Scenes Of Our Lives escrita por EvansPotter


Capítulo 46
Conhecer


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeey amores!!!!
Só para saber... alguem aqui é de São Paulo e foi no encontro potterhead ontem no Ibira?
Bom, espero que gostem do capitulo e prometo um mais alegre para a semana que vem :)
Bjos e comentem pf!!!



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Uma brisa leve e quente passava pela rua, o estalo alto causado pela aparatação de Gina mal foi ouvido devido ao barulho da rua cheia para onde dava a travessa em que Harry a esperava, torcendo as mãos e um pouco pálido.

– Oi! Me atrasei, desculpe. - Ela falou o beijando e Harry apenas acenou com a cabeça e deu um sorriso fraco. - Pronto para ir?

– Na verdade pensei em pararmos para beber alguma coisa antes de irmos.

– Harry...

– Cinco minutos.

Gina torceu a boca, mas concordou com ele. Ela e Harry andaram alguns metros na rua movimentada e entraram em um pequeno café, sujo e vazio. A garçonete os atendeu e, surpreendentemente rápido, trouxe os pedidos.

– Merlin, Harry! Porque você está tão nervoso? - Gina perguntou tentando não rir.

– Não estou nervoso!

– Está sim. É só um bebê Harry. Ele não é nenhum dos adoráveis bichinhos de estimação do Hagrid. - Ela riu.

– Eu sei, mas...

– Mas o que? Não está preocupado se ele vai ou não gostar de você, não é? É um bebê, se você der leite para ele, ele vai te amar.

– Não é isso.

– Então o que?

– Não sei.

Gina sorriu para ele e segurou sua mão em cima da pequena mesa.

– Harry, vai ficar tudo bem, ok?

– Ok.

– Mas não vai ficar nada bem se não formos agora porque a minha mãe vai matar a gente por nos atrasarmos então vamos logo.

Harry soltou uma risada fraca e depois de pagarem a conta, ele e Gina caminharam de volta para estreita e suja travessa onde tinham se encontrado, para apartar em direção A Toca. A pequena e torta casa estava ensolarada, todas as janelas estavam abertas. O verão, de fato, havia chegado. E havia chegado depois do que parecia um longo e interminável inverno na vida de todos.

O moreno parou alguns metros antes de atingir a porta da frente e Gina, revirando os olhos, se voltou para encara-lo.

– Merlin, Harry, vamos logo! Eu achei que você estava ansioso para conhecê-lo.

– É... eu estou... mas...

– Então vamos logo!

Ela o puxou pela mão, meio irritada, para dentro da casa e os dois foram surpreendidos por um som bastante incomum naquele lugar nos últimos tempos, o som de uma risada. Ainda que leve, baixa e curta, era uma risada. Gina sorriu involuntariamente ao ouvir o som vindo da boca da mãe.

– Mãe?

– Na sala! Vocês demoraram. – Molly disse assim que os dois colocaram os pés na pequena sala.

– É. Nos atrasamos um pouco. – Gina respondeu olhando para Harry. – Ãã... oi, senhora Tonks.

– Olá, Gina. Oi, Harry.

A mulher, tão parecida com Bellatrix Lestrange, tinha acabado do colocar um pequeno embrulho de cobertores dentro de um carrinho virado para ela. Andromeda se levantou e cumprimentou Harry e Gina, sorrindo fracamente. A sala ficou em completo silencio por alguns segundos, até que Molly se levantou e se aproximou mais de Harry.

– Ah... Harry, querido, acho que já está na hora de você conhecer o Ted, não?

– Ah... certo.

Andromeda caminhou até o carrinho e tirou Ted de lá, um bebê pequeno de rosto redondo e cabelo de um tom entre verde e azul. Ele mexia com as pequenas mãos no tecido que o envolvia enquanto fazia baixos barulhos com a boca. A mulher parou na frente de Harry com o bebê no colo. Ele ficou apenas olhando para o afilhado e sorrindo um pouco. Depois de mais alguns segundos de desconfortável silencio, Gina finalmente falou:

– Harry, você tem que esticar os braços para pegar ele no colo, ele não vai vir sozinho.

– O que?

Gina revirou os olhos e se adiantou até Andromeda.

– Posso? – Perguntou estendendo um pouco os braços.

– Claro.

A ruiva sorriu para o menininho enquanto Andromeda o passava para o seu colo.

– Ele parece tanto com a... – Ela parou de falar e olhou para Andromeda, que estava com os olhos meio marejados, quase que com um pedido de desculpa nos olhos.

– É, ele se parece com a Nymphadora. – Andromeda completou.

Gina deu um fraco sorriso e deu mais alguns passos até ficar bem perto de Harry. Ele a olhou com uma expressão aterrorizada, mas ela apenas levantou as sobrancelhas e mexeu um pouco os braços, como se quisesse deixar Ted mais a mostra. Harry hesitou por um momento, mas sob um olhar mais severo de Gina ele finalmente estendeu os braços para pegar o afilhado no colo.

Instantaneamente o menino se aninhou nos braços de Harry, fechou a mão sobre um pedaço da blusa dele, bocejou e fechou lentamente os olhos. Harry abriu um largo sorriso e lentamente começou a fazer carinho na cabeça de Ted, passando a mão, meio desajeitadamente, sobre os cabelos coloridos dele.

– Parece que ele gostou de você. – Andromeda falou em voz baixa e com um pequeno sorriso nos lábios.

Harry sorriu para ela e voltou a observar o menininho no seu colo, agora dormindo tranquilo, indiferente, pelo menos por hora, a toda a dor que ainda caía sobre todo o mundo bruxo. Tão pouco tempo desde o fim da guerra.

Ted ainda não tinha noção de tudo que acontecera, ainda não tinha noção que cresceria sem os pais, que seus primeiros anos de vida seriam em um mundo tentando se levantar de tempos tão difíceis, tentando superar as perdas, tentando reparar os danos de tanto tempo de guerra.

O pequeno não tinha noção também, no entanto, de que ele cresceria em meio a muita gente que desde já o amava, gente que cuidaria dele. Não tinha noção de que toda essa gente se tornaria sua família. E que ele representava uma grande esperança para todos agora, e também um motivo para continuar lutando. Afinal, tempos de batalha tinham acabado, mas ainda precisariam lutar para reconstruir suas vidas, para reconstruir o mundo.

Talvez fosse muito peso e muita responsabilidade para um pequeno bebê. Mas Ted conseguiria. Ele e todas as crianças que mais tarde chegariam a enorme família seriam mais e mais incentivos para sua própria reconstrução. E assim seria também em todas as outras famílias afetadas.

Ted também seria um grande herói nessa guerra.


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