H – Chegamos em casa, preparamos o almoço, almoçamos, arrumamos cozinha e depois fomos pra sala. Quando me sentei no sofá para esperar ele trazer o violão para começarmos a nossa aula, ele me olhou fixamente com aquela carinha de quem iria aprontar e me disse:

R – ‘Bem, acho que agora preciso descansar né, afinal, as aulas de música hoje foram puxadas né!’ – Disse com um sorrisinho sapeca.

H – ‘Nada disso, Sr. Renê! Agora é hora da minha aula de violão, tá lembrado? Você me prometeu hoje de manhã!’

R – ‘Ah é? Estava me esquecendo desse detalhe!’

H – ‘Aham! Sei! Pela sua carinha sapeca, você não estava esquecendo coisa nenhuma. Você tá querendo é fugir, seu danadinho!’

R – ‘Que isso, amor! E eu sou homem de fugir dos meus compromissos? Nunca!’

H – ‘Assim espero! Vai lá no quarto e pega o violão que eu tô doida pra começar a aula. Senão...’

R – ‘Senão o quê?’ – Fui me aproximando dela.

H – ‘Senão você não vai ganhar o seu pagamento tão cedo. Só amanhã e olha lá!’

R – ‘Então se eu não ganhar o meu pagamento adiantado eu não vou te ensinar. E aí eu vou querer ver você aprender sozinha...’ – Falei mostrando a língua pra ela.

H – ‘Ah é? Você vai ver então...’ – Peguei uma almofada e taquei nele.

R – ‘É guerra então? Agora você me paga!’ – Começamos uma guerrinha de almofadas. Parecíamos duas crianças brigando, até que não aguentei e a segurei pela cintura e caímos no tapete da sala. Como estava em cima dela, dei um enorme beijo. No começo ela começou a resistir, mas depois ela se entregou ao beijo. – ‘Sua boba! Você acha que eu não vou querer te ensinar a tocar violão? Claro que eu vou, bobinha!’

H – ‘Bobo é você! Fica ai parecendo criança! Cheio de manhas!’

R – ‘Mas uma criança que você ama né!’

H – ‘Éhh... Fazer o que né, amo demais! Agora vai lá amorzinho. Pega o violão pra mim, por favor!’ – Fiz biquinho.

R – ‘Tá bom né!’ – Dei um selinho demorado nela, me levantei e fui até o quarto pegar o violão.

H – Esse meu amor não existe mesmo. Me levantei do tapete e me sentei no sofá e fiquei esperando ele buscar o violão.

R – Quando cheguei na sala, entreguei o violão pra ela e comecei a explicar algumas coisas sobre o violão. Depois, ensinei alguns ritmos e fiquei olhando ela dedilhar as cordas. Até que ela estava aprendendo direitinho. De repente, uma das cordas do violão arrebentou e bateu em sua mão.

H – ‘Aiii!’

R – ‘Me dá o violão aqui, amor! Agora deixa eu ver a sua mão!’

H – ‘Hum, tá doendo, amor!’

R – ‘Eu sei, isso já aconteceu comigo também, amor e dói muito!’

H – ‘Como dói!’

R – ‘Vou ali pegar uma pomada pra passar aqui. Já volto!’ – Fui até o quarto, peguei uma pomada e passei em sua mão, fazendo massagem de leve. – ‘Tá melhor a dor?’

H – ‘Melhorou!’

R – ‘Que bom! Desculpa amor, devia ter trocado as cordas do violão. Essa aqui estava quase arrebentando mesmo! Acho melhor enfaixar um pouco a sua mão para a pomada fixar melhor!’

H – ‘Não precisa não, amor. Já tá melhorando a dor!’

R – ‘Precisa sim! Assim sara mais rápido!’ – Peguei uma faixa e enfaixei com cuidado a sua mão e depois a beijei. – ‘Prontinho! Agora rapidinho vai sarar!’

H – ‘Vai mesmo. Com todos os esses cuidados, rapidinho vai sarar mesmo! Obrigada meu amor!’ – Dei um selinho nele. – ‘Você como sempre, cuidando direitinho de mim né!’

R – ‘Claro! A gente tem sempre que zelar daquilo que amamos né!’

H – Rsrsrs. – Beijo.

R – ‘E aí, tirando o imprevisto, gostou da sua primeira aula de violão?’

H – ‘Eu adorei! É muito divertido! E eu, levo jeito?’

R – ‘Claro que sim. Aprendeu direitinho!’

H – ‘Hum... Que bom!’

R – ‘Amanhã poderemos continuar?’

H – ‘Se você prometer que vai trocar as cordas, claro que sim!’

R – ‘Hum... Vou fazer isso agora!’ – Fui até a capa, peguei o encordoamento e comecei a trocar as cordas do violão enquanto ela me olhava curiosa. Depois, afinei o violão e comecei a dedilhar.

H – ‘Hum... Aproveita e toca alguma coisa pra mim. Eu gosto de ouvir você tocar e cantar!’

R – ‘O que você quer ouvir, amor!’

H – ‘Ah, qualquer música!’

R – ‘Então vou tocar algo especial pra você...’ – Comecei a dedilhar e cantar:

‘É impossível existir o céu sem estrelas É impossível existir amor, sem amar Foi impossível conhecer você e não me apaixonar.

Inesperadamente aconteceu com a gente Vidas que se encontram olhos que se encantam Corações se entendem emoções se ascendem E o mundo para pra ver Eu e Você

É impossível existir o céu sem estrelas É impossível existir amor, sem amar Foi impossível conhecer você e não me apaixonar. ’

H – ‘Eu te amo!’

R – ‘Eu também!’ – Larguei o violão, me aproximei dela, segurando sua cintura e nos beijamos apaixonadamente. Depois, resolvemos preparar um lanche bem gostoso pra nós, preparamos nossas aulas do dia seguinte e fomos dormir.

~ Três dias se passaram ~