As Crônicas Aladas - Principatus escrita por Mano Vieira, DannyZR


Capítulo 3
Capítulo Dois.


Notas iniciais do capítulo

Bem, vamos um pouco lento, mostrando a vida da Emilly, não é?
Boa leitura!



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Estou parada, em frente à porta, esperando a coragem vir para apertar a campainha. Não queria passar vergonha essa noite, não queria que as pessoas do colégio me vissem desse jeito, mas também não queria tornar o que meu irmão e a sua amiga fizeram em algo inútil, eu queria ser lembrada por isso, eu queria ser comentada, eu queria meus quinze minutos de fama.

Aperto a campainha e logo, Maggie vem me atender. Ela está linda. Seus cabelos castanhos estão perfeitos, com uma leve maquiagem no rosto, os olhos e a boca perfeitos e um vestido de arrasar. Analisando um pouco mais, você percebe que ela usa um arco nos cabelos, com uma rosa de miniatura. A única coisa em que estranhei nela foi o modo com que ela me olhou: Os olhos arregalados e a boca meia aberta.

– Emilly? – Diz ela esperando uma resposta.

– Maggie. – Digo.

– Uau, nem parece você! O que aconteceu para você estar vestida assim? Está linda! – Ela me olha de cima para baixo e depois volta onde a análise começou.

– Meu irmão me vestiu.

– Quero que ele me vista também! – Ela sorri. Eu sorrio de volta. – Bem, entre. Não irei te barrar aqui na porta.

Estava quase me esquecendo do detalhe de que eu ainda não tinha entrado. A casa estava com o som da música, que vinha da parte de trás. Ela me levou até a porta que dava para aquele local e eu entrei.

Uma vergonha profunda e inacabável surgiu em mim quando eu passei pela porta. Todos que estavam no lugar –posso te assegurar que não eram poucos– me olharam impressionados.

Lembro–me do que Patrícia me disse: ande sempre com o corpo ereto, cabeça erguida e um sorriso no rosto.

Não dá, não consigo fazer tal coisa, então, ando com a cabeça meio baixa, sorrindo. Vou até uma mesa que contém as bebidas e pego uma. Ela desce pela minha garganta rapidamente, me causando uma sensação de como ela estivesse sendo rasgada.

Olho para todos os lados, analisando quem veio e quem não. Pessoas que nunca vi em toda a minha vida estão em rodinhas, conversando, rindo e bebendo. Algumas pessoas do colégio também estão fazendo isso, e alguns excluídos, estão fazendo a mesma coisa que eu, mas sem ninguém para nos acompanhar.

Assim que me canso de ficar em pé, vou até uma mesa onde ninguém se encontra perto e sento–me numa das cadeiras que estão a sua volta. Fico ali, bebendo minha bebida e comendo alguns aperitivos que às vezes Maggie traz.

+++

Estava tudo tranquilo, já estava um pouco escuro, mas as luzes do quintal da parte de trás da casa da Maggie, estavam acesas e era o suficiente para manter o ambiente iluminado.

O número de pessoas aqui aumentou, as músicas continuam sendo meio agitadas, deixando todos agitados também, bom, quase todos. Devo ser a única que está sentada feito boba olhando todos se divertirem. Não queria me misturar a eles, nunca vi essas pessoas na minha vida, elas certamente terão uma impressão errada de mim.

Quando você acha que tudo está um tédio, você tenta dar um jeito de melhorar, principalmente quando se está entre amigos, não é? Bem, eu não podia fazer isso agora. Não estava entre amigos. Até que, quando a porta se abre apresentando um novo convidado, todos param. Assim como aconteceu comigo, mas desta vez, tenho o prazer de ser uma dos parados.

Eu não acredito no que estou vendo.

O novo convidado era ninguém mais, ninguém menos que Kyle. Ele veio. Eu o convidei e aqui está ele. Todos estão olhando assustados para ele, que está com um semblante de quem está procurando algo ou alguém. E tenho a confirmação de que esse alguém sou eu quando ele prende o olhar na minha mesa, ou melhor, em mim.

Maggie diz algumas coisas para ele, ele assente e começa a andar em minha direção. Sua roupa está só de uma cor: preta. Sua jaqueta de couro que está aberta dando para ver a camiseta em baixo é preta. A Camiseta tem o desenho de uma caveira (creio que é a única coisa branca.) a calça jeans era da mesma cor que o resto da roupa e os All Star que estavam em seus pés. Seu andar é totalmente diferente de todos adolescentes normais. Ele anda calmo e parado, respirando a cada passo, até chegar no local onde eu me encontro sentada.

