H – Estava na sala dos professores corrigindo algumas redações e me divertindo com elas. De repente, ouço a maçaneta da porta girando e percebo alguém entrando na sala:

G – ‘Oi frôzinha! Tá tudo bem?’

H – ‘Oi Graça, tá sim, por quê?’

G – ‘Não é que você tá tão concentrada...’

H – ‘É, eu tava aqui corrigindo algumas redações dos meus alunos e nem percebi você chegando!’

G – ‘Desculpe ter atrapalhado sua concentração!’

H – ‘Que isso!’

G – ‘Sabe pofessorinha Helena, acho tão bunitinho a sua dedicação no trabalho. Sempre tratando todos bem, principalmente as crianças! Bem que deveria ter mais pofessoras assim no mundo!’

H – ‘Ai Graça, só você mesmo pra falar essas coisas, mas eu amo o que faço. Essas crianças são muito especiais pra mim e quando a gente faz o que gosta, o trabalho se torna muito mais prazeroso.’

G – ‘É verdade, frozinha! Alias, tem um detalhe muito importante que faz toda a diferença né...’

H – ‘Qual?’

G – ‘Alem de você gostar do que faz, ainda por cima você trabalha com uma pessoa muuuito importante também né, que faz toda da diferença, não é mermo?’

H – Rsrsrs. ‘Ai Graça, só você mesmo.’ – Sorriso tímido.

G – ‘Quando a gente trabalha com o amor do lado, o trabalho se torna muito mais prazeroso!’

H – ‘Éh, tenho que confessar que é verdade!’

G – ‘Tá vendo, o amor deixa as coisas e o ambiente muito mais interessantes!’

H – ‘Você e essas suas ideologias...’

G – ‘Mas é verdade, oche! Bem, o papo tão bão mas agora vou deixar você trabalhar e eu também né, antes que a bruxa, quer dizer, a diretora Olívia pegue a gente conversando...’

H – ‘Tá bom, Graça, vai lá!’ - Rsrsrs.

G – Comecei a limpar a poeira na sala dos professores quando ouvi o celular da frôzinha tocar. Imediatamente ela atendeu:

~ Ligação on ~

H – ‘Alô!’

P – ‘É a senhora Helena Fernandes?’

H – ‘Sim, é ela. Quem tá falando?’

P – ‘Aqui e o policial Tavares! Estou ligando para informá-la que a D. Cristina, sua mãe, sofreu um acidente.’

H – ‘Minha mãe? Mas como assim, um acidente?’

P – ‘Ela foi atropelada e estamos levando-a para o hospital!’

H – ‘Como ela está?’

P – ‘Me desculpe senhora Helena, mas ela está desmaiada e não sabemos o estado de saúde dela. Por gentileza, dirija-se ao hospital que você saberá maiores informações!’

H – ‘Obrigada, já estou indo pra lá!’

~ Ligação off ~

G – Hospital? Como assim? Percebi que a frôzinha ficou muito nervosa com a ligação e começou a chorar. – ‘Frôzinha, o que aconteceu?’

H – ‘Ai Graça, a minha mãe foi atropelada e a levaram para o hospital!’

G – ‘Meu Deus! E como ela está?’

H – ‘Eu não sei, só sei que eu preciso ir imediatamente pra lá!’

G – ‘Claro, você quer que eu chame a diretora Olívia, o pitelzinho?’

H – ‘Por favor, Graça, eu não tô cabeça pra mais nada!’

G – ‘Claro. Vou na diretoria chamar a diretora, mas nos espere aqui e tenta se acalmar um pouco.’ – Sai da sala e fui para a diretoria, mas no caminho acabei esbarrando no pitelzinho.

R – ‘Calma Graça, o que aconteceu?’

G – ‘Que bom que encontrei com você, pitelzinho. A nossa frôzinha recebeu uma ligação e informaram pra ela que a D. Cristina foi atropelada.’

R – ‘E como ela está? E a Helena onde ela está?’

G – ‘Não sabemos de notícias, o que a frôzinha me disse é que estavam levando ela para o hospital. A frôzinha tá na sala dos pofessores, muito abalada e eu tô indo na diretoria falar com a D. Olívia!’

R – ‘Tá bom, Graça. Eu vou ver como a Helena está!’ – Fui direto para a sala dos professores. – ‘Amor!’

H – ‘Oi meu amor!’ – Sai e fui correndo abraçar o meu amor! – ‘A minha mãe, Renê!’

R – ‘Calma, meu amor.’ – Falei secando suas lágrimas. - ‘A Graça esbarrou em mim no corredor e me contou tudo. Vem, vamos sentar um pouquinho pra você se acalmar!’ – Fomos até a mesa e sentamos. – ‘Me conta agora o que aconteceu!’

H – ‘Eu estava aqui corrigindo umas redações e conversando com a Graça quando o meu celular tocou. Achei estranho o número mas resolvi atender. Era um policial me ligando pra me contar que a minha mãe foi atropelada e estavam levando ela para o hospital.’ – Disse chorando.

R – ‘Calma, meu amor. Tudo vai dar certo, você vai ver!’ – Dei um beijo no seu rosto, sequei as suas lágrimas e abracei-a. De repente a diretora Olívia chega na sala.

D. O. – ‘Professora Helena, a Graça me contou o que aconteceu. Pode ir ao hospital ver a sua mãe, eu tomarei conta do 4º ano. Pode ir com ela também, professor Renê! No estado que a Helena se encontra ela não pode ir sozinha.’

R – ‘Obrigado diretora. Vamos meu amor?’

H – ‘Vamos! Obrigada Diretora Olívia!’ – Peguei minha bolsa e fomos até a porta.

D. O. – ‘Não se esqueçam de mandar notícias!’

R – ‘Pode deixar diretora, assim que tiver notícias ligarei avisando.’ – Saímos e fomos para o hospital. Chegando ao hospital, fomos direto a recepção saber notícias. – ‘Moça, por favor, queremos saber notícias sobre o estado de saúde da D. Cristina Fernandes!’

A – ‘O que você são da paciente?’

R – ‘Eu sou genro e ela é filha dela!’

A – ‘Só um minuto, por favor...’

R – Enquanto a atendente checava o estado de saúde da D. Cristina, abracei a Helena que estava muito nervosa. – ‘Calma, meu amor, não se preocupe, tudo vai dar certo.’

H – ‘Eu sei meu amor, mas é que é a minha mãe né e se acontecer alguma coisa com ela?’

R – ‘Não vai acontecer nada de grave com ela, você vai ver e eu tô aqui com você, não tô? Tenta se acalmar um pouco, tá bom? Vamos esperar notícias!’

H – ‘Deus te ouça, meu amor. Deus te ouça. Eu nem sei o que seria de mim se você não estivesse aqui comigo. Obrigada, meu amor!’ – De repente a atendente nos chama. – ‘E então moça, como a minha mãe está?’

A - ...