R – Acordei com o celular despertando e olhei pra Helena que ainda dormia feito um anjo. Fiquei com muita dó dela de ter que acordá-la, mas precisava fazer isso antes que a gente se atrasasse. Cheguei bem pertinho dela, abracei-a, depositei um beijo em seu pescoço e cochichei no seu ouvido: ‘Bom dia mamãe mais linda! Vamos acordar?’ – Aos poucos ela foi acordando. – ‘Bom dia meu amor!’

H – ‘Bom dia!’ – falei bocejando.

R – ‘Como passou a noite? Dormiu bem?’ – Fiz um carinho na sua barriga.

H – ‘Melhor impossível e você?’

R – ‘Também dormi muito bem, apesar de está muito ansioso em saber como o nosso bebê está!’

H – ‘Eu também!’ – Disse colocando minha mão em cima da dele.

R – ‘Eu fico imaginando daqui um tempo a gente correndo com ele (a) pela casa toda. Vai ser pura festa!’

H – ‘Estou até vendo você todo babão correndo atrás dele (a)’ – Me virei pra ele abraçando-o. – ‘Vai ser o pai mais babão e coruja de todos, principalmente se vier uma princesinha.’

R – ‘E você, hein! Vai ser a mamãe mais carinhosa e amorosa que ele (a) vai ter. Se vier um príncipe, estou até vendo você ficar morrendo de ciúmes das meninas que se aproximarem dele, pois vai ser lindo que nem o pai!’

H – ‘Ah é? Tá muito convencido, não acha não?’

R – ‘Não! Só disse a verdade!’

H – ‘Éhh, vou ter que concordar com você! Vai ser lindo mesmo que nem o pai, o mais lindo de todos!’

R – ‘Não disse? Garanto também que ela vai ser a mais linda de todas, que nem a mamãe dela!’

H – ‘Te amo!’ – Segurei seu rosto.

R – ‘E eu muito mais!’ – Nos beijamos intensamente até ela parar.

H – ‘Vamos arrumar? Senão a gente se atrasa pra trabalhar.’

R – ‘Vamos!’ – Levantamos, arrumamos e fomos pra escola.

~ Na escola ~

H /R– ‘Bom dia Firmino!’

F – ‘Bom dia Professora Helena, professor Renê! Como vão? E o bebê, como está?’

H – ‘Muito bem, obrigada!’

R – ‘Na verdade Firmino, à tarde que saberemos como ele está!’

F – ‘Tem consulta hoje, professora?’

H – ‘Sim, Firmino! Vou fazer meu primeiro ultrassom!’

F – ‘Imagino o quanto devem estar ansiosos!’

R – ‘Muito, Firmino, você nem imagina. Acho que estou mais ansioso que ela.’

F – ‘Entendo! Mas tenho certeza que deve está tudo bem com o bebê!’

H – ‘Esperamos, Firmino! Bom, temos que ir pra sala dos professores. Com licença!’

F – ‘Dê notícias, professores!’

R – ‘Pode deixar Firmino, manteremos informado! Licença!’ – Demos as mãos e fomos para a sala dos professores esperar o sinal bater para começar a aula. Não demorou muito e ele bateu. – ‘Boa aula meus amores! Aguardo vocês na minha sala depois das aulas, ok?’ – Acariciei seu rosto.

H – ‘Tá bom, amor! Estaremos lá nem filho (a)!’ – Acariciei minha barriga. – ‘Boa aula pra você também!’

R – ‘Se acontecer qualquer coisa, me chame. Estarei na minha sala, ok?’

H – ‘Qualquer coisa te chamo!’ – Beijo.

R – ‘Cuida bem do nosso bebê!’ – Beijei sua barriga e dei um selinho nela.

H – ‘Pode deixar, até mais tarde!’ – Peguei meu material e saí da sala dos professores. Peguei meus alunos na fila e fomos para a sala de aula. Comecei a dar aula normalmente, até começar a sentir algumas dores na barriga. Parei de escrever e sentei, até a Valéria perceber e vir até mim.

V – ‘Está tudo bem, professora? Tá sentindo alguma coisa?’

H – ‘Está sim, Valéria. Só senti um pouco de dores na barriga, mas já está passando.’

V – ‘Quer que eu chame o professor Renê ou o Firmino?’

H – ‘Precisa não, já está amenizando a dor!’

MJ – ‘Se quiser, posso chamar meu pai aqui pra te examinar, professora!’

H – ‘Precisa não, Maria Joaquina, já está passando!’

V – ‘Acho melhor chamarmos o professor Renê aqui. Você não está bem, professora! Dá pra ver na sua cara. Bibi, vai até a sala de música e chame o professor. Rápido!’ – Bibi saiu correndo.

~ Na sala de música ~

B – ‘Professor, professor!’

R – ‘Que foi, Bibi! Aconteceu alguma coisa?’

B – ‘A professora Helena tá passando mal!’