– Olá! – Ele sorri com os olhos fechados. Ele é bonito. – Pensei em sair para descontrair um pouco, e então me lembrei do convite para a festa. Imaginei que você iria estar aqui.

Eu me levanto. Ele me olha de cima para baixo. Não sinto vergonha, não me sinto vitoriosa, não me sinto alegre, nem famosa. Não me sinto nada disso, apenas confusa. Meu cérebro está me mandando fazer coisas que não tem o menor sentido no contexto em que estou.

– Olá. Bem, eu queria vir de um jeito diferente hoje. Não pensei que você viria, mas já que está aqui, o que achou? – Mostro minha vestimenta enquanto sorrio.

Ele faz um ar de quem está filtrando as palavras antes de soltá–las.

– Deslumbrante.

Agora sim, eu me sinto feliz. Sinto–me deslumbrante.

Sorrio como agradecimento.

– Não posso negar, mas você também está deslumbrante!

Ele anda, tornando o espaço entre nós cada vez menor. Bem, eu já tinha percebido o que estava acontecendo aqui, mas não esperava por um beijo assim tão cedo. Kyle esta tão perto que posso sentir seu hálito, tem cheiro de menta, seus olhos se fecham e ele faz um rosto que derrete o coração de qualquer pessoa.

– Você está com um bom cheiro também. – Fala.

Bem, acabo de descobrir que sou uma garota pervertida, acabo corando. Claro que ele não me beijaria, acabamos de nos conhecer.

– Obrigada. Seu perfume também é muito bom. – E ele realmente era.

Continuo apreciando o rosto de Kyle e o pior ele também não desviava os olhos de mim, nem por um segundo, com um semblante gentil, porem indecifrável. A festa agora tinha se tornado algo chato, mas algo acabou por me chamar a atenção: Maggie está do outro lado da festa, olhando para cá e dizendo alguma coisa. Não consigo ouvir, porém sou boa em leitura labial: Você está atraindo todo o brilho da festa para você, babaca. Deixe um pouco para mim também.

Qualquer pessoa que vive no século em que eu vivo, sabe que a palavra babaca não é mais usada, e soa bem mais ridículo para quem a usa, do que quem foi acusado, mas mesmo assim eu sorrio e mecho os lábios formando uma frase: Desculpa querida, mas preciso que o meu brilho ofusque o seu.

Ela gargalha e faz um sinal de joia para mim. Será que depois de hoje, nós duas teremos uma afinidade maior? Não sei, mas sabe, acho que isso seria bom. Teria uma pessoa para quem contar meus segredos e meus problemas, teria alguém para me dizer o que fazer. Não que o meu irmão não seja bom o bastante nisso, mas ele é um homem. Ele não entende como as coisas no mundo feminino são.

+++

A noite foi muito boa, ficamos até de madrugada conversando, eu e Kyle, cada vez mais sabendo de coisas sobre o outro. Descobri que ele não mora com os pais e que gosta de ter uma vida só. Que ele curte rock, mas também gosta de ouvir músicas calmas e que não gosta muito de peixe.

As músicas não terminavam. Achava um grande milagre que, até agora, nenhum vizinho chato tenha reclamado do som alto, ou dos jovens gritando feitos loucos. Até que, umas músicas mais lentas vieram ,meio que de repente. Isso era estranho.

Olho para o aparelho de som e vejo que Maggie é quem foi a autora do ato. Kyle está sorrindo para mim, quieto. Eu sabia o que ele estava planejando, começo a ficar nervosa e se eu pisar no pé dele?

– Quer dançar? – Pergunta–me. Sinto uma grande vontade de negar e falar que não sei dançar, porém, tudo me induz a falar o oposto.

– Claro. – Digo com um sorriso no rosto. Sou uma idiota. E o que ele irá pensar de mim quando ver que eu nunca dancei na minha vida toda e aceitei a um convite desses? O que ele já deve pensar de mim, só por me ver nessas roupas?

Bem, nada disso importa mais, já que estamos em pé, e ele está segurando em minhas mãos e olhando fixamente para mim.

Dançamos com os corpos quase colados. Não sei se estou sendo pervertida demais, mas creio que ele vai me beijar a qualquer momento. Ele tem que me beijar. Seus olhos ainda estão fixos em mim, seu rosto está com um sorriso sedutor. Nego–me a dizer algo para estragar esse momento. Como cheguei até aqui? Até um dia atrás eu era somente uma menina cujo desconhecia o verdadeiro valor da palavra “Amizade”. Como vim a ter contato com uma pessoa assim? Até ontem, ele era incomunicável. Esqueço de que estamos em uma festa de pessoas conhecidas e dou continuidade a dança. A música soa leve, sinto como se existisse somente nós dois . A aura que ele emite é uma coisa boa.

