H – ‘Renê, que demora, amor? Desse jeito vamos chegar atrasados na escola!’ – Falei gritando da sala. De repente ele aparece carregando uma caixa.

R – ‘Calma meu amor! Demorei porque estava pegando isso pra levarmos pra escola!’ – Falei colocando a caixa em cima do sofá. – ‘Que peso!’

H – ‘Posso saber o que é isso?’ – Falei me aproximando.

R – ‘Uma caixa!’

H – ‘Disso eu sei. Mas o que tem dentro dela?’

R – ‘Alguns objetos que iremos precisar para fazer a surpresa para as crianças.’ – Falei me aproximando dela.

H – ‘Hum... Quer ajuda pra levá-la até o carro?’

R – ‘Claro que não. Esqueceu que você não pode pegar peso?’ – Falei abraçando-a.

H – ‘Esqueci não, meu amor, como esquecer do nosso presente, né!’ – Entrelacei meus braços em seu pescoço. – ‘Mas desse jeito você vai ter dor nas costas!’

R – ‘Vou não. Só carregar ela direitinho até o carro. Nunca que eu ia deixar a minha gravidinha carregar peso! Jamais!’

H – ‘Bobo!’ – Iniciamos um beijo bem romântico, até que eu me lembrei da escola e parei o beijo. – ‘Amor, temos aula.’

R – ‘Eu sei!’ – Continuei o beijo.

H – ‘Desse jeito a gente não vai sair de casa nunca!’ – Falei ofegante.

R – ‘Aham!’ – Falei entre os beijos.

H – ‘Para, amor! Vamos!’

R – ‘Hum!’

H – ‘Prometo que depois a gente continua assim!’

R – ‘Promete?’

H – ‘Prometo!’ – Selinho – ‘Agora vamos!’ – Sai do abraço e fui abrir a porta.

R – ‘Destranca o carro pra mim, meu amor! A chave tá aí na estante!’

H – ‘Tá bom!’ – Peguei a chave, desativei o alarme e abri o porta-malas. Ele colocou a caixa no porta-malas enquanto voltava para trancar a casa. Depois entramos no carro e seguimos para a escola.

~ Na escola ~

H – Quando chegamos na escola, o Renê pegou a caixa enquanto eu levava os nossos materiais e entramos na portaria.

F – ‘Bom dia professores!’

HR – ‘Bom dia, Firmino!’

F – ‘Posso saber o que é essa caixa, Renê?’

R – ‘É uma surpresa que vamos fazer para o 4º ano, Firmino!’

F – ‘Parece bem pesada. Quer que eu ajude a carregar?’

R – ‘Por favor!’

H – ‘Renê, vou até a sala dos professores e te espero lá!’

R – ‘Tá bom, meu amor!’

H – Fui andando até a sala dos professores e no caminho trombei com a Graça.

G – ‘Desculpe, frozinha! Não te vi chegando!’

H – ‘Tudo bem, Graça. Não foi nada!’

G – ‘O quê que aconteceu pra você tá tão diferente? Tá mais bunita. Até parece que engordou um pouquinho. Garanto que o pitelzinho tem caprichado no cardápio, hein!’

H – ‘Não é nada disso, Graça. É impressão sua!’ – Falei toda sem graça.

G – ‘Hum, sei não. Tem alguma coisa estranha nisso aí.’

H – ‘A Diretora Olívia já chegou?’

G – ‘Já sim.’

H – ‘Você pode fazer um favor pra mim?’

G – ‘Craro! Só falar, frozinha, que faço na hora.’

H – ‘Poderia chamá-la na sala dos professores que eu e o Renê temos um comunicado a fazer pra ela, pra você e para o Firmino e gostaríamos de falar com vocês juntos.’

G – ‘Comunicado? Pra nós? Eu, hein. Tá bom, vou na sala dela chamá-la.’

H – ‘Essa Graça!’ – Continuei andando até a sala dos professores e na porta avistei o Renê e o Firmino voltando da sala de música. – ‘Renê! Firmino’ – Falei acenando a mão e eles se aproximaram.

F – ‘Aconteceu alguma coisa, Professora Helena?’

H – ‘Não, mas vai acontecer. Eu e o Renê temos um comunicado a fazer a você, a Graça e a Diretora Olívia. Vamos entrar?’ – Falei e o Renê sorriu.

F – ‘Comunicado? Tudo bem, vamos!’ – Entramos na sala e ficamos aguardando a Diretora e a Graça chegarem.

H – Passou poucos minutos e a Diretora e Graça entraram eufóricas na sala dos professores.

