvez você esteja enganado sobre ele ser um dos dois últimos.

– Era ele sim. Tenho certeza. Mas não vi se quem atacou a Lily no final foi o Snape, que gritou para irem embora ou Bellatrix.

– Então por que acha que foi ele? – Perguntou Sirius estreitando os olhos, confuso. – Ele não era amigo dela?

– E dai? No final ele virou um comensal do mesmo jeito. E não sei por que acho que foi ele, só acho.

– Não sei não, isso tem mais cara de Bellatrix do que de Snape.

– Bom, isso não importa muito agora.

Eles ficaram mais uma vez em silencio, apenas esperando alguma noticia naquele corredor vazio do hospital. Pareciam que já haviam se passado dias até que um curandeiro, diferente dos dois que tinham resgatado Lily, saiu pela porta.

– Vocês que estão com a mulher ferida? – Ele perguntou apontando com o polegar por cima do ombro para a porta as suas costas.

– Sim. – James se levantou rápido. – Sou o marido dela. Ela está bem?

– Ela vai ficar bem. – Disse olhando para um papel que trazia em uma prancheta. – Vai ter que passar uns dias aqui, mas vai ficar bem.

– Obrigado! – James exclamou abrindo um grande sorriso. – Posso vê-la?

– O que vocês estavam fazendo para ela conseguir um ferimento daqueles? – O homem estreitou os olhos. – Foi bem feio.

– Qual é! Estamos em guerra. – Sirius falou jogando os braços para o alto. – Você deve ver bastante coisa assim todos os dias.

– Foram atacados então?

– Mais ou menos. – James em voz baixa respondeu passando a mão pelo cabelo.

– Se foram atacados precisam registrar isso no departamento dos aurores. – O curandeiro disse firmemente. – É o que o Ministério manda fazer.

– É, mas acontece que não ligamos muito para o que o Ministério manda fazer. – Sirius disse sorrindo.

– Precisam registrar...

– Vamos falar com os aurores. – James interrompeu. – Podemos entrar para ver a Lily agora?

O curandeiro os observou atentamente por alguns segundos.

– Podem entrar. Ela deve acordar logo. – O curandeiro disse confirmando com a cabeça. – E precisa preencher essa ficha para mim. – Completou colocando a prancheta na mão de James, que a pegou e entrou rápido na sala, seguido por Sirius.

Ele se inclinou e direção a Lily, colocando a ficha que o homem havia lhe dado em cima de uma cadeira, passando a mão pelo cabelo dela. Lily ainda estava pálida, mas bem menos do que estava naquela rua fria. James continuou a acariciar a cabeça dela e pouco tempo depois ela começou a abrir os olhos.

– James – Ela disse em voz baixa.

– Oi. – Ele sorriu. – Tudo bem?

– Ah, estou ótima, podia até dançar agora, mas estou com preguiça. – Ela falou com a voz mais firme, revirou os olhos, mas sorriu alegre ao mesmo tempo. – Merlin, James! Não, não está tudo bem!

– Ela parece normal para mim, Prongs. – Sirius riu, parado no pé da cama de Lily.

– Não estou não. James, você lava a louça pelo resto do ano. – Ela falou em tom brincalhão.

– Merlin, Lils, você é mais legal quando está dormindo. – James falou.

– Por dormindo você quer dizer quase morrendo? – Ela perguntou levantando uma sobrancelha.

– Falando em morrer, ruiva, com tudo que aconteceu essa noite eu percebi uma coisa... – Sirius falou.

– Que você me ama.

– Não. Percebi que minha vida é bem mais legal sem você e que quando eu finalmente me livrar de você vou dar uma festa.

– Sirius você morreria comigo se eu morresse. Não suportaria viver sem mim.

– Errado. Eu estava ali fora já quase mandando convites para a festa para o Moony e o Wormtail, mas ai o médico apareceu e acabou com a minha esperança. – Sirius falou balançando negativamente a cabeça.

– Lily, ele estava quase chorando lá fora. – James riu.

– É! De alegria.

– Não tem nada mais útil para fazer a não ser perturbar o leito de morte de uma enferma, Sirius? – Lily perguntou sorrindo.

– Na verdade não.

– Toma. – James falou pegando a prancheta que o curandeiro havia lhe dado e empurrando para Sirius. – Vai preencher isso.

– Só vou por que quero dar uma passada na lanchonete. – Ele disse e saiu do quarto.

– Quando você vai se livrar dele, James?

– Logo. – Ele respondeu sorrindo para ela.

– Noite cheia, não? – Ela falou depois de alguns segundos sem que ninguém dissesse nada.

– É. Cinco contra três. Não foi fácil.

– Nem me fale. – Ela disse colocando a mão sobre o local do ferimento, agora devidamente tratado e enfaixado.

– O curandeiro disse que você vai precisar ficar aqui uns dias. – James falou olhando para a mão dela e lembrando da quantidade de sangue que saiu daquele lugar algumas horas atrás. – Mas que vai ficar tudo bem.

– Você estava apavorado. – Ela falou olhando firmemente para ele.

– Claro que estava! Achei que fosse te perder.

– Mas você se comportou muito bem. – Ela sorriu e segurou a mão dele. – Me deu segurança.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Scenes Of Our Lives" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.