De repente ele para, e sinto um de seus braços envolver minhas costas e me puxar mais para perto, enquanto sua mão livre acaricia meu rosto, fecho meus olhos e sinto seus lábios nos meus.

Não sei quanto tempo aquele momento durou, mas quando dou conta de que isso aqui não é um sonho, afasto–me um pouco dele, meu corpo todo esta quente. Olho para o relógio do celular antigo que me restou. Está tarde. Preciso ir, não posso deixar Tony em casa, enquanto eu me divirto aqui.

–Bem... – começo procurando o melhor jeito de falar para ele que preciso voltar. – Eu realmente gostei do que aconteceu aqui, mas... Eu preciso voltar. –Falo por fim. – Meu irmão está me esperando em casa, não posso chegar tarde.

Ele não diz nada, mais alguns segundos até uma palavra soltar–se. – OK. – Diz ele, sua voz rouca está filtrada para não demonstrar os sentimentos, ou isso foi impressão minha. – Sua casa é longe? Posso te acompanhar até lá.

Penso nas possibilidades. Minha casa não é longe, porém, depois seria longe para ele ir até a casa dele. Recusar seria a melhor opção agora.

–Se não for um incomodo. – O que raios eu fiz? Qual o motivo de eu querer falar uma coisa e sair outra?

+++

Estamos andando lado a lado, quietos. Nessas horas eu torcia para que conseguir um assunto plausível fosse a coisa mais fácil do mundo, mas minha cabeça não quer me ajudar de jeito nenhum. Ele também deve estar pensando em algo. Não. Ele não é do tipo que não saberia o que falar nessas horas. Talvez ele ache o silencio mais confortante do que um diálogo.

– E então – ele limpa a garganta – como tem sido a sua vida, Emilly?

–Minha vida tem sido monótona demais. E o fato de eu não ter amigos ajuda nesse resultado. – Olho para ele. – E a sua, Kyle?

Ele sorri.

– Minha vida tem sido uma vida dedicada aos estudos, sempre. – Diz. Não pensei que ele fosse assim. Ele é realmente um cara interessante. – Nunca senti vontade de ir a alguma balada ou de começar a namorar alguma menina. Acho que essas coisas atrapalham, entende? Mas ultimamente, minha mente está uma confusão. Estou começando a me contradizer.

Bem, eu não tenho o que dizer para ele agora. Mas ficar calada também não é uma opção muito boa.

– Entendo. – É tudo o que consigo dizer.

Andamos por mais um tempo calados.

– Sabe... às vezes eu queria que tudo fosse diferente de como é. – Expulso de mim tais palavras. – Acho que viver nessa vida já deu o que tinha que dar. Não ter amigos, não ter nada, estar só é realmente uma coisa medonha.

– Mas você não está sozinha. Você tem amigos. – Fala ele olhando para mim. – Você me tem como amigo agora. Você tem a Maggie, que pelo o que percebi, tenta ser sua amiga. É só você estar disposta a aceitar essas mudanças, que tudo pode se transformar.

Ele é inteligente. Seus conselhos são bons. Gostaria de tê–lo como conselheiro para sempre.

Chegamos em casa. Não sei como me despedir dele, não depois do que aconteceu na festa, quando dei por mim ele estava apenas a um passo de mim, mexendo em meus cabelos. E eu fiquei, ali parada, sem saber o que fazer

– Obrigada por hoje – Digo e não consigo conter um sorriso quando ele da um beijo em minha testa

– Eu que agradeço, tenha uma boa noite Emi.

Ele se vira e sai, e eu fico observando–o enquanto ele desaparece na escuridão da madrugada e finalmente entro em casa.

+++

Acordo como se um caminhão estivesse passado por cima de mim enquanto dormia. Abro os olhos e ponho a mão sobre a minha cabeça. Meu corpo está pesado, isso significa que ainda estou cansada.

Levanto–me e ando um pouco pelo quarto totalmente sem rumo. Tento ouvir algum barulho, mas a casa está silenciosa. Thony ainda está dormindo. Como hoje é domingo ele irá acordar somente para o almoço.

Tiro minha roupa e vou até o banheiro do meu quarto para um bom banho. Após estar limpa – e me sentindo uma nova pessoa – visto uma roupa e vou para a cozinha.

Começo a preparar o almoço de hoje. Demoro um tempo até tudo estar completo. Thony já está acordado e enchendo–me o saco, pois quer comer logo.

Não sei se isso é só comigo, porém o dia de domingo sempre é monótono. Não faço muita coisa o dia todo. Posso resumir o dia em ler e pensar no que aconteceu ontem. Ele realmente é um homem bonito, legal, seus atos são exóticos nos dias de hoje, sua voz tem uma melodia que é impossível de não ficar na cabeça. Meu domingo se resume nesses pensamentos.