R – ‘Vamos então!’ – Saímos correndo até a sala. Quando chegamos lá, a Valéria estava sentada no chão, apoiando a cabeça de Helena que tinha desmaiado. – ‘O que aconteceu com ela? Porque ela desmaiou?’

V – ‘Ela estava escrevendo no quadro normalmente, até que começou a passar mal e sentou-se na cadeira. Me aproximei dela perguntando se estava passando mal e ela me disse que estava sentindo dores na barriga e assim que a Bibi saiu pra te chamar, ela desmaiou.’

R – ‘Vou levar ela para o quarto do Firmino. Vocês fiquem aqui na sala, ok?’

Crianças – ‘Sim, professor!’

R – Peguei ela no colo com cuidado e sai da sala. Firmino logo veio até mim preocupado.

F – ‘O que aconteceu com a professora, Renê?’

R – ‘Ela passou mal e desmaiou na sala. Posso levá-la pro seu quarto?’

F – ‘Claro! Vamos!’ – Chegamos no meu quarto e o Renê a colocou na minha cama com cuidado. – ‘Vou ligar para o Dr. Miguel vir até aqui.’

R – Assim que o Firmino saiu para ligar para o doutor, ela foi voltando aos poucos. - ‘Helena, meu amor! Como você está se sentindo?’

H – ‘O que aconteceu comigo? Porque estou no quarto do Firmino? Cadê as crianças?’

R – ‘Calma, meu amor! Você passou mal na sala e desmaiou. Aí te trouxe pra cá! O que está sentindo agora?’ – Acariciei o seu rosto.

H – ‘Estou um pouco zonza e com uma dorzinha aqui na barriga! Estou com medo, Renê!’

R – ‘Medo de que?’

H – ‘De perder o nosso bebê!’

R – ‘Você não vai perdê-lo, ok? Fica calma que o Dr. Miguel já deve está a caminho. Eu estou aqui com você, fica calma. Nada vai acontecer com ele e nem com você, ok?’ – Falei a abraçando. – ‘Me conta, o que aconteceu de verdade; as crianças aprontaram e te deixaram nervosa?’

H – ‘Não, meu amor, as crianças não fizeram nada. Estava passando uma matéria no quadro e de repente comecei a sentir uma dor na barriga até não aguentar mais. Deve ser por isso que desmaiei.’

R – ‘Já tinha sentido essa dor antes?’

H – ‘Não! Foi a primeira vez! Será que aconteceu alguma coisa com ele (a)?’

R – ‘Vamos descobrir juntos assim que o Dr. Miguel chegar! Enquanto isso vou ficar aqui cuidando de você!’ – ‘Deitei ela no meu peito. Não demorou muito o Dr. Miguel chegou.

D. M. – ‘Olá professores! O que aconteceu, professora Helena?’

H – ‘Estava na sala copiando no quadro quando senti uma dor na barriga. Parei, sentei na cadeira até a Valéria perceber e vir até mim. Me perguntou se estava me sentindo mal e contei a ela o que estava sentindo. Ela pediu a Bibi pra chamar o Renê e depois disso não lembro mais nada. Acho que desmaiei.'

R – ‘Foi isso Doutor. Quando cheguei na sala com a Bibi, ela tinha desmaiado.’

D. M. – ‘Ainda sente a dor na barriga?’

H – ‘Um pouco!’

D. M. – ‘Sente mais alguma coisa alem da dor?’

H – ‘Estou um pouco tonta!’

R – Dr. Miguel começou a analisá-la: mediu a pressão, a febre e começou a pressionar a sua barriga.

D. M. – ‘Dói aqui?’

H – ‘Ai! Um pouco!’

R – ‘E então, doutor. É algo grave?’

H – ‘Eu corro risco de perder o bebê?’

D. M. – ‘Bom, professores, ainda é cedo pra dar algum diagnóstico. Vamos ter que fazer alguns exames pra descobrir a causa desses sintomas. Hoje vocês tem consulta, não é isso?’

R – ‘Sim! Às 14h!’

D. M. – ‘Se quiserem, vamos ao hospital agora mesmo e adiantamos a consulta. Aproveitamos e verificamos se aconteceu alguma coisa com o bebê. O que vocês acham?’

R – ‘Pode ser, Doutor. Só vou avisar a diretora e já vamos!’ – sai e fui a direção avisar a Diretora. Não demorou muito e cheguei no quarto do Firmino com ela.

D. O. – ‘Podem ir, professores. Não se preocupem com as aulas de vocês. Demos um jeito aqui.’

H – ‘Obrigada, Diretora Olívia!’

D. O. – ‘Me mantêm informada, ok?’

R – ‘Pode deixar, diretora. Assim que soubermos o que a Helena tem, comunicamos.’ – Peguei a bolsa dela que a Graça tinha trago e fui a apoiando até o carro. De lá, fomos para o hospital.

~ No hospital ~