D.O. – ‘Bom dia, professores, Firmino!’

HRF – ‘Bom dia, Diretora Olívia!’

O. – ‘A Graça entrou toda eufórica na minha sala me avisando que vocês dois tem um comunicado importante a fazer. Posso saber o que se trata?’

R – A Helena olhou pra mim e sinalizou pra que eu contasse a novidade. – ‘Bom, Diretora. Temos uma noticia muito importante para dar para vocês: a partir do segundo semestre a Helena passará um tempo sem poder dar aulas.’

G – ‘Como assim? Ela vai sair da escola?’

O. – ‘Deixa o Renê continuar, Graça. Como assim, professor Renê? Por acaso você está doente, Helena?’

H – ‘Não, Diretora. Não estou doente, mas será necessário eu ficar uns meses sem dar aula.’

O. – ‘Vocês dois estão muito misteriosos! Prossiga, professor!’

R – ‘Como eu estava dizendo: a Helena passará um tempo sem dar aulas porque ela precisará cuidar de uma certa pessoa!’

F – Não estou entendendo nada. A Dona Cristina está doente, é isso?’

H – ‘Não, Firmino. Graças a Deus a minha mãe está muito boa. Na verdade eu estarei cuidando de uma certa pessoinha que chegará.’ – Falei rindo e olhando para o Renê.

O. – ‘Peraí, acho que agora eu entendi. Você quer dizer que...’

R – ‘Exatamente, diretora! A Helena está grávida!’

G – ‘Grávida? Sério isso, frozinha! Que alegria! Parabéns!’ – Falei dando um abraço bem apertado nela.

F – ‘Parabéns, professores.’ – Falei abraçando a Professora Helena e em seguida o Professor Renê.

O. – ‘Não dá nem pra acreditar. Parabéns Helena! Que venha com muita saúde e dê muitas alegrias pra vocês.’ – Falei abraçando-a.

R – Depois de recebermos tantos abraços, foi a minha vez de abraçar o meu amor. – ‘Por isso que ela passará um tempo longe da escola, pra cuidar do nosso bebê.’ – Falei colocando a mão na barriga dela.

O. – ‘E quando é que vocês descobriram a novidade?’

H – ‘Eu descobri no início da semana passada e só contei pro Renê na sexta-feira.’

G – ‘Porque você fez esse mistério todo pra ele? Coitado!’

H – ‘Porque eu queria dar um presente inesquecível de aniversário pra ele.’

R – ‘E conseguiu!’ – Caímos na risada.

F – ‘As crianças ficarão muito felizes quando souberem da novidade.’

H – ‘Verdade, Firmino. Por isso precisaremos de vocês!’

G – ‘De nós? Pra que?’

R – ‘Vamos fazer uma surpresa para as crianças para contarmos a novidade pra elas e precisaremos de vocês. Podemos contar com vocês?’

O. – ‘Claro! Que surpresa vocês farão pra eles?’

R – ‘É o seguinte....’ – Contei todo o plano pra eles que concordaram na hora de nos ajudar.

H – ‘Então, na hora do recreio precisarei de você, Graça, pra me ajudar a arrumar a sala.’

G – ‘Combinado, Frozinha!’

R – ‘E eu de você, Firmino!’

F – ‘Ok, professor!’

H – ‘E quem ficará olhando as crianças no recreio?’

O. – ‘Pode deixar que fico olhando aqueles pestinhas enquanto vocês organizam tudo!’

R – ‘Ótimo!’

F- ‘Vocês me dão licença, mas preciso tocar o sinal pra aula começar.’

O. – ‘Eu também vou voltar pra minha sala! Com licença! Graça, me acompanhe. Tenho uma tarefinha pra você!’

G – ‘Oche! Meu dia já começou cedo!’

H – Rapidamente todos saíram da sala. – ‘Será que vai dar certo o nosso plano?’

R – ‘Tenho certeza que dará e as crianças vão amar a notícia assim como eu to amando saber que vou ser pai!’ – Falei me aproximando dela, colocando minha mão na barriga dela e abraçando-a.

H – ‘Eu também tô amando a ideia de ser mãe!’ – Falei e logo ele me beijou. Fomos interrompidos pelo sinal que tocou. – ‘Boa aula, meu amor!’

R – ‘Pra você também! Até na hora do recreio. Se cuida! Qualquer coisa, estou na minha sala!’ – Selinho.

H – ‘Está bem!’ – Saímos de mãos dadas até o pátio.

~ Na sala de aula ~