+++

Acordo antes de o meu despertador tocar. Sento sobre a cama e olho para os lados. Tenho que me trocar. Dou um pulo da cama para o chão e corro até o banheiro. Tomo um banho e depois visto uma roupa qualquer. Verifico se meu material está todo ali e vou para a cozinha fazer o café.

Após fazer toda a mesmice vou para a escola com Thony. Chegando lá, faço o que sempre fiz: depois de sentar coloco os fones de ouvido e começo a ler. Tudo está tão normal... Bem, não teria motivos para algo estar diferente.

Com o tempo o livro vai ficando insuportável e a música também. Paro com os dois. Fico olhando feito boba para o nada. O professor não vai chegar? Com o tempo percebo que Maggie está me chamando.

Arregalo os olhos quando olho para o semblante engraçado que ela está fazendo.

– O que foi?

– Não vai me responder? – Ela continua com o mesmo semblante.

Responder? Ela me faz alguma pergunta?

– Desculpa... Poderia repetir a pergunta? Acho que não a ouvi direito...

– O que aconteceu depois da festa entre vocês dois? – Ela estava empolgada para saber. Falava rápido demais.

– Quer mesmo saber? – gosto de deixar esse tom de mistério quando não se trata de algo impressionante.

–Mas é claro que quero!

– Nada, ele me levou até em casa, conversamos e nos despedimos. Só isso e nada mais! – Estou ansiosa pela reação dela.

Cara de merda.

– Sério? Sério mesmo? – Ela continua com a mesma cara.

Dou um pequeno riso.

– Sim! O que pensou que tivesse acontecido?

– Um beijo, um pedido de casamento, algo a mais... Mas ora estamos falando de dois excluídos que não sabem a parte boa da vida. Irei ensinar direitinho como aproveitá–la.

– Que nada... Mas como você pretende fazer isso já que faz de tudo para ser “A popular”? Sua reputação irá cair se andar conosco. – Isso era um fato.

– Minha reputação não irá cair, mas a reputação de vocês será melhorada. – Ela realmente é uma menina que se acha.

–Mas não vá achando que eu irei virar amiguinha dele só por causa do que aconteceu! Bem, claro que vamos conversar de vez em quando e tal, mas não irá passar disso.

Ela sorri maliciosamente.

– Já passou disso. Te afirmo isso, veja só quando ele chegar.

Ela senta do meu lado e fica quieta. Eu volto a olhar para o nada. “Nada” é interessante. Você olha para ele, mas não pensa nele e sim em outras coisas.

Kyle chega. Olho para ele e claro, ele olha para mim. Sorrio. Ele se senta no lugar de costume e fica quieto.

Maggie está acompanhando tudo. Viro para ela.

– Espere só. – Fala ela. – No intervalo ele virá voando para cá.

+++

No intervalo ele veio voando para cá. Solto um pequeno sorriso ao lembrar o que Maggie falou. Ela realmente é uma garota sábia.

Conversamos um pouco, até ela chegar e juntar-se a nós. Bem, acho que estou indo um pouco melhor no assunto “amigos”.

+++

As outras aulas me deram muito sono. Um dos professores passou um trabalho em grupo para fazer, mas eu já tinha a certeza de que como sempre eu iria fazê-lo sozinha. Volto num ritmo lendo para a casa. Penso em como a minha vida tem mudado desde que comecei o meu contato com Kyle. Não faz lá muito tempo, porém ele conseguiu mudar um ritmo antigo do meu jeito de viver. Não sei se estou preparada assim para a mudança, mas tenho certeza que o que vier será melhor do jeito em que estou agora.

Maggie agarra o meu braço e começa a tagarelar.

– Você vive sempre nesse seu estado depressivo, você nunca foi feliz uma vez na vida? – Ela olha para mim com os seus olhos eletrizantes.

– Oi? – Não sei o que responder.

– Isso mesmo o que você ouviu. A partir de hoje você irá voltar para a casa conosco.

Conosco?

Olho para trás e vejo Kyle andando quieto, olhando fixamente para nós.

– Vocês não me deixarão quieta, não é? – Sorrio olhando para Maggie.

– Claro que não! Você tem que mudar e vejo que o garanhão ali foi o início de tudo. – fala ela em um tom baixo, para ele não ouvir.

Olho para ele. Ele está sorrindo. O garanhão ali ouviu.

– Vamos para a minha casa, nós três. – Diz Maggie com autoridade. – Juntos vamos formar um grupo.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam? Mandem reviews falando a sua opinião e tal...
Até o próximo capítulo.
Isso é tudo pessoal!



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